quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Sessão Solene da Comenda Mãe Doca será as 10h do dia 4 de novembro, e no mês da Consciência Negra!

A luta pela liberdade religiosa no estado do Pará tem nome, e o nome dessa luta por liberdade é Mãe Doca!
Este ano de  2013, apesar do atraso causado por diversos motivos, e até mesmo sugestões de cancelamentos, as autoridades e lideranças de povos tradicionais de terreiros de matriz africana comprometidas com a luta pela cidadania e respeito às tradições afro-amazônicas garantiram a Sessão Solene de entrega da comenda no dia 04 de novembro, em pleno mês da consciência negra.

Os nomes das autoridades de comunidades de povos tradicionais de terreiros de matriz africana que receberão a comenda no ano de 2013, serão divulgados na tarde de hoje, 30 de outubro.

O Decreto Legislativo nº 05/2009 (proposição da Deputada Bernadete Tem Caten/ PT) instituiu na Assembleia Legislativa do Estado do Pará a Comenda "Mãe Doca" de mérito afro-religiosos em homenagem aos Cultos Afro-Brasileiros.  
A homenagem é uma celebração à memória da luta de Mãe Doca, que era maranhense de Codó e filha de santo do africano Manoel-Teu-Santo. Seu Vodun era Nanã e Toi Jotin, e foi Dona Rosa Viveiros, que em 1891 - apenas três anos após a abolição da escravatura - enfrentou o racismo e inaugurou seu Terreiro de Tambor de Mina na capital paraense. 
Pelo reconhecimento do valor da luta de Mãe Doca por cidadania e o direto humano de consciência religiosa, é que as lideranças de povos tradicionais de matrizes africanas, lideranças que hoje continuam como herdeiros da mesma resistência que desde o final do século XIX se mantém no enfrentamento ao racismo que demoniza as tradições afro-amazônicas, e por reconhecer a importância de manter viva a memória de nossas lutas cotidianas, é que Mãe Doca se tornou o símbolo de resistência das religiões de matriz africana no Pará.


A luta pela cidadania do povo tradicional de terreiro de matriz africana é a mesma luta do povo negro, e o nosso foco é o combate ao racismo.
A organização da sessão solene iniciou ainda em fevereiro, e com esse objetivo reuniu sacerdotes de vários terreiros e tradições diferentes, e foram essas autoridades que debateram entre si as propostas de critérios de interesse das comunidades, chegando a conclusão que o que o povo de terreiro quer é o reconhecimento do poder legislativo estadual na atuação de sacerdotes em frentes de luta como:

  1. Preservação e manutenção de tradições, ou seja: reconhecer a perseverança dos sacerdotes e sacerdotisas mais velhos como uma importante forma de manutenção dos valores africanos na Amazônia;
  2. Enfrentamento e combate ao racismo, ou seja: reconhecer a importância de lideranças de povos tradicionais de terreiros na luta política por visibilidade e por garantia de direitos de cidadania.

As reuniões aconteceram principalmente nos terreiros, e muitas delas trataram também das comemoraçoes pela passagem do 18 de março, data marcada no calendário estadual e municipal de Belém, como referencial de resistência de Mãe Doca às práticas do racismo no século XIX, e desde então estes mesmos sacerdotes aproveitaram toda e qualquer possibilidade de encontro com mandatários de cargos no legislativo estadual para negociar a realização da terceira  sessão solene, e a garantia que em 2013 teríamos entrega da comenda que pro nosso povo é uma conquista.

O Instituto Nangetu antecipadamente parabeniza a Deputada Bernadete Ten Caten e às lideranças de terreiros que na próxima segunda-feria receberão este importante reconhecimento, e reconhece que esta sessão só foi possível pela mobilização e empenho de cada um de nós que investiu para que ela acontecesse.

Parabéns ao Povo de Terreiro do Estado do Pará!













terça-feira, 29 de outubro de 2013

Informativo Cultural na Rádio-Janela do Projeto Azuelar, é neste sábado 2 de novembro.


A partir das 10h do sábado, 2 de novembro de 2013, o Instituto Nangetu promove uma confraternização para compartilhar com a comunidade, convidados, agentes culturais e nossos “ouvintes”, os conteúdos de relatos e entrevistas que a equipe do Projeto Azuelar de Comunicação Social Comunitária gravou com Mestres das Culturas Afro-brasileiras, das Tradicionais e das Populares, durante o Encontro da Rede de Culturas Populares e Tradicionais que aconteceu em São Paulo no início do mês de outubro.

Mametu Nangetu, Táta Kinamboji e Táta Dianvula participam da rede e estiveram presentes nesse encontro que reuniu detentores dos conhecimentos tradicionais e das expressões culturais populares de todo o país, além de artistas, lideranças comunitárias e representantes desse segmento no Conselho Nacional de Política Cultural e em outras instâncias de pactuação da sociedade civil com o Estado. O objetivo principal era o de vivenciar profundamente a diversidade cultural brasileira, abrangendo as Culturas Populares, o Artesanato, o Hip Hop, as Culturas Indígenas, o Circo, o Teatro de Rua, o Patrimônio Imaterial, as Culturas Afrobrasileiras, Povos de Matriz Africana e outros Povos e Comunidades Tradicionais.

x-x-x-x-x-x-x
Rádio-janela do Projeto Azuelar
Programa Informativo Cultural - com entrevistas e relatos do Encontro das Culturas Populares e Tradicionais.
Sábado, 2 de novembro, a partir das 10h da manhã
(almoço colaborativo, traga sua contribuição e compartilhe)
Instituto Nangetu, Tv. Pirajá, 1194 – Belém/Pa.
91-32267599
x-x-x-x-x-x-x







Apoio: - Coordenação estadual da ARATRAMA - rede [aparelho]-: - Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá - Projeto: Diálogo em Cabana de Caboco. FCS/UFPA (Coordenação: Prof. Ms. João Simões e Bolsista Luah Sampaio) - Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro) - UFPA-PROEX

Convite - Mukondu (Ritual do Morto)

Mam'etu Nangetu uá Nzambi convida você para participar da Cerimônia Afro Religiosa denominada “Pangu Nvumbi” ou “Mukondu” (Ritual do Morto), em homenagem aos ancestrais e, em especial, ao Tat'etu N´denge ria Mansu Nangetu Olufangê uá Nzambi.



Dias: 08, 09 e 10 de novembro de 2013 - Início: 19h
Endereço: Terreiro Mansu Nangetu Mansubandu Kekê Neta (Travessa Pirajá, 1194 - Bairro Marco da Légua, Belém-PA).

Conto com sua presença! Mam´etu Nangetu kwa N´Zaambi Ps.: Em respeito à tradição, solicita-se o comparecimento com roupas brancas.

domingo, 27 de outubro de 2013

Dia 1 de novembro tem "Febre do rato" no cineclube Nangetu.



"FEBRE DO RATO",  de Cláudio Assis, Brasil, 2011, 70 min.
Sinopse: Zizo (Irandhir Santos) é um poeta inconformado e anarquista, que banca a publicação de seu tablóide. Em seu mundo próprio, onde o sexo é algo tão corriqueiro quanto fumar maconha, ele conhece Eneida (Nanda Costa). Zizo logo sente um forte desejo por Eneida, mas, apesar de seus constantes pedidos, ela se recusa a ter relações sexuais com ele. Isto transtorna a vida do poeta, que passa a sentir falta de algo que jamais teve.
___________

Sexta-feira, 1 de novembro, 18:30.
Cineclube Nangetu, coordenação: Isabela do Lago e Luah Sampaio.
Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua. Belém do Grão-Pará, 91-32267599.
___________

Apoio:
-  rede [aparelho]-:
- Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá
- Projeto: Diálogo em Cabana de Caboco. FCS/UFPA  (Coordenação: Prof. Ms. João Simões e Bolsista Luah Sampaio)
- Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro)
- UFPA-PROEX



Início das comemorações do mês da consciência negra no dia de todos os santos.

Na sexta-feira, dia 1 de novembro, as 16:30, o Instituto Nangetu inicia as comemorações pelo mês da Consciência Negra com uma ação cultural e educativa que visa colocar em evidência os valores civilizatórios afro-brasileiros.





































A proposta é exibir os filmes de dois dos sete documentários da séries "Mojubá", sobre a religiosidade de matriz africana, a história dos quilombos e de outros valores da negritude presentes na cultura brasileira e são integrantes do Projeto "A Cor da Cultura".

(25 minutos)
A fé na força das divindades africanas foi trazida pelos nossos ancestrais e é preservada por aqueles que continuam a seguí-la. O programa ‘Fé’, segundo episódio da série ‘Mojubá’, nos mostra que conhecer a origem dessa crença é conhecer parte de nossa história. A fé é revelada como instrumento de resistência, componente da identidade cultural de um povo.
Desde os primórdios, os humanos cultuam as divindades a fim de assegurar o equilíbrio das forças vitais do universo. Junto com poderes, os orixás receberam tarefas. Exu, Ogum e Oxóssi, por exemplo, atuam como guardiões. Alguns reinam sobre as águas, como Iemanjá e Oxum. Iemanjá também está vinculada à infância e à maternidade, assim como Ibeji. Ossaim e Oxumarê são as entidades da natureza. O ambiente de Xangô é regido pelo fogo. Já Omolu e Nanã atuam sobre a saúde da humanidade, o que implica, muitas vezes, na doença e na morte.
Exu, o princípio dinâmico que rege a vida, e Ifá, encarregado de transmitir os propósitos dos orixás aos homens, são as duas divindades que aparecem com destaque nos rituais afro-brasileiros. A casa de Exu fica próxima à entrada dos terreiros com o objetivo de proteger o espaço sagrado. Muitas vezes confundido com o conceito cristão de demônio, Exu é, na verdade, uma força que possibilita a ligação entre este mundo físico, Aiyê, e aquele habitado pelas divindades, Orum.

Heróis de todo o mundo
Exibição da biografia de 4 heróis afro-brasileiros em programas de 2 minutos de duração cada um, com a vida e a obra de homens e mulheres negros que se destacaram nas diferentes áreas do conhecimento no Brasil.

Comunidades e festas
(25 minutos)
Os deuses dançam e celebram a vida e assim também fazem os que neles acreditam. As festas em grupo, o som do tambor, os movimentos da dança podem ser instrumentos de oração e reverência às forças espirituais. O divino se manifesta na comunhão da alegria e na vida festejada na companhia do próximo. Os cultos afro-brasileiros, em todas as suas cores, nos mostram a religião como ‘Comunidades e Festas’. Esse é o nome do sétimo e derradeiro programa da série ‘Mojubá’, um indicativo de que celebração também é história.
Os deuses dançam e celebram a vida e assim também fazem os que neles acreditam. Os festejos em grupo, os sons dos tambores, os movimentos dos corpos de todas as cores podem ser instrumentos de oração e reverência às forças espirituais. Afinal, o divino se manifesta na comunhão da alegria com o próximo. É fácil perceber que os cultos afro-brasileiros são comunidades que dominam bem a arte de festejar, um indicativo de que celebração também é história.

A cor da cultura

A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira, fruto de uma parceria entre o Canal Futura, a Petrobras, o Cidan - Centro de Informação e Documentação do Artista Negro, a TV Globo e a Seppir - Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial. O projeto teve seu início em 2004 e, desde então, tem realizado produtos audiovisuais, ações culturais e coletivas que visam práticas positivas, valorizando a história deste segmento sob um ponto de vista afirmativo.


Após as exibições, serão propostas atividades complementares.
Esta ação acontece em parceria com o Conselho Nacional de Cineclubes, com o Grupo de Estudos Afro-amazônico da UFPA e com o Projeto Resistência Marajoara.

Apoio: - rede [aparelho]-: - Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá - Projeto: Diálogo em Cabana de Caboco. FCS/UFPA (Coordenação: Prof. Ms. João Simões e Bolsista Luah Sampaio) - Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro) - UFPA-PROEX

sábado, 26 de outubro de 2013

Projeto social distribui cestas de alimentos.

A distribuição de cestas atende as famílias da comunidade do mansu e de comunidades tradicionais de terreiros de matriz africana parceiras, priorizando as que estão em situação de vulnerabilidade social.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mostra da produção das oficinas e Cineclube nesta sexta, 25 de outubro.

Programação cultural de encerramento do evento "Azuelar e Rede Mocambos - Criando Laços... Tecnologia e comunicação nos terreiros".

Instituto Nangetu Tv. Pirajá, 1194 - Bairro do Marco, Belém, 91-32267599.

17:30 - Mostra da produção das oficinas de vídeo e fotografia.














Cineclube

18:30 -  "O CÉU SOBRE OS OMBROS", de Sérgio Borges, Brasil/ 2010, 71min.
Uma mistura de documentário e ficção sobre o cotidiano de três personagens de classe média de Belo Horizonte: um transexual, um operador de telemarketing hare krishna e um escritor congolês. A transexual se divide entre a rotina de profissional do sexo e a vida acadêmica, o operador de telemarketing hare krishna integra a torcida do Atlético Mineiro e o escritor congolês desiludido com a vida.
Debatedores: Amadeu Lima e Paulinha.


Sinopse: Documentário/ Drama. Acompanha alguns dias da vida de três pessoas. Everlyn é uma transexual que vive entre a prostituição e os cursos de sexualidade que ministra como professora, enquanto que Murari é um devoto da religião Hare Krishna e líder de torcida organizada do Atlético Mineiro. Já Lwei é um africano descendente de portugueses que escreve vários livros ao mesmo tempo, sem nunca conseguir terminá-los.

Apoio:
Projeto: Dálogo em cabana de Caboco. FCS/UFPA (coordenação Prof. João Simões, bolsista Luah Sampaio)
Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro)

domingo, 20 de outubro de 2013

Manejo tradicional de aves.

Pai Jorge Viana ensinando a retirar um verme parasita de debaixo da língua das galinhas.


Celebração inter-religiosa que abençoou a inauguração da nova sede da Ouvidoria do Sistema Estadual de Segurança Pública do Estado do Pará – SIEDS.


 Mametu Nangetu esteve na Celebração inter-religiosa que abençoou a inauguração da nova sede da Ouvidoria do Sistema Estadual de Segurança Pública do Estado do Pará – SIEDS, ocorrida no dia 18 de outubro às 17h. A condução da cerimonia foi da ouvidora Eliana Fonseca, e Mametu cantou para os Jinkisis pedindo que as divindades de matriz africana Bantu abençoassem os trabalhos da ouvidoria e zelassem pelo respeito à diversidade naquele recinto.
O papel das Ouvidorias de Policia e Penitenciária, qual seja a de controle social do Sistema de Segurança Pública, o órgão recebe denúncias de abusos da atividade dos agentes de segurança em sua dimensão individual e coletiva, monitora as denúncias e medidas, propõe ações e políticas na Segurança Pública pautadas em Direitos Humanos, e fiscaliza qualquer tipo de ação dos próprios órgãos que compõem o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social. 
Eliana Fonseca tem sido  importante, na condição de ouvidora, para a preservação de autonomia e independência da representante deste importante órgão de monitoramento de políticas de segurança pública, ela vem atuando de forma diligente e ética, tendo conseguido aglutinar as pautas dos diversos movimentos sociais, ONGs, demais instituições da sociedade civil (sindicatos, órgãos de classe, segmentos de diversas igrejas e demais denominações religiosas), os órgãos do SIEDS e MPE, DPE, TJE, ALEPA, universidades, órgãos do poder executivo e suas ouvidorias, sendo uma forte aliada na luta por direitos humanos, destacando aqui sua participação estratégica no Comitê Gestor do Plano Estadual de Segurança Pública de Combate a Homofobia, no Conselho Deliberativo do Provita, e ainda na coordenação do Comitê Gestor Estadual da Campanha Permanente de Prevenção e Combate à Tortura no Estado do Pará e como coordenadora do Grupo de Acompanhamento da Letalidade e Mortalidade do CONSEP. 
Em nível nacional, a ouvidora participa do Fórum Nacional de Ouvidorias de Policia, onde tem contribuído com as experiências das ações desenvolvidas no Pará, do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, e vem discutindo o PLC 11/2013 já aprovado e principalmente a efetivação do PNH
.
A Ouvidoria fica na Travessa Generalíssimo Deodoro, n° 1860. entre Rua dos Mundurucus e Av. Conselheiro Furtado,  e seu salão homenageia a ´primeira ouvidora, a pastora e militante de Direitos Humanos Rosa Marga Rothe.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O grupo 'A Dona do Samba' e Nego Banjo na 7ª Primavera de Museus.

"A dona do samba" e Nego Banjo com a equipe do MUFPA.
A Primavera dos Museus é realizada desde 2007, fruto de uma ação conjunta entre o Instituto Brasileiro de Museus e instituições museológicas de todo o país.

A 7ª Primavera dos Museus, que aconteceu simultaneamente em todo o Brasil, teve uma extensa programação no Museu da UFPA, no período de 23 a 29 de setembro de 2013. O tema desse ano foi: “Museus, Memória e Cultura Afro- Brasileira”, que propôs aos museus mostrar as contribuições da África para a sociedade Brasileira e disseminar conhecimento e reflexão critica sobre a realidade afrodescendente no país. 

A programação do Museu da UFPA teve oficinas, palestras e apresentação de dança e música. No dia 26 de setembro o grupo musical do Mansu Nangetu “A dona do samba” se apresentou com Nego Banjo na programação cultural da 7ª Primavera de Museus no Museu da UFPA, foi uma apresentação vespertina que aconteceu nos jardins do Museu e que teve a participação especial de Taata Kafungeji, do Rundembo Ngunzo ti Bamburucema.




quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Estréia do Programa Nengua de Angola.

Mametu Nangetu, apresentadora do Programa Nenguas de Angola.
A chuva de minha mãe Nzumbarandá nos abençoou  e veio molhar as folhas com que Katendê nos cobria o mutuê nesta tarde quente da primavera mais quente deste continente amazônida, por isso fomos pra dentro do mansubando e fizemos o programa dentro do terreiro.... mas a proposta é que o programa seja ao ar livre, e na próxima edição ele voltará a ser ao ar livre como a liberdade que nossos antepassados fizeram acontecer para a negritude amazônida, e livre como nós continuamos na mesma luta a fazer essa mesma liberdade ser um fato. Em resumo, livre como a comunicação que queremos para os povos tradicionais de terreiros de matriz africana e para toda a população.
E tudo foi pensado para azuelar com essa liberdade, e assim foi desde o cenário com elementos de integração humano/ comunidade/ natureza/ Nkisi.
Foi o Ogã Mil Oniletó Alagbedé, o entrevistado no programa de estréia, quem lembrou da tecnologia da comunicação via sonoridade da percussão, e com isso nos fez relembrar que a webTV, e todo o projeto Azuelar, tem sim essa pretenção de funcionar como Ngombas d'Aruanda, e usar as tecnologias que nos são possíveis como tambores que nos conectam com o mundo, e hoje os computadores podem vir com os mesmos esquemas de comunicação dos tambores que mantém os laços que o nosso povo nunca perdeu com as divindades.
E se sabemos nos comunciar com as divindades, sabemos também utilizar os recursos digitais e nos comunicar com os 'nós mesmos' e com os 'nós outros' desses 'nós tantos' que somos neste mundo... Mídia que nos alforria das amarras do sistema, mídia que nos liberta.
Aueto!
Mam'etu Nangetu uá Nzambi.

Fruto das oficinas do evento Azuelar e Rede Mocambos - Criando Laços... Tecnologia e comunicação nos terreiros.
Instituto Nangetu + Rede Mocambos, apoio Coletivo Casa Preta.
Projeto Azuelar - Comunicação social comunitária e experimental.
WebTV Azuelar
Estréia do programa Nenguas de Angola
Apresentação - Mametu Nangetu
Equipe técnica: Mam'etu Nangetu, Taata Kinamboji, Ogã Mil Oniletó Alagbedé, Lucivaldo Sena, Isabela do Lago, Duda e Luah Sampaio.
Filmagem: Lucivaldo Sena, Isabela do Lago, Duda e Luah Sampaio.
Edição: Ogã Mil Oniletó Alagbedé, Duda.
Participação especial: Taata Mukundemim.
Música: Azuelê Katu Ndanda, de Nego Banjo.


Apoio:
Projeto: Diálogo em cabana de Caboco da Faculdade de Ciências Sociais/UFPA
Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão) da  Faculdade de Artes Visuais e Museologia, e do Grupo de Estudos Afro-amazônico (NEAB)/ UFPA



sábado, 12 de outubro de 2013

Transmissão de teste da TV Azuelar - Roda de conversa sobre comunicação e mídia de terreiro em 8 de outubro de 2013.

Transmissão de teste da TV Azuelar - Roda de conversa sobre comunicação e mídia de terreiro em 8 de outubro de 2013.




Apoio: 
Projeto: Dálogo em cabana de Caboco. FCS/UFPA
Projeto: Muzueri uonene kalunguê
 (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA


Video streaming by Ustream

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Azuelar e Rede Mocambos - Criando Laços... Tecnologia e comunicação nos terreiros.



08 out - início oficina de vídeo com bate papo sobre comunicação e difusão de narrativas - momento para falarmos da importância dessa comunicação autónoma livre e colaborativa nos terreiros. Início 15h

12 out - Programa "Nengua de Angola" via Streaming  --- roda de conversa com Mam'etu Nangetu sobre Mavanbo Nzila - divindade da comunicação e dos caminhos
10, 11 e 14  out- oficina "Apropriaçao Tecnológica" com Milson Oniletó



25 out - finalização da programação com sessão do Cineclube Nangetu
Apoio: - Coordenação estadual da ARATRAMA - rede [aparelho]-: - Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá - Projeto: Diálogo em Cabana de Caboco. FCS/UFPA (Coordenação: Prof. Ms. João Simões e Bolsista Luah Sampaio) - Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro) - UFPA-PROEX 


Oficina de fotografia com Lucivaldo Sena.

Oficina de fotografia com Lucivaldo Sena (Fotográfo Jornalista) no dia 05 de outubro de 2013 (sabado), das 9:30 as 16:00
no Instituto Nangetu
Trav Pirajá, 1194 - Bairro do Marco, Belém,
Custo: ZERO (gratuito)
Apoio: Walter Pinaya e Simone Araújo.



Apoio: - Coordenação estadual da ARATRAMA - rede [aparelho]-: - Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá - Projeto: Diálogo em Cabana de Caboco. FCS/UFPA (Coordenação: Prof. Ms. João Simões e Bolsista Luah Sampaio) - Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro) - UFPA-PROEX 


Kizomba ria Vunji reuniu mais de 70 crianças no Mansu Nangetu.



Todos os anos o Mansu Nangetu celebra as crianças com o Dibangulango ria Vunji, o caruru das crianças. Vunji é a divindade que traz a alegria ao nosso cotidiano, e é com essa alegria contagiante que a Kizomba ria Vunji aconteceu no Mansu Nangetu.
A celebração coincide com a comemoração aos santos gêmeos Cosme e Damião, santos cristãos que nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade.
Reza a lenda que inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres. Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso.
Talvez a proximidade das estórias de Cosme e Damião com a saga do povo Bantu na diáspora brasileira, seja a explicação para que nossos antepassados tenham criado a relação deles com Vunji, e neste dia é comum as pessoas distribuírem doces e guloseimas nas ruas.
O ritual no Mansu celebra também as ações comunitárias, e reúne as crianças carentes do bairro que, além de guloseimas, recebem os brinquedos que são arrecadados durante o ano inteiro pela comunidade do terreiro.
A novidade deste ano foi a apresentação de estórias das tradições afro-amazônicas em espetáculo de teatro de bonecos de Carlos Cruz, e as brincadeiras promovidas pelos palhaços que vieram colaborativamente contribuir com a celebração.