quinta-feira, 27 de junho de 2013

Tradições que preservam o meio ambiente - consciência ambiental afro-brasileira.

Foi uma roda de conversa de troca de experiências ambientais com Aderbal Moreira.

Aderbal falou do "Oku Abo, Espaços Sagrados" e explicou que é um Programa de educação ambiental, que foi elaborado especificamente para atender as demandas das comunidades de terreiros e as unidades de conservação da natureza de proteção integral que pretende contribuir para minimizar os conflitos existentes entre a necessidade de conservação dos recursos hídricos (especialmente rios, cachoeiras e matas do entorno) e a livre expressão religiosa garantida pela Constituição Federal.

O que foi proposto foi a participação de ações de preservação e consciência ambiental à partir das tradições afro-brasileiras, Aderbal explica que "As comunidades de Terreiros demonstram alto potencial para o engajamento em ações de proteção ao meio ambiente, pois são devotos da Natureza. "Omi Cosi, Ewe Cosi, Orixá Cosi"(Sem Água, Sem Folha, Sem Orixá), ditado popular yorubá que ratifica a consciência ecológica das religiões de matriz Africana".

A consciência ecológica do povo de Santo já existe, os Orixás e Encantados são elementos e fenômenos da natureza, pois nela habitam as suas divindades,. Apesar desta importância fundamental tem havido um distanciamento do princípio religioso básico de respeito à natureza. Embora um grande número de religiões, entre elas o xamanismo, esotéricos, cultos ciganos, evangélicos católicos e outras vertentes, utilizem amplamente espaços naturais em cerimônias e rituais, a prática religiosa afro-brasileira é freqüentemente associada à poluição do meio ambiente. As oferendas podem poluir as águas de rios e cachoeiras, e as matas ao redor, com materiais não degradáveis, contribuindo para ocorrência de incêndios e causando forte impacto negativo aos visitantes. Tal destruição não é, no entanto, parte integral do Candomblé, da Umbanda e outras religiões da natureza, ela, na verdade, resulta da falta de conhecimentos de questões ligadas aos saberes tradicionais destas religiões e à preservação da natureza. É a falta de acesso aos processos educativos e de gestão ambiental que produz esta situação e não a religião. A atuação em rede tem a potência de valorizar as tradições e contribuir para a consciência ambiental na população e melhorar a imagem pública dos terreiros. "

terça-feira, 18 de junho de 2013

ARATRAMA leva a rede de cineclubes de terreiros para o Amapá.

ARATRAMA - antiga CARMA: ARATRAMA leva a rede de cineclubes de terreiros pa...:

A articulação amazônica de povos tradicionais de matriz africana está proporcionando a troca de experiências entre as lideranças de terreiro.
No próximo fim de semana, a coordenadora estadual do Amapá, Mãe Nina Souza, vai inaugurar o cineclube do Instituo Cultural e Educacional Nina Souza, com uma roda de conversa e troca de experiências com Táta Kinamboji, que coordena a  rede de cineclubes de terreiros. A rede se formou a partir da experiência audiovisual no Instituto Nangetu e já se mostra forte no estado do Pará, com essa ação a ARATRAMA pretende regionalizar a experiência.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

ARATRAMA se reúne hoje em Belém.

ARATRAMA - antiga CARMA: Coordenações do Pará e Amazonas rerunem hoje em Be...:

Coordenações do Pará e Amazonas rerunem hoje em Belém.

ARATRAMA - Segunda, 17 de junho, as 19h, no Mansu Nangetu (Tv. Pirajá  numero 1194, Marco, Belém/PA) terá reunião da coordenação paraense (Arthur Leandro, Mametu Nangetu e Mãe Nalva) com Mãe Nonata Correa, coordenadora da ARATRAMA no Amazonas.
Mãe Nonata aproveita uma agenda em Belém para reunir com lideranças em fortalecimento da ARATRAMA.
A proposta é discutir ações em rede para os Povos Tradicionais de matriz Africanas na Amazônia e fortalecer essa articulação nos 9 estados da Amazônia Legal - lideranças de terreiros, sintam-se todas convidadas.

Em nome da mídia democrática.

No dia 09 de Julho estaremos na instalação do FNDC-PA (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação - Comitê do Estado do Pará) O evento contará com a presença da coordenadora Nacional do FNDC, Rosane Bertotti e de diversas entidades ligadas à luta pela democratização da comunicação e ativistas sociais do Estado do Pará. Na oportunidade, faremos o lançamento da campanha Nacional "Para expressar a liberdade! - Uma nova lei para um novo tempo".


Quer entender o que a campanha objetiva?

Em 27 de agosto de 2012, o Código Brasileiro de Telecomunicações completou 50 anos. A lei que regulamenta o funcionamento das rádios e televisões no país é de outro tempo, de outro Brasil. Em 50 anos muita coisa mudou. Superamos uma ditadura e restabelecemos a democracia. Atravessamos uma revolução tecnológica e assistimos a um período de mudanças sociais, políticas e econômicas que têm permitido redução de desigualdades e inclusão.

Mas estas mudanças não se refletiram nas políticas de comunicação do nosso país. São 50 anos de concentração, de negação da pluralidade. Décadas tentando impor um comportamento, um padrão, ditando valores de um grupo que não representa a diversidade do povo brasileiro. Cinco décadas em que a mulher, o trabalhador, o negro, o sertanejo, o índio, o camponês, gays e lésbicas e tantos outros foram e seguem sendo invisibilizados pela mídia.

Temos uma lei velha e que representa valores velhos. São 50 anos de negação da liberdade de expressão e do direito à comunicação para a maior parte da população.

Por isso, precisamos de uma nova lei. Uma nova lei para este novo tempo que vivemos. Um tempo de afirmação da pluralidade e da diversidade. De busca do maior número de versões e visões sobre os mesmos fatos.

Um tempo em que não cabem mais discriminações de nenhum tipo. Tempo de reconhecer um Brasil grande, diverso e que tem nas suas diferenças regionais parte importante de sua riqueza. Tempo de convergência tecnológica, de busca da universalização do acesso à internet, de redução da pobreza e da desigualdade. Tempo de buscar igualdade também nas condições para expressar a liberdade. De afirmar o direito à comunicação para todos e todas.

A campanha Para expressar a liberdade é uma iniciativa de dezenas de entidades da sociedade civil que acreditam que uma nova lei geral de comunicações é necessária para mudar essa situação. Não só necessária, mas urgente.

Todas as democracias consolidadas (EUA, França, Portugal, Alemanha, entre outras) têm mecanismos democráticos de regulamentação dos meios de comunicação. Em nenhum desses países, ela é considerada impedimento à liberdade de expressão. Ao contrário, é sua garantia.

Isso, porque sem regulamentação democrática, a comunicação produz o cenário que conhecemos bem no Brasil: concentração e ausência de pluralidade e diversidade.

Neste novo tempo que vivemos, o Brasil não pode continuar ouvindo apenas os poucos e velhos grupos econômicos que controlam a comunicação. Precisamos de uma nova lei para garantir o direito que todos e todas temos de nos expressar.


Venha se expressar com a gente!

domingo, 16 de junho de 2013

Lideranças de terreiros garantem suas pautas na Co...

ARATRAMA - antiga CARMA: Lideranças de terreiros garantem suas pautas

Lideranças de terreiros garantem suas pautas na Conferência da Cidade de Belém.

A coordenação da ARATRAMA no estado do Pará esteve presente na 5ª Conferência Municipal da Cidade de Belém, e junto com outras lideranças de terreiros, garantiu a inclusão das pautas específicas dos povos tradicionais nas propostas aprovadas,

Uma das questões mais debatidas foi o uso das áreas de proteção ambiental e do espaço urbano, mas também se garantiu propostas de politicas específicas de acessoaos financiamentos públicos de moradia e habitação, o que resultou numa avaliação positiva da participação das lideranças de povos tradicionais de matriz africana em Belém.

Pudemos registrara a presença de membros da ARATRAMA, do Instituto Nangetu, da ACIYOMI, da AFUORJY, do Ilé Asché de Ogum, dentre outras lideranças que se juntavam aos movimentos populares de luta por moradia digna e na construção de uma cidade melhor.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Kizomba de Nkosi no Rundembo N´Gunzo Di Jaciluango

"Festa de Ogum" no Rundembo N´Gunzo Di Jaciluango, dia 13 de junho de 2013

O Terreiro de Candomblé Angola Rundembo N´Gunzo Di Jaciluango, convida a Comunidade Afro Religiosa e Amigos para a “Festa de Ogum”.
Dia: 13 de junho de 2013 (Quinta-feira, Dia de Santo Antônio)
Início: 19h
Endereço: Trav. Mariz e Barros, nº 1609 (entre Marques e Visconde) - Bairro Pedreira, Belém-PA.

Contamos com sua presença!

Taata Kutala Tauandirá kwá N´Zaambi ( Edson Santana)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

7 de junho na Festividade de Sto. Onofre- "Delírios de um cinemaníaco" no Cineclube Nangetu.



Delírios de um cinemaníaco, a história de um pioneiro do cinema
O filme Delírios de um cinemaníaco conta a história de José de Oliveira, mais conhecido como Zé Pintor, um dos pioneiros na atividade cinematográfica na cidade de São Carlos (SP) e autor de diversos filmes que, além de contar histórias, promoviam a aproximação da sociedade são-carlense junto ao mundo do cinema, uma vez que Zé Pintor produzia seus filmes de forma independente e utilizava como atores amigos e pessoas próximas a ele.
Baseado no livro Minhas memórias com meu cinema, de autoria de José de Oliveira, Delírios de um cinemaníaco apresenta ao público a cinebiografia de um homem que desde a sua infância até a velhice, viu a morte levar seus familiares e maiores amigos. Mas encontrou no amor por Edna e na paixão pelo cinema, forças para encarar as mazelas da vida.
O filme mostra que além dos roteiros, Zé Pintor selecionava e dirigia os atores, montava cenários, criava o maquinário e maquetes, definia os enquadramentos, montava a luz, focava suas imagens e realizava toda a pós-produção, revelação, montagem, cópias de filme, intertítulos, etc., com técnicas alternativas simplificadas e criativas, sem o auxílio de grandes tecnologias. Quando não conseguia fazer todas essas funções, contava com a ajuda das pessoas ao seu redor – geralmente os atores dos filmes. Delírios de um cinemaníacotambém apresenta como diferencial integrar, numa única produção, elementos que ultrapassam os aspectos culturais e históricos da obra, aplicando conceitos pautados no colaborativismo e na solidariedade, presentes na trajetória artística do personagem principal do filme.
Esse modo de produção singular do artista resultou em filmes muito ricos, do ponto de vista estético e histórico. A utilização de não atores, filmagens em áreas externas de São Carlos e nas casas de amigos, fizeram com que os seus filmes, hoje, se situem entre a ficção e o documentário.
E foi exatamente esse espírito solidário que a equipe de produção de Delírios de um cinemaníaco tentou imprimir desde 2009, quando o filme começou a ser produzido, estabelecendo vínculos com o Circuito fora do eixo e a produtora Filmes para bailar, de forma que a obra contribuísse para o fortalecimento de uma rede de serviços envolvendo diversos segmentos da economia local, além da inserção do projeto em plataformas virtuais de produção cultural, possibilitando que o filme seja distribuído e exibido nos diferentes circuitos de exibição em todo o Brasil.
Assim, Delírios de um cinemaníaco é mais que a retratação da história de Zé Pintor e seu pioneirismo na produção cinematográfica são-carlense. A obra é um resgate dos valores pregados pelo personagem principal em suas obras, que marcaram a sua trajetória no cinema local. Delírios de um cinemaníaco é, assim como foram as obras de Zé Pintor, uma quebra de paradigma na produção local e uma outra maneira de enxergar e fazer cinema.
CINECLUBE NANGETU NAS FESTIVIDADES DE SANTO ONOFRE
Apresenta: "DELÍRIOS DE UM CINEMANÍACO", 2012 Direção: Carlos Eduardo Magalhães/Felipe Leal Barquete. 102 min.
Dia: 07/06/2013 (Sexta-feira)

Organização Cineclube Nangetu:
Isabela do Lago e Eluah Sampaio

Serviço:
Cineclube Nangetu
Local: Terreiro Mansu Nangetu Mansubando Kekê Neta
Endereço: Travessa Pirajá, 1194 (entre Av. Duque e 25 de setembro - Bairro Marco) Belém/Pará. Telefone:
(91) 3226-7599 / 8806-7351 E-mail: nangetu@hotmail.com
 
Início de cada sessão: 19:30h, ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
Participe, Entrada Franca!

Tacacá de Sto. Onofre

FESTIVIDADES DE SANTO ONOFRE 2013
 

  PROGRAMAÇÃO
Dias 31/05 a 12/06

- 19h: Ladaínha a Santo Onofre e Santo Antônio

Cineclube Nangetu: Exibições de Filmes às 19:30h
Dia 07/06:
Filme: “DELÍRIOS DE UM CINEMANIACO”
Dia 10/06: Filme: “Canal futura apresenta - A cor da Cultura-
Origens”
Dia 11/06: Filme: “FEBRE DO RATO”
 

Dia 12/06 (Quarta-feira)
- 16h: Banho de Cheiroso de Santo Antonio
- 17h: Ladaínha ao Santo
- 18h: Resistência FM e Rede Aparelho de Mídia Interativa Comunitária
- Projeto Azuelar/Rádio Janela - Programa: “O som da Gente”
com: Taata Kinamboji, Taata Dianvúla, Luah Sampaio,
Ricardo Zé Luz e Priscila Duque
- 19h: Quadrilha Junina “Arrastão Junino” da Cidade Velha
- 21h: Boi-Bumbá Caprichoso de Mestre Alarindo
- Tradicional Tacacá de Santo Onofre, Mingau,
Bolo de Fubá, Carurú Junino e Aluá

Realização:
INSTITUTO NANGETU
Apoio:
REDE APARELHO DE MÍDIA E COMUNICAÇÃO INTERATIVA E COMUNITÁRIA
CINECLUBE NANGETU
TERREIRO DE MINA ESTRELA GUIA ALDEYA DE TUPINAMBÁ
RÁDIO RESISTÊNCIA FM
PROJETO AZUELAR
UFPA - PROJETO DE EXTENSÃO: DIÁLOGOS EM CABANA DE CABOCO