quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Cinema e Carnaval. 06 de fevereiro tem: "Nossa escola de samba", de Manuel Horácio Gimenez, Brasil, 1965.

Por solicitação das comunidades de terrerios, que desfilam na Aldeia Cabana pelo Afoxé Italemi Sinavuru na sexta-feira, dia 8 de fevereiro as 18h, antecipamos a sessão do cineclube para a quarta, dia 6, no mesmo horário - 18h.

E para encerrar a programação do Cineclube Nangetu em alusão ao carnaval, em especial aos desfiles de escolas de samba - que é uma das paixões da comunidade de terreiro -, na quarta-feira, 6 de fevereiro, as 18h, haverá sessão com o filme:

Nossa Escola de Samba
Direção: Manuel Horácio Gimenez, Brasil, 1965, 30 minutos.



Sinopse: A escola de Samba Unidos de Vila Isabel entra na avenida no carnaval de 1965. Por meio de texto construído a partir de declarações de um dos fundadores da escola, Antônio Fernandes da Silveira, o China, é possível conhecer um pouco da vida de alguns moradores do morro do Pau da Bandeira no Rio de Janeiro. A preparação para o carnaval: a pesquisa para o tema, a construção dos carros alegóricos, os ensaios, o samba-enredo. A presença crescente da comunidade. Com o enredo "Rio Epopeia do Teatro Municipal" a escola sobe para o grupo especial do carnaval carioca.

Endereço:
Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua.
Belém
Fones: (91)32267599; (91) 88067351 (Mametu Nangetu).

Cinema e Carnaval. 07 de fevereiro tem: "Natal da Portela", de Paulo Cesar Saraceni, Brasil, 1988.

Dando continuidade à programação do Cineclube Nangetu em alusão ao carnaval, em especial aos desfiles de escolas de samba - que é uma das paixões da comunidade de terreiro -, na quinta-feira, 7 de fevereiro, as 18h, haverá sessão com o filme:

Natal da Portela 
de Paulo Cesar Saraceni, Brasil, 1988.

Sinopse: A trajetória de um garoto humilde que perde um braço durante a infância, nos trilhos de uma ferrovia, mas, ainda assim, torna-se um poderoso banqueiro de jogo do bicho e sustenta uma escola de samba, hospital e orfanatos.

Endereço:
Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua.
Belém
Fones: (91)32267599; (91) 88067351 (Mametu Nangetu).

Cinema e Carnaval. 01 de fevereiro tem "Barracão - Um Olhar Carnavalesco", de Waldir Xavier. Brasil, 2009.

Iniciando a programação do Cineclube Nangetu em alusão ao carnaval, em especial aos desfiles de escolas de samba - que é uma das paixões da comunidade de terreiro, nesta sexta-feira, as 18h, haverá sessão com o filme:

Barracão - Um Olhar Carnavalesco
de Waldir Xavier. Brasil, 2009.

O Documentário acompanha a preparação da Acadêmicos do Cubango para o desfile do Grupo de Acesso no Carnaval de 2008. Naquele ano, a escola homenageava Mercedes Baptista, 1ª bailarina negra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Endereço:
Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua.
Belém
Fones: (91)32267599; (91) 88067351 (Mametu Nangetu).

sábado, 19 de janeiro de 2013

Quem tem um sonho não cansa: A Resistência FM está no ar!


Táta Dianvula e Táta Kinamboji estiveram na reunião de re-organização da "RC Resistência FM, o grito rebelde da periferia". A emissora comunitária atende o bairro do Marco com abrangência até parte da Terra-firme, e é prte das articulações de mídia livre do Projeto Azuelar.
Uma extensa programação de debates sobre o marco regulatório das comunicações e sobre o direito à comunicação, assim como uma agenda para a mobilização social, foi a principal pauta dos agentes da RC Resistência FM, pauta que inclui atos públicos em praças e sedes dos movimentos sociais presentes nos bairros atendidos, assim como a itinerância dessa mobilização pelos bairros sedes de outras rádios comunitárias.
Dentre a pauta social, está agendada uma programação especial em memória de Mãe Doca e alusão ao 18 de março - Dia estadual e municipal (Belém) da Umbanda e das Religiões Afro-brasileiras.








Saúde: "As drogas e os terreiros".

As drogas e os terreiros
Por Patrick Oliveira

O dia já acordou exuberante, chuva e sol, frio e calor - eis a dinâmica climática no Brasil Central. Como se não bastasse a angústia dilacerada, levantar logo cedo, ir a academia exercitar o esqueleto e sentir leve e de bem com a vida. Foi pensando em tudo isso, que no corre-corre dessa manhã que comecei a pensar um pouco nessa questão das relações... do terreiro com as drogas.

Depois de quase três meses viajando pelo sul/sudeste do Brasil, conhecendo vários agentes sociais e falando de drogadição com comunidades tradicionais de terreiros - fica um impasse desmedido que compartilho com vocês. Os terreiros desde suas origens sempre foram lugares primordiais do cuidado de uma população que se quer tinha acesso aos médico de família e ao atendimento hospitalar. Sabemos bem que as Ialorixás assumiram papéis de liderança junto as suas comunidades, cuja a finalidade era a subsistência e a assistência a essa gente, que fora tão negada e ausente de acesso. A vida não era fácil na senzala, nem foi fácil no mocambo, o que dirá no morro, na favela. As questões de cuidado e de saúde sempre tiveram presente na rotina dos terreiros. Espaço por excelência do cuidado, do bem-estar, da saúde, do axé (a energia vital da vida).

As drogas atingem os terreiros das formas mais diversas - direta ou indiretamente. A questão é que um envolvimento nas drogas pode afetar todo um sistema familiar e por esse viés conduzir o grupo familiar para diversas dinâmicas de ajuda. As vezes um membro da família, vai ao terreiro para buscar uma coletividade, uma segunda família, uma vez que isso se ausenta de certa forma para ele. As vezes o membro da família que aproxima do terreiro nem seja o usuário propriamente, e essa pessoa, chega ao terreiro trazendo a demanda de todo o contexto familiar dela.

A Psicologia de Grupo tem ensinado o quanto o grupo pode ser afetado por um dos seus membros, profundamente adoecido - esse membro pode sim, modificar toda a rotina do grupo, inclusive perturbá-lo. No terreiro o equilíbrio, a disciplina, o cuidar de si e do outro, se faz presente, sobretudo pela própria dimensão do sagrado na vida das pessoas. No terreiro o abian (abión) aprende desde cedo que seu corpo é templo, morado do sagrado (dos orixás).

A pedagogia dos terreiros, a cosmogonia que ali se faz presente, herança africana - convoca o iniciante a uma restruturação e reorganização da vida, para além dos pressupostos hedonistas, capitalistas, individualistas etc., do mundo pós-moderno. A rotina do terreiro faz o convite a coletividade, a partilha, a respeitabilidade, o sagrado, o cuidado e o aprendizado.

Uma criança que desde os primeiros momentos da vida, aprendeu a viver na lógica do terreiro, introjetando a cosmovisão de mundo ali presente, terá muito mais subsídios para dizer não as drogas, do que uma criança que foi educada no individualismo, no culto exacerbado ao capital e ao corpo. No terreiro se entende que o corpo faz parte de uma ciranda (xiré) coletivo, ele é entregue a comunidade-terreiro para ser morada de deuses e deusas.

As drogas é uma questão de cunho sócio-econômico, muitos jovens entram nas drogas por ausências de oportunidades na vida, pelo desemprego e por que o capitalismo manda mesmo para a criminalidade, para as drogas jovens que não tem condições de bancar o engodo do capital, o luxo e o consumismo que o capitalismo tanto prega. Mas manda também para as drogas jovens que no sem-sentido da vida, se embebeda no individualismo, na demasia e na ótica do tudo ter. Na ausência do sentido de existência, as drogas entra como anestesia frente a dor de existir - um problema comum em sociedades capitalistas, neo-liberal e por demais individualistas.

A estadia nessas comunidades-terreiros foi para mim enquanto psicólogo, negro e herdeiro da ancestralidade de matriz-africana momento impar de leitura, de analise e sobretudo de sistematização da importância dos terreiros no cuidado com a saúde das pessoas e no cuidado com a vida. E o quanto os terreiros tem sido parceiros do SUS (Sistema Único de Saúde), no que se refere a saúde sobretudo de populações menos favorecidas.

Enquanto as drogas e seus dilemas aumentam, dilacerando a vida e o viver, entendo prontamente que as comunidades de terreiros podem em parcerias com uma rede de assistência, em parceria com a comunidade e com o sistema público de saúde ser propulsora de saúde, de bem-estar e de vida. Nessa época onde nossos jovens negros tem sido brutalmente assassinados, é preciso que toda a sociedade civil seja convocada, alertada e convidada a participar desse mutirão a favor da vida e da dignidade da pessoa humana - nessa empreitada toda os terreiros não podem ficar de fora.

Patrick de Oliveira é Psicólogo, Psicanalista e Assessor Nacional da Rede Afro Ewó de Prevenção as Drogas. É Diretor do Núcleo de Atendimento Psicanalitico em Álcool e Outras Drogas - NAPsi-Ad.


Texto gentilmente cedido por Patrick de Oliveira para publicação no blog do Instituto Nangetu.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Manifestação de combate à intoleriancia religiosa.


O Instituto Nangetu estará presente no ato-manifesto promovido pelo Comitê Inter-religioso do Estado do Pará em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O ato vai acontecer na praça da República na manhã deste domingo, dia 20 de janeiro de 2013.

 

 

Ato de Combate à Intolerância Religiosa

ATo 2013

No mês dos 397 anos de aniversário da cidade de Belém, o Comitê Inter-Religioso do Estado do Pará promoverá o quarto Ato de Combate à Intolerância religiosa.  Este evento na cidade marcará o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (*).
A ação faz parte do calendário nacional de lutas e será realizada no dia 20 de janeiro (domingo), de 9h às 11:30h, no Anfiteatro da Praça da República que contará com a presença dos mais diversos segmentos étnicos e religiosos.
(*) O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído pela Lei Federal 11.065/07 para lembrar a data de morte da iyalorixá (sacerdotisa do candomblé) Gilda do Ogun, em 2000. Mãe Gilda foi acometida por um enfarto fulminante ao ver sua foto estampada na capa da Folha Universal com o título de “Macumbeiros charlatões enganam fiéis”. A IURD foi condenada em última instância a indenizar os herdeiros da sacerdotisa.
Contatos: Tayandô (9605-8713), Ílziris Miranda (8874-4396), Gilson Dias (8107-4922)

Cineclube no combate ao racismo e intolerância religiosa.


O Cineclube Nangetu retoma suas atividades regulares iniciando 2013 com uma programação alusiva ao "Dia nacional de combate à intolerância religiosa" e apresentando dois filmes relacionados a essa temática.

21 de janeiro, Dia nacional de combate à intolerância religiosa!
No dia 21 de janeiro é comemorado o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa. A data foi oficializada pela Lei nº 11.635, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 27 de dezembro de 2007.
A data marca, ainda, a morte de Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, ialorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum. A líder religiosa morreu, em 21 de janeiro de 2000, numa situação de combate contra a intolerância religiosa, praticada por evangélicos em seu templo, localizado no Abaeté, em Itapuã, na Bahia.
Mãe Gilda morreu de infarto após ver sua foto publicada no jornal de uma igreja evangélica, acompanhada de texto depreciativo. Semanas antes, o terreiro de Mãe Gilda fora invadido por evangélicos. A Igreja Universal do Reino de Deus, responsável pela publicação da Folha Universal, foi condenada a indenizar a família da iyalorixá.

Programação do Cineclube

Dia 18 de janeiro, sexta-feira, 18:30.
"O jardim das folhas sagradas", de Pola Ribeiro. (Brasil, 2011)


Jardim das Folhas Sagradas é um longa de ficção construído a partir de Bonfim, um bancário bem sucedido, negro e bissexual, casado com uma mulher branca e de crença evangélica. Ele vive na Salvador contemporânea e recebe a incumbência de montar um terreiro de candomblé no espaço urbano. Para isto, enfrentará a especulação imobiliária numa cidade de crescimento vertiginoso, o preconceito racial e a intolerância religiosa. Este homem, embora questione a tradição da própria religião, tem a missão de montar um ambiente sagrado e de respeito à natureza, superando as contradições e conflitos trazidos pela modernidade.



Dia 19 de janeiro, sábado, 18:30.
"A Deusa Negra", de Ola Balogun (Nigéria/Brasil, 1978)

"A deusa negra" conta a história de um africano, Babatunde, que busca no Brasil seus parentes e revive, pelos caminhos mágicos do candomblé, o percurso de seu ancestral escravo, Oluyole.

O Cineclube Nangetu fica na Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua. Belém do Grão-Pará.
Fones: (91)32267599; (91) 88067351 (Mametu Nangetu).

domingo, 6 de janeiro de 2013

Denúncia - Mata e igarapé da CEASA estão virando lixão.

A mata e o igarapé nas margens da estrada que leva à CEASA de Belém estão sendo transformados num lixão a céu aberto, o lugar é utilizado tradicionalmente por povos e comunidades tradicionais de matrizes africanas e a preservação da naureza faz parte desse uso tradicional.
A mata da CEASA fica nos arredores, e é uma das entradas para o Parque Ambuental do Utinga, mas mesmo assim a cada dia que passa estamos vendo aumentar o volume de lixo despejado nas margens da estrada, e isso, aliado ao descaso da gestão pública do município de Belém e do Estado do Pará para com aquela área, está ameaçando a preservação do Patrimônio Ambiental.

Vejam fotos da margem do igarapé na estrada da CEASA na tarde do domingo 6 de janeiro de 2013.




 


Zara Kitembo!



A nossa Fé em Kitembo, o nosso Rei de Angola!
Que dias melhores venham para quem é de Ngunzus e quem é de Asé.
Nosso Ano iniciou Cheio de Muita Fé e esperança em dias Melhores.

Belém, 6 de janeiro de 2013.

Mametu Nangetu uá Nazambi.



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Cortejo a Kitembu - Convite.

 
Convite

O Terreiro Mansu Nangetu Mansubandu Kekê Neta, convida os amigos e simpatizantes da comunidade afrorreligiosa para participarem do “Cortejo a Kitembu”.
Dia: 05 de janeiro de 2013 (Sábado) Início: 11h
Endereço: Travessa Pirajá, 1194 - Bairro Marco, Belém-Pará

Agradecemos sua presença!

Mam´etu Nangetu uá N´Zaambi