domingo, 29 de abril de 2012

Lideranças de terreiros falam sobre a cartografia no Balaio do Patrimônio do IPHAN-PA.

Alfredo Wagner, Julia Morim, Camila do Valle e Rosa Acevedo participaram da mesa Identificação, reconhecimento e valorização do patrimônio afro-brasileiro".
Na sexta-feira, 27 de abril, o Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional promoveu uma mesa sobre "Identificação, reconhecimento e valorização do patrimônio afro-brasileiro", com os pesquisadores Alfredo Wagnar (PNCSA/ UFRJ - UFAM); Rosa Acevedo (NAEA/UFPA); e Camila do Valle (UFRRJ) e mediação da superintendente do IPHAN no Pará, Julia Morim.
A mesa fez parte do evento "Balaio do Patrimônio" , realizado pela superintendência do IPHAN no Pará em conjunto com Secult/Pa, Fumbel e parceiros. O evento, que está em sua 4ª edição no Pará, tem o objetivo fomentar o diálogo acerca de políticas públicas, projetos e ações voltadas à preservação e salvaguarda do patrimônio cultural. 
Para discurtir o patrimônio afro-brasileiro, os pesquisadores colocaram em debate a questão quilombola no Brasil, a identidade afro-brasileira também foi tema do debate, que tratou de ações inter-institucionais e das pesquisas nas comunidades quilkombolas, como a APROAGA e do recente projeto de Cartografia dos Afro-religiosos de Belém.
Mametu Nangetu, coordenadora da pesquisa da cartografia para a Nação Angola, falou da preservação de espaços e dos conhecimetnos tradicionais dos terreiros.
Táta Kinamboji (com microfone) abordou o racismo e a intolerância religiosa pela criminalização dos rituais religiosos afro-amazônicos, e Mãe Vanda de Ogum Rompe Mata (a direita) falou da pesquisa entre os terreiros de Umbanda de Belém. (foto de Giseli Vasconcelos/ rede[aparelho]-:, especialmente para o Projeto Azuelar)
Durante a conferência de Camila do Valle, a pesquisadora chamou para a mesa as lideranças de terreiros presentes e pediu que falassem da cartografia, ela disse ao público presente que o melhor debate sobre esse trabalho de pesquisa aconteceria se as lideranças de terreiros, que também foram pesquisadores, pudessem falar sobre a cartografia.
As três lideranças presentes, então dividiram o espaço da mesa para falar das suas percepções sobre o processo da pesquisa cartográfica. Disseram da importância do processo da construção de um mapa para o auto-conhecimento dos Povos Tradicionais de Terreiros na zona metropolitana de Belém, para a organização social e para a luta por direitos de cidadania para os povos de terreiros.
O debate ainda transiotou por temas como construção de identidades e  resistência das minorias nos países pós-coloniais.

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