quarta-feira, 28 de maio de 2014

Acompanhe a transmissão do seminário "Diálogos: Democracia e Comunicação sem Racismo, por um Brasil Afirmativo"

Acompanhe pelo blog o seminário "Diálogos: Democracia e Comunicação sem Racismo, por um Brasil Afirmativo", promovido pela SEPPIR-PR. Início dia 29 de maio, as 9h.


 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Programação cultural comemora 10 anos do Instituto Nangetu



Rodas de conversa, programas especiais de rádio e webTV, sessão de cinema e oficina de documentário e performance marcam ciclo de atividades do aniversário


Desde que foi fundado, em 1988, o Mansu Nangetu atua a favor da conservação e do fortalecimento da identidade da cultura tradicional de origem Bantu, constituindo um espaço importante de resistência do legado cultural do povo negro africano na cidade de Belém. Seja no cotidiano do terreiro, por meio do respeito às práticas ao culto do Nkisse Nzumbarandá, seja nas iniciativas políticas, são quase 30 anos de atividades que fazem do Nangetu um efervescente ambiente de debates e ações desta luta histórica.

Ao considerar esta trajetória, há muito que se comemorar. Agora, é chegado o momento de celebrar um grande marco desta resistência: os dez anos de criação do Instituto Nangetu, associação que tem como finalidade estreitar laços de confraternização e promover o desenvolvimento socioeconômico da comunidade tradicional de terreiro. E para festejar montamos uma programação especial entre os dias 30 de maio e 12 de junho, com atividades gratuitas e abertas ao público. O ciclo dará início às comemorações de aniversário que se estenderam até maio de 2015, quando o Instituto completa 11 anos de história.

Nesta década, o Instituto Nangetu apropriou-se de ferramentas diversas para o enfrentamento das problemáticas que paulatinamente atingem a comunidade afro-religiosa. As várias possibilidades da arte e a construção de uma comunicação autônoma para o terreiro são pontos fortes deste combate. Desta percepção, surgiram projetos como a Rádio Janela e a Web TV Azuelar e o cine Nangetu, que na programação de aniversário do Instituto ganham destaque com edições especiais.



No ar, webTV e rádio Azuelar!
No dia 31 de maio, sábado, o Programa Vozes da África recebe o pesquisador Antonio Domingos Braço, professor em Moçambique e doutorando da UFPA. A ideia é abrir espaço para uma roda de conversa entre ele, demais pesquisadores da Amazônia e a comunidade de terreiro. No centro do debate, as diferenças e similitudes dos traços culturais africanos que se preservaram em várias comunidades fora do continente de origem. Vozes de África, proposto pelo professor João Simões da Faculdade de Ciências Sociais da UFPA, tem transmissão ao vivo pela webTV Azuelar pelo link http://www.ustream.tv/channel/azuelar . Neste mesmo dia, haverá também mais uma edição do programa “A Hora de Zumbá”. Veiculado por uma rádio-janela, a ideia é envolver a comunidade em uma experimentação social da comunicação, centrada no debate entre os diversos agentes que constituem o espaço de terreiro, principalmente os jovens.

Na webTV Azuelar, o lançamento de mais um programa. Focado na produção artística de terreiro, o projeto Nós de Aruanda, que já realizou duas exposições na galeria Theodoro Braga, agora também invade uma das mídias do Instituto Nangetu. A ideia é trazer entrevistas com artistas, para revelar processos criativos e trajetórias que culminaram numa produção poética sobre o universo da cultura tradicional. A estreia do programa “Nós de Aruanda” é dia 8 de junho, domingo, também transmitida ao vivo pela webTV Azuelar pelo link http://www.ustream.tv/channel/azuelar

Diálogos entre cinema e performance no espaço do terreiro
As possibilidades da câmera e do corpo serão o ponto de partida para a imersão "Performance  & Cinema Documentário de Invenção”. A ideia do encontro é possibilitar o intercâmbio de experiências em múltiplas linguagens (artes visuais, cênicas e audiovisual) entre a comunidade do terreiro e os artistas convidados Wellington Dias, de Macapá, e Renato Vallone, do Rio de Janeiro.

Wellington Dias é artista cênico e visual. Já realizou diversos trabalhos voltados para a performance e teatro e tem como destaque em sua trajetória o projeto “Tecno Barca: Um ateliê-galeria itinerante sobre a terra das águas”, desenvolvido no Arquipélago do Bailique, no litoral do Estado do Amapá, contemplado no Rede Nacional Funarte 2011. Renato Vallone é Cineasta independente há oito anos, começou a carreira na montagem. Atua também como diretor, fotógrafo (câmera) e desenhista sonoro. Realizou diversos curtas-metragens, além de series para tv, web, video-instalações e longas-metragens.

O intercâmbio "Performance  & Cinema Documentário de Invenção”será entre os dias 30 de maio e 1º de junho, a partir das 17 horas. Inscrições devem ser feitas por AQUI.

Festividade para Santo Onofre e Santo Antônio
A programação de 10 anos do Instituto Nangetu será envolvida pela Trezena de Santo Onofre, que ocorre entre os dias 31 de maio e 12 de junho. Trata-se de uma tradição que Mametu Nangetu herdou de sua família materna, e tanto a trezena quanto a festividade já acontece no bairro do Marco há mais de 50 anos. Desde 2011 que a ladainha é comandada por um grupo de rezadores de latim popular do Terreiro Estrela Guia, no bairro da Cidade Velha, grupo já premiado no Edital Micro-Projetos Amazônia Legal pelo resgate da memória das ladainhas em latim caboclo na Amazônia. O grupo é formado por Pai Esmael Tavares, Mãe Maria de Jesus e Cristina Tavares, eles aprenderam praticando a ladainha nas andanças em festividades comunitárias cujo contexto é chamado de catolicismo popular, acompanhando seus pais e avós na fé de seus santos de devoção.

O encerramento fica por conta da festividade para Santo Onofre e Santo Antônio, no dia 12 de junho. Abrindo a quadra comemorativa dos santos juninos, o dia será de festa e programação extensiva no espaço do Mansu Nangetu, contando com sessão especial do Cineclube Nangetu e transmissão dos programas da Rádio Janela Azuelar.

Serviço: Programação em comemoração aos 10 anos do Instituto Nangetu. Entre os dias 30 de maio e 12 de junho. Local: Mansu Nangetu - Tv. Pirajá, 1194 – Marco. Contato: (91)3226759. Veja os horários das atividades no cartaz de divulgação.

Apoio:  Coordenação estadual da ARATRAMA - rede [aparelho]-: - Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá – UFPA - PROEX - Projeto: Diálogo em Cabana de Caboco. FCS/UFPA (Coordenação: Prof. Ms. João Simões e Bolsista Luah Sampaio) - Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro) - Projeto Ngomba da Aruanda. FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro e bolsista Luiza Cabral – Projeto Cineclube Nangetu (Coordenação Isabela do Lago).

domingo, 18 de maio de 2014

Mitologia afro-amazônica tem seus primeiros bonecos para animação.

As primeiras personagens foram expostas na exposição "Nós de Aruanda, artistas de terreiro", um projeto do GEAM e GEP Roda de Axé/UFPA apresentado na Galeria Theodoro Braga da FCPTN em março de 2014.

A construção dos bonecos foi orientada pelo ator Carlos Vera Cruz, membro da comunidade do Mansu Nangetu que é formado pela Escola de Teatro e Dança da UFPA/ ETDUFPA, em oficinas ministradas como formação continuada no terreiro para potencializar a construção dos primeiros bonecos que serão utilizados no projeto de teatro de animação do Instituto Nangetu.


A proposta é montar e apresentar espetáculos com estórias de mitos e lendas, e também as estórias da luta por cidadania dos povos tradicionais de terreiros de matriz africana na Amazônia, e já conta com parceria de Devison Amorim, técnico da UFPA e membro da Casa Grande de Mina Jeje Nagô Huevy, que apresentou proposta de parceria para as ações serem apresentadas em escolas como forma de contribuir com a Lei 10.639/03.

Apoio: - Coordenação estadual da ARATRAMA - rede [aparelho]-: - Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá.

Fotos: Táta Kinamboji e Isabela do Lago.

Debate: O PLANO SETORIAL DE CULTURAS AFRO BRASILEIRAS e a implantação do sistema municipal de cultura de Macapá.

Etetuba - arte e resistência cultural: Debate: O PLANO SETORIAL DE CULTURAS AFRO BRASILE...: 19/05/2014, segunda-feira. Local: Auditório do Museu da Fortaleza de São José de Macapá/ Amapá. Debate: O PLANO SETORIAL DE CULTURAS...

Debate: O PLANO SETORIAL DE CULTURAS AFRO BRASILEIRAS e a implantação do sistema municipal de cultura de Macapá.


19/05/2014, segunda-feira.
Local: Auditório do Museu da Fortaleza de São José de Macapá/ Amapá.
Debate:
O PLANO SETORIAL DE CULTURAS AFRO BRASILEIRAS e a implantação do sistema municipal de cultura de Macapá.
9h - Composição da Mesa de debates: 
1. Lindivaldo Leite Junior, diretor de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da Fundação Cultural Palmares - MinC
2. Representante da FUNCULT.
3. Representante da IMPROIR.
4. Táta Kinamboji (Arthur Leandro) - Representante do Colegiado Setorial de Culturas Afro-brasileiras no Conselho Nacional de Política Cultural/ CNPC-MinC.
5. Paulo Axé, Conselheiro Nacional de Promoção da Igualdade Racial – CNPIR/ SEPPIR
14:30 - Grupos de Trabalho.
17h - Apresentação de propostas e encaminhamentos.

Proposição: Colegiado Setorial de Culturas Afro-Brasileiras do CNPC/MinC
Organizações da sociedade civil envolvidas:
Associação Beneficente Ylê da Oxum Apará/ ABYOA + Federação dos Cultos Afro-religiosos de Umbanda e Mina Nagô do Estado do Amapá/ FECARUMINA + Instituto Rumpilê + Articulação Amazônica de Povos Tradicionais de Matriz Africana/ ARATRAMA-AP + Centro Cultural e Educacional Nina Souza/ CENS + Liga Independente das Religiões Afro-ameríndias/ LIRA + Federação dos Cultos Afro-brasileiros FECAB-AP + Federação Espírita e dos Cultos Afro-brasileiros do Amapá/ FECAP + Centro de Cultura Afro-Brasileira + Instituto Afro-ameríndio + Fórum de Juventude Negra do Amapá FOJUNE-AP + Movimento Afro Jovem do Amapá/ MOAJA + COLETIVO PRETITUDE + Federação Amapaense de Hip-Hop/ FAHH + Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas/ CONAQ-AP.
Instituições públicas envolvidas:
Ministério da Cultura + Fundação Cultural Palmares + Fundação Municipal de Cultura de Macapá/ FUNCULT + Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – IMPROIR + Secretaria de Estado da Cultura/ SECULT-AP + Museu Fortaleza São José de Macapá.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Moçambique no Programa Vozes de África. Dia 31 de maio, sábado, a partir das 15h.



Programa Vozes de África. Dia 31 de maio, sábado, a partir das 15h. 

O Programa recebe o pesquisador Antonio Domingos Braço, professor em Moçambique que está fazendo doutorado no PPGCS/ UFPA em roda de conversa com a comunidade do terreiro Mansu Nangetu e pesquisadores de africanidades da Amazônia, para trocar informações e debater as diferenças e similitudes dos traços culturais africanos que se preservaram em várias comunidades fora do continente africano e instigar reflexões que reconstroem a imagem de seus países na Amazônia brasileira.
Vozes de África tem transmissão ao vivo pela webTV Azuelar pelo link http://www.ustream.tv/channel/azuelar . E é
uma proposta de colaboração do Prof. João Simões, da Faculdade de Ciências Sociais da UFPA, que realiza pesquisa com estudantes africanos naquela universidade.


Apoio: - Coordenação estadual da ARATRAMA - rede [aparelho]-: - Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá – UFPA - PROEX - Projeto: Diálogo em Cabana de Caboco. FCS/UFPA (Coordenação: Prof. Ms. João Simões e Bolsista Luah Sampaio) - Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro) - Projeto Ngomba da Aruanda. FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro e bolsista Luiza Cabral).

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Intercâmbio "Performance & Cinema Documentário de Invenção”.




Intercâmbio "Performance  & Cinema Documentário de Invenção”. Dias 30 e 31 de maio e 1 de junho de 2014: a partir das 17 horas. Mansu Nangetu, Pirajá, 1194. Marco, Belém/PA. fone 32267599.
Sinopse: Intercâmbio de experiências em artes visuais e audiovisual entre a comunidade do Mansu Nangetu com Renato Vallone e Wellinton Dias.
Renato Vallone - Cineasta independente à oito anos, começou a carreira na montagem. Atua também como diretor, fotógrafo (camera) e desenhista sonoro. Realizou diversos curtas-metragens, além de series para tv, web, video-instalações e longas-metragens. Co-autor de diversos trabalhos no cinema e nas artes visuais com artistas nacionais e internacionais..
Wellington Dias é artista cênico e visual. Bacharel em artes cênicas, habilitação Interpretação na UNIRIO. Coordenador da Casa Gira Mundo (Lapa- Rio de janeiro-RJ). Inventor no Bando Filhotes de Leão, onde já participou como performer e produtor das montagens-instalações “Relicário” (contemplado no FATE 2009-Prefeitura do Rio) e “Beco do bandeira” (FATE 2010 – Prefeitura do Rio) , sob a direção de Sidnei Cruz. Ministrou a Oficina “Teatro e Excentricidades” em 2012 na Vila Olímpica da Mangueira (Edital Oficinas Culturais Prefeitura do Rio), em 2013 em São João da Barra e Queimados (Circuito Estadual das Artes da SEC RJ). Contemplado no Rede Nacional Funarte 2011 com o projeto “Tecno Barca: Um ateliê-galeria itinerante sobre a terra das águas”, desenvolvido no Arquipélago do Bailique, no litoral do Estado do Amapá e agraciado com o Premio Samuel Benchimol de Empreendedorismo Consciente 2012 do Banco da Amazônia pela mesma iniciativa. Artista e coordenador de produção dos projetos “Ateliê de livres trocas e devires artísticos”, em Japeri (Edital Microprojetos Culturais 2011 –SEC-RJ) e “Ateliê-galeria de vivências poéticas”, em Realengo (Edital Pro artes visuais 2011 da Prefeitura do Rio). Atuou na montagem de “Esperando Godot”, direção de Zeniude Pereira, dirigiu o monólogo “Pau-de-arara”, de Anderson Barroso e as leituras dramatizadas “Viúva, porém honesta”, “Gimba, presidente dos valentes” e “Discurso aos animais” no projeto Dramaturgia leituras em Cena do SESC-AP.


Apoio: - Coordenação estadual da ARATRAMA - rede [aparelho]-: - Terreiro de Mina Estrela Guia Aldeya di Tupynambá – UFPA - PROEX - Projeto: Diálogo em Cabana de Caboco. FCS/UFPA (Coordenação: Prof. Ms. João Simões e Bolsista Luah Sampaio) - Projeto: Muzueri uonene kalunguê (O falador grande não tem razão). FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro) - Projeto Ngomba da Aruanda. FAV e GEAM/ UFPA (Coordenação Prof. Arthur Leandro e bolsista Luiza Cabral).

Carta Aberta a Ilma. Sra. Martha Suplicy ou Palavra de Ministra Não Vale Nada?

Etetuba - arte e resistência cultural: Carta Aberta a Ilma. Sra. Martha Suplicy ou Palavr...: Carta Aberta a Ilma. Sra. Martha Suplicy ou Palavra de Ministra Não Vale Nada? A proposta da criação das cadeiras no CNPC, amplamente...


Carta Aberta a Ilma. Sra. Martha Suplicy ou Palavra de Ministra Não Vale Nada? 

 A proposta da criação das cadeiras no CNPC, amplamente debatida e articulada pelo Colegiado Setorial de Cultura Afro-Brasileira nasce a partir da primeira reunião do Colegiado realizada em Brasília no dia 20/06/2013, depois é aprovada pelo Conselho Nacional de Política Cultural em sua 19ª Reunião Ordinária realizada em 31/07/2013 com a recomendação de ampliação da representação das culturas afro-brasileiras no Conselho Nacional de Política Cultural, nos conselhos estaduais e municipais de cultura e demais instâncias de participação e controle social do Sistema Nacional de Cultura e por fim é garantida pela Ilma. Ministra da Cultura Marta Suplicy em reunião realizada com este colegiado no dia 27/11/2013. (Em anexo encaminhamos cópia da publicação do Diário Oficial da União com a Recomendação No. 6, de 31 de julho de 2013.) Nos, membros do Colegiado Setorial de Culturas Afro-Brasileira, reunidos em reunião ordinária nos dias 13 e 14/05/2014 em Brasília fazemos a seguinte pergunta: Palavra de Ministra Vale? As vésperas da 23ª. reunião ordinária do CNPC Minc, nada foi resolvido. O Ministério da Cultura convidará representantes da Capoeira, do Hip Hop e dos Povos Tradicionais de Matriz Africana para falarem no plenário. Não foi isso que nos garantiram. Nos garantiram a criação das cadeiras de Capoeira, Cultura Hip Hop e Povos Tradicionais de Matriz Africana. O Minc justifica a não garantia da palavra da Ministra pela necessidade de estudo sobre a viabilidade econômica da criação das cadeiras, pela construção de exposição de motivos, pelo crescimento do numero de representações no CNPC, o que levaria ao seu inchaço. Outra questão também garantida e foi a implementação de pelo menos um Pontão de Cultura de Matriz Africana em cada região. Não o lançamento de editais de premiação. Palavra de Ministra Vale? Este mandato do Colegiado Setorial de Culturas Afro-Brasileiras do CNPC/Minc só se encontrará ordinariamente mais uma vez até o fim do seu mandato. Na abertura da III Conferência Nacional de Cultura a Ilma. Sra. Ministra da Cultura afirmou: “A base da cultura brasileira é negra”. Palavra de Ministra Vale? O Ministério da Cultura só foi criado em 1985, pelo Decreto 91.144 de 15 de março daquele ano. Reconhecia-se, assim, a autonomia e a importância desta área fundamental, até então tratada em conjunto com a educação. Considerando a re-estruturação do Conselho Nacional de Política Cultural, remodelado desde 2005, é somente no final de 2012 que, à duras penas e com tantas outras dificuldades regionais, constituiu-se e elegeu-se o PRIMEIRO Colegiado Setorial de Culturas Afro-Brasileiras do CNPC, que foi composto por 25 representantes de quatro das cinco regiões administrativas do Brasil. Porque será que o Estado brasileiro só instaurou uma única representação das diversas culturas afro-brasileiras no Ministério da Cultura, apenas 26 anos depois de sua criação? Porque o ônus das dificuldades [financeiras e de execução] dos CNPC, pelo menos desde 2005 a 2013, e colocado no colo das Culturas Afro-Brasileiras? Será que a palavra e comprometimento da Ministra com o movimento social cultural afro-brasileiro não será cumprido? Colegiado Setorial de Culturas Afro-Brasileiras do Conselho Nacional de Políticas Culturais do Ministério da Cultura





Arthur Leandro / Tata Kinamboji (PA) Paulo Cesar Pereira de Oliveira (SP) Região Norte Mametu Nangetu (PA) Muagilê N’Zambi (PA) Janete de Oliveira (PA) Emanuel dos Santos Souza (PA) Tatá Dianvula (PA) Região Nordeste Mãe Neide (AL) Cláudia Cristina Puentes (AL) Pai Lula Dantas (BA) Mãe Beth de Oxum (PE) Edvaldo Pena da Silva - Ibuaroji (BA) Mãe Lucia Goes Brito (BA) Pai Gilson (AL) Rodrigo Petinati (AL) Região Sul Valmir Ferreira / Baba Diba (RS) Elza Vieira da Rosa (RS) Região Sudeste Mãe Márcia de Osun (RJ) Alexandre Braga (MG) Pedro Neto (SP) Jana Guinond (RJ) Flávio Costa (RJ) Sandra Campos (SP) Eduardo Brasil (SP)

sábado, 10 de maio de 2014

DIREITOS TERRITORIAIS DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS NA AMAZÔNIA: CONTRA SENTIDOS DO DESMATAMENTO E A DEVASTAÇÃO.


Publicação original no site do PNCSA, ver aqui.



Relatório final do Seminário Parcial II

DIREITOS TERRITORIAIS DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS NA AMAZÔNIA: CONTRA SENTIDOS DO DESMATAMENTO E A DEVASTAÇÃO
O Projeto Mapeamento Social como instrumento de gestão territorial contra o desmatamento e a devastação: processos de capacitação de povos e comunidades tradicionais completou 30 meses de execução envolvendo pesquisadores e movimentos sociais nos nove Estados da Amazônia (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Roraima). De acordo, com o calendário do Projeto foi apresentado à Coordenação a proposta para realização do II Seminário Parcial em Belém, na Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, nos dias 29 e 30 de abril de 2014.
As atividades do Seminário foram desdobradas em seis Mesas e reunião de Grupos de Trabalho. A Mesa de Abertura foi composta pelo Diretor do NAEA, Durbens Martins de Nascimento, Mariana Coutinho, Daniel Sorino, ambos do BNDES agencia administradora do Fundo Amazônia, pela senhora Maria de Fatima de Jesus, presidente da ARQUIRMA, Curralinho, Arquipelago de Marajó, pelo senhor Francisco Parede Lima, da Associação dos Artesãos do rio Jauaperi e pelo professor Alfredo Wagner Berno de Almeida, coordenador do Projeto.
Fotografia do grupo de participantes no Seminário Parcial, no hall do NAEA/UFPA
Fotografia do grupo de participantes no Seminário Parcial, no hall do NAEA/UFPA
No discurso inicial o professor Durbens Nascimento destacou que o “NAEA, como instituição acadêmica só vai conseguir dar o salto a partir do pressuposto das limitações dos nossos instrumentos, de nossos conceitos e categorias para o entendimento de como funciona a realidade dos seus povos, de suas comunidades, das pessoas que vivem nas diversas regiões, do mundo e articular aqui com a nossa. Então, é a partir desse pressuposto, de que há uma habilitação nossa, de que há uma riqueza dessas práticas e esses conhecimentos, que o NAEA construiu também esse histórico. Então este Projeto da Cartografia Social é, ao meu ver, uma síntese disso tudo. Ele é ao mesmo tempo uma pesquisa de ponta, que congrega pesquisadores e precisa atender a determinados requisitos formais de nossas agências do governo da universidade e o MEC, mas ao mesmo tempo um Projeto que busca, através de metodologias, superar esses limites e encontrar em vários seguimentos sociais existentes a riqueza da produção do novo saber”.
Mariana Coutinho – engenheira e analista de Projetos do BNDES – referiu sua experiencia de conhecer a equipe do Projeto, que definiu como “diferente do nosso padrão” e classifico de ótimo o “resultado, ver funcionando, ver cada detalhe, ver o mapa, estudar o mapa, ver as pessoas, os professores, conhecer cada um, que a gente conhece de nome, nas planilhas”. Daniel Sorino, também do BNDES – ressaltou o Projeto como “oportunidade de ver a realidade tão crua” e acrescentou suas questões sobre “os desdobramentos das comunidades, o sistematizar de tanta informação, para o qual tem como um dos componentes – banco de dados, mapas, etc., de maneira a trabalhar para que essas informações possam ser compartilhadas”.
Maria de Fátima de Jesus agradeceu a presença de todos e afirmou um sentimento: “acho que todos nos fazemos parte do Projeto Nova Cartografia. Francisco Lima (Juaperi) situou sua experiência no PNCSA comentou que o Projeto trouxe coisas muito positivas para nós, porque antes desse Projeto, a gente não tinha onde recorrer para nossas demandas, nossas dificuldades. O Projeto trouxe essa possibilidade de ver uma transparência muito grande”.
Alfredo Wagner fez comentários sobre “as dificuldades que se intensificaram, desde que a violência contra os movimentos sociais ficou muito acentuada. Os indígenas Tenharim tem 5 presos; há professores perseguidos. Pensamos que a violência diminuiria e ao contrário aumentou. Há uma pressão muito grande contra os movimentos. Tem uma repressão contra os diretos territoriais. No campo muitas coisas começaram a alterar. Quer dizer, nós estamos sendo engolidos por uma onda de violência brutal que tem nos assustado”, esclareceu e acrescentou: “Nós não somos um projeto de militante, somos um projeto acadêmico. Mas, desde outro ponto, temos exemplos de conquistas grandes, como no Rio Cuieiras, conseguimos mostrar que havia erros no mapa oficial. Conseguimos um dado interessante. No caso do Sul do Amazonas, temos conseguido chamar atenção para umas questões que alertamos, como as hidrelétricas. Todo os núcleos da Amazônia, Acre, Rondônia, agora criaram uma Comissão de Estudo de Hidrelétricas. Quando chamamos de Projeto, é um reconhecimento técnico, mas não me alegra, me deixa muito triste, por que cada vez mais vemos situações muito graves de violência. Nos Mundurucu não conseguimos fazer a oficina ainda. Então temos lugares onde é muito difícil conseguir fazer a pesquisa. Este projeto, numa escala microscópica, tem uma certa tragédia, é importante que está registrado. Em Roraima, uma situação de eucaliptos, acácia. Então, nós sem querer, começamos de enfrentar o desastre ambiental, e nós não pesquisamos isso”.
Mesa de Abertura do Seminário Parcial, no dia 29 de abril de 2014. De derecha a esquerda: Alfredo Wagner Berno de Almeida,  Francisco Parede Lima (em pé),  Durbens Martins de  Nascimento,  Daniel Sorino,  Mariana Coutinho,  Maria de Fatima de Jesus e Rosa Acevedo.
Mesa de Abertura do Seminário Parcial, no dia 29 de abril de 2014. De derecha a esquerda:
Alfredo Wagner Berno de Almeida, Francisco Parede Lima (em pé), Durbens Martins de
Nascimento, Daniel Sorino, Mariana Coutinho, Maria de Fatima de Jesus e Rosa Acevedo.
A continuidade do evento foi marcado pela emocionane homenagem a Hõpryre Ronore Jopikti Payaré, Cacique do Povo Akkrikatejê que lutou desde finais da década de setenta contra a Eletronorte que responsavel pela construção da Hidreletrica de Tucurui impus aos indigenas, então conhecidos como Gaviões da Montanha a saida violenta de suas terras para instalar a Usina. Cacique Payaré conseguiu uma terra (TI Mãe Maria) para o seu povo. Hoje os Akrikatejê estão ameaçados pelo projeto da Hidreletrica de Marabá. A homenagem foi realizada por sua filha Kátia Silene e sua neta.
A programação com os títulos das Mesas encontra-se a seguir com diversas fotografias do desenvolvimento do Seminário Parcial
> Mesa I: Mobilizações e resistências de indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais contra o desmatamento e a devastação no Baixo Tapajós, no Pará e no Amapá.Coordenadora: Solange Gayoso
> Mesa II: Desenvolvimento autoritário, desmatamento e devastação. Sudeste do Pará: expropriados, remanejados pela Hidrelétrica de Tucurui. A lua dos Povos Indígenas. Acampamento João Canuto. Pescadores das Ilhas e do Pé da Barragem. Moradores da Cidade de Tucuruí e Marabá. Coordenadora: Jurandir
> Mesa III: Amazônia: entre práticas autoritárias, institucionalização da violência, desmatamento e devastação.
Expositores: Ednaldo Padilha, Kátia Silene Akrkatejê, Ivanildo Tenharin, Lucio Flavio Pinto, Alfredo Wagner Berno de Almeida, Terri do Vale Aquino.
Coordenação: Rosa Acevedo.
> Mesa IV: Desmatamento e violências. Estrategias de recuperação e proteçao das florestas de: Quebradeiras de Coco Babaçu, Extrativistas do Sudeste do Pará; Indigenas do Acre.
Cartografia social no Arquipelágo de Marajó, Ilhas de Abaetetuba, Sul do Amazonas, Baixada Maranhense e Região de Santa Inês.
Coordenadora: Mariana Pantoja
> Mesa V: Resistência contra os efeitos dos danos ambientais, devastações e desmatamentos. Atualizações das práticas de movimentos sociais na Região Metropolitana de Belém e Indigenas na Região Metropolitana de Manaus.
Coordenador: Glademir Sales
Reuniões de Grupo
> Mesa VI: Síntese: Atos e sensos das práticas dos agentes sociais.
Coordenador: Antonio João Castrillon
Avaliação Final, Prestação de contas e Encerramento
Mesa  IV:  Desmatamento e violências. Estrategias de recuperação e proteçao das florestas de:  Quebradeiras de Coco Babaçu,  Extrativistas do Sudeste do Pará; Indigenas  do Acre.
Mesa IV: Desmatamento e violências. Estrategias de recuperação e proteçao das florestas de: Quebradeiras de Coco Babaçu, Extrativistas do Sudeste do Pará; Indigenas do Acre.
Cartografia social no Arquipelágo de Marajó, Ilhas de Abaetetuba, Sul do Amazonas, Baixada Maranhense e Região de Santa Inês. Coordenadora: Mariana Pantoja
Mesa V: Resistência contra os efeitos dos danos ambientais, devastações e desmatamentos. Atualizações das práticas de movimentos sociais na Região Metropolitana de Belém e Indigenas na Região Metropolitana de Manaus. Coordenador:  Glademir Sales
Mesa V: Resistência contra os efeitos dos danos ambientais, devastações e desmatamentos. Atualizações das práticas de movimentos sociais na Região Metropolitana de Belém e Indigenas na Região Metropolitana de Manaus.
Coordenador: Glademir Sales
Fase das intervenções após apresentação de Mesas
Fase das intervenções após apresentação de Mesas
Final das atividades da Mesa V
Final das atividades da Mesa V

sexta-feira, 9 de maio de 2014

As religiões afro-amerindias e as comunidades quilombolas, seus encantos e seus sincretismos.

Autoridades de terreiros debatem cidadania no Amapá.

Mametu Nangetu está em Macapá participando das comemorações do dia 8 de maio, o Dia da Umbanda e das Religiões Afro-brasileiras para o Estado do Amapá.
Em sua bagagem, Mametu levou a experiência da luta por cidadania dos povos de terreiros do Pará, a experiência em mídias e comunicação de terreiro do Projeto Azuelar, e as experiências em mapeamentos sociais e cartográficos, e esses serão os assuntos de sua exposição no seminário As religiões afro-amerindias e as comunidades quilombolas, seus encantos e seus sincretismos, que tem ainda a participação de Pai Brasil (PA), Tatetu Kamugy (BA), Tatetu Omizanguê, Tatetu Taocy, Babá Odé Olufonnin (Pai Marcos Ribeiro) e Pai Marcílio (AP), entre outros.
O evento acontece de 8 a 10 de maio na Associação Beneficiante do Ylê Oxum Apará/ ABYOA, no bairro das Pedrinhas, e na Universidade Federal do Amapá/ UNIFAP, em Macapá, e proporciona a troca de informações e experiências entre autoridades e membros de terreiros de matriz africana do Pará, Amapá e Bahia.
As rodas de conversa atualizam e capacitam lideranças mais jovens para continuar as lutas sociais dos povos tradicionais.


domingo, 4 de maio de 2014

Respeito é o melhor presente!

DIA DAS MÃES É TODO DIA. RESPEITO, É O MELHOR PRESENTE. Esta é a campanha do LAIKOS, da ACAI, da AMATA e do Coletivo A Coisa Tá Ficando Preta, para o Dia das Mães, parabenizando a todas as MÃES!! Agradecimento especial a atriz e Yalorixá, Alba Cristina Soares (Mãe Darabi) e suas filhas de axé Lay Miranda e Beatriz Miranda


O Instituto Nangetu concorda e reproduz a campanha do Coletivo Negro de Itabuna/BA.