terça-feira, 24 de setembro de 2013

Convite - 27/9/13, Cosme e Damião.


Convidamos os amigos, simpatizantes e filhos da comunidade Afro-Religiosa, para participarem da Cerimônia de Tradição Angola “Dibangulangu riá Nvunji”, o Carurú das Crianças, na oportunidade serão distribuídos doces, sucos, bolos, mingaus, carurú e muita brincadeira às nossas criancinhas.
Contamos com sua presença!
Agradecemos antecipamente.

Mam'etu Nangetu Úa NZambi

Dia: 27 de setembro de 2013 (sexta-feira)
Início: 18h
Local: Terreiro Mansu Nangetu Mansubando Kekê Neta (Travessa Pirajá, 1194, Bairro do Marco, Belém-Pará)
Participe, entrada franca!
 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sobre a III Conferência Estadual de Cultura do Pará, só podemos dizer:dias melhores virão!




O discurso de Mametu Nangetu emocionou a platéia, e em especial o Valcir, irmão do Valmir, que se manifestou nas redes sociais dizendo: “O momento mais emocionante e verdadeiro da III Conferência Estadual de Cultura foi o pronunciamento feito na abertura do evento por Mam'etu Nangetu Úa NZambi, que evocou a lembrança do meu saudoso irmão Valmir Bispo Santos (que foi companheiro de tantas jornadas por um mundo mais justo e diverso e acolhedor das múltiplas culturas), e lamentou o esvaziamento da Conferência, sobretudo a ausência dos povos tradicionais (indígenas, quilombolas, ribeirinhos, entre outros), assim como o impedimento ao livre acesso à Conferência, o que é um contra-senso ao caráter de conferência pública”.
E foi com a memória do passado em que tivemos dias muito melhores do que estas nuvens dos tempos de chumbo que tomaram a SECULT e que enchem de trevas a gestão cultural, e, mais, em lembrança dos dias em que o que dizíamos era ao menos ouvido e registrado no documento final da conferência, que Mametu Nangetu foi para a mesa de abertura falar em nome dos paraenses que foram escolhidos por seus iguais para representar a sociedade nos colegiados setoriais do conselho nacional de política cultural, e, em nome de todos os agentes das culturas paraenses, relatou as posturas de Valmir Bispo na organização da II CEC-PA e do respeito que a nós era dispensado num passado recente.
O que podemos perceber é que o descaso e desrespeito com os artistas e mestres das culturas populares e tradicionais nesta conferência foi intencional, e tinha o objetivo de travar a participação da sociedade na construção de políticas públicas para a cultura no Estado do Pará. Sabemos que o que este governo quer é decidir sozinho, e ao menos uma constatação foi óbvia: ao governo de Simão Jatene e de seu vice-rei na SECULT, Paulo Chaves, não interessa o diálogo com a sociedade!
E pelo visto esse clima anti-diálogo se espalhou entre delegados não governamentais, e alguns de nós preferiram o bate-boca - que interessa aos governantes e a quem deseja manter a maioria distante dos argumentos culturais – ao consenso que sempre conseguimos em nossas rodas de conversa, mas para quem trai a sua cultura pelo troco de uma eleição pra delegado, mais cedo ou tarde tem também o troco daqueles que fazem a cultura acontecer, e o futuro estará aí pra nos mostrar as reais intenções dessas pessoas.
Ora, conferências nunca foram perfeitas, mas nós já vivemos dias melhores e..., temos certeza, dias melhores virão novamente....

Seminário ÀDÁNIDÁ do GEP Roda de Axé/CNPq-UFPA em parceria com o Projeto Azuelar do Instituto Nangetu.

O seminário inicia na manhã de sexta-feira, dia 20 de setembro, as 9h no auditório do Instituto de Letras e Comunicação da UFPA, e continua no sábado no Mansu Nangetu, com Oficina com Aberbal Ashogun Moreira no Instutito Nangetu como parte integrante do Seminário ÀDÁNIDÁ do GEP Roda de Axé/CNPq-UFPA em parceria com o Projeto Azuelar do Instituto Nangetu.

 Título: Ecologia e cultura para cidadania dos povos tradicionais de matriz africana e políticas culturais para povos tradicionais de matriz africana/eixo cultura e educação

Data: 21 setembro 2013
Horario: a partir 9:30
Local: Instituto Nangetu Travessa Pirajá, 1194
Bairro Marco, Belem, 91-32267599



terça-feira, 17 de setembro de 2013

Conferência Livre de Culturas Afro-brasileiras no Mansu Nangetu.

Foram 23 agentes de culturas afro-brasileiras que, em uma roda de convesa, analisaram as ações e propuseram diretrizes para a política pública setorial de culturas afro-brasileiras.


Avaliação da política pública para as culturas afro-brasileiras - Reconhecemos o esforço do Governo Federal em implantar políticas públicas para as culturas afro-brasileiras, mas as políticas afirmativas no MinC ainda são ineficientes. Na nossa avaliação, o governo é ambíguo em relação à política racial, pois ao mesmo tempo que cria a SEPPIR e demonstra buscar a diversidade, escolhe representantes do conservadorismo para ocupar alguns cargos de ministro.
Pra nós também é prioritário o Custo Amazônico, que é reconhecer as dificuldades de deslocamento, comunicação e logística que os agentes sociais amazônidas enfrentam cotidianamente para o desenvolvimento de projetos, e que para vencer as dificuldades os projetos financiados na Amazônia tenham um acfescimo de 30% em relação ao valor de outras regiões mais favorecidas de infra-estrutura. Mas também deve ser entendido como o reconhecimento de que o poder publico federal investiu muito poucos recursos nos 9 estados da região, e que por isso aumente o percentual de projetos financiados para a Amazônia Legal.






 Propostas para o Eixo 1. - IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA - Foco: Impactos da Emenda Constitucional do SNC na organização da gestão cultural e na participação social nos três níveis de governo (União, Estados/Distrito Federal e Municípios).
1 - Marcos Legais, Participação e Controle Social e Funcionamento dos Sistemas Municipais, Estaduais/Distrito Federal e Setoriais de Cultura, de acordo com os Princípios Constitucionais do SNC; 2 - Qualificação da Gestão Cultural: Desenvolvimento e Implementação de Planos Territoriais e Setoriais de Cultura e Formação de Gestores, Governamentais e Não Governamentais, e Conselheiros de Cultura; 3 - Fortalecimento e Operacionalização dos Sistemas de Financiamento Público da Cultura: Orçamentos Públicos, Fundos de Cultura e Incentivos Fiscais; 4 - Sistemas de Informação Cultural e Governança Colaborativa.

Prioridades para o Eixo 1:

1.Garantir a ampliação da participação de representação de Povos e Comunidades Tradicionais e de agentes das artes e culturas afro-brasileiras em cada Conselho Estadual e Municipal de Cultura para garantir a presença de representação de Povos Tradicionais de Matrizes Africanas, Povos Indígenas, de comunidades quilombolas, e artistas negros nas esferas de diálogo decisão na área da cultura;
2. Adotar política de cotas para garantir a diversidade étnica, racial, sexual, geracional e de gênero em todas as ações do Ministério da Cultura, inclusive em projetos financiados por leis de incentivo;
3. Articular as diversas secretarias de estado e municipio para realizar mapeamento socio-economico, cultural e ambiental das comunidades tradicionais, assim como cartografias dessas comunidades, paa agilizar a certificação e regulação fundiária dos territorios tradicionais dos povos de terreiros, quilombolas, indigenas, riberinhos e todos os povos da floresta;
4. Realizar parcerias com organizações da sociedade civil e NEABs de universidades e Institutos Federais, para ofertar cursos de formação continuada de identificação de casos e combate ao racismo institucional para gestores e técnicos de instituições culturais.

Propostas pro Eixo 2. PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL - Foco: O fortalecimento da produção artística e de bens simbólicos e da proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, com atenção para a diversidade étnica e racial.
1 - Criação, Produção, preservação, intercâmbio e circulação de Bens Artísticos e Culturais;
2 - Educação e Formação Artística e Cultural;
3 - Democratização da Comunicação e Cultura Digital;
4 - Valorização do Patrimônio Cultural e Proteção aos Conhecimentos dos Povos e Comunidades Tradicionais.

Prioridades para o Eixo 2:

1. Estimular o protagonismo dos de Povos Tradicionais de Matrizes Africanas, Povos Indigenas, de comunidades quilombolas, de comunidades ribeirinhas e de comunidades extrativistas para a criação de conteúdos audiovisuais (filmes e programas de televisão e rádio), assim como criar politica de incentivo à criação e fortalecimento de rádios e TVs comunitárias para para povos tradicionais promoverem a divulgação e valorização das culturas tradicionais de Povos Tradicionais de Matrizes Africanas, Povos Indigenas, de comunidades quilombolas, de comunidades ribeirinhas e de comunidades extrativistas;
2. Criar Legislação e/ou outros atos normativos que garanta aos povos e comunidades tradicionais tenham acesso à fauna e a flora silvestre para a manutenção de suas tradições e a realização dos seus rituais ancestrais, e com isso combater o racismo ambiental e garantir que os povos e comunidades tradicionais de matriz africana não precisem passar por constrangimentos e que tenham acesso ao meio ambiente em condições primárias (reservas federais, estaduais e municipais) inclusive para a coleta de matérias-primas da natureza para fins artesanais, medicinais, religiosos e outros e que atenda às normas internacionais estabelecidas para os povos indígenas, tribais e para todos os povos tradicionais quanto à erradicação da intolerância religiosa e cultural.
3. Criar programas específicos para a criação de centros de referência de culturas afro-brasileiras em territórios de comunidades tradicionais de terreiros de matriz africana (algo bem parecido com pontos de cultura, mas que respeitem o contexto de organização dos terreiros), ou seja: espaços que garantam a inclusão digital através da implantação e funcionamento de laboratórios digitais como os dos infocentros, além de biliotecas, brinquedotecas, videotecas, discotecas especializadas em culturas afro-amazônicas, e que funcione como espaço para formação, produção e difusão das culturas afro-brasileiras e para a formação, produção e difusão em audiovisual, artes visuais, teatro, dança, artesanato, moda e outras liguagens desde que com caráter etnico afro-amazônico e, ainda, que sirva de apoio ao ensino de história e cultura africana e afro-brasileira e contribua com a implantação da Lei 10.639/02 nas escolas de seu entorno;
4. Realizar parcerias com organizações da sociedade civil e com o MEC, para junto aos NEABs de universidades e Institutos Federais ofertar cursos de formação continuada de arte e cultura africana e afro-brasileira para professores e técnicos da rede pública de ensino.


Propostas pro Eixo 3 - CIDADANIA E DIREITOS CULTURAIS - Foco: Garantia do pleno exercício dos direitos culturais e consolidação da cidadania, com atenção para a diversidade étnica e racial.
1 - Democratização e Ampliação do Acesso à Cultura e Descentralização da Rede de Equipamentos, Serviços e Espaços Culturais, em conformidade com as convenções e acordos internacionais; 2 - Diversidade Cultural, Acessibilidade e Tecnologias Sociais; 3 - Valorização e Fomento das Iniciativas Culturais Locais e Articulação em Rede; 4 - Formação para a Diversidade, Proteção e Salvaguarda do Direito à Memória e Identidades.

Prioridades para o Eixo 3:

1. Incentivar a produção de literatura, em especial a infanto-juvenil, e a publicação de literatura com a temática afro-amazônica e fomentar publicações da cultura tradicional afro-amazônica; Criar programa de capacitação para as Comunidades Tradicionais de Terreiros, objetivando a escrita das estórias da tradição oral e o registros da mitologia e cosmologia afro-brasileira; Criar programa de incentivo a leitura nos territórios de Comunidades Tradicionais de matriz africana;
2. Criar programa de parceria com comunidades tradicionais de quilombos, povos tradicionais de matriz africana, de organizações do movimento social negro, para a utilização do espaço fisico das organizações sociais como centros de cultura de periferia e áreas rurais;
3. Estruturar o IPHAM para programa de salvaguarda do patrimônio cultural afro-brasileiro, inclusive com realização de concurso para pesquisadores de culturas afro-brasileiras, com o objetivo de fortalecer o registro do patrimônio cultural afro-brasileiro'
4. Criar novos programas, e fortalecer os já existentes, de editais de baixo orçamento que privilegiem a diversidade cultural (étnica, racial, de gênero e geracional) em localidades de menor índice de desenvolvimento humano – IDH, respeitando a informalidade das culturas afro-brasileiras e periféricas

Propostas pro Eixo 4 - CULTURA E DESENVOLVIMENTO - Foco: Economia criativa como uma estratégia de desenvolvimento sustentável.
1 - Institucionalização de Territórios Criativos e Valorização do Patrimônio Cultural em Destinos Turísticos Brasileiros para o Desenvolvimento Local e Regional; 2 - Qualificação em Gestão, Fomento Financeiro e Promoção de Bens e Serviços Criativos Nacionais no Brasil e no Exterior; 3 - Fomento à Criação/Produção, Difusão/Distribuição/Comercialização e Consumo/Fruição de Bens e Serviços Criativos, tendo como base as Dimensões (Econômica, Social, Ambiental e Cultural) da Sustentabilidade; 4 - Direitos Autorais e Conexos, Aperfeiçoamento dos Marcos Legais Existentes e Criação de Arcabouço Legal para a Dinamização da Economia Criativa Brasileira.

Prioridades para o Eixo 4:

1. Criar programa específico para a população de comunidades tradicionais de terreiros para capacitação de pessoal; Fomento à produção; e Comercialização de:
a). produtos fitoterápicos;
b)`Perfumaria, inclusive banhos aromáticos;
c) Velas, inclusive as de uso decorativo e/ou perfumadas;
d) Manufatura têxtil; Estamparia e Moda;
e) Bijuterias e acessórios;
f) Publicações impressas e/ou em mídias eletrônicas;
g) Estatuária;
h) Artesania afro-amazônica;
i) outras atividades de interesse
2. Estimular a formação de cooperativas de produção de moda etnica afro-brasileira;
3. Estimular a realizacão de feiras de produtos afro-brasileiros em todos os estados da federação.




sábado, 14 de setembro de 2013

Oficina de apropriação tecnológica no terreiro Mansu Nangetu - Criando laços.


Postagem original da Rede Mocambos.


No dia dia 11 de setembro de 2013, aconteceu uma reunião com representantes do Mansu Nangetu terreiro da Mãe Nangetu, onde a possibilidade de fazer uma imersão sobre a rede mocambos com as comunidades de terreiro de Belém do Pará foi fechada. A data pra a oficina de instrumentalização tecnológica e ferramentas mocambólicas com datas de 08 à 10 do mês de Outubro (data sujeita à alterações), tendo em vista uma utilização critica da internet que de acordo com dados de pesquisas nacionais relaciona a porcentagem de pouca utilização dessa ferramenta por parte das comunidades negras e tradicionais de terreiro.
Durante a conversa, foi colocado por Milson Onilètó a importância da apropriação desse território tecnológico, e dessa forma fortalecer as praticas tradicionais e das organizações politicas das comunidades.
Mãe Nangetu falou da articulação das comunidades tradicionais nas discussões nacionais sobre as políticas públicas, principalmente as culturais. Ela relatou que estão acontecendo constantemente as conferências em Belém e que é importante que a juventude de terreiro se aproprie destas discussões politicas e que uma organização maior é necessária, que é responsabilidade da juventude manter essa luta ao lado dos mais velhos, afinal, o conhecimento ancestral deve ser repassado para preservarmos nossa história, nossas raízes. Arthur Leandro falou um pouco de seu histórico dentro do movimento afro religioso e de sua própria história de vida (que renderia um belo livro) e se mostrou bastante interessado em compor essa articulação local junto à rede mocambos, e que a casa está disposta a mobilizar na data estabelecida as lideranças estratégicas para a juventude de terreiro e dessa forma fortalecer mais um núcleo rede mocambos em Belém do Pará.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Movimento Negro avaliou a III CONEPPIR-PA.


Na manhã da sexta-feira, dia 6 de setembro, as organizações do Movimento Negro se reuniram no Mansu Nangetu, com a coordenação da CEPIR/ SEJUDH para avaliar a III Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Pará e criar estratégias para implantar as políticas de igualdade racial no estado.

Para as lideranças das organizações sociais, a conferencia foi excelente, pois consideraram as dificuldades que a comissão organizadora teve de enfrentar para a sua realização, como a morosidade da máquina administrativa estatal, e chegaram a conclusão de que tanto a organização, quanto os resultados da conferencia, foi um sucesso.
Estratégias para encaminhamentos de propostas também foram debatidos, e a coordenadora da CEPIR/ SEJUDH, Byany Sanches, aproveitou a ocasião para informar sobre os encaminhamentos para a covocação e escolha dos membros do Conselho Estadual de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, e disse que pela sua programação o conselho estará empssado ainda este ano.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

6 de setembro, Cineclube Nangetu apresenta Copacabana mon amour, de Rogério Sganzerla.


Copacabana mon amour
de Rogério Sganzerla. BRA 1970.
Sexta-feira, 6 de setembro, 19:30
Cineclube Nangetu
Tv. Pirajá, 1194. Belém/PA
fone: 32267599




Sinopse: Sônia Silk circula por Copacabana, no Rio de Janeiro, com o grande sonho de ser cantora da Rádio Nacional. Ela é irmã de Vidimar, empregado apaixonado pelo patrão, o Dr. Grilo. Sônia Silk vê espíritos baixarem em seres e objetos e procura o pai-de-santo Joãozinho da Goméia para livrá-la desta aflição. Trilha sonora de Gilberto Gil.

Apoio: 
Projeto: Dálogo em cabana de Caboco. FCS/UFPA
Projeto: Muzueri uonene kalunguê
(O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA