terça-feira, 26 de julho de 2016

Pedimos esclarecimentos urgentes ao Conselho Estadual de Segurança Pública sobre os objetivos do curso.

A Polícia Militar do Pará está realizando o "I Curso de Intervenções Estratégicas em Movimentos Sociais". Este curso surge num contexto de emergência do estado de exceção no País e de criminalização dos movimentos sociais.
Assinamos, ao lado de cerca de 100 entidades da sociedade civil, ofício endereçado ao Secretário de Segurança do Estado do Pará cobrando explicações sobre o curso e exigindo a suspensão das inscrições.  

Veja o Oficio no site da OAB-PA

Ao Excelentíssimo Senhor
General Jeannot Jansen da Silva Filho
Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social - SEGUP
Rua Arcipreste Manoel Teodoro, n. 305 – Batista Campos
CEP: 66.023-700 – Belém-PA
Senhor Secretário,
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará, em nome das entidades da sociedade civil integrantes do Fórum Estadual de Direitos Humanos, e outras relacionadas abaixo, vêm à presença de Vossa Excelência externar nossa preocupação com um curso divulgado nas mídias sociais, supostamente realizado pela Polícia Militar do Estado do Pará, de nome “I Curso de Intervenções Estratégicas em Movimentos Sociais”.
Vivemos hoje em um contexto de criminalização dos movimentos sociais e dos defensores de direitos humanos, principalmente em nosso Estado em que muitos foram, inclusive, assassinados. Dentro desse cenário, tem sido inegável o avançar de ações repressivas das polícias, de forma seletiva, contra determinados sujeitos e movimentos.
Os movimentos sociais têm lutado para fortalecer o controle social, interagindo mais com o Estado e por isso deveriam participar da conformação de processos de capacitação como esses. Esse tipo de curso, voltado para o batalhão de choque, reafirma uma lógica dicotômica entre a Segurança Pública e aqueles que reivindicam direitos, em um contexto de fragilidade democrática, nos levando a indagar: “Segurança para quem?”.
Pedimos esclarecimentos urgentes ao Conselho Estadual de Segurança Pública sobre os objetivos do curso, requerendo que seja pauta do referido Conselho e que até lá sejam suspensas as inscrições. Ficaremos vigilantes para, se for o caso, denunciar a outros organismos Nacionais e Internacionais para que esse tipo de ação não reforce um processo de criminalização e violência contra os movimentos sociais, violando convenções e tratados internacionais que garantem a liberdade de expressão e manifestação.
Atenciosamente,
Alberto Antonio Campos
Presidente da OAB/PA

CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Pará

CUT Central Única dos Trabalhadores – PA

UJS - União da Juventude Socialista

UNE - União Nacional dos Estudantes

UBES/ União Brasileira de Estudantes Secundaristas

Levante Popular da Juventude

DCE Diretório Central dos Estudantes da UEPA

STREPA - Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Estado do Pará

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Município de Barcarena

Federação dos Servidores Públicos do Pará – FPESPA

SEPUB – Sindicato dos Servidores Públicos do Pará

SINDTRAN – Sindicato dos Trabalhadores de Trânsito do Estado do Pará

UBM - União Brasileira de Mulheres - Pará

Sindicato dos Bancários do Pará

Instituto Paulo Fonteles de Direitos Humanos

Fundação Maurício Grabois – Seção Pará

FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da comunicação

Comitê Popular Urbano

Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro Brasileira – INTECAB

Intersindical - Central sindical e popular

Associação Afro-Religiosa Omo Ode (AAROO)

Associação Movimento Unidos da Ilha de Caratateua (AMUIC)

Conselho da mulher de Ananindeua

Associação de Agentes Comunitários de Saúde de Ananindeua – AASCOSMAN

AFAIA – Associação dos Filhos e Amigos do Ile Lya Omi Ase Ofa Kare

ACREPA - Associação dos Cientistas da Religião do Pará

Círculo Palmarino – PA

Fórum Permanente de Afro Religiosos do Estado do Pará

AUCAFE – Associação Ubandista Casa da Fé

Associação de Mulheres Sete de Setembro

Instituto Popular Eduardo Lauande – IPEL

Movimento Atitude Afro

Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (SINJOR-PA)
Escola de Conselhos do Pará

Fórum Paraense de Educação do Campo

Centro de Defesa dos Direitos da Criança (CEDECA EMAÚS)

Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE)

Grupo de Mulheres Brasileiras – GMB

Grupo de estudos saúde e Gênero Isa e Iaia - GEISAI

Articulação da Juventude Salesiana/Pa

Conselho Nacional das Populações Extrativistas

FREC-SUPA - Fórum Regional de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará

Pastoral da Juventude da Diocese de Marabá

Articulação das Comunidades Eclesiais de Base da Diocese de Marabá

Movimento Paraense da Luta Antimanicomial - MLA/PA

Comissão de Justiça e Paz da Diocese de Santarém - PA.

Movimento Tapajós Vivo - PA.

Fórum da Amazônia Oriental – FAOR

Grupo de Defesa da Amazônia - Santarém/PA

Espaço Nova Vida

Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – SDDH

Sindicato dos Docentes da Universidade do Estado do Pará (SINDUEPA)

Instituto Brasil Amigo

O Núcleo de Educação Popular "Raimundo Reis" - NEP

Associação dos Moradores do Bengui – AMOB

Cáritas Brasileira Regional Norte II

REATA - Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana

Instituto Ecovida PA/AP

Grupo de Estudo e Pesquisa Saúde na Amazônia – UFPA

Laboratório de Justiça Global e Educação em Direitos Humanos na Amazônia

Coletivo Tela Firme

Comissão Justiça e Paz - Terra Firme

Caravana da Paz

Conselho Regional de Psicologia PA/AP

Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Pará – FAAPPA

Instituto Nangetu

ONG Icoaraci Periferia Viva

Comissão Justiça e Paz-CNBB N2

Associação Brasileira de Psicologia Social - Núcleo Belém

Grupo de Estudos e Pesquisas Direito Penal e Democracia

Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Violência na Amazônia (NEIVA-UFPA)

Movimento Ocupar a República – Pará

Advogados Contra o Golpe – Pará

Movimento Estudantil Periférico Asas de Urubu

Frente Paraense de Drogas e Direitos Humanos

Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente do Pará - Fórum DCA/PA

Pastoral da Aids - Regional Norte

MMCC - Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade

Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão de Psicologia Social e Política - Transversalizando/UFPA

Faculdade de Serviço Social da UFPA

Conselho Regional de Serviço Social

Centro de Estudos sobre Instituições e Dispositivos Punitivos – CESIP

GRETTA - Grupo de Resistência de Travesti e Transexuais da Amazônia

Movimento LGBT do Estado do Pará

DHAVIDA - Direitos Humanos, Contra à Violência e Pela Vida

Articulação de Defensoras e Defensores de Direitos humanos do Pará

Movimento Debate e Ação [Marabá]

INTPREVS - Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Previdência, Saúde, Trabalho e Assistência Social do Estado do Pará

ASCONPA - Associação dos Concursados do Pará

MOCAMBO - Associação do Movimento Afrodescendente do Pará

FETEC/CN - Federação dos Trabalhadores de Empresas de Crédito - Centro Norte

Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura - FETAGRI Pará

FETERPA - Federação de Trabalhadores Rurais Assalariados do Estado do Pará

SINDELPA - Sindicato dos Eletricitários do Pará

MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens

SERVIMAR - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marabá

SINTEPP - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará

SINDIFORTE - Sindicato dos Trabalhadores em Carro Forte no Pará

Consulta Popular

Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense

Frente Brasil Popular – Pará

SINDICOMBA - Sindicato da Indústria da Construção Civil e Mobiliário de Barcarena e Abaetetuba

FEMAMB - Federação Municipal de Associação de Moradores de Belém-PA

Sindicato dos Agentes de Vigilância da Prefeitura Municipal de Barcarena

SINDFEPA - Sindicato dos Servidores Públicos das Fundações e em Entidades Assistenciais e Culturais no Estado do Pará

APAMUC - Associação dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Município de Cametá

MARIAS

Rede Ajuricaba - Rede Paraense de Pontos de Cultura

MOHAB - Movimento Habitar Belém

CONAM – Confederação Nacional de Associações de Moradores

UNEGRO – União Nacional dos Negros pela Igualdade

Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público Agropecuário e Fundiário do Pará – STAFPA

Movimento Nacional de Direitos Humanos

Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua – MNMMR

Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra – MST

KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço - Rio de Janeiro

Centro de Defesa de Direitos Humanos Nenzinha Machado – Piauí

Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos do Piauí

Fundação Marica Saraiva - Piauí

Centro de Defesa de Direitos Humanos Heróis do Jenipapo – Piauí

Centro de Defesa de Direitos Humanos Elda Regina – Piauí

Conselho de Educação Popular da América Latina e do Caribe (CEAAL) - Coletivo Brasil

Grupo de Homossexuais Thildes do Amapá

Terra de Direitos

ALBA - Articulação de Lésbica e Bissexuais do Amapá

Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH

Coletivo Popular Direito à Cidade - Porto Velho – RO

Conselhos Tutelares de Porto Velho – Rondônia

Frente Estadual de Rondônia Contra a Redução da Maioridade Penal

Grupo de Ouro Nacional – GON

NDHCB - Núcleo de Direitos Humanos e Direitos e Deveres da Cidadania Brasileira da UNIFAP

CPT NACIONAL

Artigo 19 – SP

CDDH Dom Tomas Balduíno – ES

AATR - Associação Advogados Trabalhadores Rurais – BA

MAB Nacional

CDDH SERRA – ES

Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Amapá

Front de Gauche Brasil - Parti de Gauche

ONG GHATA - Amapá.

ONG Pró-vida LGBT – Amapá

Articulação de Mulheres Brasileiras

Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos

Conselho Indigenista Missionário

Aparecidos Políticos [Ceará]

Instituto Samara Sena - Piauí.

Frente Brasil de Juristas pela Democracia –FBDJ

Rede Nacional de Advogadas a Advogados Populares

CIMI MARABÁ

CPT REGIONAL PARÁ

Articulação das Pastorais Sociais da Diocese de Marabá


Articulação Justiça e Direitos Humanos - JUSD


domingo, 24 de julho de 2016

Marche com as mulheres negras.

Em Belém a marcha é organizada pelo CEDENPA e pela Rede de Mulheres Negras, inicia as 16h da segunda-feira, 25 de julho, saindo da escadinha em direção à Praça da República.

A data é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe.


Ilustração Isabela do Lago, Arte Sinara Assunção.

Para Mametu Nangetu, este é mais um dia de luta por cidadania de mulheres negras, mulheres de terreiros de matriz africana, mulheres quilombolas. Por isso convocamos toda a sociedade para marchar junto com as mulheres negras e reafirmar a necessidade de políticas públicas de igualdade racial, políticas públicas de igualdade de gênero e de direitos humanos no Brasil.






O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, é mais do que uma data comemorativa; é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe. Foi instituído, em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente.
O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer às organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.
No Brasil, a Lei nº 12.987/2014, sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, institui o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, viveu durante o século 18. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada. Assim como Tereza, outras mulheres foram e são importantes para a nossa história. Com trabalhos impecáveis e perseverança, elas deixaram um legado, que cabe a nós reverenciarmos e visibilizarmos a emancipação das mulheres negras, como forma de homenagear; Antonieta de Barros, Aqualtune, Theodosina Rosário Ribeiro, Benedita da Silva, Jurema Batista, Leci Brandão, Chiquinha Gonzaga, Ruth de Souza, Elisa Lucinda, Conceição Evaristo, Maria Filipa, Maria Conceição Nazaré (Mãe Menininha de Gantois), Luiza Mahin, Lélia Gonzalez, Dandara, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, Mãe Stella de Oxóssi, entre tantas outras

Fontes: Geledes CEERT Blogueiras Negras


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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Programação Cineclube no mês de agosto:dia 5 Bombadeira; dia 19 Amistad.

Cineclube Nangetu & Cursinho Popular (R)existência.
Local: Mansu Nangetu, Tv. Pirajá, 1194 - Marco. Belém/PA.
Sexta (ver as datas abaixo). Início: 19h.
Colaboração, para público externo: alimentos não perecíveis, material de higiene e limpeza.


A luta pela liberdade retratada em Amistad.

19 de agosto - Amistad, ficção/ drama de Steven Spielberg. EUA, 1998. Debate com Domingos Conceição. Sinopse: O filme relata a luta de um grupo de africanos escravizados em território norte americano, desde a sua revolta até seu julgamento e libertação. A história é baseada em factos verídicos que ocorreram a bordo do navio La Amistad na Costa de Cuba, 1839. 53 negros se libertam das correntes e assumem o comando do navio negreiro La Amistad. Eles sonham retornar para a África, mas desconhecem navegação e se vêem obrigados a confiar em dois tripulantes sobreviventes, que os enganam e fazem com que, após dois meses, sejam capturados por um navio americano, quando desordenadamente navegaram até a costa de Connecticut. Os africanos são inicialmente julgados pelo assassinato da tripulação. Através desta trama de forte conteúdo emocional, é possível conhecer as condições de captura e transporte de escravos africanos para a exploração do trabalho na América do Norte, a máquina jurídica americana de meados do século XIX e o germe das primeiras medidas para a abolição da escravatura naquele território.




5 de agosto - Bombadeira, documentário de Luis Carlos Alencar. Brasil, 2007 - 75min. Debate com Davi Miranda, Denilson de Oxalá e Aylla Wellch. Sinopse: Bombadeiras, assim são chamadas as travestis que transformam o corpo de suas clientes com aplicações clandestinas de silicone (geralmente silicone industrial,não permitido para uso em seres humanos). Este universo simbólico de morte e renascimento, em que um ciclo de vida se encerra para permitir a iniciação de outro, é desvendado pelo diretor Luis Carlos de Alencar em seu documentário BOMBADEIRA, registrando o mito das "fadas madrinhas" no imaginário da travesti, e sua importância na construção de uma identidade de gênero. Um rito de passagem dramático e doloroso. Por vezes, a prática clandestina torna-se o único ou o mais acessível modo de se conseguir o corpo feminino idealizado. As aplicações são feitas nas nádegas, seios, às vezes no rosto, nos joelhos.As bombadas. Quem são? Como vivem? O que desejam? Luis Carlos de Alencar mostra afazeres domésticos, cotidianos em casas e pensões, relacionamentos conjugais e preocupações estéticas de um grupo de travestis da cidade de Salvador. Através de uma sucessão de depoimentos surpreendentes, ternos, apaixonados, o filme mergula nesse universo e revela um lado da realidade pouco conhecidas travestis, e os entraves segregadores que sofrem na vida social. Ria, chore, compreenda, EMOCIONE-SE.

domingo, 17 de julho de 2016

Programa Liberal Comunidade - Cursinho do Coletivo (R)existência prepara alunos de baixa renda para o ENEM


O cursinho é dedicado ao público trans, a mulheres negras, ao público LGBT, comunidades tradicionais de matriz africana e jovens de periferia, visando a aprovação de pessoas em situação de vulnerabilidade social nos processos seletivos de cursos de graduação de Instituições de Ensino Superior. (R)êxistencia e Nangetu - Projeto prepara alunos de baixa renda para o ENEM -  Para assistir a matéria completa, ver o link do Programa Liberal Comunidade.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Nota de pesar, Ministra Luiza Helena Bairros.



O Instituto Nangetu lamenta profundamente a morte de Luiza Helena de Bairros, (ex)ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que faleceu em Porto Alegre nesta terça-feira (12 de julho de 2016) em virtude de um câncer de pulmão.









Ela foi ministra do governo de Dilma Rousseff entre os anos de 2011 e 2014, e durante sua passagem pelo governo federal, foi que a SEPPIR-PR construiu o I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos Tradicionais de Matriz Africana, primeiro documento oficial com diretrizes de políticas públicas voltadas ao povo tradicional de matriz africana e suas comunidades.


Também foi a sua gestão a responsável pela criação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), cujo objetivo é implementar políticas públicas voltadas a proporcionar à população negra igualdade de oportunidades e instâncias de combate à discriminação e à intolerância. A principal forma de atuação do Sinapir, conforme defendia Luiza Bairros, é a articulação das políticas públicas nacionais com municípios e governo estaduais, através da criação de órgãos regionais para a promoção da igualdade racial.

Luiza Helena Bairros é um exemplo de luta para todos nós, uma mulher a ser lembrada e reconhecida pela sua participação e liderança nas organizações e nas lutas sociais, e também a ser lembrada e reconhecida pela gestão de ministério em que demonstrou capacidade de articulação, até com setores mais conservadores do governo, para a implantação de politicas públicas de promoção de igualdade racial.

Que Nzambi lhe receba e lhe guarde, Luiza, e de nós, tenha certeza que faremos valer a memória da sua/nossa luta.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Inclusão Digital em Software Livre para Juventude Negra.





Parceria entre Mocambo e SERPRO realiza Curso de Inclusão Digital em Software Livre para Juventude Negra. O curso acontece de 11 a 29 de julho no Espaço Serpro Cidadão em Belém, empoderando jovens negros.  
Para o Instituto Nangetu, essas ações de capacitação da juventude negra, com o recorte de juventude de comunidades de terreiros tradicionais de matriz africana, são importantíssimas para que o povo negro na diáspora brasileira desenvolva habilidades de uso e desenvolvimento de tecnologias para poder aplica-las em tecnologias de comunicação étnica e racial e em ações de combate ao racismo e valorização das tradições negras brasileiras.



domingo, 10 de julho de 2016

Oficina de alguidás e outras vasilhas biodegradáveis.





Como parte das ações educativas do Projeto Nós de Aruanda, artistas de terreiro, a comunidade do Mansu Nangetu, realizou uma de Oficina Alguidás e outras vasilhas biodegradáveis, com troca de saberes de manejo ambiental tradicional de matriz Bantu.

Cmeçou com uma explicação sobre as práticas tradicionais do Mansu Nangetu. falando que para os Bantu, cada um de nós é responsável por si, pela comunidade e pelo mundo em que vivemos, e que a responsabilidade pelos seus atos reflete na relação saudável dos humanos com o meio ambiente.

A urbanização de Belém despreza as áreas de mata e de beiras de igarapés, e esse entendimento equivocado faz com que pneus, plásticos e outros resíduos sejam despejados pela população nessas  áreas.

A preocupação e o cuidado é também com a saúde e o controle de doenças endêmicas, e que um  ambiente saudável contribui pra um povo saudável.

O Mansu Nangetu também se preocupa com a extração indiscriminada em minas de argila, e por isso, também começou a experimentar a construção de vasilhas biodegradáveis, promovendo a construção de recipientes com reciclagem de papelão e jornais, desde barquinhas de oferendas nas águas, até alguidás de papel e de folhas, que são usados em oferendas.

Registros: Weverton Ruan Rodrigues/ Projeto “Ngomba d’Aruanda – apoio ao projeto Azuelar, Ponto de mídia livre do Instituto Nangetu” - PROEX/ UFPA

domingo, 3 de julho de 2016

Aula inaugural do Cursos de Inclusão Digital em Software Livre para Juventude Negra.

Convidamos as autoridades tradicionais de Matriz Africana a participar da aula inaugural do Cursos de Inclusão Digital em Software Livre para Juventude Negra, fruto de parceria entre o MOCAMBO e o SERPRO - - Serviço Federal de Processamento de Dados.
O gerente do Projeto Espaço SERPRO Cidadão apresentará algumas possibilidades para parcerias futuras que promovam ações de inclusão digital entre as comunidades tradicionais de matriz africana com o objetivo promover oportunidades de acesso a “era da informação/ informatização” possibilitando inclusão e interação com os recursos tecnológicos de uma forma positiva, visando desenvolver uma atitude favorável em relação à tecnologia e reverter a exclusão digital.

Data: 08.07.2016
Hora: 9:00h
Local : Serpro Regional Belém - Projeto Espaço Serpro Cidadão - Av. Perimetral, 2010 - Marco, Belém - PA