Oito lideranças de Comunidades Tradicionais de Terreiros e a persquisadora Anaísa Vergolino estiveram nesta segunda-feira, 23 de abril, no Plenário do Palácio da Cabanagem - sede da Assembléia Legislativa do Estado do Pará - para receber a "Comenda Mãe Doca de Mérito Afro-religioso", como reconhecimento do Poder Legislativo do Estado do Pará pelo esforços em promover, proteger e difundir a cultura afro-religiosa brasileira.
Quem indica os comendadores são as bancadas dos partidos representados na Assembléia, e este ano de 2012 foram homenageados
Mametu Kaia Onilegi
(Kátia Hadad) pelo PSOL; Pai Fernando de Ogum (Fernando Antônio Santos Rodrigues) pelo
PSDB; Huntó Ivonildo dos Santos (Nego Banjo) pelo PMDB; Mãe Maria Emília
Miranda dos Santos pelo DEM; Mãe Vanda de Ogum Rompe Mata (Vanda Lúcia
dos Santos Soares) pelo PSB; Táta Kinamboji (Arthur Leandro) pelo PT;
Mametu Muagile (Mãe Beth de Bamburucema – Elizabeth Leite Pantoja) pelo
PSC; Pai Bené (Benedito Saraiva Monteiro) pelo PV; e a pesquisadora e professora da UFPA
Anaíza Vergolino pelo PDT.
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Pai Bené, 93 anos, referência em Tambor de Mina no Pará. |
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O baiano 'Nego Banjo' é o Huntó Ivonildo dos Santos, recebe homenagem pela sua contribuição para a musicalidade afro-religiosa na Amazônia. |
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Táta Kinamboji (Arthur Leandro), coordenador do Projeto Azuelar, recebeu a comenda das mãos do dep. Carlos Bordalo (representando toda a bancada do PT) pela sua militância cultural e pelas ações em mídia livre para os Povos Tradicionais de Terreiros. |
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Mametu Kátia Hadad, recebeu a homenagem pelas mãos do dep. Edmilson Rodrigues, do PSOL. |
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Mametu Muagile, mestra da culinária afro-amazônica, recebeu as homenagens da bancada do PSC. |
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A professora e pesquisadora Anaísa Vergoliono recebeu a comenda por indicação do PDT, como reconhecimetno da importância de sua militância afro-religiosa no campo do conhecimento universitário. |
A cerimônia contou com o pronunciamento do dep. Edmilson Rodrigues (PSOL), que, prepresentando os deputados estaduais, falou da importância das diversidades socio-culturais brasileiras e da importância do poder legisltivo homenagear as lideranças que trabalham em prol da preservação dessa diversidade e da promoção da cidadania das minorias da população. Mametu Nangetu representou os povos de terreiros, e em sua fala pediu mais respeito com a religiosidade afro-amazônica e principalmente com os pais e mães de santo mais idosos. Ela ainda fez uma avaliação do processo de negociação com as bancadas de partidos para a indicação dos homenageados e lamentou que apenas 9 das 16 bancadas houvessem homenageado lideranças de terreiros, quanto à essa questão ela sentenciou: "Político não deveria ter religião, pois eles não pedem voto apenas de uma religião, então deveriam respeitar e homenagear a trodas as religiões".
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Mametu Nangetu falou em nome dos Povos Tradicionais de Terreiros. |
A sessão solene terminou com cânticos e danças em louvor e agradecimentos às divindades afro-amazônicas, manifestação das culturas tradicionais de terreiros que foram comandadas pelo Pai Bené e pelo Huntó Ivonildo dos Santos.
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O Huntó Ivonildo dos Santos, fez a celebração de agradecimento e puxou os cânticos aos Jinkisi. |
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E a sessão se encerrou com os cânticos de Tambor de mina entoados pelo Pai Bené. |
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Fotos de Isabela do Lago e Arthur Leandro (especialmente para o Projeto Azuelar)
Texto: Táta Kinamboji.
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