sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

25/02/2011 - Cineclube Nangetu apresenta os filmes "Carolina" e "A negação do Brasil"

Filmes
* Carolina, de Jeferson De , SP, 2003. 15 min.
* A Negação do Brasil, de Joel Zito Araújo , SP, 2000. 91 min.

Carolina
Sinopse: Brasil. Final dos anos 50. Carolina de Jesus escreve seu diário. Dentro de seu barraco ela denuncia a fome, o preconceito e a miséria. Publicada, torna-se um sucesso editorial, sendo editada em 13 línguas. Apesar do reconhecimento imediato e explosivo, a “exótica” mulher negra e ex-favelada falece pobre. Passadas algumas décadas, as palavras de Carolina continuam a ser uma denúncia contra a miséria em que se encontram milhões de pessoas.
Isaura Bruno em "O direito de nascer"














A Negação do Brasil
Tabus, preconceitos e estereótipos raciais são discutidos a partir da história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história da telenovela ? o produto de maior audiência no horário nobre da TV brasileira. O diretor, baseado em suas memórias e em pesquisas, analisa as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros.


Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco da légua, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 19h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Memória da reunião do Fórum de Afro-religiosos do Pará

A reunião do dia 3/3 ratificou as diretrizes da programação e fêz os ajustes na programação. Fotos do dia 3 de março.

 





















Convocamos todos os interessados para participar da próxima reunião do Fórum de Afro-religiosos a ocorrer no Mansu Nangetu (Pirajá, 1194- Belém) no dia 3 de março, quinta-feira, as 17h.


Memória da reunião
Estavam presentes: Mametu Nangetu, Táta Kinamboji, Tatetu Kalasambi, Muzenza Dandauamaze, Muzenza Ngangamuxi (Instituto Nangetu); Mãe Maria de Jesus do Terreiro Estrela Guia; Iya Sandra (AFAIA); Pai Lauro, Socorro (terreiro de?), Selma Brito (colaboradora) e Pai Brasil, que teve que sair logo no início da reunião. Terminada a reunião recebemos a justificativa de ausência de Babá Edson Catendê, que declarou que não pode estar presente por estar momentâneamente vítima de uma virose.


































Iniciando a reunião, foi aberto para informes.
  • Mametu Nangetu e Táta Kinamboji apresentaram um relato das discussões em torno das promessas do MinC de realizar um seminário nacional para definir ações e diretrizes para implantar políticas públicas direcionadas para as culturas de comunidades tradicionais de terreiros.
  • Mãe Jesus informou que no dia 19 de março o Terreiro Estrela Guia faz festa para Don José.
  • Selma informou que encontrou com o Dr. Jorge Farias, da OAB, e que perguntou sobre o processo que foi resultado daquela mobilização para a legalização de terreiros, e que o mesmo a informou que ainda não há novidades em relação a esse processo.

Aberta a discussão para a pauta do 18 de março, que tem como marco legal a Lei Municipal nº 8272, de 14 de outubro de 2003 (autoria de Ildo Terra); e Lei Estadual nº 6.639, de 14 de abril de 2004 (autoria de Araceli Lemos).
  • organização da programação do dia 18 de março de 2011;
  • unificação das programações isoladas;
  • o que ocorrer.

Táta Kinamboji relatou a conversa via facebook com o Babá Edson Catendê que resultou na convocação do Fórum para a construção da programação do 18 de março, disse que o que já tinha programando pelo Instituto Nangetu e pela AFAIA (resultado da conversa anterior) e ainda foi acrescentados os eventos informados ou proposto pelos presentes, a programação ficou assim:

Dia 04 de março – Cineclube Nangetu, filme: Atlântico Negro – na rota dos Orixás, local: Instituto Nangetu (Pirajá, 1194 – Marco), inicio as 19h. (Proposta do Instituto Nangetu)
Dia 08 de março – Bloco das mulheres - Cortejo carnavalesco na Aldeia Cabana (Pedro Miranda esquina da Perebebui), concentração as 15h. Mametu Nangetu explicou que participou de reunião da confederação das mulheres, que a confederação está organizando um bloco que se chama “Bloco Maria Quitéria”e o bloco será dividido em 'alas' que homenageiam mulheres de destaque nas artes, na política, na luta por direitos e etc. Que nesse reunião propôs que se fizesse também uma homenagem a Mãe Doca, o que foi aceito, e disse que precisava de uma imagem de Mãe Doca para a confecção do banner que vai identificar a mulher afro-religiosa na luta contra a intolerância religiosa. Para participar da ala, homens e mulheres devem estar vestidos à caráter com seus trajes religiosos. Mametu informou que Maria Felipa, líder na luta dos quilombolas, também será homenageada. (Proposta do Instituto Nangetu)
Dia 11 de março – Cineclube Nangetu, filme com temática afro-religiosa - titulo a definir -, local: Instituto Nangetu (Pirajá, 1194 – Marco), inicio as 19h. (Proposta do Instituto Nangetu)
Dia 13 de março – Caminhada na Praça da República, começando na banca do CEDENPA (esquina da Av. Nazaré com a Assis de Vasconcelos) e terminando em Ato Político e cultural no anfiteatro da praça. (Proposta da AFAIA)
Dia 18 de março – Homenagem às Iyas e Iyalodes, Local: Insituto Nangetu (Pirajá, 1194 - Marco), a partir das 16h. Programação: roda de conversa sobre a condição da mulher afro-religiosa na sociedade brasileria. Participação: lideranças femininas de comunidades tradicionais de terreiros, debatedora: Araceli Lemos - o convite e a articulação com a Araceli será feito pela Iyá Sandra - , coquetel, apresentações culturais e confraternização. (Proposta do Instituto Nangetu)
Dia 18 de março – Cineclube Nangetu, filme com temática afro-religiosa - titulo a definir -, local: Instituto Nangetu (Pirajá, 1194 – Marco), inicio as 19h. (Proposta do Instituto Nangetu)
Dia 19 de março – Toque para Don José, local: Terreiro da Estrela Guia (Rua Cesário Alvim, 391 - entre Breves e Estrada Nova - Cidade Velha), início as 20h. (Proposta do Terreiro Estrela Guia).
Dia 25 de março – Cineclube Nangetu, filme com temática afro-religiosa - titulo a definir -, local: Instituto Nangetu (Pirajá, 1194 – Marco), inicio as 19h. (Proposta do Instituto Nangetu)
Data não definida – Lançamento da cartilha produzida pela AFAIA local a definir (Proposta da AFAIA)
Data não definida – Caminhada de combate a intolerância religiosa. Mametu Nangetu informou que o INTECAB-PA está organizando uma caminhada de combate a intolerância religiosa, disse que não sabe a data e nem o percurso, mas que considera importante juntar a caminhada na programação geral, disse que vai procurar a coordenação estadual da entidade e repassar as informações de data e local pela internet.
Data não definida – Discussão de proposta de Lei de proteção aos rituais de religiões de matrizes africanas, local: AFAIA (Rod. Augusto Montenegro, Conj Maguary, Al. 24, n. 86 – Icoaraci). (proposta de Iyá Sandra)
Indicativo de data para 22 de março – Sessão solene na Câmara de vereadores (Tv. Curuzú, 1755 – Marco), horário a definir (Proposta de Mametu Nangetu)
Indicativo de data para 23 de março – Sessão solene na ALEPA – Assembléia Legislativa do Pará (Rua do Aveiro, 130, Pça Don Pedro Ii - Cidade Velha), horário a definir (Proposta de Mametu Nangetu)



Encaminhamentos:
Cada organização faz os encaminhamentos dos eventos propostos por elas.
Iyá Sandra vai em nome do Fórum protocolar solicitação de sessão solene ao deputado Edmilson Rodrigues e também convidar e fazer as articulações necessárias para a participação da Araceli Lemos na homenagem as Iyas e Iyalodes.
Mametu Nangetu vai em nome do Fórum protocolar solicitação de sessão solene ao deputado Edilson Moura.
Ngangamuxi vai em nome do fórum protocolar solicitação de sessão solene ao vereador Marquinho.
Táta Kinamboji vai em nome do Fórum pedir apoio para a CEPPIR/SEJUDH.
A equipe do projeto Azuelar do Instituto Nangetu vai providenciar panfletos de divulgação da programaçnao para circulação na internet, com indicativo de usar imagem de Mãe Doca como imagem de divulgação.
Todos ficaram responsáveis de convocar outros interessados para finalizar a programaçnao em reunião ampliada do Fórum dos Afro-religisos do Pará para o dia 3 de março, quinta-feria, as 17h no Mansu Nangetu.

Fórum dos Afro-religiosos do Estado do Pará, convocação - data de reunião: 24/02, 17h no Mansu Nangetu.


A reunião é no Mansu Nangetu. Tv. Pirajá 1194, na quinta-feira dia 24 de fevereiro, com inicio as 17h. informações pelo fone 32267599 (Nangetu) e 3248-5828 (Edson Catendê). 

Convocamos as lideranças e membros de comunidades tradicionais de terreiros do Estado do Pará a se fazerem presente na reunião do Fórum dos Afro-religiosos do Estado do Pará para discutir e programar as comemorações do dia 18 de março do ano de 2011 para a zona metropolitana de Belém e outras zonas administrativas do Pará.
Lembramos que manter viva a memória de Mãe Doca depende única e exclusivamente de cada um de nós.

Pauta:
- organização da programação do dia 18 de março de 2011;
- unificação das programações isoladas;
- o que ocorrer.

Marco legal
1. Lei Municipal nº 8272, de 14 de outubro de 2003; e
2. Lei Estadual nº 6.639, de 14 de abril de 2004.

APRESENTAÇÃO

O dia 18 de março registra a memória da luta de Mãe Doca pelo direito de realizar uma cerimônia religiosa de matriz afro-ameríndia na cidade de Belém. Foi nesta data, no inicio do século passado que Mãe Doca enfrentou as ameaças policiais de repressão à cerimônias afro-religiosas em Belém do Pará, e ela, mesmo correndo o risco de prisão, fez rufar seus tambores em louvor aos Deuses africanos e indígenas por ela cultuados.
Por desobedecer a ordens intolerantes e preconceituosas, Mãe Doca acaba por receber voz de prisão dos que detinham o poder de policia naquela época. Sua insistência em praticar abertamente os ritos de Deuses das religiões de matrizes culturais africanas e indígenas é um marco importante na longa historia de resistência contra a intolerância e os preconceitos sofridos pelos praticantes das religiões Afro-amazônicas no Estado do Pará - e talvez no Brasil, e para a preservação das diversas cosmologias e dos conhecimentos tradicionais de povos minoritários, aos quais por muito tempo os governantes negaram princípios básicos dos direitos humanos e acesso à bens e serviços.
Por esse motivo o dia 18 de março foi instituído como o DIA MUNICIPAL E ESTADUAL DA UMBANDA E DOS CULTOS AFRO-RELIGIOSOS DE BELEM E DO ESTADO DO PARÁ, demarcando um campo dede organização e luta do segmento afro-religioso pelo Direito à livre expressão, contra a intolerância religiosa e pelo direito à cidadania. conquistas no processo.
Esta data é a memória viva dessa história de luta de preservação cultural e religiosa do nosso povo, solidificada por exemplos como o de Mãe Doca, que mesmo enfrentando a repressão de aparatos policiais e perseguições, nunca abriu mão de realizar cerimônias religiosas em culto às suas divindades; nunca abriu mão de sua fé.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

18/02/2011 - Cinema Paraense no Cineclube Nangetu

Um dia qualquer..., direção Líbero Luxardo (1965).
Recentemente restaurado pela Cinemateca Brasileira, Um dia qualquer... é um marco histórico importante do cinema brasileiro, sendo o primeiro (e um dos únicos) longametragem totalmente produzido no estado do Pará. Dirigido por um dos pioneiros do cinema paraense, Líbero Luxardo, o filme narra uma série de pequenas histórias a partir do drama de um personagem que rememora a vida ao lado da esposa recém-falecida, enquanto caminha pelas ruas de Belém. Para além de suas qualidades ficcionais e cinematográficas, o filme resiste como um importante e raro material histórico com as imagens e hábitos de uma capital paraense retratada com olhos de documentarista pelas câmeras do cineasta.
Uma crônica da cidade de Belém: a jovem estudante gazeteira e seu irmão, a prostituta motorizada, o romeiro no Círio de Nazaré, a sessão de macumba... Em meio às historietas, imagens do folclore local, de paisagens naturais e de monumentos arquitetônicos da Belém dos anos de 1960.


Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco da légua, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 19h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Celebração para o Caboco João da Mata no Terreiro de Mina Nagô de Pai Fernando de Ogum.

 Mametu Nangetu levou os membros de sua comunidade para conhecer as celebrações do Caboco João da Mata no Terreiro de Mina Nagô de Pai Fernando de Ogum, na Pedreira. O ritual aconteceu neste fim de semana e Mametu ressaltou a diversidade religiosa de matrizes afro-amazônicas, falando da necessidade de respeito e valorização de cada uma dessas matrizes religiosas, matrizes que, segundo ela, precisam ser preservadas.






Fotos de Táta Dianvula/ Projeto Azuelar.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mametu Nangetu foi na saída de iyawo no Ilê Axé de Mãe Matilde de Oxalá.

Mãe Matilde recebe Mametu Nangetu em sua casa
Valorizando as celebrações religiosas de comunidades tradicionais de terreiros, Mametu Nangetu prestigiou o ritual público de saída de iyawo no Ilê Axé de Mãe Matilde de Oxalá.
O Candomblé aconteceu no sábado, dia 12 de fevereiro e contou com a presença de lideranças de vários terreiros de Belém e Ananindeua.

Fotos de Táta Dianvula/ Projeto Azuelar.




Mãe Nadir, Mãe Mercedes, Mametu Nangetu e Pai Altino  prestigiaram o ritual religioso no Terreiro de Mãe Matilde.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Riachão, o 'conhecido anônimo' em sessão cineclubista.

Ao fim da sessão, Táta Kinamboji pediu pros presentes para cantarolarem um trecho de uma música do Riachão que conhecessem ou se lembrassem do próprio filme, e foi uma festa de gente cantando as mais diversas músicas com os relatos de onde, e na voz de quem, conheciam tais produções musicais.
Em seguida perguntou se todos já conheciam o Riachão, e a resposta foi a constatação de que o compositor era figura surpresa para a maioria dos presentes, a antropóloga Selma Brito chegou a se declarar constrangida ao admitir que não conhecia “esse compositor fantástico”.
O debate, então, foi acontecendo naturalmente através da reflexão de como determinados artistas permanecem no mais obscuro anonimato mesmo quando sua obra é conhecida e faz parte do repertório de artistas da industria cultural.

O 'luthier' Luís Makambira, que honrou o cineclube Nangetu com sua presença, ainda brincou com a situação chamando para o Riachão de “O conhecido anônimo”, e passou a relatar vários casos parecidos, casos em que conhecemos a obra de artistas desconhecidos, aqui mesmo na cidade de Belém, e citou vários compositores, como o 'Siri da Viola”, o “Vavá da Matinha”, o “Oswaldo Garcia” e tanta gente que a gente canta as músicas sem saber que a pessoa existe.
Por fim. Mametu Nangetu agradeceu a participação de todos e as contribuições no desenrolar da conversa, e terminou dizendo o quanto é importante passarmos esses filmes que trazem os nossos artistas para o conhecimento da comunidade.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

11/02/2011 - Cineclube apresenta "Samba Riachão e o Catedrático do Samba"

Em rítmo de carnaval, o Cineclube Nangetu faz uma homenagem ao samba e a um dos principais compositores do samba baiano.


Filmes:
* O Catedrático do Samba
Alessandro Gamo e Noel Carvalho , SP, 1999
* Samba Riachão
Jorge Alfredo , BA, 2001

O diretor Jorge Alfredo usa como pano de fundo a trajetória de Clementino Rodrigues, o popular sambista baiano Riachão, de 80 anos de idade, para contar a importância do samba para o povo brasileiro. O filme apresenta também um panorama do samba na Bahia, onde Riachão viveu mais de seis décadas influenciando gente como Caetano Veloso e Tom Zé. Samba Riachão venceu o prêmio de melhor filme no 34° Festival de Brasília na escolha do público e júri. Na mesma roda de samba de Riachão está Germano Mathias no documentário O Catedrático do Samba, um valioso registro sobre a vida do cantor e compositor paulista. Ao longo do filme, ele vai lembrando o início de tudo, com os engraxates na Praça da Sé.


Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco da légua, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 19h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Comunidade do Mansu vai ao Candomblé de Iyemonjá no Ilê Axé de Iyá Nere.

Uma comitiva do Mansu Nangetu esteve no Candomblé em celebração ao Orixá Iyemonjá no Ilê Axé de Iyá Nere, momento em que os membros do Mansu se confraternizaram com os sacerdotes dessa comunidade parceira.
Para Mametu Nangetu, participar das celebrações religiosas de outras comunidades tradicionais de terreiros é importante para o fortalecimento de redes sociais de afro-religiosos.
Tatetu Kalasambi elogiou o acolhimento da comunidade de Iya Nere e comentou a atenção com que a comunidae do Mansu Nangetu foi recebida.
















Fotos de Táta Dianvula/ Projeto Azuelar - Instituto Nangetu/ Ponto de Mídia Livre.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Personagens brasileiros retratados no cinema viram motivo para discutir intolerância religiosa.


A história de João de Camargo reataratada no filme “Cafundó”, de Clovis Bueno e Paulo Betti, deu mesmo o que falar em relação a 'intolerância religiosa', e após a sua exibição no Cineclube Nangetu vários pontos de vista foram colocados sobre o que é e como reconhecer essa tal 'intoleriancia'.
Táta Kinamboji pediu que os presentes atentassem para a sutil relação entre intolerância religiosa e as práticas racistas presentes na sociedade brasileira e muito bem apresentadas no enredo do filme.
Questões como se a presença de práticas religiosas e até mesmo referências diretas aos rituais afro-brasileiros garantia o status de 'matriz africana' ao que o João fazia, ou se havia ou não legitimidade na apropriação que João de Camargo fêz dos signos religiosos católicos usados no culto sincrético por ele criado.
E a conversa 'correu longe' com vários pontos de vista sendo colocados em debate. Até que foi questionado se também poderia ser intolerância, e racismo, a situação vivida pela personagem na cadeia - quando um outro preso, também negro, lhe pergunta se ele queria ser branco..., dizendo que ele esqueceu das divindades africanas para construir templos e cultuar divindade de branco...
Nesse momento Mametu Nangetu tomou a palavra e lembrou que no filme, a personagem do João só fêz oferendas a Exu depois desse momento da conversa na cadeia, e que talvez ele ter sido questionado sobre o que é ser branco e o que é ser negro, principalmente quando o assunto é a preservação de suas raízes e de suas tradições, que ali pode ter sido o momento dele naquilo que nós chamamos de 'consciência negra', e que na opinião dela talvez seja no momento que ele faz as oferendas para Exu o instante em que ele se compreende enquanto um negro fora da África, um afro-brasileiro.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sexta-feira 04/02, 19h - Sessão de cineclube de combate a intolerância religiosa.


Cafundó, de Clóvis Bueno e Paulo Betti. 2005.
Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se misturam a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo.

Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco da légua, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 19h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.