quarta-feira, 31 de agosto de 2011

MOSTRA DE FILMES O Cineclube Nangetu produzirá a Mostra de Filmes Etnográficos durante o evento.

MOSTRA DE FILMES
O Cineclube Nangetu produzirá a Mostra de Filmes Etnográficos durante o evento. O objetivo é buscar uma maior integração e melhor utilização das linguagens artísticas, para isso estendendo as ações do projeto ao audiovisual referendando a importância desta linguagem para a melhoria qualitativa da comunicação da História da África e da realidade brasileira.



Diário do Pará - Terça-feira, 30/08/2011.

África : pesquisador expõe olhar diferenciado


Se é verdade que entre a África e o Brasil há mais semelhanças e aproximações do que pode sonhar a nossa vã geografia, é verdade também que ainda não voltamos os nossos olhares para perceber e assimilar as afinidades que temos com o continente africano.
A oportunidade surge hoje, com a abertura da exposição “África: Olhares Curiosos”, do fotógrafo e antropólogo Hilton Pereira Silva. Cerca de 50 fotos, tiradas no período de 2008 a 2011 durante viagens a Guiné Bissau, Senegal, Marrocos e África do Sul, compõem a exposição no Museu Histórico do Pará. ”A ideia com a exposição é trazer um olhar sobre a África contemporânea, diferente da miséria e das guerras que estamos acostumados a ver. Há modernidade, tecnologia, diferentes culturas e etnias nessa região”, explica o pesquisador.
Nas fotos, os visitantes podem encontrar também algumas semelhanças com o nosso país, como similaridades climáticas, floresta tropical, várzeas, diversidade étnica, muitas religiões, línguas, gingado, música e o jeito de ser do brasileiro. “Precisamos quebrar a perspectiva das coisas ruins, mostrar a beleza, as similaridades que a África tem com a Amazônia e levar os brasileiros a conhecer essa parte da sua ancestralidade através de um olhar positivo”, completa Hilton, que cita também a importância desse trabalho para os estudantes. “É uma oportunidade para mostrar aos alunos da rede pública as coisas boas e as afinidades que existem de paisagens e culturas”, diz.
A programação é uma iniciativa do Governo do Pará por meio da Secretaria de Estado de Educação e promovida através da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (Copir), e integra um evento alusivo ao Ano Internacional dos Afrodescendentes.
Além da exposição presencial e virtual, haverá exibição de filmes etnográficos; oficinas com temáticas africanas; palestras, seminários, oficinas e um desfile que acorrerá no Lançamento da exposição hoje. Artistas e estudantes estão convidados a participar das diversas ações de difusão e valorização das matrizes africanas em nossa sociedade.

OFICINAS EDUCATIVAS
O projeto desenvolve ainda uma intensa ação educativa, sendo que apenas em Belém serão quatro oficinas temáticas – jogos africanos, iniciação à capoeira, danças africanas e grafitagem - para atender 100 jovens de escolas públicas que terão a oportunidade de desmistificar várias ideias preconceituosas sobre a África e conhecer um continente com cultura diversificada e historia riquíssima que se somam positivamente à cultura brasileira.

MOSTRA DE FILMES
O Cineclube Nangetu produzirá a Mostra de Filmes Etnográficos durante o evento. O objetivo é buscar uma maior integração e melhor utilização das linguagens artísticas, para isso estendendo as ações do projeto ao audiovisual referendando a importância desta linguagem para a melhoria qualitativa da comunicação da História da África e da realidade brasileira.

VEJA
Lançamento da Exposição “África: Olhares Curiosos”. Às 19h, no Museu Histórico do Estado do Pará (Praça Dom Pedro II, s/n. Palácio Lauro Sodré - Cidade Velha). A exposição acontece até o dia 17 de setembro, com entrada franca.

ACESSE
www.copirseduc.blogspot.com
www.seduc.pa.gov.br


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

26 de agosto, 19h - Estréia nacional do filme "A falta que me faz", de Marilia Rocha.

26 de agosto, sexta-feira, 19h.
Cineclube Nangetu, Tv. Pirajá, 1194 - Marco,
entre Duque de Caxias e 25 de Setembro. Belém/PA.
Informações 32267599.


Filmado durante um inverno, na cordilheira do Espinhaço, em Curralinho (região de Diamantina, em Minas Gerais), A falta que me faz aborda um grupo de garotas em um momento de transição. Alessandra, Priscila, Shirlene e Valdênia vivem um romantismo impossível, que as enlaça com homens de fora, deixando marcas em seus corpos e na paisagem a seu redor.
Entre festas, namoros e contradições da passagem para a idade adulta, cada uma encontra sua maneira particular de resistir à mudança e existir na incerteza.

Para mais informações sobre o filme, acesse: www.mariliarocha.com

"Um dia qualquer", de Líbero Luxardo, provoca o debate sobre racismo e intolerância religiosa.





















A sessão faz parte das açõe da rede de cineclubes em terreiros da zona metropolitana de Belém e foi parte da programação em comemoração aos 47 anos da FEUCABEP.
Durante a exibição do filme a platéia, que era formada predominantemente por estudantes universitários, parecia se divertir reconhecendo os lugares usados para locação e comentando as transformações causadas pelo tempo na cidade de Belém.
Táta Kinamboji abriu o debate falando da linguagem e da narrativa cinetográfica, primeiro disse que o Líbero Luxardo era paulista e que veio para Belém à serviço do governo de Magalhães Barata, e que fazia a publicidade e propagando do governo desde meados da década de 1950.
Quanto ao filme, comparou com as experiências do Cinema Novo que aconteciam na mesma época e externou que na sua opinião o filme pouco acrescenta para o cinema brasileiro ou mesmo para estudos de desenvolvimento de estética ou de linguagem regional, mas que por seu caráter publicitário para a cidade de Belém, de mostrar lugares e hábitos da população, tornou-se um importante documento sobre esta cidade, e pediu para ouvir os sacerdotes presentes sobre as cenas do ritual que aparece no filme e que falassem das suas memórias dessa época.
Mãe Emília e Sr. Cruz falaram sobre os sacerdotes que aparecem no filme, contaram estórias e casos de época. Mãe Emília também reclamou, e muito, da forma como a incorporação feminina é mostrada e testemunhou que jamais viu coisa parecida ocorrer dentro de rituais de terreiros. Nesse momento Táta Kinamboji interviu novamente, disse que mesmo que fosse um filme autoral do Líbero Luxardo, ele refletia a visão do governo sobre as culturas afro-amazônicas e que mostrava o Boi-Bumbá como foco de disturbio à ordem pública e as manifestações religiosas de terreiros como lugar de perversão, lembrou do discurso atribuído à Tranca-Rua de que "os homens vão roubar a matar os próprios filhos e as mulheres vão se prostituir".
Acrescentou a importância de estarmos em eterno 'alerta político', e que o espaço quefoi dado para as comunidades  de terreiro nesse filme pode ter servido de combustível de valoração de auto-estima para aqueles que apareceram na tela, mas que a forma como foram expostos apenas contribuiu para a manutenção da visão racista e prconceituosa que a elite sempre difundiu. Seguindo no mesmo caminho, a profa. Taíssa Tavernard disse que o filme tinha relação com a fala da Profa. Anaíza Vergolino durante o debate ocorrido na manhã daquele dia, disse que na época em que o filme foi feito os terreiros precisavam pedir autorização de funcionamento na delagacia de costumes e que o filme retratava  esse viés de preconceito e discriminação, que parecia um panfleto de legitamação da ação estatal que usava a polícia para reprimir as manifestações religiosas afro-brasileiras.
De todo esse debate, o que ficou evidente foi a necessidade das comunidades de terreiro se apropriarem das tecnologias e da linguagem do audiovisual para o protagonismo na produção de filmes com a visão de mundo das proprias comunidades.

A Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém é uma articulação criada por poroposição do GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE, em parceria com a Diretoria Regional Norte do Conselho Nancional de Cineclubes - CNC. Fazem parte da Rede: Cineclube Nangetu, Cineclube ti Bamburucema, Cineclube ACIYOMI, Cineclube ACAOÃ, Cineclube Maristrela (AFAIA), Cineclube Estrela Guia Aldeia de Tupynambá, Cineclube do Turco Jaguarema, Cineclube da ARCAXA, Cineclube da Irmandade de São Benedito (Ananindeua), FEUCABEP, Cineclube do Turco Ricardinho.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cineclube participa da programação dos 47 anos da FEUCABEP

O GRUPO DE ESTUDO SOBRE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA - GERMA – TEM O PRAZER DE CONVIDAR VOSSA SENHORIA A PARTICIPAR DA PROGRAMAÇÃO EM COMEMORAÇÃO AOS 47 ANOS DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA, UMBANDISTA E DOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS DO ESTADO DO PARÁ.

Programação Cultural-Religiosa

LOCAL: SEDE DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA, UMBANDISTA E DOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS DO ESTADO DO PARÁ (FEUCABEP)
Endereço: Trav. Enéas Pinheiro, nº 697, entre Marquês e Pedro Miranda, bairro da Pedreira – Belém – PA

Fone: 91-32764036

AGOSTO

20 (sábado) – 18:00 h. Abertura: TAMBOR DE EXÚ.

Dirigente: Pai Daniel Jeferson Rodrigues (Vice-Presidente da FEUCABEP).

22 (2ª feira) – AGENDA CULTURAL-RELIGIOSA.

* 09:00 h. – Abertura: Momento religioso FEUCABEP em prece.

Mestre de Cerimônia: Mameto Kátia Hadad.

* 10:00 h. – Conferência: “FEUCABEP, 47 anos de História”.

Conferencista: Anaíza Vergolino (Antropóloga, Professora/ UFPa, Sócia Benemérita da FEUCABEP).

* 16:00/ 18:00 h. – Cineclube. Filme: “Um Dia Qualquer”.
* 18:00h. Roda de conversa.

Coordenação: Prof. Dr. Arthur Leandro Moraes (Tata Kinamboji/ Cineclube Nangetu).

23 (3ª feira)

* 09:00 h. – Palestra: Religiões de Matriz – Africana e Educação.

Expositora:

Profª Dra Daniela Cordovil Correa dos Santos. (Antropóloga, Professora PPGCR/ UEPA).
Profª. Especialista Maria José Moraes Martins (Secretaria de Estado de Educação/ Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial- COPIR).
Coordenador: Prof. Dr. Douglas Rodrigues da Conceição – Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião/ Universidade do Estado do Pará (UEPA).

* 16:00/ 18:00 h. – Cineclube. Documentário: “Umbanda, Disappearing Worlds”.
* 18 h. – Roda de conversa.

Coordenação: Prof. Dr. Arthur Leandro Moraes (Tata Kinamboji/ Cineclube Nangetu).

24 (4ª feira)

* 09:00 h. – Mesa-Redonda: Intolerância Religiosa.

Participantes: INTECAB, AFAIA, ACAOÃ, Instituto Nagetu, OAB (seção/PA) e OUVIDORIA DO ESTADO.
Coordenação: Profª Dra. Taissa Tavernard de Luca (Antropóloga, Professora PPGCR/ UEPA).

* 16:00/ 18:00 h. – Cineclube: “A Dança das Cabaças”.
* 18 h. – Roda de conversa.

Coordenação: Prof. Dr. Arthur Leandro Moraes (Tata Kinamboji/ Cineclube Nangetu).

25 (5ª feira)

* 10:00 h. – Ação Social (Parceria: FEUCABEP/ SESPA).

- Pressão Arterial
- Teste Diabete

Facilitadora: Mameto Kátia Hadad.

* 16:00/ 18:00 h. – Cineclube. Documentário: “A Descoberta da Amazônia pelos Turcos Encantados”.
* 18 h. – Roda de conversa.

Coordenação: Prof. Dr. Arthur Leandro Moraes (Tata Kinamboji/ Cineclube Nangetu).

* 19:00 h. – Peça Teatral. Emy: A Concepção Yorubana do Universo.

Coordenação: Edson Silva Barbosa (Babá Edson Kantendê/ AFAIA).

26 (6ª feira)

* 17:00 h. – MAGNA ASSEMBLÉIA GERAL pelos 47 anos de Fundação da FEUCABEP.
* 19 h. – Coquetel Festivo.
* 20 h. – Encerramento: TAMBOR DA UMBANDA.

Dirigente: Pai Marcelo Ricardo Soares Machado (Presidente do Conselho Religioso da FEUCABEP).

ATT
TAISSA TAVERNARD DE LUCA
COORDENADORA DO GERMA

terça-feira, 16 de agosto de 2011

19 de agosto, 19h - Sessão de estréia do filme Acácio, de Marília Rocha.

Cineclube Nangetu, Tv. Pirajá, 1194 - Marco, entre Duque de Caxias e 25 de Setembro. Belém/PA. Informações 32267599.

Segundo longa-metragem da diretora, Acácio tem como protagonista o artista plástico português Acácio Videira, que entre 1918 e 2008 dividiu a vida em três continentes. Nascido em Portugal, Acácio e sua esposa, Maria da Conceição,  abandonaram a terra natal para se casar secretamente em Angola. Trinta anos depois, migraram para o Brasil fugindo
da Guerra de Independência. A partir da história do casal, o filme interliga os três países e reflete sobre as relações coloniais, a guerra e a memória.

Para mais informações sobre o filme, acesse: www.mariliarocha.com

domingo, 7 de agosto de 2011

PARACINE: Crianças do bairro da Condor em sessão infantil no...

PARACINE: Crianças do bairro da Condor em sessão infantil no...: "Mais uma sessão promovida pela Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém leva o cinema brasileiro infantil para as cria..."

12 de agosto, sexta-feira, não haverá sessão no cineclube

Comunicamos que por motivo de força maior não haverá sessão no Cineclube Nagetu nesta sexta, dia 12 de agosto.
Voltaremos com a programação no dia 19.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quarta - 17/8, 19h - IV Mostra For Rainbow no Cineclube do Turco Ricardinho.



O Cinelube Nangetu leva a IV Mostra Itinerante For Raimbow de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual para os parceiros da Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém.
No dia 17 de agosto, segunda-feira, os filmes serão exibidos no Terreiro de Umbanda do Caboco Ricardinho, que já faz parte da Rede com o Cineclube do turco Ricardinho. A sessão incia ås 19h e o cineclube fica na Tv. 3 de maio, 204 - Condor. Informações com Pai Marco Antônio no fone 91-81396112.

CURTAS MOSTRA ITINERANTE
(tempo total: 104 minutos)
Brincos de estrelas
Direção: Marcela Bertoletti – Rio de Janeiro/ RJ
Depois de tudo
Direção: Rafael Saar – Niterói/RJ
E agora Luke
Direção: Alan Nóbrega – Rio de Janeiro/RJ
Ensaio de cinema
Direção: Allan Ribeiro - Rio de Janeiro/RJ
Eu não quero voltar sozinho
Direção: Daniel Ribeiro – São Paulo/SP
Felizes para sempre
Direção: Ricky Mastro – São Paulo/SP
GLOSSário
Direção: Fabinho Vieira – Fortaleza/CE
Homofobia, lesbofobia e transfobia
Direção: Felipe Fernandes – Brasília/DF
Sem Purpurina – Realidade LGBT Na Baixada Santista
Direção: Fernanda Balbino, Lara Finochio, Lívia Carvalho e Xenda Amici – Santos/SP
On my Own
Direção: Yuri Yamamoto – Fortaleza/CE


como chegar:

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A Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém é uma articulação criada por poroposição do GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE, em parceria com a Diretoria Regional Norte do Conselho Nancional de Cineclubes - CNC. Fazem parte da Rede: Cineclube Nangetu, Cineclube ti Bamburucema, Cineclube ACIYOMI, Cineclube ACAOÃ, Cineclube Maristrela (AFAIA), Cineclube Estrela Guia Aldeia de Tupynambá, Cineclube do Turco Jaguarema, Cineclube da ARCAXA, Cineclube da Irmandade de São Benedito (Ananindeua), FEUCABEP, Cineclube do Turco Ricardinho.

Convocação para implantação da “Rede de Homens de Terreiros – PA” (Rede de Homens de Axé).



Pai Marco Antônio e Pai Marcelo convidam todos os interessados na formação e implantação de atividades da Rede de Homens de Terreiros (Rede de Homens de Axé) no Estado do Pará, para compareceram ao Abassá Afro-brasilerio Lecô Xapanã (Terreiro do Pai Orlando Bassu) na Pass. Bugarim, 50, bairro do Guamá, na terça-feria, dia 16 de agosto, às 17h, para Assembléia Geral de Fundação da Rede, Proposição de agenda de atividades para o ano de 2011, e o que mais ocorrer.

Mapa para chegar no Abassa Lecô Xapanã.

Exibir mapa ampliado

veja mais fotos da primeira reunião aqui.

Comunidades Tradicionais de Terreiros farão ato de solidariedade à OAB-PA

Quinta-feira, 11 de agosto, 9h.
Praça Barão do Rio Branco (Largo da Trindade) em frente à sede da OAB-PA. Bairro da Campina, Belém/PA.


Afro-religiosos paraenses - solidariedade com a OAB e a causa da cidadania.

Concentração de Afro-religiosos em apoio à OAB-PA.

A OAB-PA tem se colocado à disposição de todas as lutas do povo do Pará, lutas emblemáticas por justiça, segurança, paz, moralidade, respeitabilidade e cidaadania.
A sensibiliade da atual gestão da OAB-PA com as causas populares tem mantido abertas as suas portas para ascolher os representantes dos mais diversos movimentos da sociedade civil organizada.
Diante do exposto, vimos à publico expressar a nossa mais sincera solidariedade diante daas n†oicias divulgadas pela imprensa local que maculam sua honrabilidade, e convidar todas e todos (as) a estarem presentes na Praça em frente da OAB no dia 11 de agosto de 2011, data em que se comemora o Dia do Advogado, onde juntos faremos um,a manifestação pacíficaem pról dessa renomada instituição que muito tem contribuído com as lutas do povo paraense.

Programação:
1.Banho de cheiro,
2.Defumações,
3.Músicas sagradas de Comunidades Tradicionais de Terreiros.
4.Entrega do Abaixo assinado das comunidades de Terreiros em solidariedade à OAB-PA ao presidente da Ordem.

Assinam a convocação:
Federação Espírita, Umabandista e dos Cultos Afro-brasileiros do Pará – FEUCABEP.
Instituto das Tradições e da Cultura Afro-brasileira, secção Pará – INTECAB-PA.
Associação KONSENZALA.
Instituto Cultural Afro-brasileiro de Bamburucema – ICABAM.
Associação Religiosa e Cultural Abassá Afro-Brasileiro Lecô Xapanã – ARCAXA.
Irmandade de São Benedito.
Terreiro de Umbanda de Ogum Rompe-Mata.
Terreiro de Mina São José.
Instituto Nangetu.

5 de agosto, 19h - Musicalidade brasileira em sessão no Cineclube Nangetu.

Maracatu, maracatus.


Filmes

* Guilherme de Brito
André Luiz Sampaio, 2008
* Maracatu, maracatus
Marcelo Gomes, 1995
* Minha viola e eu - Zé Coco do Riachão
Waldir de Pina, 2002
* Moleque de rua
Márcio Ferrari, 1991
* Partido alto
Leon Hirszman, 1982
* Rap, o canto da Ceilândia
Adirley Queirós, 2005

Crítica

Na cadência bonita do cinema
Carlos Alberto Mattos*

Leon Hirszman foi um dos mais devotados documentaristas da cultura popular brasileira nos anos 1960 e 70. Partido Alto é uma de suas joias, filmada com a intimidade de alguém profundamente identificado com o meio. Em sua cadeira de rodas, falando como quem canta, Mestre Candeia ensina como é o samba de partido alto. Em seguida, em almoço regado a birita na casa de Manacéa, arma-se a roda para a sucessão de improvisos no pé e no gogó. Um jovem Paulinho da Viola completa a aula-espetáculo. A câmera segue o fluxo das participações, com poucos cortes e muito respeito por quem está no centro da roda. É um filme explicativo, sim senhor, mas quem dera toda explicação fosse assim, como música para os olhos e cinema para os ouvidos.
Samba de alta patente sai também da inspiração de Guilherme de Brito, frequente parceiro de Nelson Cavaquinho. O venerando poeta (1922-2006) é a estrela de mais um filme-sarau, que se estende de Vila Isabel a cidade de Conservatória (RJ), onde o sarau se transforma em seresta.
Além de ótimas histórias e versos imortais como “Tire o seu sorriso do caminho / que eu quero passar com a minha dor”, somos apresentados à vigorosa obra plástica de Guilherme. O filme de André Sampaio se resolve exemplarmente sem narração nem letreiros, mas apenas por meio de recursos audiovisuais usados com perícia e senso de oportunidade.
Do samba carioca passamos às violadas e rabecadas do mineiro Zé Coco do Riachão (1912-1998), um músico que também fez de tudo com as mãos: violas, carros de boi, rodas d’água. Waldir de Pina dirigiu Minha viola e eu em 2003, investindo na ausência do personagem para retratá-lo de uma maneira muito particular: áudio de falas, poucas fotos, discos e, principalmente, a exuberância sonora e visual do interior de Minas Gerais. O trabalho manual, que tanto caracterizou o célebre violeiro, comparece em suas múltiplas formas e a integração das afinações musicais muito particulares da viola e da rabeca com os sons da natureza é explorada com requintes de invenção.
De Pernambuco vem o já clássico Maracatu, maracatus, de Marcelo Gomes. Misto de documentário e ficção, dramatiza a passagem do maracatu dos canaviais para o carnaval de Recife. A proposta é resgatar a tradição guerreira do folguedo, em simbiose com a modernidade do hip hop. Era bem esse o espírito do movimento que agitava a cultura pernambucana na década de 1990, capitaneado pela lama caótica de Chico Science, presente na trilha sonora.
Nossa viagem rítmica chega a São Paulo com Moleque de Rua (o nobre pacto). O aditivado curta de Márcio Ferrari mostra o que era em 1991 a banda Moleque de Rua, hoje famosa internacionalmente. Nascida na periferia com o propósito de transformar restos em arte, com bateria de latas e xilofone de papelão, a banda de jovens e meninos já fazia um samba-funk da maior qualidade e cheio de ironias sobre a crise urbana.
O ponto final é na cidade-satélite da Ceilândia, para onde a população mais pobre foi assentada depois que a elite de Brasília alojou-se no Plano Piloto. Rap – O canto da Ceilândia, de Adirley Queirós, abre os microfones para quatro rappers, estrelas locais, expressarem sua indignação de fundo social, racial e cultural. O rap surge, assim, em sua mais completa tradução – como um misto de queixa e afirmação, canto e luta, arte e política.

* Crítico e pesquisador de cinema, autor de livros sobre os cineastas Walter Lima
Jr., Eduardo Coutinho, Carla Camurati, Jorge Bodanzky, Maurice Capovilla e
Vladimir Carvalho