A homenagem é uma celebração à memória da luta de de dona Rosa Viveiros, também conhecida como Nochê Navanakoly e como Mãe Doca, ela era maranhense de Codó e filha de santo do africano Manoel-Teu-Santo e seu Vodun era Nanã e Toi Jotin. É Dona Rosa Viveiros, que em 1891 - apenas três anos após a abolição da escravatura - enfrentou o racismo e outros preconceitos da época e inaugurou seu Terreiro de Tambor de Mina na capital paraense. Mãe Doca foi presa várias vezes porque cultuava as divindades e preservava a religiosidade afro-amazônica, e nem por isso desistiu de manter seu Templo Afro-religioso aberto. Seu terreiro se manteve aberto até meados da década de 1960, e Mãe Doca se tornou o símbolo de resistência das religiões de matriz africana no Pará, e é em sua homenagem que o dia 18 de março se tornou o dia da Umabanda e das religiões Afro-brasileiras.
A comenda foi institutída em 2009 pelo Poder Legislativo do Estado do Pará por iniciativa a e projeto da deputada Bernadete Ten Caten (PT), e é concedida como reconhecimento da ALEPA às pessoas que trabalham na divulgação, manutenção e preservação das manifestações das religiões de matrizes africanas, mas somente em 2011 foi realizada a primeira sessão solene e entrega da comenda.
Neste ano de 2012 os homenageados são: Mametu Kaia Onilegi (Kátia Hadad) pelo PSOL; Pai Fernando Antônio Santos Rodrigues pelo PSDB; Huntó Ivonildo dos Santos (Nego Banjo) pelo PMDB; Mãe Maria Emília Miranda dos Santos pelo DEM; Mãe Vanda de Ogum Rompe Mata (Vanda Lúcia dos Santos Soares) pelo PSB; Táta Kinamboji (Arthur Leandro) pelo PT; Mametu Muagile (Mãe Beth de Bamburucema – Elizabeth Leite Pantoja) pelo PSC; Pai Bené (Benedito Saraiva Monteiro) pelo PV; e a pesquisadora Anaíza Vergolino-Henri pelo PDT.
A sessão solene de entrrega da Comenda Mãe Doca acontece nesta segunda-feira, 23 de abril, as 10h no Palácio da Cabanagem, rua do Aveiro, 130 - Cidade Velha, Belém/PA.
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