segunda-feira, 30 de abril de 2012

4 de maio tem Copacabana, de Carla Camurati, no Cineclube Nangetu


Copacabana, de Carla Camurati, Brasil, 2001. 100 min.
Sinopse: Às vésperas de completar 90 anos, Alberto vive uma crise pessoal, em que recorda dos fatos mais marcantes de sua vida, todos eles de alguma forma ligados ao bairro de Copacabana. Enquanto isso, seus principais amigos preparam uma festa-surpresa, dispostos a comemorar mais um aniversário de Alberto.



Crítica


Copacabana , mosaico carioca de tipos humanos, é cenário de reflexões
sobre a velhice

* Por   Gláucia Leal
Impossível falar da vida sem aludir à morte. Carla Camurati sabe disso. Em "Copacabana" , seu terceiro filme como diretora, ela expõe na tela a alegria de viver e a importância de envelhecer com dignidade. “O filme ficou como eu queria”, derrete-se. Preciosista , ela dispensou igual cuidado a cada aspecto da produção. “O elefante que usamos na cena da praia, por exemplo, conseguimos com o parque Beto Carrero”, conta. Para parecer 30 anos mais jovem e envelhecer outras três décadas, em diferentes momentos do filme, o ator Marco Nanini (também protagonista de Carlota Joaquina – a Princesa do Brazil ) foi maquiado pelo mexicano Martin Macias. Seu personagem, o fotógrafo Alberto, a poucos dias de completar 90 anos, é invadido por recordações de seu quase um século de existência. Os amigos -- a maioria,contemporâneos seus -- insistem em comemorar a data em uma grande e colorida festa.“O filme diz que a maior riqueza na vida são os amigos que fazemos”, afirma Carla.
A história traça um painel da vida do País e do bairro, desde o início do século, evocando episódios memoráveis, como o "Movimento dos 18 do Forte", o sobrevôo do Graf Zeppelin e a inauguração do Hotel Copacabana Palace.
"Copacabana" é uma produção de contrastes. Viaja do passado ao futuro, desliza no limiar sutil entre a fantasia e a realidade. Travestis, prostitutas e idosos dividem, harmonicamente, a cena.“Essa multiplicidade é a cara de Copacabana”, comenta Carla. “O bairro é uma espécie de de país único, de planeta próprio”, resume.
Carla conseguiu a façanha de reunir o maior grupo de atores brasileiros com mais de 65 anos em um único filme .No elenco, estão grandes nomes do teatro e do cinema nacional, como Laura Cardoso, Walderez de Barros, Míriam Pires, Ida Gomes, Renata Fronzi, Luís de Lima, Pietro Mário , Ilka Soares.“Tínhamos o set de fimagem mais divertido do mundo”, comemora a diretora. “Trabalhar com atores como Laura Cardoso, Renata Fronzi e outros era um sonho meu.”
Mesmo falando de terceira idade, o filme tem um tema musical ousado. A música "Copacabana Planet" ( quase um rap ) interpretada pela cantora Bia Pontes, ainda pouco conhecida no mercado, traz à tona uma outra “princesinha do mar”, que se oferece e envelhece pelas esquinas, perdendo sonhos em meio à realidade crua das ruas.
No filme, a velhice é tratada sem falsos pudores. Mas, é com graça que Carla aborda, por exemplo, temas delicados como a vida sexual depois dos 80 anos. Impossível não rir com a personagem da senhora octogenária --já bisavó-- que, para desespero da filha , masturba-se na sala, enquanto assiste à televisão.
A produção também trata com humor o medo da morte, a inveja, os desejos (ainda) pulsantes e a profusão de lembranças que acompanham os personagens . "Copacabana" fala ainda sobre as mentiras que, contadas ao longo dos anos, passam a ser tidas como verdades, a ponto de se transformarem em crenças coletivas.
A própria cineasta passou parte da vida acreditando que o primeiro-ministro britânico Winston Churchill , em viagem pelo Brasil, teria provado um bolo feito por seu avô, Enrico Camurati, confeiteiro do Hotel Copacabana Palace. Só quando encomendou uma pesquisa histórica para precisar as circunstâncias da estadia de Churchill no País, foi que descobriu, surpresa, que não existem registros dessa visita. Ainda assim, a diretora, que costumava visitar o avô no hotel quando criança, criou um personagem inspirado no estadista.
Carla vinha realizando pesquisas para escrever o roteiro do filme desde 1995. A idéia da produção começou a se delinear quando, em visitas à sua tia doente, moradora em Copacabana , ela constatou que o bairro tornava-se cada vez mais habitado por pessoas idosas.
Carla Camurati , que também assina a produção do filme, divide o roteiro com Melanie Diamantas e Yoya Würsh. "Copacabana" foi orçado em R$ 2 milhões e 700 mil. A produção executiva é de Bianca de Felippes e Flávio G. Chaves e a direção de fotografia, de José Tadeu Ribeiro. Arte e figurinos ficaram por conta de Emília Duncan.

* Gláucia Leal é repórter do jornal "O Estado de S.Paulo"

A luta pela preservação dos conhecimetnos tradicionais e do meio ambiente.

A roda de conversa no Cineclube Nangetu sobre o documetário "A revolução dos cocos", que relata a luta do povo de Bougainville (ilha do pacífico anteriormente pertencente a Papua Nova Guiné) contra a mineradora inglesa multinacional Rio Tinto Zinc, criou similaridade com a luta ambiental amazônida contra a construção da hidroelétrica de Belo monte. Foi inevitável para os presentes fazerem comparações das similaridades das formas de resitência na Oceania e nas margens do Xingu.
Os conhecimentos de medicina tradicional e o uso dos recursos naturais para a promoção da saúde também fizeram parte dos discursos, baseados no exemplo da ilha do Pacífico cujo povo teve que recorrer às tecnologias tradicionais para poder sobreviver aos embargos estatais contra a sua luta pela preservação do meio ambiente.

domingo, 29 de abril de 2012

Lideranças de terreiros falam sobre a cartografia no Balaio do Patrimônio do IPHAN-PA.

Alfredo Wagner, Julia Morim, Camila do Valle e Rosa Acevedo participaram da mesa Identificação, reconhecimento e valorização do patrimônio afro-brasileiro".
Na sexta-feira, 27 de abril, o Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional promoveu uma mesa sobre "Identificação, reconhecimento e valorização do patrimônio afro-brasileiro", com os pesquisadores Alfredo Wagnar (PNCSA/ UFRJ - UFAM); Rosa Acevedo (NAEA/UFPA); e Camila do Valle (UFRRJ) e mediação da superintendente do IPHAN no Pará, Julia Morim.
A mesa fez parte do evento "Balaio do Patrimônio" , realizado pela superintendência do IPHAN no Pará em conjunto com Secult/Pa, Fumbel e parceiros. O evento, que está em sua 4ª edição no Pará, tem o objetivo fomentar o diálogo acerca de políticas públicas, projetos e ações voltadas à preservação e salvaguarda do patrimônio cultural. 
Para discurtir o patrimônio afro-brasileiro, os pesquisadores colocaram em debate a questão quilombola no Brasil, a identidade afro-brasileira também foi tema do debate, que tratou de ações inter-institucionais e das pesquisas nas comunidades quilkombolas, como a APROAGA e do recente projeto de Cartografia dos Afro-religiosos de Belém.
Mametu Nangetu, coordenadora da pesquisa da cartografia para a Nação Angola, falou da preservação de espaços e dos conhecimetnos tradicionais dos terreiros.
Táta Kinamboji (com microfone) abordou o racismo e a intolerância religiosa pela criminalização dos rituais religiosos afro-amazônicos, e Mãe Vanda de Ogum Rompe Mata (a direita) falou da pesquisa entre os terreiros de Umbanda de Belém. (foto de Giseli Vasconcelos/ rede[aparelho]-:, especialmente para o Projeto Azuelar)
Durante a conferência de Camila do Valle, a pesquisadora chamou para a mesa as lideranças de terreiros presentes e pediu que falassem da cartografia, ela disse ao público presente que o melhor debate sobre esse trabalho de pesquisa aconteceria se as lideranças de terreiros, que também foram pesquisadores, pudessem falar sobre a cartografia.
As três lideranças presentes, então dividiram o espaço da mesa para falar das suas percepções sobre o processo da pesquisa cartográfica. Disseram da importância do processo da construção de um mapa para o auto-conhecimento dos Povos Tradicionais de Terreiros na zona metropolitana de Belém, para a organização social e para a luta por direitos de cidadania para os povos de terreiros.
O debate ainda transiotou por temas como construção de identidades e  resistência das minorias nos países pós-coloniais.

Rede de cineclubes de terreiros de Belém participa da celebração pelos 35 anos da SDDH.


Táta Kinamboji (Cineclube Nangetu e coordenador do GT de Comunidades Tradicionais da PARACINE) esteve na Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos/ SDDH para acertar os detalhes da participação da Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém nas celebrações pelos 35 anos de existência da SDDH.
A reunião contou com a participação dos coordenadores do Cineclube Café com Direitos Humanos, Coordenadores  do MST e do GT de Comunidades de Terreiros da PARACINE.
A rede vai participar de duas sessões do Cineclube Café com Direitos Humanos, ambas com filmes do diretor Luís Carlos de Alencar que virá em Belém particiar dos debates sobre os filmes.
As sessões acontecerão às 18h dos dias 25 e 26 de maio, sexta-feira e sábado, respectivamente no assentamento Mártires de Abril, na ilha do Mosqueiro - com o filme Fragmentos de Mindelo (Cabo Verde, Duração : 75 min. Projeto dos alunos finalistas do Curso da Especialização em Cinema do M_EIA - 2011); e no Cineclube da ARCAXA - Associação Abassá Afro-brasilerio Lekô Xapanã (Terreiro do Pai Orlando Bassu) com o filme Bombadeiras (Brasil, Duração 75 min. Brasil, 2007)
O diretor Luis Carlos de Alencar virá à Belém debater os seus filmes.
A proposta para os terreiros é colocar em discussão a questão da transexualidade e o como os sacerdotes das religioões afro-amazônicas tem se comportado diante da presença de transexuais nas comunidades e a sua legitimidade nos rituais das religiões afro-amazônicas.
Para os coordenadores do GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da PARACINE, o filme Bombadeiras é importante para os terreiros porque traz o depoimento de várias transexuais e de bombadeiras que são sacertodes/sacerdotizas de religiões afro-brasileiras, e eles acreditam que o filme pode fomentar o debate sobre o paradoxo entre o reconhecimento dos diretos civis de escolha de gênero, com os principios das crenças dos afro-religiosos no poder mítico relacionado ao corpo feminino. Mas trazer esse debate à tona pelas próprias transexuais de terreiros.

Cenas do documentário Bombadeira.

Sinopse: Bombadeiras, assim são chamadas as travestis que transformam o corpo de suas clientes com aplicações clandestinas de silicone (geralmente silicone industrial,não permitido para uso em seres humanos). Este universo simbólico de morte e renascimento, em que um ciclo de vida se encerra para permitir a iniciação de outro, é desvendado pelo diretor Luis Carlos de Alencar em seu documentário BOMBADEIRA, registrando o mito das "fadas madrinhas" no imaginário da travesti, e sua importância na construção de uma identidade de gênero.

A Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém é uma articulação criada por poroposição do GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE, em parceria com a Diretoria Regional Norte do Conselho Nancional de Cineclubes - CNC e apoio da rede [aparelho]-:.
Fazem parte da Rede: Cineclube Nangetu, Cineclube ti Bamburucema, Cineclube ACIYOMI, Cineclube ACAOÃ, Cineclube Maristrela (AFAIA), Cineclube Estrela Guia Aldeia de Tupynambá, Cineclube do Turco Jaguarema, Cineclube da ARCAXA, Cineclube da Irmandade de São Benedito, FEUCABEP, Cineclube do Turco Ricardinho. 


Dissertação de mestrado analisa trajetória de Mametu Nangetu, Babá Edson Catendê e Táta Tauadirá.

A antropóloga Selma Brito defendeu sua dissertação de mestrado com a pesquisa das trajetórias religiosas de Mametu Nangetu, Babá Edson Catendê e Tata Tauadirá (Edson Santana).




Táta Kinamboji e Babá Edson Catendê estiveram na defesa de dissertação de Selma Brito no Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais do IFCS/UFPA.

Selma passou os últimos dois anos pesquisando a vida e a atuação política e cultural de três sacerdotes de candomblé em Belém do Pará: Mametu Nangetu, Babá Edson Catendê e Táta Tauadirá, e essa pesquisa resultou na dissertação de mestrado "TRAJETÓRIAS RELIGIOSAS E PROJETOS DE VIDA: ENGAJAMENTO POLÍTICO, SOCIAL E CULTURAL ENTRE SACERDOTES DE CANDOMBLÉ NA CIDADE DE BELÉM-PA", que foi defendida na última quarta-feira dia 25 de abril, no Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (linha de pesquisa em antropologia) da Universidade Federal do Pará.

O trabalho propõe uma reflexão antropológica acerca da dinâmica de ação e atuação de alguns sacerdotes de Candomblé inseridos num campo religioso afro-paraense. A análise é construída a partir da narrativa da trajetória religiosa e história de vida de três sacerdotes: Mam’etu Nangetu, Bàbá Edson Catendê e Pai Edson Santana. 
Selma explica a importância da análise porque as trajetórias desses sacerdotes comprovam suas percepções e trânsitos dentro do campo religioso, seus engajamentos e ações que envolvem a garantia e o direito à prática de suas religiões, no campo político, cultural, social ou na mídia digital. 
Babá Edson Catendê esteve poresente na defesa da dissertação de Selma.
O Candomblé nos ritos Ketu e Angola de importação baiana, ritos praticados pelos sacerdotes da pesquisa, são importantes na análise por conta da mudança que impôs ao campo afro-religioso paraense, que se constituía, até um determinado momento, somente de mineiros e umabandistas. Ela explica que a entrada do Candomblé em Belém também reflete nas reorientações deste 'campo', principalmente no que diz respeito à noção de legitimidade religiosa, agenciamento social e político a que os afro-religiosos passaram a ter na busca de uma identidade afro-religiosa para as suas Comunidades Tradicionais de Terreiros.
Prof. Heraldo Maués, Profa. Denise Cardoso e Profa. Daniela Cordovil formaram a banca avaliadora.

 A dissertação de Selma Brito foi aprovada com nota máxima pela banca examinadora composta por sua orientadora Profa. Denise Cardoso, o avaliador interno Prof. Heraldo Maués e pela avaliadora externa Profa. Daniela Cordovil (UEPA). Selma ainda agradeceu a colaboração de diversas pessoas, dentre elas a Profa. Anaisa Vergolino e também destacou a participação da Profa. Marilu Campelo na construção de sua pesquisa.

Selma, acomapanhada da pesquisadora Anaisa Vergolino e da banca avaliadora.

Mametu Nangetu abençoou a volta de Jarbas Vasconcelos à presidência da OAB-PA.

Mametu Nangetu esteve presente na cerimônia de posse que reconduziu o advogado Jarbas Vasconcelos para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil - secção Pará. Mametu representou as lideranças de povos tradicionais de terreiros e a religiosidade afro-amazônica na celebração inter-religiosa que deu boas vindas à Jarbas para reassumir o cargo.

veja a matéria no site da OAB-PA neste link http://www.oabpa.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1760:jarbas-reassume-a-presidencia-da-oab-e-promete-continuar-o-trabalho-em-defesa-da-classe&catid=48:manchete

Jarbas reassume a presidência da OAB e promete continuar o trabalho em defesa da classe


Seg, 23 de Abril de 2012 21:13
Posse-Jarbas_120-55"Foi uma luta difícil. Mas a partir de hoje a OAB está livre novamente". Essas foram as palavras do advogado Jarbas Vaconcelos reconduzido hoje, 23, à presidência da seccional da OAB no Pará. Jarbas juntamente com o secretário geral da instituição Alberto Campos, reassumem seus cargos na Ordem, após seis meses de intervenção. 
Uma solenidade simples, porém muito emocionante marcou a posse, que teve às bençãos do diáocno Fábio Lobato, representando a Igreja Católica e Mameto Nangetu, simbolizando as manifestações afroreligiosas.
A cerimônia de posse, presidida pelo ex-presidente da OAB-PA e membro honorário vitalício Edilson Silva, ocorreu no Plenário Aldebaro Klautau, na sede da OAB e contou com a presença de dezenas de conselheiros, membros de comissões e advogados se fizeram presentes. Autoridades e estudantes de direito também participaram da solenidade. Edilson foi quem deu posse ao presidente Jarbas e ao secretário Alberto Campos.
Convidado ilustre da cerimônia, o presidente da seccional da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous fez questão de parabenizar o presidente Jarbas pelo retorno ao cargo à frente da OAB do Pará. “Acompanhei de perto o que aconteceu no Conselho Federal e o que aconteceu na OAB do Pará. Por isso vim aqui para dar um abraço e me solidarizar com o Jarbas e os advogados do Pará”.
O presidente da seccional do Rio disse ainda que é necessário honrar as tradições de democracia e de justiça da entidade.  Segundo Wadih, a luta pela justiça tem que ser travada na OAB, para que não aconteça mais injustiça com a que aconteceu no Pará. Para ele, a luta pela democracia tem que ser travada dentro da OAB, pois a intervenção foi um ato antidemocrático: “Não podemos verberar contra a corrupção, se não combatemos isso dentro da nossa casa. Não podemos verberar contra quem ganha se trabalhar, se não praticamos isso dentro da nossa casa. Quem recebe acima do teto constitucional, nós não temos autoridade moral para condenar se nós praticamos e aceitamos o mesmo ato”, afirmou.
O fato corrido com a OAB do Pará deixou uma lição, segundo Damous. “Nós aprendemos dramaticamente com a sua lição, mas aprendemos também que existem entre nós aqueles que não aplaudem esse tipo de atitude, existe entre nós (e tenha certeza que somos maioria) aqueles que prezam a história da Ordem dos Advogados do Brasil e eu tenho a certeza que com o restabelecimento da justiça, com o restabelecimento da legitimidade e com a devolução do mandato de vossa excelência, conquistado diretamente  pelas urnas, pela vontade dos advogados do Pará (esses sim donos do seu mandato), tenho a certeza de que a OAB do Pará voltará aos trilhos”, disse.
“A solidariedade da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, não lhe faltará e não faltará à OAB do Pará, que com muita alegria eu vejo voltar às mãos de quem nunca devia ter saído. Parabéns presidente Jarbas!”, concluiu Damous.Posse-Jarbas_153-100
Além de Jarbas e Alberto mais de 130 advogados entre membros de comissão e conselheiros seccionais reassumiram seus cargos na Ordem – dia 8 de março, esses mesmos advogados se afastaram de suas funções em sinal de lealdade e solidariedade ao presidente Jarbas.

A leitura do termo de posse e da relação com o nome de todos os advogados que retornam à “casa”, foi feita pelo secretário geral. Após ser reempossado, Alberto homenageou os advogados dando ciência à classe e à sociedade, da nomeação e dos nomes dos que reaasumiram o cargo, dizendo: “A Ordem precisa agora de todos os advogados do estado do Pará sem revanchismo, sem rancores, agora é pra frente".
O presidente empossado foi o último a fazer seu pronunciamento. Após fazer muitos agradecimentos - aos seus advogados particulares, aos profissionais que atuam no seu escritório, a sua sócia e esposa, Meire Vasconcelos, aos advogados que pediram licença da Ordem por não concordarem com a forma de gestão do interventor - Jarbas falou da luta que aconteceu durante a intervenção. “Essa luta envolveu muito interesses, interesses de poder que transpassam os muros da Instituição”
Posse-Jarbas_31-600Segundo Jarbas, a OAB “eclipsou”. “Calaram-se as vozes, calaram-se as inteligências, calaram-se as virtudes que antes aqui festejavam a democracia, que defendiam a cidadania que defendiam os advogados. A voz da OAB apequenou-se e sumiu no cenário nacional e do estado”, disse.
Para Jarbas esse lapso causado por aqueles que não acreditam no processo legal, por aqueles que não acreditam na democracia, por aqueles que clamaram pelo golpe e que insistiram em prorrogar uma situação de ilegalidade, uma situação de abuso, em que deixaram os advogados do Pará sem a sua instituição, que deixaram a sociedade do Pará sem a sua voz.
Por fim, Jarbas conclamou os colegas da oposição à responsabilidade. “A partir de agora nós governaremos a OAB para todos. Por que é assim que demonstramos respeito aqueles que nos elegeram, pois eu não tenho dúvida que foram eles que nos trouxeram de volta para cá.”, afirmou o presidente
“Hoje nós estamos declarando a OAB do Pará livre novamente Agora nós retornamos a normalidade democrática da nossa instituição e esperamos que os nossos opositores possam expressar suas divergências conosco no campo das idéias, no campo do debate... No campo das eleições que aconteceram em novembro deste ano”.
Participaram da cerimônia, o Conselheiro Federal da OAB-PA Jorge Borba; Edilson Dantas - Presidente da CAA-PA; Edilson Araújo - Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PA; José Maia Bezerra - Presidente da Associação Brasileira dos Advogados Católicos, Alexandre Lindoso e Ichiguero Sumida - Advogados do Distrito Federal, Ronaldo Cramer, procurador geral da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, presidente da Caixa de Assistência do Rio de Janeiro; Antenor de Souza Oliveira - Conselheiro Federal do Amapá. Também estiveram presentes o presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas - Atep - José Maria Vieira; Rosemiro Canto, representando a Associação Nacional dos Procuradores Federais (Anpaf); José Galhardo, da Associação dos Procuradores do Estado do Pará (Apepa); Bruno Freitas, presidente da Associação dos Procuradores Municipais de Belém; Edvaldo Machado, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil; Aluisio Meira, ex-presidente do TED-PA e ainda os vereadores Milene Duarte, Otávio Pinheiro e Marquinho do PT e o Deputado Federal Cláudio Puty.
Em defesa da Ordem
Em seu discurso Jarbas Vasconcelos lamentou que a Ordem tenha paralisado suas ações e serviços. “Nossos processos administrativos estavam absolutamente em dias com a meta zero. A OAB vinha em uma gestão combativa frente os poderes públicos fazendo com que a sociedade fosse ouvida e que os advogados fossem tratados com o devido acatamento de suas prerrogativas pelos juízes, promotores e delegados... Então, de uma hora para a outra a OAB eclipsou e ficou em um total imobilismo, causado por quem pediu esse golpe”.
Ele também defendeu a soberania do Tribunal de Ética da OAB-PA, que foi pressionada pelo grupo da intervenção. “De hoje em diante, retorna sua soberania e a sua autonomia para julgar a todos os advogados do Pará inclusive o presidente da seccional, pois não deve favor a grupo nenhum.”
Outras fotos da cerimônia de posse você confere na Galeria de fotos do site da Ordem.
Fotos: Paula Lourinho

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sessão solene na ALEPA para entrega da Comenda "Mãe Doca" de Mérito Afro-religioso.

Oito lideranças de Comunidades Tradicionais de Terreiros e a persquisadora Anaísa Vergolino estiveram nesta segunda-feira, 23 de abril,  no Plenário do Palácio da Cabanagem - sede da Assembléia Legislativa do Estado do Pará - para receber a "Comenda Mãe Doca de Mérito Afro-religioso", como reconhecimento do Poder Legislativo do Estado do Pará pelo esforços em promover, proteger e difundir a cultura afro-religiosa brasileira.
Quem indica os comendadores são as bancadas dos partidos representados na Assembléia, e este ano de 2012 foram homenageados Mametu Kaia Onilegi (Kátia Hadad) pelo PSOL; Pai Fernando de Ogum (Fernando Antônio Santos Rodrigues) pelo PSDB; Huntó Ivonildo dos Santos (Nego Banjo) pelo PMDB; Mãe Maria Emília Miranda dos Santos pelo DEM; Mãe Vanda de Ogum Rompe Mata (Vanda Lúcia dos Santos Soares) pelo PSB; Táta Kinamboji (Arthur Leandro) pelo PT; Mametu Muagile (Mãe Beth de Bamburucema – Elizabeth Leite Pantoja) pelo PSC; Pai Bené (Benedito Saraiva Monteiro) pelo PV; e a pesquisadora e professora da UFPA Anaíza Vergolino pelo PDT.

Pai Bené, 93 anos, referência em Tambor de Mina no Pará.
O baiano 'Nego Banjo' é o Huntó Ivonildo dos Santos, recebe homenagem pela sua contribuição para a musicalidade afro-religiosa na Amazônia.
Táta Kinamboji (Arthur Leandro), coordenador do Projeto Azuelar, recebeu a comenda das mãos do dep. Carlos Bordalo (representando toda a bancada do PT) pela sua militância cultural e pelas ações em mídia livre para os Povos Tradicionais de Terreiros.
Mametu Kátia Hadad, recebeu a homenagem pelas mãos do dep. Edmilson Rodrigues, do PSOL.
Mametu Muagile, mestra da culinária afro-amazônica, recebeu as homenagens da bancada do PSC.
A professora e pesquisadora Anaísa Vergoliono recebeu a comenda por indicação do PDT, como reconhecimetno da importância de sua militância afro-religiosa no campo do conhecimento universitário.
 A cerimônia contou com o pronunciamento do dep. Edmilson Rodrigues (PSOL), que, prepresentando os deputados estaduais, falou da importância das diversidades socio-culturais brasileiras e da importância do poder legisltivo homenagear as lideranças que trabalham em prol da preservação dessa diversidade e da promoção da cidadania das minorias da população. Mametu Nangetu representou os povos de terreiros, e em sua fala pediu mais respeito com a religiosidade afro-amazônica e principalmente com os pais e mães de santo mais idosos. Ela ainda fez uma avaliação do processo de negociação com as bancadas de partidos para a indicação dos homenageados e lamentou que apenas 9 das 16 bancadas houvessem homenageado lideranças de terreiros, quanto à essa questão ela sentenciou: "Político não deveria ter religião, pois eles não pedem voto apenas de uma religião, então deveriam respeitar e homenagear a trodas as religiões".
Mametu Nangetu falou em nome dos Povos Tradicionais de Terreiros.
A sessão solene terminou com cânticos e danças em louvor e agradecimentos às divindades afro-amazônicas, manifestação das culturas tradicionais de terreiros que foram comandadas pelo Pai Bené e pelo Huntó Ivonildo dos Santos.


O Huntó Ivonildo dos Santos, fez a celebração de agradecimento e puxou os cânticos aos Jinkisi.

E a sessão se encerrou com os cânticos de Tambor de mina entoados pelo Pai Bené.








Fotos de Isabela do Lago e Arthur Leandro (especialmente para o Projeto Azuelar)
Texto: Táta Kinamboji.



sábado, 21 de abril de 2012

"A revolução dos cocos", sexta 27/4 - 19h, no cineclube


Sexta, 27 de abril de 2012
19h
Cineclube Nangetu
Tv. Pirajá, 1194 -  Marco.
Belém/PA
fone 32267599.

Sinopse.
"A Revolução dos Cocos" relata a luta do povo de Bougainville (ilha do pacífico anteriormente pertencente a Papua Nova Guiné) contra a mineradora inglesa multinacional Rio Tinto Zinc, e depois por sua independência. Os moradores da ilha expulsaram, pelo uso da sabotagem, a mineradora, depois expulsaram o exército de Papua, e depois o exército da Austrália, depois mercenários contratados. Sofreram um cerco de 7 anos (a população é de aprox 150 mil) e inventaram meios alternativos p/ sobreviverem (energia elétrica, combústivel, comida, remédios...) tudo a partir de cocos.
Direção: Dom Rotheroe
Produção: Reino Unido
Duração: 50min.
Ano: 1999
Site: http://www.stampede.co.uk
produzido pela National Geographic,

Convite - Comenda Mãe Doca será entregue na segunda-feira dia 23 de abril às 10h na ALEPA.

A homenagem é uma celebração à memória da luta de de dona Rosa Viveiros, também conhecida como Nochê Navanakoly e como Mãe Doca, ela era maranhense de Codó e filha de santo do africano Manoel-Teu-Santo e seu Vodun era Nanã e Toi Jotin. É Dona Rosa Viveiros, que em 1891 - apenas três anos após a abolição da escravatura - enfrentou o racismo e outros preconceitos da época e inaugurou seu Terreiro de Tambor de Mina na capital paraense. Mãe Doca foi presa várias vezes porque cultuava as divindades e preservava a religiosidade afro-amazônica, e nem por isso desistiu de manter seu Templo Afro-religioso aberto. Seu terreiro se manteve aberto até meados da década de 1960, e Mãe Doca se tornou o símbolo de resistência das religiões de matriz africana no Pará, e é em sua homenagem que o dia 18 de março se tornou o dia da Umabanda e das religiões Afro-brasileiras.

A comenda foi institutída em 2009 pelo Poder Legislativo do Estado do Pará por iniciativa a e projeto da deputada Bernadete Ten Caten (PT), e é concedida como reconhecimento da ALEPA às pessoas que trabalham na divulgação, manutenção e preservação das manifestações das religiões de matrizes africanas, mas somente em 2011 foi realizada a primeira sessão solene e entrega da comenda.

Neste ano de 2012 os homenageados são: Mametu Kaia Onilegi (Kátia Hadad) pelo PSOL; Pai Fernando Antônio Santos Rodrigues pelo PSDB; Huntó Ivonildo dos Santos (Nego Banjo) pelo PMDB; Mãe Maria Emília Miranda dos Santos pelo DEM; Mãe Vanda de Ogum Rompe Mata (Vanda Lúcia dos Santos Soares) pelo PSB; Táta Kinamboji (Arthur Leandro) pelo PT; Mametu Muagile (Mãe Beth de Bamburucema – Elizabeth Leite Pantoja) pelo PSC; Pai Bené (Benedito Saraiva Monteiro) pelo PV; e a pesquisadora Anaíza Vergolino-Henri pelo PDT.

A sessão solene de entrrega da Comenda Mãe Doca acontece nesta segunda-feira, 23 de abril, as 10h no Palácio da Cabanagem, rua do Aveiro, 130 - Cidade Velha, Belém/PA.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Valmirzinho (Valmir Bispo)! Saudades, companheiro...

ATÉ LOGO, ATÉ LOGO COMPANHEIRO

Sierguéi Iessênin

Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro
Adeus, amigo, sem mãos nem palavras.
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo!
Tradução de Augusto de Campos



Valmir Bispo, o Valmirzinho, faleceu hoje - 19 de abril de 2012, o dia do índio.
Valmir foi militante da cultura paraense, organizador de redes culturais, incentivador das culturas de terreiro e, mais que tudo.... Um grande amigo.
Em sua homenagem publicamos imagens de momentos que passamos juntos na II Conferência Nacional de Cultura, em Brasília/ março de 2010.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

FORUM ESTADUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DOS POVOS TRADICIONAIS DE TERREIIRO DO PARÁ

Reunião de lideranças de terreiros marca fundação do Fórum no Pará.
      Lideranças dos Povos Tradicionais de Terreiro, estiveram reunidos nesta ultima sexta-feira (13 de abril de 2012), no auditório do IPHAN, em Belém, sito Avenida Governador José Malcher, 563 – bairro de Nazaré, as 14:00 horas;  para organizarem a plenária de articulação para fundação Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Terreiro do Pará.
A coordenação provisória foi formada pela Iyalorixa Nalva da Oxum (Conselheira Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional); Mametu Nangetu e Baba Tayandô (Conselho Gestor do Projeto Federal “Fome Zero” ).. Mametu Nangetu e Iyalorixa Nalva da Oxum, participaram da IV Conferencia Nacional de Segurança Alimentar em novembro de 2011, na cidade de Salvador (Bahia)e assinaram a ata da plenária nacional com a responsabilidade de articular no Pará a constituição do Fórum; portanto legitimas autoridades para este fim, convidando o Babalorixa Baba Tayandô para compor com elas a coordenação provisória.
Babá Tayandô, Mametu Nangetu e Mãe Nalva de Oxum, coordenadores do Fórum.
A Iyalorixa Nalva da Oxum falou da importância do fórum e citou os seus  princípios norteadores:
  1. Sobrevivência da tradição alimentar de matriz africana ;
  2. Combate à fome e o direito a alimentação
  3. É um espaço plural e suprapartidário o qual aglutina o povo de terreiro
  4. Busca ampliar o conceito de segurança alimentar garantindo os valores civilizatórios preservados pelos povos de terreiro;
5.      Contrapor-se a qualquer tipo de discriminação, intolerância e as formas de                                                                                                                        sexismo e xenofobias e outras intolerâncias correla tas.
            Mametu Nangetu falou das dificuldades que temos encontrado para a implantação de políticas afirmativas para povos tradicionais de terreiro. A reunião deu-se em clima de cordialidade estando presente  lideranças de Belém, Ananindeua e São Sebastião da Boa Vista; ficando na responsabilidade dos presentes uma mobilização não só na região metropolitana mas principalmente nos demais municípios do estado.
Vida longa para o Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Terreiro – Coordenação Pará.
Baba Tayandô
Conselho Gestor do Projeto Federal “Fome Zero” 


Lideranças de terreiros de 5 cidades da zona metropolitana estiveram presentes.


Texto de Babá Tayandô/ ACAOÃ
Fotos de Táta Kinamboji/ Projeto Azuelar - Instituto Nangetu/ Ponto de Mídia Livre

domingo, 15 de abril de 2012

Quebradeiras, o discurso do silêncio.



Mametu Nangetu abriu a roda de conversa dizendo que conheceu lideranças de quebradeiras de babaçu no projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, e que é muito gratificante exibir filmes sobre as comunidades tradicionais de povos amazônidas.
Celi Abdoral, militante da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos - SDDH -, lembrou de expressões populares de sua infância, como "vai catar coquinhos" ou "tu estás fedendo à nego", para falar do contexto das babaçueiras e dizer que não dá pra separar as questões de racismo e outras questões afro-brasileiras da questão de gênero e questões de classe. Disse que na cadeia produtiva aquelas mulheres negras que catam o babaçu são as que ganham menos e estão na base da pirâmida social. Falou do Tempo no filme, um tempo completamente diferente da correria dos fast foods e twitter, e concluiu que o filme nos faz transceder ao tempo delas.
O tempo do filme também fez parte da fala de Milton Kanashiro, amante de cinema e pesquisador da EMBRAPA que relacionou o tempo da narrativa com o trabalho de outros artistas e chamou a atenção para a plasticidade das imagens.
Já Táta Kinamboji disse que o que mais chamou a sua atenção foi a sonoridade e o uso de ruidos do cotidiano que poéticamente são transformados em música, "o que à princípio era um ruído e aí vai se transformando em música e vai virando uma outra experiência estética". Ele também se reportou às metáforas e da associação das imagens do coco (e do leite) do babaçu ao seio das  mulheres, ao que os artistas Romário Alves e Luah Sampaio acrescentaram a 'metáfora do corpo' da mãe árvore- o corpo da árvore do babaçu como o corpo das quebradeiras, as folhas com os cabelos e que tudo alío tinha relação, relação da vida delas com a vida da árvore.
O artista Lucas Gouvea falou da multiplicidade do corpo, do "o que dá pra se fazer com o mesmo", e falou do filme "A revolução dos cocos", uma estória que se passa na Austrália, e disse que os dois filmes se assemelham muito nessa coisa de extrair o máximo de poesia de coisas simples.
Milton e Celi se referiram, então à questão da "solidão". Falaram da solidão expressa no filme como a solidão do feminino - uma solidão curtida e marcada, e que apesar da falta de diálogos no filme, a fala delas está sempre presente.
"Elas são muito faladeiras, e são muito aguerridas na defesa dos babaçuais livres, e esse documentário mostra uma outra forma de ver essa mulher quebradeira de coco", falou uma das pesquisadoras do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia que trabalhou na cartogtrafia das quebradeiras de babaçu, disse também que conhecia um outro documentário, o "Razão e afeto", e que neste de Evaldo Mocarzel o silêncio fala tudo - o silêncio relatando as lutas pelos babaçuais.
Celi tomou a palavra novamente para falar da apropriação que o mercado faz do discurso das lutas das comunidfades tradicionais, falou da realidade de outras mulheires catadeiras - as catadeiras de andiroba, e das dicotomias do discurso que a Natura faz através da série Natura Ekos,
Por fim, a equipe do Cineclube Nangetu convidou os presentes à voltarem na sessão do dia 20 de abril, que no mesmo horário fará a estréia do filme "À margem do Lixo", também do cineasta Evaldo Mocarzel.






Filme coletivo. Fotos e Textos de Táta Kinamboji/ Projeto Azuelar/ Instituto Nangetu - Ponto de Mídia Livre.

Plenária do Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Tereiros do Pará.

Reuinião ampliada da coordenação do Fórum no IPHAN em 13/4/2012
A coordenação do Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Tereiros do Pará convoca todas as lideranças de terreiros para a Plenária que ocorrerá nesta terça-feira, dia 17 de abril, às 14h no Mansu Nangetu (Tv. Pirajá, 1194; Belém), para tratar da pauta:
1. Informes;
2. Organização dos eventos propostos;
3. O que ocorrer.

Mametu Nangetu, Mãe Nalva de Oxum e Babá Tayandô
Coordenadores.

Lançamento nacional do filme À margem do lixo, de Evaldo Mocarzel, nesta sexta 20 de abril.

O Cineclube Nangetu, o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC), o Cine Mais Cultura (MinC), e a distribuidora RAIZ, convidam a população a participar do lançamento nacional no circuito cineclubista do documentário em longa-metragem À margem do lixo, dirigido pelo premiado diretor Evaldo Mocarzel. O documentário À Margem do Lixo recebeu os prêmios de Melhor Filme pelo Júri Popular, Melhor Fotografia e Prêmio Especial do Júri no Festival de Brasília 2008.
O Cineclube Nangetu é um dos primeiros a exibir o filme no circuito cineclubista em Belém, e a sessão faz parte de uma ação nacional que envolve aproximadamente 1,200 cineclubes em todos os estados e no distrito federal.

Data 20 de abril de 2012 (sexta-feira)
Hora: 19h
Local: Cineclube Nangetu
Tv. Pirajá, 1194
Marco da Légua.
Belém do Pará.
Fone: 91-32267599

À Margem do Lixo, Brasil: 2008
À Margem do Lixo é um filme que focaliza os catadores de materiais recicláveis na cidade de São Paulo. É um documentário que aposta num capitalismo mais humano, com mais justiça social. Tornar-se catador é uma forma de resistência, de sobrevivência de uma dignidade que insiste em preservar a sua cidadania. Há mais de 500 mil catadores no Brasil. À Margem do Lixo mostra a importância dessa economia informal que faz o nosso País ser referência no resto do mundo. O documentário resgata a dignidade dessa humanidade que sobrevive à margem de São Paulo, capital financeira do Brasil.
Trata-se da terceira parte de uma tetralogia iniciada com À Margem da Imagem, e À Margem do Concreto, e a obra ainda não realizada À Margem do Consumo.


Evaldo Sérgio Vinagre Mocarzel nasceu em Niterói (RJ) e formou-se em Cinema e Jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Seu primeiro curta-metragem Retratos no Parque foi realizado em 1999. Dois anos depois, dirigiu o curta À Margem da Imagem, que discute a estetização da miséria e o roubo da imagem de quem está na exclusão social mais absoluta e que virou longa-metragem em 2003. No ano seguinte, realizou o documentário Mensageiras da Luz.
Em 2005, Evaldo Mocarzel dirigiu dois documentários: Do Luto à Luta, sobre a Síndrome de Down e À Margem do Concreto, sobre os sem-teto de São Paulo.
No ano de 2006, finalizou o documentário Jardim Ângela. Em 2007, lança mais dois documentários: Brigada Pára-Quedista, sobre a tropa de elite do Exército e O Cinema dos Meus Olhos, sobre a relação de críticos e realizadores com o cinema.
Em 2008, finalizou o documentário A Margem do Lixo e Sentidos à Flor da Pele. Seus últimos projetos são Quebradeiras, BR-3 A Peça, BR-3 Documentário e São Paulo Cia de Dança que foram realizados em 2009, e em 2010 Cuba Libre e Encontro das Águas.

Amazonas-Douro: 9 anos entre o porto seguro e o além mar

Programação de aniversário do Cineclube Amazonas D'OuroQuarta-feira, 18 de abril 19h.
Local: Cineclube Nangetu
Tv. Pirajá, 1194 - Marco Belém/PA
Fone 32267599

 

Originalmente publicado no CINEMA DE RUA
Aprofundar questões filosóficas que resgatam e radicalizam a arte. Apossar-se da natureza mítica, simbólica e dionisíaca do cinema. Projetar esta magia no imaginário de todos que o realizam. Desabrochar nos corações e mentes o estado absoluto da comunhão da arte com a poesia. Em síntese, são estes os objetivos do Cineclube Amazonas Douro, que comemora este mês 9 anos der existência.
A programação acontecerá às 19H desta quarta 18 de abril), no Instituto Nangetu (Pirajá, 1194 - entre Duque e 25). “Uccellacci, uccellini”, do italiano Pier Paolo Pasolini (PPP) é o filme a ser exibido. O crítico Mateus Moura dinamizará a sessão, que terá comentários do pesquisador catalão Antônio Gimenez, autor do livro “Una fuerza del pasado. El pensamiento social de Pasolini” (Editora Trotta, 2003 / 168 pg).
O Cineclube – Ainda no ano de 2003, antes mesmo de marcar a data de sua fundação, o Cineclube Amazonas Douro organizou em Belém o Concílio Artístico Luso-Brasileiro, do qual participaram o realizador brasielrio José Mojica Marins, o Zé do Caixão, e Sério Fernandes, Mestre de cinema da Escola do Porto. Os dois são presidentes de honra da entidade.
Da pauta do Concílio, constavam ações de intervenção artística e social, além de conferências, oficinas e projeções de filmes em vários suportes. Através deste Concílio, foi produzido e realizado, coletivamente, o filme “Pará Zero Zero”, que deu mote a um projeto literário de mesmo nome.
Sob a coordenação do poeta e realizador Francisco Weyl, o Cineclube Amazonas Dourorealiza ações de intervenção artística e social, estabelece a comunhão artística entre poetas e realizadores, em encontros em que se fazem projeções de filmes, exposições de fotografias, leituras de poemas e conferências artísticas e filosóficas, e também via projetos editoriais e outros articulados a Internet com os mesmos propósitos.
“Nosso objetivos são conquistados com o cinema poético, que ainda resiste de forma independente e se realiza fora do domínio da cultura técnico-comercial e ao leste de Hollywood, um cinema criado sem economia de esforços e com a coragem absoluta de afrontar o lugar comum das produções cinematográficas financiadas pela indústria cultural global”, afirma Weyl.
Princípios - Situado numa fértil região em que as relações de poder germinam as próprias contradições, o cinema, arte e indústria em simultâneo, fabrica e destrói sonhos, escreve com fotogramas a história do homem: conscientiza, ilude, diverte, reflete, propõe, aliena, dicotomiza, supera diferenças. Pensado e realizado neste campo paradoxal e inspirado fundamentalmente na poética de realizadores como Antônio Reis e Glauber Rocha, o projeto do Cineclube Amazonas Douro afirma uma concepção estética em que a sua natureza filosófica restitui ao cinema o próprio estado de magia dionisíaca.
O Filme - De origem italiana, “Uccellacci, uccellini” foi traduzido para o português ou como “Gaviões e passarinhos” ou “Passarinhos e passarões”. No Brasil, o filme estreou no dia 4 de maio de 1966, ano em que também integrou a seleçãoloficial do Festival de Cannes. Enquadrado no gênero comédia, o filme, à preto e branco, dura 89 minutos, e narra a saga da viagem de pai (Totó) e filho (Ninetto Davoli), ambos trabalhadores proletários. A meio caminho de uma estrada deserta, eles encontram um corvo que fala e tem ideais. O trio faz uma longa viagem e o homem e o filho regressam ao passado onde São Francisco os manda converter os pardais e os falcões, mas a fome aperta e o pai faminto faz da ave o seu jantar. É, pois, uma parábola ferina de PPP (*1922+1975) sobre o universo dos marginalizados, tão comum à obra do autor de “Accatone” “Mamma Roma”, “Salô”, entre outras.
Serviço – 9 anos do Cineclube Amazonas Douro. Projeção do filme “Uccellacci, uccellini”, de Pier Paolo Pasolini. Quarta, dia 18, às 19H. Instituto Nangetu (Pirajá, 1194 - entre Duque e 25). Dinamização: Mateus Moura. Cometários: Antônio Gimenez. Apoio: Instituto Nangetu. Antes da sessão será exibido o curta “O chapéu do metafísico”, de Francisco Weyl, ganhador do grande prêmio do Douro Film Festival (2006). Carpinteiro de Poesia e de Cinema
Coordenador do Cineclube Amazonas Douro

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Projeto Cabana de Caboco faz a seleção de bolsista.


O Mansu Nangetu recebeu o prof. João Simões para a entrevista que fez parte do processo de escolha de bolsista para atuar no projeto de extensão universitária “Diálogos em Cabana de Caboco – Intercâmbio acadêmico e cultural com o Projeto Azuelar do Instituto Nangetu em Belém-PA”. João Simões apresentou Mametu Nangetu aos estudantes e depois mostrou o espaço do terreiro, disse que aquele é o lugar de desenvolvimento de atividades e disse também que a entrevista foi propositalmente deslocada da UFPA para o terreiro, pois era preciso também perceber se haveria alguma reação negativa por parte dos interessados quando adentrassem ao espaço do do culto ao sagrado para os afro-religiosos.

Em seguida Mametu Nangetu assumiu a condução da conversa e depois de dar as boas vindas à todos explanou sobre os processos de racismo e discriminação que provocam a repressão social e até policial às práticas religiosos afro-amazônicas, e concluiu com a afirmação de que a discriminação acontece por causa do desconhecimento da população sobre as práticas dos povos tradicionais de terreiros.
Em seguida o Prof. João Simões lembrou aos estudantes presentes que o discurso de Mãe Nangetu estava em plena sintonia com o pensamento de Gadamer, Heidegger, Paul Ricouer, e Martin Bobber, entre outros, pois eles tratam da dialogia e da questão da hermenêutica não apenas enquanto método, mas enquanto ser, isto é: enquanto uma ontologia. Afinal você só se pode encontrar, aceitar, respeitar e compreender a alteridade - o `outro` -, se você estiver disposto a conhece-lo.
Portanto João compreende que quando Mametu agradece a presença dos estudantes e da "universidade federal" através deles e de nós, professores, que ela explica à sua maneira as mesmas conclusões que grandes filósofos também chegaram, isto é: que é imprescindível o conhecer diferente para nos tornarmos solidários, humanos, éticos, e democráticos.
E podemos chegar a conclusão de que ela acredita, portanto, que o fim do racismo e da intolerância religiosa pode acontecer apenas à partir do encontro com o outro, do diálogo com o outro, do reconhecimento do outro, e não da exclusão do outro.  Desta maneira ela não exclui ninguém, aceita a entrada das pessoas no seu terreiro, independentemente se são ou não intolerantes com as religiões afro. O prof. João Simões acrescentou que acredita, em sua particularidade, que é preciso salvar nossa humanidade salvando a humanidade do outro, mesmo quando e se esse outro for, por alguns momentos, o nosso algoz. E isto só pode acontecer na Verdade e na transparência.
A entrevista foi coletiva, pois para a equipe do projeto o importante é, ao contrário de estar repetindo uma entrevista pessoal e fechada, fazer uma entrevista coletiva. Foi feita uma roda onde todos os candidatos à bolsa podiam se expressar, e eram estimulados pelos professores a falar. Afinal com esta metodologia, tenta-se superar, pelo menos em parte, a busca de todo e qualquer ser humano, de "maquiar-se", na tentativa de agradar o "outro" para encontrar reconhecimento. 
É esse sentimento de escamoteamento que faz com que ao nos sentirmos diante de uma "banca examinadora", imediatamente nos venha o desejo à dissimulação, à esconder o que acreditamos para parecer dentro do padrão esperado. Por isso a entrevista em grupo, como recebe inúmeros estímulos de várias pessoas, que vão falando e nos provocando, evoca em nós mais sinceridade, ou "atos falhos".  Pode-se, assim, ter uma visão melhor dos candidatos e tentar entender qual aquele que apresenta o melhor perfil, para assumir o trabalho. 
Muito embora, o ideal seria, a sociedade brasileira, deixar de gastar com questões pouco importantes, para dar ênfase à educação. Assim quem sabe teremos no futuro bolsas para todos os alunos que desejarem desenvolver alguma pesquisa com grupos sociais vulneráveis..

terça-feira, 10 de abril de 2012

Reunião da coordenação do Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Terreiros do PA.

A reunião vai acontecer às 14h desta sexta-feira 13 de abril 
na sede do IPHAN em Belém, 
Av. Governador José Malcher, 563 - bairro de Nazaré.

Mão Nalva d'Oxum, Babá Tayando e Mametu Nangetu, coordenadores provisõrios.do Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Terreiros do PA, convocam as lideranças de terreiros para reunir nesta sexta-feira, dia 13 de abril de 2012, com pauta única de traçar estratégias para a primeira  plenária do Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Terreiros do PA.
A coordenação provisória fará uma reunião ampliada para planejar as ações e estruturar a primeira plenária estadual do Fórum, será com a participação de todas as lideranças de terreiros interessadas na construção do Fórum no estado do Pará.
Os Fóruns Estaduais são uma necessidade para a inserção dos povos de terreiros de cada estado no Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicioans de Terreiros que foi criado em Salvador em 2011.


FORUM NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DOS POVOS DE TERREIRO
Em meio ao tumultuado cenário da luta contra a intolerância religiosa, a luta por respeito e reconhecimento dos povos de terreiro como os mantenedores da visão de mundo africano na diáspora forçada dos africanos e de uma tradição comprometida com a luta contra a discriminação e preconceitos e anti-racismo e principalmente com uma prática de alimentação sagrada de troca e manutenção do meio como preservação da vida faz surgir o Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos de Terreiro. (FONSANPOTE)
Entendemos o processo de construção de estratégias estadual e nacional para adequar-se a política nacional de segurança alimentar como primordial nas discussões quanto às reparações segunda as definições oriundas da IIIª Conferência Internacional de Durban – ONU, as nações organizadas da diáspora forçada. Este contingente populacional tido como negros e seus descendentes, conquistam cotidianamente políticas públicas e ações afirmativas ante contextos adversos da sociedade, o que sem dúvida tem como empenho efetivo do governo federal um marco político relevante nestas conquistas.
Com os avanços e retrocessos, lutas e conquistas dentro da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional detectados no processo de construção da IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar no ano de 2011, mais precisamente em Salvador é que nasce este Fórum que tem em seu cerne a defesa incondicional dos valores civilizatórios africanos que constituem-se como Povo de Terreiro, e a defesa das suas formas de resistência em solo brasileiro todas as nações africanas e que mantiveram e mantém um povo na busca por seus direitos e acima de tudo sua plena liberdade.
OS PRÍNCÍPIOS NORTEADORES:
  1. Sobrevivência da tradição alimentar de matriz africana ;
  2. Combate a fome e o direito a alimentação
  3. É um espaço plural e suprapartidário o qual aglutina o povo de terreiro
  4. Busca ampliar o conceito de segurança alimentar garantindo os valores civilizatórios preservados pelos povo de terreiro;
  5. Contrapor-se a qualquer tipo de discriminação, intolerância e as formas de sexismo e xenofobias e outras intolerâncias correlatas.
RESOLUÇÕES TIRADAS NO DIA OITO DE NOVEMBRO 2011 EM SALVADOR – BA
Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos de Terreiro. (FONSANPOTE) é constituídos por terreiros da tradição ancestral de matriz africana e os mesmo matem sua autonomia dentro de uma organização estadual definida no momento como núcleo articulador do FONSANPOTE.
O espaço deliberativo é constituído por assembléia nacional representativa ordinária e ou extraordinária realizadas em locais itinerantes, compreendendo estar em todas os estados em que o Fórum tiver núcleo articulador.
O FONSANPOTE deve ser regido por uma carta de princípios (a ser constituída coletivamente entre os fundadores e articuladores do mesmo).
Fica definido que em seis meses a partir desta data o núcleo articulador entendidos como os representantes de cada estado presente nesta plenária constitua uma plenária estadual e apresente os terreiros da tradição ancestral de matriz africana que aderem a referida carta de princípios.
Fica definido que a secretaria executiva temporária pelo período de um ano, ficara constituída pelos estados de São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul com a função de implementar este debate da carta de princípios, a compilação das plenárias estaduais e o processo de organização da assembléia nacional do FONSANPOTE .
Anexo a esta a lista de presença e a ata da plenária com a responsabilização destes pela articulação estadual pelo FONSANPOTE.
Estados presentes que assinam esta carta:
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Goiás, Bahia, Ceará, Alagoas, Distrito Federal, Paraíba, Amazonas, Tocantins, Amapá, Sergipe, Paraná, Pará, Maranhão, Rondônia.



sábado, 7 de abril de 2012

Lançamento nacional do filme Quebradeiras, de Evaldo Mocarzel, será no dia 13 de abril.

O Cineclube Nangetu, o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC), o Cine Mais Cultura (MinC),  e a distribuidora RAIZ, convidam a população a participar do lançamento nacional no circuito cineclubista do documentário em longa-metragem Quebradeiras, dirigido pelo premiado diretor Evaldo Mocarzel. Quebradeiras recebeu o  Prêmio de Melhor Documentário no Festival de Toulouse, na França e prêmios de Direção, Fotografia e Som no Festival de Brasília 2009.

O Cineclube Nangetu será o primeiro a exibir o filme no circuito cineclubista em Belém, e a sessão faz parte de uma ação nacional que envolve aproximadamente 1,200 cineclubes em todos os estados e no distrito federal.

Data 13 de abril de 2012 (sexta-feira)
Hora: 19h
Local: Cineclube Nangetu
Tv. Pirajá, 1194
Marco da Légua.
Belém do Pará.
Fone: 91-32267599


Quebradeiras”, documentário de 71 minutos dirigo por Evaldo Mocarzel, focaliza as tradições seculares, as estratégias de sobrevivência e a rica cultura das quebradeiras de coco de babaçu da região do Bico do Papagaio, onde os Estados do Maranhão, Tocantins e Pará se encontram. O Brasil possui atualmente cerca de 18 milhões de hectares de babaçuais, mas a crescente expansão da pecuária e a conseqüente devastação das palmeiras estão ameaçando essa cultura secular das quebradeiras de coco de babaçu, que engloba manifestações artísticas genuinamente brasileiras, um patrimônio telúrico do nosso País, da diversidade das nossas raízes, que mistura remanescentes de quilombos com influências de ritos indígenas milenares. “Quebradeiras" tem como meta resgatar e preservar na linguagem audiovisual as técnicas extrativistas e as manifestações artísticas dessas mulheres, que, além da diversidade de artesanatos, ainda englobam uma infinidade de cantos, com forte influência africana e também indígena, que é entoada durante o trabalho e ainda não foi devidamente registrada pela cultura oficial do nosso País.

O filme estreou no Festival de Brasília, onde foi contemplado com os prêmio de Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Som. Sua estréia internacional se deu no 22° Rencontres de Cinémas d’Amérique Latine de Toulouse, na França, onde foi eleito o Melhor Documentário do festival.