quinta-feira, 19 de março de 2015

Kiuá Nangetu: Magudiá -vivência gastronômica de Carlos Vera Cruz.

Publicado originalmente em Magudiá -vivência gastronômica de Carlos Vera Cruz.

Vivência poética e gastronômica de Carlos Vera Cruz na feira do Ver-o-peso, sábado, 21 de março, 11 da manhã.



O projeto KIUA NANGETU! POÉTICAS VISUAIS DE RESISTÊNCIA NEGRA é uma realização do Instituto Nangetu de Tradição Afro-Religiosa e Desenvolvimento Social, constituído como associação de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter filantrópico, visando estreitar laços de confraternização e promover o desenvolvimento sócio-econômico da comunidade Afro-religiosa, e está intimamente ligado ao Mansu Nangetu – Mansubando Kekê Neta, que é um espaço sagrado de manutenção e preservação das manifestações de matriz africana de origem Bantu na cidade de Belém, e ambos funcionam na Tv. Pirajá, 1194 – bairro do Marco da Légua. O Instituto Nangetu participa desde a primeira edição da exposição “Nós de Aruanda, artistas de terreiro”, organizada pelo Grupo de Estudos Afro-Amazônico (NEAB) da UFPA. E desenvolve o Projeto Azuelar, um laboratório experimental de comunicação social comunitária cujo objetivo é Informar as ações culturais e sociais do Mansu Nangetu ou das Comunidades Tradicionais de Matrizes Africanas que tem sua parceria; Exibir filmes que tratam da temática afro-brasileira. Contribuir com a formação cultural de membros da comunidade tradicional de matrizes africanas da zona metropolitana de Belém; Combater o preconceito e a discriminação às culturas afro-brasileiras, em especial `as culturas tradicionais oriundas da África negra, de forma lúdica.

segunda-feira, 16 de março de 2015

CULTNE - Prêmio Afro - Projeto Kiua Nanguetu!

O projeto Kiua Nanguetu! foi contemplado com o Prêmio Afro aconteceu em 26 de Janeiro de 2015, no Rio de Janeiro. A 3ª edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, tem a parceria entre a FCP e o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos e Neves (Cadon), e patrocínio da Petrobrás que premiou 25 projetos de artistas, grupos e companhias que atendam à estética negra nos segmentos dança, artes visuais, teatro e música. O investimento total foi de R$ 1,4 milhão. O projeto KIUA NANGETU! POÉTICAS VISUAIS DE RESISTÊNCIA NEGRA é uma realização do Instituto Nangetu de Tradição Afro-Religiosa e Desenvolvimento Social, constituído como associação de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter filantrópico, visando estreitar laços de confraternização e promover o desenvolvimento sócio-econômico da comunidade Afro-religiosa, e está intimamente ligado ao Mansu Nangetu – Mansubando Kekê Neta, que é um espaço sagrado de manutenção e preservação das manifestações de matriz africana de origem Bantu na cidade de Belém, e ambos funcionam na Tv. Pirajá, 1194 – bairro do Marco da Légua. O Instituto Nangetu participa desde a primeira edição da exposição “Nós de Aruanda, artistas de terreiro”, organizada pelo Grupo de Estudos Afro-Amazônico (NEAB) da UFPA. E desenvolve o Projeto Azuelar, um laboratório experimental de comunicação social comunitária cujo objetivo é Informar as ações culturais e sociais do Mansu Nangetu ou das Comunidades Tradicionais de Matrizes Africanas que tem sua parceria; Exibir filmes que tratam da temática afro-brasileira. Contribuir com a formação cultural de membros da comunidade tradicional de matrizes africanas da zona metropolitana de Belém; Combater o preconceito e a discriminação às culturas afro-brasileiras, em especial `as culturas tradicionais oriundas da África negra, de forma lúdica.

sábado, 14 de março de 2015

Autoridades e lideranças de matriz africana defendem a democracia brasileira.


Mametu Nangetu, Mãe Nalva de Oxum, Mametu Muagilê, Pai Marco Antônio de Ogum e muitas outras autoridades e lideranças de terreiro, estiveram na sexta-feira 13 de março na caminhada em defesa da democracia e pela reforma politica, organizada por centrais sindicais e movimentos sociais. A concentração foi na Praça da Republica, nas imediações do Bar do Parque, e a caminhada seguiu pela Av. Nazaré até a Praça do Operário em São Brás.


Mametu disse que defende a democracia e que foi com essa diretriz de um governo popular que nosso povo passou a ocupar os espaços de poder de decisão nos ministérios, que nosso povo está nos conselhos e que nunca tínhamos visto isso antes de Lula. Ela lembrou que foi com Dilma que povos tradicionais de matriz africana construíram um Plano Nacional para o seu Desenvolvimento Sustentável, um plano que já esta sendo colocado em prática com editais específicos para nosso povo. O Plano Nacional Setorial para as culturas afro-brasileiras foi outro ponto em destaque, Nangetu falou que está em fase de finalização para ser aprovado pelo Conselho Nacional de Politica Cultural, e que aind aguardamos a alteração do decreto que amplia a representação das culturas negras braisleiras no MinC.
Mãe Nalva ainda acrescentou as politicas de segurança alimentar e de igualdade racial que beneficiam os povos tradicionais de matriz africana entre os motivos para que nossa população saia as ruas em defesa da reforma politica e da democracia.

terça-feira, 10 de março de 2015

Reconhecimento como utilidade pública.

Hoje foi publicado no Diário Oficial do Estado do Pará a Lei 8.120, de 6 de março de 2015 que reconhece o Instirtuto Nangetu como utilidade pública. Acesse o D.O.E.  aqui. 


Diário Oficial nº 32.843 - 10/03/2015 L E I N° 8.120, DE 6 DE MARÇO DE 2015 Declara e reconhece como de utilidade pública para o Estado do Pará, o Instituto Nangetu de Tradição Afro-Religiosa e de Desenvolvimento Social. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1° Fica por força da presente Lei, declarada e reconhecida como de utilidade pública para o Estado do Pará, o Instituto Nangetu de Tradição Afro-Religiosa e de Desenvolvimento Social, com sede em Belém-PA, fundada em 30 de março de 2004, e diretoria regularmente constituída, Estatuto Social próprio registrado no Cartório de Títulos, documentos e outros papéis desta comarca, com prazo indeterminado de duração e inscrita no CNPJ sob o nº 07.113.062/0001-59. Art. 2º Na qualidade de associação de direito privado, sem fi ns econômicos, e constituida com fi ns de promover o desenvolvimento sócio-cultural-econômico da comunidade afrobrasileira. Art. 3º O Instituto Nangetu de Tradição Afro-Religiosa e de Desenvolvimento Social, fi ca devidamente habilitado através deste diploma legal a receber incentivos de quaisquer natureza, de conformidade com a legislação pertinente. Art. 4º Os direitos assegurados através deste dispositivo legal, serão mantidos durante e enquanto perdurarem as atividades constantes de seu estatuto, cessando-se estes direitos, no exato momento em que houver alteração do mesmo que desvirtue as fi nalidades nele contidas e para o qual foi criado. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DO GOVERNO, 6 de março de 2015. SIMÃO JATENE Governador do Estado

segunda-feira, 9 de março de 2015

REATA - Pará - Circuito Cultura Viva em debate.

REATA - Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana: Pará - Circuito Cultura Viva em debate.:

O Circuito Cultura Viva esteve em Belém do Pará no domingo 8 de março para uma Roda de Conversas da Secretária da Cidadania e da Diversidade do Ministério da Cultura (SCDC/MinC), Ivana Bentes, com os movimentos culturais da Amazônia. A Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) e os novos instrumentos de sua regulamentação foram o foco do debate de mais de 2 horas na sede do Ministério da Cultura da Região Norte.
  
Ao apresentar a nova gestão da SCDC e o planejamento de 2015, a secretária falou do novo sistema de cadastro de pontos que potencializará a articulação em rede dos Pontos de Cultura e ainda anunciou a autodeclaração.

"A partir do início de abril qualquer produtor cultural poderá se cadastrar como Ponto de Cultura. Será um reconhecimento simbólico do Ministério da Cultura que facilitará a busca pelas diversas formas de sustentabilidade para as ações dos Pontos. O novo sistema de cadastro também será um amplo mapeamento que possibilitará novos olhares para dar vida aos novos arranjos culturais", afirmou Ivana.

"Nossa gestão dará muita visibilidade para as articulações em rede e a proposta é que esse seja o embrião de um novo movimento social das culturas que fará com que a cultura esteja no centro do debate político no Brasil", disse.

A grande dificuldade com as prestações de contas faz com que muitos dos Pontos ainda estejam em situação irregular e impossibilitados de continuar a receber recursos do Estado. A SCDC abordou o tema e anunciou os novos mecanismos de simplificação da prestação de contas previstos na Instrução Normativa que regulamentará a PNCV.

Ao finalizar sua passagem pelo estado, a secretária reforçou a importância da participação social na construção, avaliação e gestão das políticas públicas do Estado e a disposição da SCDC em agregar a sociedade civil em seus processos. "É fundamental que os Pontos, as redes, e demais trabalhadores culturais sejam cogestores das nossas políticas. O Estado precisa se qualificar com a inteligência do movimento cultural", afirma Ivana.
Custo Amazônico

Uma das maiores urgências apontadas pelos Pontos de Cultura do norte do país também foi apresentada durante a roda de conversa. A revindicação dos movimentos da região é para que sejam levados em conta os diferentes valores para uma produção nos estados do norte, tendo em vista a sua posição geográfica e as dificuldades de acesso.


Lideranças de diversos segmentos culturais reivindicam o repasse diferenciado do que é oferecido hoje em editais e prêmios para os projetos localizados no Eixo Rio - São Paulo. Ivana Bentes reforçou a pauta e a importância de sua discussão, bem como a criação de políticas públicas que trabalhem a territorialização e a descentralização de recursos.

Mametu Nangetu participou do debate e falou em nome das culturas tradicionais de matrizes africanas e das culturas afro-brasileiras, disse da necessidade de editais específicos para as culturas de matriz africana e ressaltou a necessidade de políticas públicas que financiem reforma e conservação de terreiros e outros espaços mantidos por comunidades tradicionais. Criticou a política cultural do estado do Pará e do Município de Belém, ressaltando a inexistências de investimentos para as culturas populares e tradicionais, relembrou a atuação de Valmir Bispo na extinta Fundação Curro Velho e lamentou que a gestão atual não demonstre interesse pelas culturas afro-amazônicas.

sábado, 7 de março de 2015

A luta pela liberdade religiosa no estado do Pará tem nome, e o nome dessa luta por liberdade é “Mãe Doca”!



O Decreto Legislativo nº 05/2009 (proposição da Deputada Bernadete Tem Caten/ PT) instituiu na Assembleia Legislativa do Estado do Pará a Comenda "Mãe Doca" em homenagem aos Cultos Afro-Brasileiros. O dia 18 de março foi dedicado aos umbandistas e aos afro-religiosos através da Lei Municipal nº 8272, de 14 de outubro de 2003 (autoria do vereador IldoTerra/PT) e da Lei Estadual nº 6.639, de 14 de abril de 2004 (autoria da deputada Araceli Lemos/ PSoL) e registra a luta de de dona Rosa Viveiros, Também conhecida como Nochê Navanakoly e como “Mãe Doca”.

A homenagem é uma celebração à memória da luta de Nochê Navanakoly, que era maranhense de Codó e filha de santo do africano Manoel-Teu-Santo. Seu Vodun era Nanã e Toi Jotin. Foi Dona Rosa Viveiros, que em 1891 - apenas três anos após a abolição da escravatura - enfrentou o racismo e inaugurou seu Terreiro de Tambor de Mina na capital paraense.

A partir do dia 18 de março de 1891, Mãe Doca foi presa várias vezes porque cultuava as divindades africanas e preservava as tradições de matriz afro-amazônica, e nem por isso desistiu de manter aberto o terreiro que dava lugar para a manutenção das tradições de sua origem negra africana.


Pelo reconhecimento do valor da luta de Mãe Doca por cidadania e o direto humano de consciência religiosa, é que as lideranças de povos tradicionais de matrizes africanas, lideranças que hoje continuam como herdeiros da mesma resistência que desde o final do século XIX se mantém na luta que enfrenta o racismo que demoniza as tradições afro-amazônicas, e por reconhecer a importância de manter viva a memória de nossas lutas cotidianas, é que Mãe Doca se tornou o símbolo de resistência das religiões de matriz africana no Pará, e é em sua homenagem que celebramos o dia 18 de março como o dia da Umbanda e das religiões Afro-brasileiras