domingo, 31 de outubro de 2010

Pango Nvumbi será na sexta-feira, dia 5 de novembro.

Mametu Nangetu explica que nos rituais fúnebres das tradicões afro-amazônicas de origem Bantu, se celebra os ancestrais falecidos. Nesses rituais “oferecemos tudo que a pessoa gostava em vida, como bebida e comida, e chamamos os amigos para celebrar. As oferendas de celebração entre vivos e mortos conduzem a pessoa para a evolução”.

Data: 5 de novembro de 2010, a partir das 20h.
Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua.
Belém do Grão-Pará.
66.087-490
91-32267599

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Eles não usam black-tie estimula o debate de gênero no Cineclube Nangetu

Depois de um tempo de silêncio que retumbava a emoção da platéia após o término do filme, Mametu Deumbanda agradeceu a presença de todos e declarou que, com a viagem de Mametu Nangetu para o lançamento do livro na Bahia, era a primeira vez que ela se via na responsabilidade da realização do debate, e pediu ajuda aos demais para a condução da roda de conversa, responsabilidade que foi compartilhada pelos membros da comunidade do Mansu Nangetu.
Ao mesmo tempo em que Mametu Kutemoji servia refrigerantes, Táta Kinamboji dizia que por ser um momento em que temos as mulheres em evidência na disputa eleitoral, ele propunha que se debatesse o filme pela ótica do feminino. Ele mesmo iniciou falando da proposta de aborto como solução para a gravidez indesejada presente na trama, e que neste dia 29 de outubro houve a divulgação maciça da manifestação do sumo sacerdote da Igreja Católica orientando os padres para que influenciassem os fiéis a votar nas eleições brasileiras considerando o posicionamento dos candidatos sobre a questão do aborto.
Refletindo sobre a questão, Mametu Deumbanda lembrou que a fertilidade é um dos princípios do poder das divindades femininas das religiões de matrizes africanas, e que ela pessoalmente é contra a provocação de abortos. Depois disse que também era necessário criar mecanismos de atendimento digno de saúde para as jovens que provocavam abortos quando se viam nessa situação, pois a preservação da vida também tem que valer as mulheres que tomam a decisão de interromper a gravidez. Vários relatos se sucederam, e trouxeram a experiência de vida de cada um em analogia ao enredo do filme, experiências com desfechos variados que possibilitaram a análise da situação por óticas das mais distintas.
Mametu Kutemoji chamou a atenção para a força dos personagens femininos do filme, dizendo que, excetuando as cenas dos operários da fábrica, onde os homens eram predominantes, eram elas que dominavam as cenas em todos os núcleos da trama.
Por fim houve uma reflexão coletiva para a metáfora da sequencia final do filme, onde o casal passa um tempo a catar o feijão que servirá de alimento para o dia seguinte... Ficando essa imagem da necessidade de fazermos escolhas, nem sempre fáceis e agradáveis, para acontinuidade e expansão da vida....











mais fotos em
Cineclube ELES NAO USAM BLACK TIE


Divulgação na TV

Fórum dos Afro-religiosos do Estado do Pará, fotos da plenária do dia 21 de outubro.







quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Reunião para legalização de terreiros.

Convidamos as lideranças de Comunidades Tradicionais de Terreiros para uma reunião com o Grupo de Estudos Afro-amazônico - GEAAM/UFPA, com o Grupo de Trabalho Inter-Religioso da Casa Civil do Governo no Estado do Pará e com representantes da OAB-PA, para tratar da legalização dos terreiros.
A reunião ocorrerá no dia 03/11/2010, quarta-feria, ás 15h na sala do GEAAM, que se localiza no Térreo do Prédio do Instituto de Filosofia de Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Universitário do Guamá.

MAMETU NANGETU vai a Salvador para o lançamento do Livro Mam'etu.

sábado, 23 de outubro de 2010

Resistência e lutas sociais no Brasil em debate através do Cineclube Nangetu.








"Eu vivi esse período e sabia disso pelas notícias de televisão, e que eu sabia é muito diferente do que os filmes mostram". Com essa reflexão, Mametu Nangetu iniciou o debate após a exibição do Programa Redemocratização - as greves de 1979, e disse ainda que é muito importante que os jovens conheçam os filmes que docuemntam as lutas sociais por melhores condições de vida e trabalho.
Mametu acrescentou que recentemente esteve no comício em que Lula falou em favor do voto a suas candidatas ao governo e presidência, e que comparando a fala recente com os discursos registrados nos filmes, muito pouca coisa mudou, e concluiu que para combater as mudanças que beneficiam a maioria do povo, os poderosos ainda fazem o jogo sujo, inclusive o de espalhar mentiras na imprensa.
O debate foi enqriquecido com as intervenções de Robsom Martins e Arthur Leandro. Robsom é o coordenador local do Centro de Mídia Independente - CMI, e Arthur coordena o Projeto Azuelar do Insituto Nangetu, projeto com que o instituto foi reconhecido como Ponto de Mídia Livre em 2009. Ambos direcionaram a discussão para a importância dos grupos de minorias e os movimentos sociais criarem a própria mídia, pois a massificação da informação peles veículos oficiais de imprensa é tendenciosa e procura defender os interesses, econômicos e políticos, das coorporações que detém o poder de informação.
Arthur ressaltou a importância das ações que a comunidade do Mansu Nangetu vem fazendo, de produzir mídia com o que chama de "tecnologia do possível", com vídeos gravados em celular e distribuídos na internet, com a distribuição de imagens das ações do terreiro, com o projeto Rádio Janela, e com a própria alimentação periódica de notícias neste blog. Para ele, quando os movimentos sociais perceberem que podem criar mídia própria será possível intervir com multiplas visões dos fatos e influenciar a opinião pública.

Cineclube Nangetu - Programação do mês de novembro

Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 19h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.



terça – 2/11 (feriado de finados) A festa da menina morta. De Matheus Nachtergaele.
Há 20 anos uma pequena população ribeirinha do alto Amazonas comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho, que após o suicídio da mãe recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida. A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado. A festa cresceu indiferente à dor do irmão da menina morta, Tadeu. A cada ano as pessoas visitam o local para rezar, pedir e aguardar as "revelações" da menina, que através de Santinho se manifestam no ápice da cerimônia.

sexta - 5/11 Sedução e sexualidade
De uma ambigüidade de intenções à poesia visual, a sexualidade no cinema pode ser expressa não apenas por imagens mas por cortes, metáforas visuais e bonecos de massinha. Neste programa são exploradas diferentes facetas da relação humana em sua eterna insatisfação sexual. As relações narradas ocorrem por conta de um olhar, um contato nada frio com uma lavadora de roupas ou um tórrido contato carnal nos bancos de carros estacionados nas ruas. As visões dos realizadores dos curtas-metragens aqui reunidos passam pela ironia e pela crueldade, mas sempre ligadas ao conceito de cinema como ferramenta de um necessário voyeurismo que nos ajuda a compreender nossa relação com corpos próximos e distantes. Sete buracos de fechadura diferentes onde o protagonista sempre é a pele dos personagens e as conseqüências ferventes do contato de umas com as outras. Filmes: Amassa que elas gostam, de Fernando Coster , SP, 1998; Beijo de Sal, de Fellipe Gamarano Barbosa , RJ, 2006; Danae, de Gustavo Galvão , DF, 2004; Eletrodoméstica, de Kleber Mendonça Filho , PE, 2005; Entre paredes, de Eric Laurence , PE, 2005; Gasolina comum, de Marcelo Tintin-Trotta , SP, 2004; e Infinitamente maio, de Marcos Jorge , PR, 2003


domingo, 17 de outubro de 2010

Vai ser na quinta 21 de outubro, 16h - Plenária Fórum dos Afro-religiosos do Estado do Pará

Um acerto de data com as lideranças de Comunidades Tradicionais de Terreiros antecipou a plenária para a quinta-feira, dia 21 de outubro. No mesmo local e horário.

Por sugestão de Mãe Nalva de Oxum convocamos a plenária do Fórum de afro-religiosos do Estado do Pará para a quinta-feira, dia 21 de outubro, as 16h no Mansu Nangetu, Tv. Pirajá, 1194 - 32267599 - com a seguinte pauta:
- Dia da saúde da população negra, programação para o 27/10.
- Programação para o 20 de novembro.
- Propostas de ação e manifesto sobre a guerra religiosa em torno da eleição.
- Coordenação do Fórum.

Importante iniciar no horário previsto, pois as 19h havera sessão do Cineclube Nangetu.

sábado, 16 de outubro de 2010

Programação de filmes para outubro no Cineclube Nangetu.

Sexta-feira, 22 de outubro – 19h.
Redemocratização: as greves de 1979Séries. Visões políticas – Classificação LIVRE. Os três filmes que compõem este programa foram realizados por diferentes diretores com uma só motivação: narrar um importante momento da história recente do país, por meio da linguagem do cinema documentário, em obras sem personagens centrais, cujo protagonismo é exercido pela coletividade.
Arrocho salarial, opressão das multinacionais, repressão do Estado de exceção e união da classe trabalhadora são alguns dos temas urgentes da época. A paralisação dos trabalhos dos metalúrgicos do ABC Paulista, região de forte concentração industrial do Sudeste brasileiro, aprofundaria as graves contradições da agonizante ditadura militar e revelaria, ao mesmo tempo, o nascimento de uma figura pública que marcaria os 30 anos seguintes do cenário político do Brasil: o líder sindical Luiz Inácio “Lula” da Silva.






 





Sexta-feira, 29 de outubro – 19h.
Eles não usam black-tie, de Leon Hirszman. Brasil, 1981. O filme retrata a vida do cidadão de classe baixa no Brasil dos anos 80, batalhando pela sua sobrevivência no país. Através de uma família que entra em colapso devido a uma greve surgida, o filme denuncia a maneira como a desigualdade social e a violência podem destruir laços familiares. Num cenário brasileiro caótico, o longa-metragem surge mostrando as dificuldades e empecilhos que um cidadão passa a ter que lidar para assegurar seus direitos constitucionais, lutando por algo que deveria ser teu por lei. Com o assombro da pobreza, violência em demasia e uma política injusta, o filme traça o perfil de um país imprevisível que está no caos, uma situação que pode ser descrita perfeitamente como sendo os dias de hoje.

Ao final de cada sessão haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco, Belém/PA. 91- 32267599.

Cineclube Nangetu debateu a memória e as tradições afro-brasilerias com o filme "Tera deu, terra come".









Cerca de 25 pessoas assitiram ao filme "Terra deu, terra come", de Rodrigo Siqueira, exibido no Cineclube Nangetu na sexta-feria, 15 de outubro de 2010.
Ao fim do filme o Mansu Nangetu ofereceu merenda aos presentes e iniciou o debate promovendo a discussão que aconteceu em torno das tradiçoes imateriais e a preservação da memória afro-brasileira, além de observações sobre as condições de vida da população das comunidades tradicionais quilombolas e as políticas públicas que promovem a cidadania através da promoção da igualdade racial.
O debate foi enriquecido com a colaboração de Mãe Aldine de Omulu e do militante do Movimento Negro e membro do CEDENPA, Cipriano Filho, que trouxeram ao debate muitas questões importantes abordadas pelo filme, aliando a tematica com as suas próprias experiencias pessoais.
A comparação entre os rituais fúnebres apresentados no filme e as práticas religiosas preservadas no Mansu Nangetu foram inevitáveis, resultando na identificação de entendimentos e práticas comuns, caminho para a conclusão de que a memória africana une comunidades tão distantes e diferenciadas...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Convite - Programação do Cineclube Nangetu.

Sexta-feira, 15 de outubro - 19h.
Terra deu, terra come, de Rodrigo Siqueira.
Sinopse – “Terra deu, Terra Come” narra a história de Pedro de Almeida, garimpeiro de 81 anos de idade, que comanda como mestre de cerimônias o velório, o cortejo fúnebre e o enterro de João Batista, morto aos 120 anos. O ritual sucede-se no quilombo Quartel do Indaiá, distrito de Diamantina, Minas Gerais. Ao conduzir o funeral de João Batista, Pedro desfia histórias carregadas de poesia e significados metafísicos, que nos põem em dúvida o tempo inteiro. A atuação de Pedro e seus familiares frente à câmera nos provoca pela sua dramaturgia espontânea, uma auto “mise-en-scène” instigante.

Sexta-feira, 22 de outubro – 19h.
Redemocratização: as greves de 1979SériesVisões políticas – Classificação LIVRE. Os
três filmes que compõem este programa foram realizados por diferentes diretores com uma só motivação: narrar um importante momento da história recente do país, por meio da linguagem do cinema documentário, em obras sem personagens centrais, cujo protagonismo é exercido pela coletividade. Arrocho salarial, opressão das multinacionais, repressão do Estado de exceção e união da classe trabalhadora são alguns dos temas urgentes da época. A paralisação dos trabalhos dos metalúrgicos do ABC Paulista, região de forte concentração industrial do Sudeste brasileiro, aprofundaria as graves contradições da agonizante ditadura militar e revelaria, ao mesmo tempo, o nascimento de uma figura pública que marcaria os 30 anos seguintes do cenário político do Brasil: o líder sindical Luiz Inácio “Lula” da Silva.


Ao final de cada sessão haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco, Belém/PA. 91- 32267599.

domingo, 3 de outubro de 2010

Caruru ria Nvunji






Mais uma vez O Mansu Nangetu movimentou a criançada do bairro do Marco com o Tradicional Diabangululangu ria Nvunji - O Caruru das crianças, ritual em que as crianças da vizinhança, filhos de membros da comunidade e todas as criançass que comparecem à festa se juntam numa mesa de quitutes e guloseimas para se confraternizar com Nvunji, a divindade criança cultuada nas tradições afro-brasileiras e origem Bantu.
Jogos e brincadeiras aconteceram expontaneamente, propostos pelas próprias crianças, e o resultado foi algazarra e a alegria contagiante que acontece quando temos presença maciça de crianças. É a felicidade da continuidade da vida.
Teve também uma roda de conversa com a participação da comunidade do Mansu e convidados, conversa que promoveu a discussão de questões de direitos humanos, cidadania e respeito.

Ainda teve o Cineclube Nangetu exibindo o programa 'Curta crianca' da Programadora Brasil, uma viagem pelas muitas paisagens do Brasil, das praias do litoral cearense ao interior do país e também à Floresta Amazônica, este programa reúne curtas-metragens infantis num mix de animação, efeitos especiais e ação filmada com atores. Personagens fascinantes como Jesus Cristo, o Curupira, Saci Pererê, o menino São João e a menina Tampinha ganham destaque junto às historinhas originais de Dona Carmela, sobre o respeito aos mais velhos, e Uma Jangada Chamada Bruna, um filme sobre o brincar.

Ao final Mametu Nangetu agradeceu dizendo que se sente honrada com a presença de todos, e em especial das crianças.

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Caruru das crianças