domingo, 28 de dezembro de 2014

Rituais para Kitembo, 3 de janeiro de 2015.



Rituais para Kitembo.
Sábado, dia 3 de janeiro de 2015.
10h - Cortejo: Saída do Mansu Nangetu seguindo pela Tv. Pirajá, Av. 25 de Setembro, Tv. Enéas Pinheiro, Av. Duque de Caxias e retornando ao Mansu Nangetu.
15h - Levantamento da bandeira do Rei.
17h - Chamada de Caboco.

À virada do Tempo! Feliz 2015....

Mametu Nangetu uá Nzambi deseja a toda a comunidade, aos parentes e amigos, um ano repleto de felicidades e de realizações, que 2015 chegue pleno em fartura de coisas boas.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Rituais de Ano Novo, à partir do dia 26 de dezembro.


Banhos, rezas e defumações para melhor começar o ano de 2015.
Agende-se pelo telefone 91-32267599 ou 91-988067351.

Eles (os policiais) tem certeza da impunidade....

Foto Carlos Vera Cruz.


Há cerca de um mês atrás Belém viveu uma noite de terror, uma noite de matança e extermínio de jovens negros. Essa matança ocorreu logo depois do assassinato de um policial e tem fortes indícios que tenha sido praticada por outros políciais por motivação de vingança.
"Eles (os policiais) tem certeza da impunidade".... Esta foi uma das frases emblemáticas de outras tantas registradas no debate sobre o genocídio da juventude negra no programa "Fala Sério, juventude de terreiro no combate ao racismo", os participantes do programa narraram casos de racismo institucional do sistema de segurança pública, narraram casos de abordagens truculentas contra jovens negros, narraram casos de mortes....
O Estado nega o acesso da população negra aos bens públicos que lhes garante o ingresso na sociedade e depois mata a população jovem negra com o argumento de que são bandidos, e a morte foi debatida para muito além do genocídio, o etnocídio que reprime e quer exterminar as tradições de matrizes africanas preservadas em terreiros, também esteve na pauta. e o direito à vida foi relacionado com direito à saúde, educação, cultura, saneamento e todos os direitos de cidadãos. Mas acima de tudo, foi o papel da mídia na construção da imagem negativa da juventude negra que permeou toda esta roda de conversa.
O caminho para a mudança perpassa pela formação política e organização social, aproveitamos o momento para informar da organização de um encontro nacional de juventude de terreiros e propor a formação de uma coordenação no Pará, pois a potência dos terreiros na criação de uma rede de proteção foi o consenso nesta conversa embalada pelos cantos de passarinhos.
O programa é conduzido por Daniel Miranda de Nkosi, e neste debate contou com a participação de Nazaré Cruz, militante da ACIYOMI - Associação Cultural Ile Iyabá Omi e residente no bairro da Terra-Firme, Harrison Lopes, professor e cinegrafista residente no bairro da Terra-Firme, Kota Indembuzile do Mansu Nangetu, Milson Oniletó, Ogã do Ilê Axé Alagbadê Olodumare, em São Luís/ Maranhão e organizador da KIZOMBA - articulação nacional de juventude de terreiro, Don Perna, do Coletivo Casa Preta, e Jorge André Silva.






Programa Fala Sério, juventude
de terreiro no combate ao
racismo debate o genocídio da
juventude negra.
Quinta, 18/12/ 2014, 15h.

Apresentação
Daniel Miranda de Nkosi

Participação
Nazaré Cruz/ ACIYOMI
Kota Indembuzile (Maria Carolina)
Harrison Lopes
Milson Oniletó
Don Perna/ Casa Preta
Jorge André Silva

Equipe técnica e de produção
Táta Kinamboji
Tatetu Ode Oromi
Carlos Vera Cruz
Isabela do Lago
Luiza Soares Cabral

Realização
Instituto Nangetu
Projeto Azuelar
Projeto Kiuá Iobe

Apoio:
REATA – Rede Amazônica de
Povos Tradicionais de Matriz
Africana
PROEX/ UFPA – Pró-reitoria de
Extensão da Universidade
Federal do Pará.




Belém/PA, dezembro de 2014

domingo, 14 de dezembro de 2014

18/12- Programa Fala sério, juventude de terreiro no combate ao racismo debate o #genocidio da #juventudeNEGRA,



Belém viveu noitee de terror em 4 de novembro de 2014 e nos dias que se seguiram, `partir da morte de Antônio Marco da Silva Figueiredo, 43 anos, cabo da Policial Militar, que impulsionou outras tantas mortes que se seguiram por dois dias em seis bairros da periferia (Terra Firme, Guamá, Jurunas, Tapanã, Canudos e Marco), nos pontos que são considerados os mais 'negros' da cidade, "negros" de batismo policial por sua violência e criminalidade, e não por acaso, também, são os bairros negros por serem em sua maioria a residência da população negra....
A grande maioria dos mortos era trabalhador ou estudantes, morreram porque estavam transitando desavisadamente pela cidade, e a velocidade dos acontecimento e as características dos assassinatos de jovens homens negros no início de novembro nos leva a indícios de vingança pelo assassinato do policial.... Uma vingança praticada por um grupo de extermínio do qual muito pouca informação é veiculada abertamente.

Acreditando que os terreiros tem papel fundamental na proteção das crianças e jovens negros, o Instituto Nangetu, através do Projeto Kiuá Iobe e do Projeto Azuelar, com apoio da REATA - Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana, chama a população para debater estratégias de sobrevivência de jovens negros nesta sociedade racista.

Venha participar!!!!


Programa Fala sério, juventude de terreiro no combate ao racismo debate o genocídio da juventude negra.
Quinta, 18/12, 15h. Instituto Nangetu, Tv. Pirajá, 1194 - Marco.
Transmissão aos vivos pela webTV Azuelar 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Táta Kinamboji falou do Racismo policial no CONSEP.

Foto: Ernandes Costa.
Denúncia dos Sacerdotes e Sacerdotisas da Religião de Matriz Africana do Município de Tucuruí/PA, proposta pela Conselheira Profª Maria Luiza- CEDENPA. Assim convidou o Sr. Arthur Leandro liderança de comunidade de povos tradicionais de matriz africana, que se identificou como Arthur Leandro – Tata Kinamboji uá Nzambi, Kisikar’Ngomga do Mansu Nangetu, e que veio apresentar denúncia de Racismo Institucional, que ocorre  em Tucuruí, onde a Policia Civil tem  cobrado dos terreiros a taxa para realização das atividades religiosas das casas e terreiros de santos daquele município. Disse que as autoridades do município de Tucuruí, no Pará, desrespeitam a Constituição e o Estatuto da Igualdade Racial e obrigam que os terreiros paguem taxa de realização de shows para as cerimônias da religiosidade afro-amazônica. Disse que nessas atividades, que são denominadas como festas, seja para feitura de filhos e filhas de santos, ou até mesmo aniversário das divindades, não vendem entradas e nem há  venda cervejas ou outro tipo de bebida, tampouco se pratica venda de comidas, e que todos que participam das cerimônias da ritualística afro-brasileira comem e bebem a vontade celebrando a comunhão com as divindades, que nos rituais se canta e dança aos som dos atabaques, que não usam equipamentos eletrônicos ou tratamento acústicos em suas atividades,  que entende que  essas taxas não cabem ser cobradas dos terreiros. Disse que toda vez que os terreiros estão sem a taxa paga, a Policia Militar é acionada e, simplesmente, na falta de apresentação do comprovante de recolhimento da taxa, a atividade religiosa é interrompida. Que ele considera  racismo institucional tanto da policia militar e da delegacia administrativa, assim como da delegacia de meio ambiente. Para ele é repressão à religiosidade afro-brasileira e que é fruto de uma conjuntura onde o Estado criminaliza as tradições de terreiro. Fez apresentação de um vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=OGYC3e2KrBA), com depoimentos de dois sacerdotes de matriz Africana desse município que foram vitima dessa intolerância religiosa. A final da apresentação lembrou que próximo as esses dois terreiros, há dois templos de igrejas pentencostais que não receberem o mesmo tratamento, pois usam som eletrônico com amplificação direta para rua, nem  assim a DEMA ou a Policia Civil e a Polícia Militar os impede do livre exercício do culto religioso. O Conselheiro Presidente Luiz Fernandes Rocha, lembrou que  essa  luta é uma luta  antiga e todos devem ter mo mesmo tratamento. O Conselheiro DPC Rilmar Firmino/PCPA, disse que com relação as isenções as taxas todas a instituições sem fins lucrativos estão isentos. Quanto a questão de perturbação de sossego público, independente de religião a policia vai lá e faz autuação. Se houve cobrança indevida isso não é recomendação da Policia Civil. Disse que já orientou a Conselheira Maria Luiza para que toda vez faça requerimento a autoridade policial, evitando assim esse tipo de constrangimento ou desrespeito a Constituição e ao Estatuto da Igualdade Racial. O Conselheiro Presidente Luiz Fernandes Rocha, lembrou que quando há denuncia feita por qualquer cidadão, a policia tem de agir, mas sem truculência e usando o bom senso. O Sacerdote  Arthur Leandro – Táta Kinamboji, lembrou que as autoridades tanto da policia Civil e Militar já foram orientadas pelo Sacerdote Edson Catendê que é advogado da Federação Espírita, Umbandista e dos Cultos Afros Brasileiros,(FEUCABEP) que esteve há poucos meses em Tucuruí e reclamou dos interditos a rituais por suposta perturbação do sossego sem que se fizesse a aferição dos decibéis produzidos pelos rituais de terreiros. Disse que os policiais que vão as esses templos religiosos, não fazem a medição de decibéis para constatar a altura do som, mas que mesmo sem a comprovação de infração ambiental eles interrompem as cerimômias religiosas sem nenhuma outra justificativa. Lembra que historicamente há uma cultura de perseguição aos terreiros ao longo da história, e que embora hoje as liturgias afro-brasileiras estejam amparadas na Constituição e no Estatuto da Igualdade Racial, o mesmo Estado que deveria proteger os locais de culto, continua com essa prática de violações. Informou que uma das diretrizes do plano nacional de igualdade Racial e uma das ações da Secretaria Especial de Promoção  da Igualdade Racial é o combate ao racismo institucional,  e sugeriu que a secretaria de segurança pública do estado do Pará promovesse a capacitação de seus gestores e de seus agentes para que eles pudessem, ao menos, identificar o que é racismo para poder combate-lo. O Conselheiro Presidente Luiz Fernandes Rocha, disse que o Estado tem a obrigação de corrigir isso, que  tem de fazer, como ocorre nas audiências públicas, essas discussões para difundir e esclarecer a população, não se pode viver nesse clima de desarmonia, se todos são iguais perante a lei. Destacou como já bem disse o Delegado Geral que já ao orientou a Conselheira Maria Luiza, líder do segmento que sempre que for ocorrer essas comemorações, que façam o requerimento junto a autoridade local, que certamente irá isentá-los da cobrança dessas taxas. Quanto a abusividade, se houve, a Policia Civil vai dar respostas. Se  comprometeu a fazer uma reunião do SIEDS no  município de Tucuuri para discutir essa questão  com os órgãos do poder público estadual e do município, e os sacerdotes de matrizes africanas, evitando assim essas situações. Agradeceu a presença do Sr. Arthur Leandro,   colocando o CONSEP e o SIEDS a disposição dos integrantes da religiões  de matriz africana, que sempre que sentirem seus direitos violados, que  façam a denúncia para que se possa apurá-la. O Sr. Arthur Leandro, agradeceu a oportunidade de ser ouvido no CONSEP de mais essa demanda de seu segmento.