segunda-feira, 20 de junho de 2011

1° de julho – em parceria com a APJCC, o Cineclube Nangetu apresenta: “O país de são Saruê”, de Vladimir Carvalho. 1970.

Cena de "O país de São Saruê"

O País de São Saruê
Direção de Vladimir Carvalho
Cineclube Nanegetu em parceria com a APJCC.
1° de julho, 19h.
Tv, Pirajá, 1194/ Marco.
Informações: 91-32267599


O País de São Saruê é um documentário sobre a vida de lavradores, garimpeiros e outros moradores do nordeste brasileiro, filmado em preto-e-branco e realizado no fim da década de 1960. É possível que a primeira reação do espectador frente a essa descrição seja: “Não, muito obrigado, prefiro ver um filme mais interessante”. Infelizmente, esse preconceito do próprio brasileiro contra filmes de seu país existe, ainda mais com filmes antigos. Sendo documentário, então, nem se fala.
Vladimir Carvalho
Mas eu sugiro que você dê uma chance a este trabalho de Vladimir Carvalho (irmão de Walter Carvalho, hoje o principal diretor de fotografia do nosso cinema), pois acabará descobrindo uma obra-prima que quase foi perdida com o tempo. Restaurado entre 2003 e 2004 a partir da única matriz ainda existente (um internegativo de 35mm feito a partir do negativo original de 16mm), o filme está agora disponível em DVD para que novas gerações o conheçam.

Na verdade, O País de São Saruê é mais que um documentário. É um verdadeiro ensaio audiovisual sobre a vida sertaneja na região paraibana do Rio do Peixe, situada no “polígono da seca”. Carvalho começa o filme com uma narrativa poética, mostrando a labuta dos moradores e a interação deles com a dura paisagem que os cerca. As imagens são acompanhadas pela narração de um poema de Jomar Moraes Souto, que, para escrevê-lo, se inspirou nas próprias imagens captadas por Carvalho e sua equipe ao longo dos quatro anos de produção. Num segundo momento, o diretor entra na denúncia contra a exploração dos trabalhadores pelos donos de terra (motivo que levou a censura a proibir o filme em 1971 – só foi lançado oficialmente em 1979, quando acabou premiado pelo júri do Festival de Brasília). A voz daquele povo toma as rédeas e conduz o filme a partir daí, em entrevistas com personagens como o ex-lavrador que conseguiu se tornar um bem-sucedido empresário, o voluntário da paz americano dividido entre duas situações políticas conturbadas (a do nordeste brasileiro e a de seu país, em guerra no Vietnã) e o senhor idoso que lamenta a decadência do garimpo na região.

Mesmo com a imagem ainda riscada e com sujeiras, o filme mantém sua beleza estética graças à bela composição dos quadros, aliada à ágil montagem e à praticamente incessante trilha sonora, que varia de cantigas sertanejas aos hits da Jovem Guarda “Quero que Vá Tudo Para o Inferno”, de Roberto Carlos, e “Era um Garoto”, na voz de Brancato Júnior.

Em O País de São Saruê (o título faz uma irônica referência a um cordel que fala de uma “terra prometida”), Carvalho não retrata seus personagens como vítimas, mas como homens e mulheres corajosos que vivem nas mais precárias condições e enfrentam as dificuldades que lhes são impostas. É um filme-denúncia, um tratado, um registro histórico, que valoriza o esforço daqueles que eram (e ainda são) prejudicados pela miséria. (Renato Silveira)

Cena de "O país de São Saruê"

Cena de "O país de São Saruê"

Cena de "O país de São Saruê"

A sessão do dia 1° de julho acontece em Parceria com a APJCC - Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e contará com Miguel Haoni na condução da roda de conversa.

Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco da légua, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 19h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, PARACINE, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.

domingo, 19 de junho de 2011

Construção de roteiro de peças radiofonicas sobre a Rainha Nzinga.

Os participantes da oficina de capacitação em radiodramaturgia realizaram os roteiros para a realização de peças radiofonicas com a Rainha Nzinga. As sugestões foram discutidas em grupo e realizaram exercícios de gravação de áudios para testar o resultado de cada proposta.

a partir do próximo sábado, dia 25 de junho, será montado o studio de gravação já para a produção final das peças propostas pela capacitação.



Mansu Nangetu promove a distribuição de cestas de alimentos.

Mais uma vez Mametu Nangetu reuniu a comunidade afro-religiosa para mais uma etapa da distribuição das cestas de alimentos recém chegadas ao Mansu.
A distribuição de cestas faz parte do Programa Fome Zero, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e atende as comunidades de terreiros através da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e da Subsecretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais.
O INTECAB-PA é o responsável pela organização da distribuição dos alimentos pelas diversas comunidades tradicionais de terreiros, que ao fim fazem com que os alimentos cheguem ao seus destinatários em todo o Estado do Pará.
O projeto social que o Mansu Nangetu desenvolve atende famílias da comunidade do terreiro que estão em situação de vulnerabilidade social. 







Cineclube Nangetu participa do "Seminário de Ensino Religioso e Educação para as Relações Étnico-raciais no Pará"




28 de junho. 16h
ATÉ OXALÁ VAI À GUERRA - UMA HISTORIA DE RACISMO E INTOLERÂNCIA RELIGIOSA (2008). Direção: Carlos Pronzato / Co-direção de Stefano Barbi-Cinti. 40 min. / Áudio: Português. Sinopse: As ações violentas executadas pela Prefeitura de Salvador através da demolição de um terreiro





29 de junho, 8:30
"Do Dia em que Macunaíma e Gilberto Freyre Visitaram...". 20 min. Sinopse: Tia Ciata, anfitriã do primeiro samba gravado (Pelo Telefone), Gilberto Freyre, Mário de Andrade e seu emblemático personagem Macunaíma, Pixinguinha, Sinhô, Donga e até o próprio Exu presentes na mesma roda de samba. Direção: Sérgio Zeigler e Vitor Angelo

Serviço:
SEMINÁRIO DE ENSINO RELIGIOSO E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO PARÁ
Data: 28 e 29 de junho de 2011
Local: Auditório do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE)
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Endereço: Trav. Djalma Dutra, s/n, Telégrafo, Belém/PA
Inscrições gratuitas: Enviar nome completo, escola/entidade e telefone para copirseduc@gmail.com
Informações: (91)32015157 / www.copirseduc.blogspot.com
Entrega de certificados

Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Ao final de cada sessão haverá roda de conversa com os participantes.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, PARACINE, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.

dia 24 de junho tem "Uma sessão animada!"

Deus é pai, de Allan Sieber

Guerra dos bárbaros, de Júlia Manta

Destinado ao público adulto, este programa reúne dez curtas-metragens de animação e apresenta trabalhos concluídos entre 1988 e 2008, em sete estados do país. Realizados com técnicas diversas — da animação mais tradicional à computação gráfica —, os filmes versam sobre temas sérios como a superação da perda, o despertar sexual, a mortalidade infantil e conflitos étnicos, mas também entretêm com brincadeiras audiovisuais e um curta de explícita paixão pelo cinema. Aproveitando a liberdade inerente à animação, os títulos aqui presentes promovem um mergulho na imaginação do ser humano e tratam de fatos da vida de forma muitas vezes onírica ou até surreal. A amostragem é rica e demonstra o ecletismo da produção brasileira no gênero.

Filmes

* A espera, de Ernesto Solis, 2003.
* Adeus, de Céu D'Ellia, 1988
* De janela para o cinema, de Quiá Rodrigues, 1999
* Deus é pai, de Allan Sieber, 1999
* Espantalho, de Alê Abreu, 1998
* Guerra dos bárbaros, de Júlia Manta, 2001
* O anão que virou gigante, de Marão, 2008
* O Jumento santo e a cidade que se acabou antes de começar, de Leo D e William Paiva, 2007
* O pescador de sonhos, de Igor Pitta Simões, 2006
* Terra, de Sávio Leite, 2008

Crítica
Desenhos de olho nos adultos
Christian Petermann*

Esta seleção de animações brasileiras voltada para o público juvenil e adulto forma um panorama representativo da qualidade de nossa produção na área, variada em forma e conteúdo. O primeiro curta é Guerra dos bárbaros, de Júlia Manta, que usa imagens de impacto para descrever conflitos durante a colonização do Ceará, que resultam no confronto sanguinário entre brancos e nativos. O horror ante a tragédia histórica é mostrado sem reservas.
Extrema delicadeza, por sua vez, marca o belo curta Espantalho, de Alê Abreu. O diretor mescla imagens fixas com animação tradicional para narrar a relação entre uma menina que mora isolada com a avó no meio do cerrado e um espantalho. Sem diálogos, as imagens sugerem o lúdico despertar sensual da garota, com resultado arrebatador, reconhecido por diversos prêmios.
Em seguida vem O pescador de sonhos, coprodução entre Santa Catarina e Portugal dirigida pelo angolano Igor Pitta Simões. O diretor partiu de um poema que escreveu em 1995 e realizou uma animação com imagens fortemente oníricas, sobre um escritor que parte de um universo sombrio em busca de luz e cor; depois de escaladas e quedas pelo espaço, ele redescobre a esperança.
O programa segue com De janela para o cinema, de Quiá Rodrigues, que se transforma num desafio para cinéfilos: quem perceberá o maior número de referências cinematográficas? Em animação stop-motion com bonecos de massa de modelar e maquetes simples, celebridades como Marilyn Monroe, Charles Chaplin e Grande Otelo (como Macunaíma) fazem uma brincadeira que cita dezenas de filmes, a maioria de reconhecimento imediato. A trilha sonora é de Ed Motta.
O jumento santo e a cidade que se acabou antes de começar, de Leo D. E William Paiva, uma animação que utiliza uma interessante mistura de papel e tecido, conta, à moda de um causo de cordel, como o jumento Limoeiro veio à Terra a mando de Deus tentar salvar o homem, depois que este sucumbiu ao capeta durante a criação do mundo. Com texto espirituoso, simplicidade genuína e reverência ao folclore local, é um filme bem animado neste grupo tão variado de curtas.
O programa segue com a comédia desbocada e herege Deus é pai, de Allan Sieber, em que Deus e Jesus estão numa sessão de terapia para soltar todos os ressentimentos acumulados em 2 mil anos. É divertido, desde que o espectador não seja um religioso ortodoxo. O inusitado O anão que virou gigante, de Marão, com animação muito simples, conta a divertida e absurda história do garoto que por anos foi anão e, de uma hora para outra, virou gigante, e como os dois extremos são ruins para a convivência social – apenas para pregar que não é o tamanho que define a pessoa.
Terra, de Sávio Leite, é descrito pelo diretor como “um bang-bang do Terceiro Mundo” e trabalha com colagem de imagens nervosas e riscadas, em estilo street art. Trata-se de um conjunto visual agressivo que defende a liberdade de expressão de qualquer indivíduo – o forte texto em off é narrado pelo ator Paulo Cesar Pereio, que injeta um certo deboche cético à mensagem.
Para aliviar o clima, a próxima animação é uma brincadeira visual de final inesperado: A espera, de Ernesto Solis, mistura animação gráfica com filmagem em fotografia estilizada – desta forma, o ator Enrique Diaz chega a um hotel isolado no meio do nada e, enquanto espera, vê uma lesma gigante e um bando de avestruzes saltitantes; em clima nonsense e com imagens bonitas, a produção termina com a participação do ator Matheus Nachtergaele.
Encerrando o programa, o curta Adeus traz imagens surreais e de pesado simbolismo psicológico, apontando para a morte de milhares de crianças por ano em países subdesenvolvidos a partir de uma criatura assustadora que mora numa privada. Única obra deste programa concluída antes do período da retomada de produção do cinema brasileiro (iniciada por volta de meados dos anos 1990), este é um trabalho pessoal para o realizador Céu D’Ellia, que o dedica à memória da irmã.

* Crítico de cinema atuante há 23 anos, colabora atualmente no Guia da Folha de S.Paulo, na revista Rolling Stonee no programa Todo Seu(TV Gazeta/SP), além de ministrar palestras, cursos e workshops e ser curador do festival Cine MuBE – Vitrine Independente.



Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco da légua, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 19h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, PARACINE, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.

Informações da Programadora Brasil.

sábado, 18 de junho de 2011

28 e 29 de junho tem SEMINÁRIO DE ENSINO RELIGIOSO E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO PARÁ.

O racismo está presente nas relações sociais e não é diferente no interior das escolas. Sua expressão no ambiente escolar é multifacetada, amparando-se na negação dos costumes, tradições e conhecimentos africanos e afro-brasileiros.
Para combater e superar estas manifestações de preconceitos, racismos e discriminações, além de propor mudança efetiva comportamental na busca de uma sociedade democrática e plural, foram apresentadas no campo da política educacional as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei 10.639/03), onde são estabelecidas orientações de conteúdos a serem incluídos e trabalhados e também as necessárias modificações nos currículos escolares, em todos os níveis e modalidades de ensino.
No intuito de contribuir para a implementação destas Diretrizes na educação paraense, a Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial (COPIR) da Seduc e a Coordenação do Curso de Ciências da Religião da Universidade do Estado do Pará (UEPA) promovem o “Seminário de Ensino Religioso e Educação para as Relações Étnico-raciais no Pará”.
Este seminário ganha ainda mais importância por estar inserido na programação do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes proclamado pela Organização das Nações Unidas - ONU.


Serviço:
SEMINÁRIO DE ENSINO RELIGIOSO E EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO PARÁ
Data: 28 e 29 de junho de 2011
Local: Auditório do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE)
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Endereço: Trav. Djalma Dutra, s/n, Telégrafo, Belém/PA
Inscrições gratuitas: Enviar nome completo, escola/entidade e telefone para copirseduc@gmail.com
Informações: (91)32015157 / www.copirseduc.blogspot.com
Entrega de certificados


PROGRAMAÇÃO
Dia 28 de junho, terça-feira
8h- Credenciamento
9h- Abertura do Seminário – Canção religiosa
9h15- Religiões de matrizes africanas: saberes, valores e práticas. Contribuições na formação escolar
12h- Intervalo para almoço
14h- Ensino Religioso: currículo e aplicação da Lei 10.639/03
16h- CINE CLUBE NANGETU: ATÉ OXALÁ VAI À GUERRA - UMA HISTORIA DE RACISMO E INTOLERÂNCIA RELIGIOSA (2008)
Direção: Carlos Pronzato / Co-direção de Stefano Barbi-Cinti. 40 min. / Áudio: Português. Sinopse: As ações violentas executadas pela Prefeitura de Salvador através da demolição de um terreiro

Dia 29 de junho, quarta-feira
8h30- CINE CLUBE NANGETU
9h- Ensino Religioso: a sala de aula enquanto espaço de afirmação da diversidade étnico-racial e de reconhecimento das religiões de matrizes africanas
10h30- Religião e religiosidade africanas na Amazônia
12h- Intervalo para almoço
14h- Universidade: ensino e pesquisa para a educação das relações étnico-raciais
16h- A sala de aula enquanto cenário de combate ao racismo e ao preconceito
18h- Ato cultural

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Coordenadoria de Educação para Promoção da Igualdade Racial
Diretoria de Educação para Diversidade Inclusão e Cidadania
Secretaria Adjunta de Ensino
Secretaria de Estado de Educação do Pará
Rodovia Augusto Montenegro Km 10 s/n
CEP 66.820-000
Fone: (91)32015157/5059

A vida que vai à deriva é a nossa condução... - sessão cineclubista provoca o debate sobre a solidão.

Logo no início da sessão Mametu Kutemoji serviu um tacacá aos convidados, e com com o filme “O velho, o mar e o lago” de Camilo Cavalcante, um silêncio se instalou no Cineclube Nangetu, silêncio que perdurou até que alguém rompeu a barreira do som e sussurrou um comentário: “esse cara está louco!”
A sessão continuou com reações diversas entre os presentes, transitavam do riso até a tensão.... Mas a sensação que a aparente loucura e o delírio das personagens tinham em comum a solidão...
A sessão contou com a participação da pesquisadora Selma Brito e da coordenadora da PARACINE, Isabela do Lago, e quando iniciou a roda de conversa Isabela registrou que a direção de arte de “O velho, o mar e o lago” é do também coordenador da PARACINE, Darcel Andrade. Ela fez uma análise artística dos filmes da sessão, ressaltando cuidados no tratamento com cenários, figurinos, e a fotografia, e também ressaltou dois filmes que lhe chamaram a atenção, a animação “A ilha”, e o filme “O náufrago”.
Selma Brito comentou sobre o delírio consciente no filme Leviatã, lembrou detalhes do filmes e disse que para quem está naquela situação o delírio lúcido tem o tempero da poesia. Táta Kinamboji aproveitou a deixa para falar de processos poéticos relacionados a vivências pessoais.
Foi então que os sacerdotes do Mansu Nangetu relacionaram a situação apresentadas nos filmes com a acolhimento e acompanhamento de pessoas que batem nas portas do terreiro procurando ajuda e solidariedade, por vezes em busca apenas de alguém para conversar, e que para a comunidade ver esses filmes é importante para que também se coloque em estado de atenção no atendimento do problema dos outros.


























quinta-feira, 16 de junho de 2011

Começam as gravações de dramaturgia para rádio.

Neste sábado, dia 18 de junho, iniciam as gravações de peças para rádio com a referência cultural da Rainha Nzinga.
Quem tiver interesse em participar é só comparecer no Insituto Nangetu, na Tv. Pirajá, 1194 em Belém, e tomar parte na oficina de capacitação em radiodramaturgia ministrada pelo comunicador Angelo Madson, da Idade Mídia.

A oficina tem como meta Realizar a produção de uma audioficção: produção eletroacústica sob o gênero radioteatro, alusiva a história da rainha Nzinga Mbandi Trabalhando a apropriação do imaginário social. É uma parceria do Projeto Azuelar/ Instituto Nangetu, com o Projeto Comunicação para cidadania e imaginário social/ Idade Mídia, e conta com o apoio da rede[aparelho]-:.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Programa "À deriva" tem sessão na sexta, dia 17 de junho - 19h.

Cena do filme "Leviatã", de Camilo Cavalcante.


À deriva
Este programa reúne sete curtas-metragens que versam sobre o deslocamento, tanto a partir do clássico tema do náufrago como nos desdobramentos que o termo permite, quando o filme comenta, pela mise-en-scène, outras formas de desvio. Assim, entre os títulos, alguns premiados em importantes festivais nacionais e internacionais, há desde o marinheiro largado à solidão errante do mar a um pedestre que, ilhado, não consegue atravessar uma movimentada avenida. Ou, ainda, formas alternativas de se criar um discurso em confinamento absoluto em um apartamento. A soma dos trabalhos ilustra como, a partir de um tema consagrado especialmente na literatura quinhentista, o cinema alça exercícios estéticos bastante livres e avançados.

* A ilha, de Alê Camargo , , 2008
* L'amar, de Sandra Alves, 2003
* Leviatã, de Camilo Cavalcante , 1999
* Náufrago, de Amilcar Monteiro Claro , SP, 1998
* O velho, o mar e o lago, de Camilo Cavalcante, 2000
* Por dentro de uma gota d'água, de Felipe Bragança e Marina Meliande, 2003
* Sobre a maré, de Guile Martins, , 2005

Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco da légua, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 19h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, PARACINE, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.

Consul da Venezuela em Belém visita o Mansu Nangetu.

No final da tarde de segunda-feira, o Consul Geral da Venezuela, sr. Carlos Dávila, visitou o Instituto Nangetu, veio trazido pela cineasta e militante cultural, Célia Maracajá, e disse querer conhecer um pouco mais da rede de articulação da rede social de comunidades de terreiros de Belém.
Mametu Nangetu recebeu os visitantes com bolo de fubá e refrigerantes, e pediu a Táta Kinamboji que mostrasse um pouco dos arquivos de ações do Instituto Nangetu e como a comunidade do Mansu se articula com comunidades de outros terreiros parceiros.
A reunião transcorreu num clima amistoso e informal, primeiro o próprio consul relatou a experiência de redes sociais na Venezuela, faLou da política de inclusão social desenvolvida pelo presidente Hugo Chaves nas diversas áreas, como educação, saúde e cidadania, e principalmente da articulação de redes sociais atrvés dos círculos bolivarianos.
Táta Kinamboji mostrou ao consul os arquivos de vídeos e fotos das ações religiosas e sociais que o terreiro toma parte, explicou o contexto com que as comunidades de terreiros se articulam na zona metropolitana de Belém e, por fim, destacou o trabalho de criação de mídia através do Projeto Azuelar, uma experência de comunicação social de caráter comunitário que investe na inverção da lógica da invisibilidade social das populações de terreiros, população históricamente discriminada e excluída do acesso aos bens públicos brasileiros. Kinamboji ainda acrescentou que o que fazia por aqui chamava de "tecnologia do possível", ou seja, que fazia mídia com os recursos técnicos disponíveis para a comunidade, e que tratava a expressão "qualidade técnica" como critério de inclusão, em contrapartida do senso comum que usa essa tal 'qualidade' como critério de exclusão, mas disse também tinha algumas informações sobre a experência venezuelana da TV Sur, e que essa era uma experiência em comunicaçnao social que ele tem interesse pessoal em conhecer melhor.
Similaridades do Projeto Azuelar com a comunicação social comunitária venezuelana, assim como a atuação em rede de terreiros paraenses com os círculos bolivarianos foram dando a diretriz para a conversa, e uma nova roda de conversas foi agendada para a quinta-feria, dia 16 de junho as 17h, uma roda com um número restrito de lideranças de terreiros onde pretende-se construir patamares para futuras parcerias que venham a fortalecer a rede social e cultural das comunidades de terreiros pan-amazônicos.

Mais informações: Arthur Leandro: 88836954 ou 81982430.

Projeto Azuelar - Fotos de Andreza Rodrigues.