segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Reunião com os praticantes de Candomblé da Nação Angola da região metropolitana de Belém para elaborar capítulo do livro do Projeto de Mapeamento.

Quando: 29 de dezembro de 2010. 15h.
Onde: Mansu Nangetu – Tv. Pirajá, 1194 – Marco, Belém/PA.

É uma reunião com os praticantes de Candomblé Angola de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara e de outras cidades próximas, para entrevistar as comunidades e coletar informações a respeito das práticas religiosas do Candomblé de Angola. As informações das entrevistas serão inseridas no livro que será produzido como resultado do Projeto de Mapeamento dos Terreiros Afro-religiosos de Belém do PNCSA/ AFRO-RELIGIOSOS/ IPHAN .
As entrevistas serão conduzidas pelas pesquisadoras Jurandir Novaes, Solange Gayoso e Ray Negrão. e a equipe de pesquisa vai entrevistar a maior quantidade possível de angoleiros das cidades da zona metropolitana - tanto as lideranças quanto os membros de comunidades de terreiros da Nação Angola - para que seja montado coletivamente o capítulo, ou, ao menos as idéias principais que conduzirão o conteúdo das 25 páginas do capítulo do livro que resultará do projeto.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Rituais de Ano Novo - banhos e defumações.


















A comunidade do Mansu Nangetu preparou banhos e defumações para a chegada do novo ano com felicidade, prosperidade, saúde e amor.

As ervas utilizadas nos preparados de banhos e defumações foram coletadas na mata da comunidade da Irmandade dos Rosário, que fica na margem do igarapé do Pato Macho, em Ananindeua, e onde as duas comunidades desenvolvem o projeto "Magia de Jinsaba - sem folhas não tem ritual", um projeto de preservação ambiental e cultivo de plantas medicinais, aromáticas e de uso ritualístico.

Depois de coletadas na mata foram cuidadosamente selecionadas para a composição do "banho de descarrego", o "banho da felicidade", e o "banho da prosperidade", rituais da religiosidade afro-amazônica que Mametu Nangetu faz questão de preservar. Para ela, manter o ritual de preparação dos ambientes e do corpo para receber o ano novo atrai boas energias e contribui para que o ano que entra se transforme em um período de grandes realizações.

A partir desta segunda-feira, 27 de dezembro de 2010, o Mansu Nangetu recebe os membros da comunidade, amigos e demais interessados em particiopar dos rituais.


Agendamentos podem ser feitos pelo telefone 91-32267599.

Ervas e sementes são coletadas nas matas para preparação dos banhos.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Oferendas para Mikaia ni Ndandalunda encerraram o calendário liturgico do Mansu Nangetu.

Mametu Nangetu conduziu a comunidade do seu Mansu para o "Presente das águas", que são oferendas para as Jinkisi Micaiá ni Ndandalunda.
O ritual aconteceu nas margens da baía do Guajará, no projeto "Ver-o-rio", mesmo local onde em julho deste ano a comunidade foi vítima de racismo institucional por parte da Guarda Municipal.
Mametu Nangetu disse que a escolha do lugar se deu como forma de resistência política e cultural, e disse que mesmo sob o risco de nova manifestação de racismo e possível repressão da guarda mantida pela administração municipal, é importante resisrtir e continuar a utilizar os territórios onde tradicionalmente realizamos nossos rituais.
Desta vez o ritual aconteceu sem nenhuma interferência do poder municipal.

À virada do ano, à virada do Tempo! Feliz 2011 a todos e todas.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Aprender ensinando em rodas de conversas....

Uma descontraída roda de conversas reuniu os membros do Mansu Nangetu na noite de 18 de dezembro.
A reunião que inicialmente estava programada para planejar rituais, foi naturalmente tratando de vários assuntos, entre eles as narrativas dos mitos que são os motivos dos rituais. Assim os mais experientes repassam informações aos jovens sacerdotes, que também trazem suas experiências e gistórias de vida para compartilhar com toda a comunidade.
Com isso a conversa terminou com a troca de experiências de vida que é importante para a manutenção das tradições afro-amazônicas.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Aniversário do Cineclube Nangetu.



Quinto Aniversário

CINECLUBE NANGETU

17 de dezembro – 18h


Mito e Metamorfose das Mães Nagô (Arte Sacra Negra II), de Juana Elbein dos Santos (1979) | 16 mm, p&b, 51 min, livre
Um mito cosmogônico da cultura nagô; o papel das mães ancestrais; penas e escamas: o corpo materno. Os objetos do ritual, vestes litúrgicas, cores, gestos, danças. A intangibilidade do sagrado. Os mitos femininos africanos vivos nas posturas sociais da mulher afro-brasileira.













A primeira experiência com projeção de filmes no Mansu Nangetu aconteceu em 2005. Arthur Leandro voltava a morar em Belém depois de uma longa temporada residindo em outras cidades, trouxe em sua bagagem dois rolos de filmes de 16mm que conseguiu quando comprou móveis para a mobília de sua residência temporária para cursar doutorado. Fez as compras de um ferro velho na periferia da cidade do Rio de Janeiro, os móveis eram de um leilão de alienação do Centro Técnico do Audiovisual/CTAV - MinC, e nas gavetas veio o brinde de duas películas: “Egungun” e “Mito e metamorfoses das mães nagô” (Iya-Mi-Agbá - Arte sacra negra II), ambos produzidos pela Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil – SECNEB, em parceria com o CTAV, e a descoberta dos “brindes” foi considerada uma benção.
O papel da mulher negra na sociedade brasileira é abordado no filme.
Em dezembro de 2005, quando já residia novamente na capital paraense, organizou um evento cultural para exibir essas relíquias audiovisuais para a comunidade afro religiosa da zona metropolitana de Belém, pediu um projetor emprestado para a Fundação Curro Velho – FCV, e com a colaboração do funcionário da instituição, Eduardo Kaliff, e com a divulgação feita na base do boca-a-boca projetou o filme nas paredes brancas do terreiro para um publico de seis pessoas. Quando do acender das luzes ao final do filme, um intenso debate espontâneo tomou conta dos presentes, com o mote da necessidade da comunidade afro religiosa ter acesso e poder conhecer a produção audiovisual brasileira que tem como assunto e argumento a cultura religiosa de matriz africana no Brasil.
Essa projeção em parceria com a FCV foi o embrião para o Cineclube Nangetu, foi a conversa depois do filme que despertou os membros do terreiro para a potência do cinema para colocar em questão assuntos relacionados com a cidadania afro brasileira, e no ano seguinte repetimos timidamente a mesma experiência com os dois filmes, pois sempre havia alguém cobrando de nós uma nova projeção, mas nem sempre o equipamento da Fundação estava disponível.
Mais ou menos no mesmo período que a atuação da rede [aparelho]-: ganha força pelas ruas da cidade, e da parceria que se formou entre as duas organizações o Cineclube pode ter acesso a mídias digitais e acervo de filmes disponíveis na internet e, com isso, manter maior regularidade em suas atividades.
E assim, entre parcerias solidárias e colaborações dos membros da comunidade do Mansu que o Cineclube Nangetu há cinco anos mantém a regularidade de sessões de cinema no terreiro, colocando em discussão problemas sociais e abordando temas difíceis para a sociedade brasileira como o racismo e a intolerância religiosa.
Ano após ano a ação foi ganhando força e cointribuiu para o reconhecimento do Instituto Nangetu como Ponto de Mídia Livre (em 2009) pelo MinC, e também para a premiação através do Edital Cine Pará Mais Cultura, parceria do MinC com a SECULT-PA. Além das instituições governamentais que concederam premiações para a iniciativa, a comunidade negra e afro-religiosa reconheceu a importância do trabalho e destracou a equipe do Projeto Azuelar e do Cineclube Nangetu com Diploma de Honra ao Mérito pelos serviços prestados para a comunicação, cultura e educação da população de terreiros, concedida pela organização dos festejos do centenário da Umbanda na Fundação Curro Velho em 2008; e o troféu ItaZumbi durante dois anos consecutivos: 2009-10, que é um prêmio de destaque do ano como resistência da cultura e da religiosidade negra amazônica, concedida pela Associação dos Filhos e Amigos do Ilê Axé Iyá Omi Ofá Kare – AFAIA.
E para comemorar este feito, Mametu Nangetu sugeriu ao conselho editorial que relembrasse a primeira experiência com cinema no terreiro, e assim vamos exibir novamente o filme “Mito e Metamorfose das Mães Nagô” (Arte Sacra Negra II), de Juana Elbein dos Santos, e convidamos todos os amigos e interessados a compartilhar desta sessão conosco.
Após a axibição haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu e coquetel em comemoração ao aniversário do Cineclube.
Cena do primeiro filme exibido no Cineclube Nangetu.


Cineclube Nangetu, coordenação: Kota Mazakalanje.
Tv. Pirajá, 1194 – Marco, Belém/PA. 91- 32267599.
Início de cada sessão- 18h. Ao final haverá roda de conversa com a comunidade do Mansu Nangetu.
O Cineclube Nangetu é premiado no Edital Cine Pará Mais Cultura, e conta com a parceria do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Pará, Secretaria de Estado da Cultura, rede [aparelho]-: e Idade Mídia.
O Instituto Nangetu é Ponto de Mídia Livre/ 2009.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cineclube Nangetu apoia o Cineclube do Império.

Cineclube do Império neste sábado - 18 de dezembro, as 10h.

Local: Embaixada de Samba do Império Pedreirense.
Tv. Mauriti, 1135 - entre Pedro Miranda e Antônio Everdosa -, atrás do Mercado Municipal da Pedreira

Programa da confraternização do Projeto Pedreira do Futuro: Valorizando o samba e os desfiles carnavalescos
Filmes:
Acadêmicos do morrinho - parte 1. Animação.4 min. Direção: Chico Serra , Fábio Gavião , Nelcirlan Souza e Renato Dias. Sinopse: Minutos antes de entrar na avenida o intérprete do samba da Acadêmicos do Morrinho, o MC Maiquinho, entra em crise e pede conselhos ao mestre Renato, colocando em risco o desfile.
Acadêmicos do Morrinho parte 2. Animação.4 min. Direção: Chico Serra , Fábio Gavião , Nelcirlan Souza e Renato Dias. Sinopse: Acadêmicos do Morrinho entra na avenida e encanta o publico. Será que a escola vai ganhar o estandarte?
Com que Roupa? Suspense. 18 min. Direção: Ricardo van Steen. Sinopse: Entre brigas de bar, más notícias sobre sua saúde e desencontros com a namorada, Noel Rosa compôs o samba "Com que Roupa ?"
Do Dia em que Macunaíma e Gilberto Freyre Visitaram... Suspense. 20 min. Direção: Sérgio Zeigler e Vitor Angelo. Sinopse: Com Tia Ciata, Freyre, Macunaíma e samba no nascimento de uma nação.
Operação Morengueira. Suspense. 16 min. Direção: Chico Serra. Sinopse: Após invasão da Lapa por um bando de terroristas, boêmio incauto tem uma visão mediúnica de Kid Morengueira, recebendo o velho malandro a missão de acabar com a xavecagem no bairro boêmio. Super bang-bang inspirado nos sambas de breque de Moreira da Silva e Meguel Gustavo
Polêmica. Musical, chanchada mediúnica e documentário. 21 min. Direção: André Luiz Sampaio. Sinopse: Dupla de vagabundos recebe os santos Noel Rosa e Wilson Batista. Incorporados, e à solta no carnaval carioca, revivem a famosa e polêmica rivalidade dos anos 30, que inspirou sambas antológicos como Palpite Infeliz, Rapaz Folgado e Feitiço da Vila.

Cineclube do Império - Realização da ARCTIP - Associação Recreativa e Cultural Terceira Idade Pedreirense; e Embaixada de Samba do Império Pedreirense.
Promoção - Projeto Pedreira do Futuro (Grupo de jovens da Embaixada).
Organização: Help Luna, Arthur Leandro e Isabela do Lago.
Parcerias: rede [aparelho]:-, Idade Mídia, PARACINE, Resistência Marajoara, Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar - Insitituto Nangetu, Cineclube ti Bamburucema e Colegiado do Curso de Cinema e Audiovisual da FAM/ ICA - UFPA.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Encontro reúne lideranças de terreiro de todo o Brasil no Hotel Beira-rio.

Mametu Nangetu esteve presente no I Encontro Nacional de Fortalecimento de Ações de Saúde nos Terreiros no Hotel Beira-rio, em Belém.
O evento foi responsabilidade de diversas organizações de comunidades de terreiros e do movimento negro, e reuniu lideranças de terreiros de 10 estados brasilerios para trocar experiências e definir estratégias de ação conjunta em rede de comundades,  e os caminhos para parcerias com a gestão pública na área da saúde para fortalecer o acolhimento e atendimentoque já é uma prática nas comunidades de terreiro.

Foto de Maria Christina Barbosa
Além do debate da política pública na área de saúde, foram realizados rituais diversos pedindo para as divindades abençoarem o encontro, e outros assuntos importantes para as comunidades de terreiros,






 


domingo, 12 de dezembro de 2010

Kukuana em celebração a Kavungo.



Distribuição de cestas de alimentos

No dia 12 de dezembro foram distribuídas as cestas de alimentos do Programa Fome Zero.
O projeto social que o Mansu Nangetu desenvolve atende famílias da comunidade do terreiro que estão em situação de vulnerabilidade.







sábado, 11 de dezembro de 2010

CONSELHO NACIONAL DE CINECLUBES BRASILEIROS TEM NOVA DIRETORIA

A comunidade do Mansu Nangetu parabeniza a eleição de Táta Kinamboji (Arthur Leandro), coordenador do Projeto Azuelar, para a diretoria regional norte do CNC. Kinamboji foi para a jornada como delegado da rede [aparelho]-:, mas tem atuação em diversos cineclubes e coordena o Projeto Azuelar de comunicação social experimental e comunitária no qual o Cineclube Nangetu está inserido. A comunidade do Mansu Nangetu recebe esta notícia como um reconhecimento para todo o trabalho desenvolvido na comunidade.

CONSELHO NACIONAL DE CINECLUBES BRASILEIROS TEM NOVA DIRETORIA

Em Assembléia Geral realizada em Recife (PE), no encerramento da 28ª Jornada Nacional de Cineclubes foi eleita a nova diretoria para o CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros.

Realizada no período de 5 a 9 de dezembro, a 28ª Jornada Nacional de Cineclubes contou com a participação de 239 cineclubes em atividade em 26 estados, que além de elegerem novos dirigentes para a entidade, debateram e aprovaram as diretrizes que devem nortear a ação do movimento cineclubista brasileiro nos próximos dois anos.

O evento contou ainda com a participação de representantes das principais entidades governamentais e não governamentais do setor audiovisual, e ainda, de cineclubistas de 31 países dos cinco continentes, que vieram ao Brasil para participar da 3ª Conferência Mundial de Cineclubismo e da Assembléia Geral da FICC – Federação Internacional de Cineclubes, realizadas paralelamente a Jornada.

Segundo o novo presidente do CNC, Luiz Alberto Cassol “a nova Diretoria deve dar continuidade, aprofundar e fortalecer ainda mais as ações que vêm sendo desenvolvidas pelas sucessivas diretorias que comandaram o CNC nos últimos sete anos, que, para além das metas de reorganização do movimento e reocupação dos espaços institucionais almejados inicialmente, resultaram na transformação do CNC numa das maiores e mais importantes entidades do audiovisual brasileiro na atualidade. Nossas metas continuarão sendo basicamente as mesmas, ou seja, continuaremos lutando intransigentemente pelos direitos do público e pela universalização do acesso aos bens culturais. Pelo respeito às identidades e diversidades culturais e para que o cinema e o audiovisual brasileiro ocupem de forma majoritária todas as telas e janelas existentes no Brasil.”

Cassol destacou que pretende manter e fortalecer ainda mais as parcerias do CNC com todas as demais entidades do audiovisual brasileiro, especialmente as que vêm sendo desenvolvidas com o CBC – Congresso Brasileiro de Cinema, CBDC – Coalizão Brasileira Pela Diversidade Cultural, ABD – Associação Brasileira de Documentaristas e suas seções estaduais e com o Fórum dos Festivais.

Já a Vice-Presidente do CNC, Saskia Sá destacou como metas da nova diretoria a continuidade e consolidação dos principais projetos que vêm sendo desenvolvidos pelo CNC, como o Cine+Cultura, de recuperação da memória do movimento cineclubista brasileiro e da Filmoteca Carlos Vieira.

“Daremos ainda prioridade absoluta a realização de Seminários Estaduais e Nacional sobre a questão do Cinema e do Cineclubismo na Educação e ao acompanhamento da tramitação do projeto de lei do Senador Cristóvan Buarque que trata do tema. Do ponto de vista interno, nossa prioridade será o de ajudarmos a consolidação das entidades cineclubistas estaduais já existentes e a criação de novas entidades nos estados onde ainda não existem, já que entendemos que este é o melhor caminho para a democratização e horizontalização cada vez maior do movimento e do próprio CNC”.

Dentre as propostas aprovadas pelos cineclubistas participantes da 28ª Jornada Nacional de Cineclubes, além das diretrizes tiradas nos GTs que serão organizadas para a publicação dos anais da Jornada, merecem ainda especial destaque:

·         O apoio do movimento cineclubista brasileiro a proposta de mudanças na atual lei do Direito Autoral, visando o fortalecimento dos direitos do público;
·         O apoio à aprovação pelo Senado do PLC 116 (Nova Lei do Cabo);
·         O apoio as políticas públicas voltadas à federalização das ações do MinC;
·         O apoio ao projeto de Lei de Reforma da Lei Rouanet atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados;
·         O apoio ao PNBL – Plano Nacional de Banda Larga;
·         A continuidade das lutas pelo aumento da cota de tela no cinemas brasileiros e pela criação de cotas para a produção independente em todas as janelas e plataformas.

Confira abaixo a composição da nova diretoria do CNC

CHAPA NAÇÃO CINECLUBE

Diretoria Executiva:

Presidente: Luiz Alberto Cassol – Cineclube SMVC/RS

Vice-Presidente: Saskia Sá – Cineclube Abd Capixaba/ES

Secretário Geral: Gilvan Veiga Dockhorn – Cineclube Abelin Nas Nuvens/RS

Secretário Adjunto: Lauro Monteiro – Cineclube Paraty/RJ

Tesoureiro: Télcio Brezolin – Cineclube Lanterninha Aurélio/RS

Tesoureiro Adjunto: Mariza Teixeira – Cineclube Vozes Do Morro/ES

Diretor de Articulação Regional: Gê Carvalho - Cineclube Amoeda Digital/PE

Diretor de Articulação Regional Adjunto: Davy Alexandrisky  - Cine Olho/RJ

Diretor de Formação: Jorge Conceição – Cineclube Imaginário/BA

Diretor de Formação Adjunto: Isidoro Cruz Neto – Cineclube Projeto Kalu/MA

Diretor de Memória: Nélson Marques – Cineclube Natal/RN

Diretor de Memória Adjunto: Gizely Cesconetto – Cineclube Laguna/SC

Diretor de Acervo e Difusão: Bruno Nunes Cabús – Cineclube Central/ES

Diretor de Acervo e Difusão Adjunto: Carolinne Vieira  - Cineclube Gastrô/CE

Diretor de Comunicação: João Batista Pimentel Neto – Cineclube Difusão/SP

Diretor de Comunicação Adjunto: Simone Norberto – Cineclube Oca/RO

Diretorias Regionais:

Norte:

Diretor Regional: Arthur Leandro – Cineclube Rede [Aparelho] /PA

Diretor Adjunto: Juliana Machado – Cineclube Aquiry/AC

Nordeste:

Diretor Regional: Graziele Andrade Ferreira – Cineclube Npd Orlando Vieira/SE

Diretor Adjunto: Alex Nunes Barroso (Alex Fedoxx) -  Cine Molotov/CE

Centro Oeste:

Diretor Regional: Lourenço Aparecido Favari – Cineclube Crec/SP

Diretor Adjunto: Daniela Maria Teixeira – Cineclube Participação/ES

Sudeste:

Diretor Regional: Renata De Oliveira Ramos -  Cineclube Funec/MG

Diretor Adjunto: Valdecir Edson Marques – Cine Everest/SP

Sul:

Diretor Regional: Reno Luiz Caramori Filho – Cineclube Independente/SC

Diretor Adjunto: Helen Maria Psaros – Cine Guará/PR

GT Amazônico indica atuação do CNC para a região norte na 28a Jornada Nacional de Cineclubes.

Por inicativa e articulação da ParáCine, os delegados de cineclubes de cinco estados amazônicos propuseram um GT para discutir as ações do Conselho Nacional de Cineclubes na região Amazônica.
O GT específico para a região foi justificado pela necessidade de pensarmos políticas específicas para atender as necessidades do "custo amazônia", proposta aprovada na II Conferência Nacional de Cultura/ Brasília - 2010, no âmbito de atuação do Conselho Nacional de Cineclubes.
Com a participação dos delegados de todos os estados representados na 28a Jornada, o GT indicou as diretrizes de atuação que seguem abaixo.
Delegados de 5 Estados da Amazônia Legal decidem por GT Amazônico


GT AMAZÔNICO

        i.            Considerando o significado estratégico da Amazônia para o país, o seu diferencial, as suas especificidades, compreendidas no Custo Amazônico, proposta aprovada na Conferência Nacional de Cultura, eixo 4: cultura e economia criativa - sub–eixo: 4.1 - Financiamento da Cultura, item 187: 

“Com base no art. 3º inciso III da Constituição brasileira que estabelece a redução das desigualdades sociais e regionais, que seja garantido o reconhecimento do “custo amazônico” pelos órgãos gestores da cultura em projetos culturais, editais e leis de incentivo, em especial pelo Fundo Nacional de Cultura, assegurando dotação específica e diferenciada para os estados da Amazônia Legal, considerando as dimensões continentais, as diferenças geográficas e humanas e as dificuldades de comunicação e circulação na região, incluindo o Custo Amazônico na Lei Rouanet no Fundo Amazônia;

      ii.            Considerando o momento o atual histórico, o significado da reunião dos cineclubes com identidade cineclubista amazônida na 28ª Jornada Nacional de Cineclubes, em Recife, Pernambuco;
    iii.            Considerando a construção de uma unidade estabelecida com a participação de todos os estados da Amazônia Legal, para assegurar que o Custo Amazônico seja observado e respeitado nas instâncias institucionais e empresariais e nas políticas públicas, editais de apoio e financiamentos culturais com vistas à sustentabilidade do movimento;
Delegados elaboram propostas para o cineclubismo na região amazônica.
 
    iv.            E, considerando que a Amazônia, ela própria, deve ser protagonista histórica das democracias e das diversidades - e também guardiã dos seus imaginários e das suas próprias realidades, é que decidimos apoiar o Fórum Audiovisual Amazônia Legal (FAAL), definido durante as reuniões dos Estados que compõem a Amazônia Legal e o Estado de Goiás, na Pré-Conferência Setorial do Audiovisual em Brasília, este ano, com os eixos:

1.Integração Regional
2.Regionalização das Políticas Públicas
3.Acesso, Pesquisa, preservação e memória
4.Cadeia Produtiva na Amazônia Legal
5. Analisar as novas possibilidades estéticas por meio do respeito aos Povos e Comunidades tradicionais

      v.            Considerando que o FAAL é um pólo produtor de idéias, propostas e ações setoriais amazônidas, propomos também a realização de um fórum específico cineclubista no seu âmbito.
    vi.            O GT Amazônico se propõe ainda a usar o sistema Teddy de gerenciamento de cineclubes desenvolvido em software livre pelo Cineclube Opiniões, do Acre, que mapeia conteúdos e ações cineclubistas e possibilita o uso das mesmas pela sociedade. Por centralizar informações, este portal, valendo-se dos mais diversificados estratagemas tecnológicos, utiliza recursos de articulação de Redes para programar de forma colaborativa e partilhada o acervo/distribuição cinematográfica amazônica o que vai contribuir para a quebra do paradigma da incomunicabilidade entre os atores da Região, com ênfase nos povos e comunidades tradicionais, como quilombolas, afro-religiosos e indígenas.
  vii.            Enquanto aglutinador de forças e práticas que dialogam e partilham experiências entre realizadores, pesquisadores, (art)educadores e cineclubistas amazônidas, defendemos, dentro de uma perspectiva educacional, uma proposta que agrega ao cinema os processos e os métodos pedagógicos com base em três pilares:

1.      FORMAÇÃO: Educação do olhar
2.      PRODUÇÃO: Realização
3.      DIFUSÃO: Exibição

viii.            Estes três nortes, que representam um novo modo de tocar a ação cineclubista, devem ser também o pilar de um diálogo cineclubista nacional - temático sobre cinema, cineclubismo e educação, que seja capaz de elencar propostas de políticas públicas que coloquem o cinema e o cineclubismo dentro das salas de aulas, principalmente das escolas e universidades públicas,.

    ix.            Finalmente, defendemos um GT AMAZÕNICO de caráter permanente, autônomo, coletivo e democrático nas suas deliberações e ações, o que fortalece a diretoria regional Norte do CNC, e que, por isso mesmo, com respeito às diferentes formas de organização e à diversidade da sociedade brasileira, atuará para:

a.       Articular os atores cineclubistas regionais;
b.      Estimular a criação de novas ações e entidades e/ou resgatar antigos projetos regionais;
c.       Fazer a interlocução dos atores cineclubistas amazônidas com instituições e empresas dos mais diversos matizes, assumindo o seu caráter de observador da cidadania participativa e das relações entre os atores sociais amazônidas com eles próprios e com as instâncias públicas setoriais, principalmente no que se refere à fiscalização do uso, aplicação e execução dos recursos públicos, por instituições, empresas, organizações nacionais, estaduais e municipais e estrangeiras.

      x.            O GT Amazônico, pontualmente, propõe o lançamento dos seguintes editais:

  1. Edital de Apoio à produção/realização/formação cineclubista - para projetos executados em escolas e universidades públicas amazônicas (que tenham na sua formatação/execução a participação de professores e alunos do ensino público);
  2. Edital de Apoio ao desenvolvimento de roteiro e à produção de curta, média e longa-metragens – ficção e documentário (em especial para a Região);
  3. Edital de Apoio à pesquisa em cinema e cineclubismo (em especial para a Região);
  4. Edital de Apoio ao Cineclubismo nas comunidades tradicionais (para todo o país)

Moreno/ PE, terça-feira, 7 de dezembro de 2010
O GT AMAZÔNICO / 28ª Conferência Nacional de Cineclubes

Coordenador: Francisco Weyl (PARÁ) / Secretário: Augusto Tuto (AMAPÁ) / Relatora: Angelita Feijó (AMAZONAS)

PARÁ: Francisco Weyl /Belém; Isabela do lago / Belém; Arthur Leandro /Belém; Ivan Oliveira / Parauapebas; Rodrigo Barros/ Belém; Andre Dias / Moju - ACRE: Francisco das Chagas / Rio Branco - AMAZONAS: Keyla Serruya / Manaus; Angelita Feijó / Manaus - AMAPÁ: Augusto Tuto / Macapá

Participação nas reuniões da Jornada Nacional de Cineclubes

Curso de Especialização em Relações Étnico-Raciais para o Ensino Fundamental tem sua aula magna.

Na manhã do sábado, dia 4 de dezembro, aconteceu a aula magna do Curso de Especialização em Relações Étnico-Raciais para o Ensino Fundamental e Médio.

Dr. Raimundo Jorge proferiu a aula magna.
Proferida pelo Dr. Raimundo Jorge, sociólogo e professor da UFPA, a aula magna contextualizou os mecanismos de exclusão dos povos africanos que vivem na diáspora, ao mesmo tempo que enalteceu as diversas formas de organização dos movimentos sociais e da resistência negra, e terminou falando que é dos movimentos sociais a responsabilidade pela implantação da Lei 10.639/2003, que altera a LDB e inclui o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nos curriculos do ensino fundamental e médio. Por fim, disse que no Grupo de Estudos Afro-Amazônicos - GEAAM-UFPA - a participação de professores, estudantes e técnicos administrativos é tão importante quanto a participação de representantes dos movimentos sociais negros amazônidas, pois para o GEAAM o conhecimento tem diversas formas de construção, e dentre elas estão as lutas sociais.

O professor Amilton Sá Barreto saudando os novos estudantes do curso.
Por entender a oferta deste curso de especialização como um mecanismo de inclusão respeitosa de conteúdos históricos, bem como da religiosidade afro-amazônica e da cultura afro-brasileira nas escolas, a comunidade do Mansu Nangetu parabeniza a UFPA por essa iniciativa, em especial aos professores Zélia Amador de Deus, Raimundo Jorge e Marilu Campelo, em quem a comunidade reconhece o esforço para a realização deste curso.
O auditório do ICA/UFPA no limite de lotação, recebeu os interessados em participar da aula magna.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Táta Kinamboji debate a imagem de Exu no filme Besouro.

A sessão foi no Cineclube Insular, na Escola Bosque em Outeiro.

A rede solidária que se criou entre cineclubes paraenses tem proporcionado trocas de conteúdos e incentivos cineclubistas.
Foi aceitando um desses convites que Táta Kinamboji foi debater o filme Besouro no Cineclube Belém Insular. A proposta veio de Kid Quaresma, coordenador do cineclube, depois que a programação de debates em comemoração ao dia da Consciência Negra que os professores da escola haviam programado foi cancelada pela direção da escola.
Kid inistiu em marcar a passagem da data e realizou sessões com filmes escolhidos especialmente para a ocasião, e convidou o coordenador do Projeto Azuelar para participar dos debates e falar de sua experiência com cinema para a construção da conciência negra dentro do terreiro, e em particular sobre a imagem de Exu no filme Besouro.
A conversa com os estudantes se estendeu bastante, e só terminou no limite de horário de funcionamento da escola. A platéia se declarou, em sua maioria, cristã, e quis saber coisas do tipo se Exu era realmente do mal e qual seria a verdade de Exu. Kinamboji conduziu a conversa falando da religiosidade afro-amazônica e das diferenças de concepção de mundo das matrizes africanas para as religões cristãs. Sobre a questão de bem e mal, usou um exemplo comum entre os estudantes: falou das orações dos estudantes cristão pedindo a Jesus para que passassem no vestibular, e perguntou se no caso de serem atendidos Jesus seria bom... Diante da resposta afirmativa, perguntou de novo se ele permaneceria bom para os que não fossem atendidos, e perguntou se para esses o filho do Deus cristão não seria tão mal quanto a visão que eles tinham do Deus africano...
Nesse momento o debate esquentou e várias explicações religiosas, como a 'o merecimento' individual, foram externadas, e, então, Kinamboji aproveitou para refletir sobre a importância do ponto de vista para esse julgamento entre bem e mal.
O assunto não foi esgotado nessa única sessão, e como forma de continuar o debate, ficou acordado entre o debatedor,, a platéia e a coordenação do cineclube, que no início do ano letivo de 2011 o assunto será retomado em sessões comemorativas ao dia 18 de março, que em Belém e no Pará é dedicado à memória de Mãe Doca, é o dia da Umbanda e das Religiões Afro-amazônicas.
A programação do 18 de março deve acontecer com apoio do Conselho Municipal de Negras e de Negros para a articulação com a Secretaria Municipal de Educação, do Cineclube Nangetu na escolha de filmes, e de outras organizações Afro-religiosas para fomentar o debate।

fotos: Kid Quaresma.

Em memória de Zumbi dos Palmares, ou em nome do cinema consciente.

A tradicional Marcha da Consciência Negra não aconteceu neste ano de 2010, nem a Feira Cultural Preta do Estado do Pará em memória de Maristela Albuquerque (a Teteca).
Diferente dos anos anteriores, em 2010 as comemorações do Dia da Consciência Negra no  Pará aconteceram pelo esforço da militância e em várias frentes e eventos espalhados em diversos lugares, foram eventos em rede e aparentemente dispersos, porém foi assim que a militância não deixou que a data passasse despercebida em 'brancas nuvens'.
Em Belém podemos destacar o lançamento do livro dos 30 anos do CEDENPA, o projeto Árvores da Memória do GEAAM e AFAIA, a Festa de entrega do Troféu ItaZumbi na AFAIA, o aniversário do Grupo Conexão Feminina no Espaço Coisa de Preto, a Festa das Raças organizada pelo INTECAB-PA na Fundação Curro Velho, e o lançamento do Portal Olhos Negros, dentre outras atividades que se espalharam pela cidade no mês de novembro e dezembro.
O Instituto Nangetu participou dessa rede de eventos para perpetuar a memória de Zumbi com o apoio ao lançamento do Portal Olhos Negros , com a participação no debate sobre o filme Besouro, no Cineclube Belém Insular, e com extensa programação no Cineclube Nangetu, que é parte do Projeto Azuelar de comunicação social comunitária e experimental que vem sendo colocada em prátcia há cerca de cinco anos pela comunidade do Mansu Nangetu.
"As filhas do vento".
A proposta do cineclube não é somente 'democratizar' o acesso do público a produção audiovisual brasileira, mas também gerar debate e conhecimento sobre essa produção audiovisual e sobre o contexto socio-cultural que o cinema brasileiro aborda. Neste caso, a comissão editorial do projeto optou por exibir filmes com a imagem do negro e da negritude brasileria em sintonia com filmes produzidos por ou falando de, comunidades tradicionais e outros grupos minoritários em todos os contextos possíveis.
Bahia de todos os Santos
 As condições de vida das populações afro-brasileiras e de outras minorias foram a tônica  para a condução das conversas que aconteceram depois de cada sessão, potencializando discursos de resistência e incentivando a participação da comunidade para a luta da transformação em busca de uma sociedade mais justa.
Mametu Nangetu ressalta que a abertura do Mansu Nangetu, o seu Templo Afro-religioso, para o cinema brasileiro, proporcionou que o espaço passasse a ser frequentado por um público que até então via a comunidade apenas pela ótica da desconfiança causada pelo desconhecimento que causa a intolerância religiosa. Ela diz, por exemplo, que "os estudantes das três escolas daqui de perto passavam pela nossa porta, olhavam com curiosidade, alguns faziam o sinal da cruz e aceleravam o passo", e que com as sessões de cineclube "foi bem devagar que alguns deles venceram a barreira do preconceito até que entraram para ver os filmes", e conclui dizendo que "hoje eles já percebem que aqui temos profissionais de todas as áreas e até pedem ajuda para fazer seus trabalhos escolares".
Para a Comunidade do Mansu Nangetu da proximidade que o cinema proporciona pode vir a convivência e o respeito mútuo, o que nos soa como a garantia da cultura de paz.

Vídeos com registros de debates em rodas de conversas.

As filhas do vento











CINESAMBA


Programa Comunidades


Bahia de todos os santos.


Tera deu, terra come.




Cartola, música para os olhos.


O prisioneiro da grade de ferro.


Domingo, 12/12/2010, 19h, tem Kukuana no Mansu Nangetu.

Mametu Nangetu convida a todos para participarem da cerimônia da Kukuana que acontecerá neste domingo, dia 12 de dezembro de 2010, a partir das 19h.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Filmes de carnaval você vê na Embaixada!

Com o apoio da Federação Paraense de Cineclubes -ParáCine -, da UFPA, do Cineclube Nangetu, juntamente com a rede [aparelho]-:, Cineclube Amazonas d'Ouro, Cineclube ti Bamburucema, Projeto Resistência Marajoara e Idade Mídia, neste domingo será inaugurado o Cineclube do Império, uma realização da Associação Recreativa e Cultural Terceria Idade Pedreirense - ARCTIP, e da Ala das Baianas da ACSBE Embaixada de Samba do Império Pedreirense.



A idéia do novo cineclube foi pensada num encontro entre os agitadores culturais Help Luna e Arthur Leandro, e tem como mote exibir filmes que tratem do carnaval e do samba. As parcerias com outros cineclubes e com a ParáCine vai proporcionar o acesso ao acervo de filmes dessas organizações, filmes que atendem a linha editorial do cineclube. Para Help Luna, fazer cineclube dentro da escola de samba valoriza a cultura popular do carnaval e incentiva o público a se envolver nas atividades da escola.

O Cineclube Nangetu acredita na potência do cinema como ferramenta das organizações socio-culturais, e se empenha em incentivar iniciativas como esta.
Matinê de Domingo - 12 de dezembro de 2010. Início as 9h.

Programação:
1."Carnaval 2009 - Embaixada de Samba do Império Pedreirense" , de Pedro Olaia e rede [aparelho]-: (11 min, Belém/PA/BR 2009); e
2. Saravá, de Pierre Barouh (90 min, França/Brasil, 1969)

12h - Festival do Tacacá

realização:
ARCTIP - Associação Recreativa e Cultural Terceira Idade Pedreirense; e Embaixada de Samba do Império Pedreirense.

Promoção - Ala das Baianas do Império.

Organização: Help Luna, Arthur Leandro e Isabela do Lago.

Parcerias: rede [aparelho]:-, Idade Mídia, PARACINE, Resistência Marajoara, Cineclube Nangetu/ Projeto Azuelar - Insitituto Nangetu, e Colegiado do Curso de Cinema e Audiovisual da FAM/ ICA - UFPA.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Adereços da indumentária afro-religiosa é construido em rodas de fazer junto.



Táta Kitauange ensinando seu oficio aos mais jovens
Táta Kitauanje reuniu em sua casa os jovens da comunidade do Mansu Nangetu para ensinar os segredos de montagem de adereços da indumentária afro-religiosa. A metodologia de ensino é muito simples, aprende-se vendo o mais velho fazer para depois fazer junto a ele.
Kitauamje conta que ele mesmo aprendeu assim, que aos 17 anos foi trabalhar com um mestre aderecista e aprendeu vendo o trabalho do mestre. Ele conta, ainda, que com o tempo foi adquirindo experiência e que, quando se sentiu seguro, passou a pesquisar e a experimentar novos materiais, e que assim seu trabalho foi ganhando identidade própria.
Os mais jovens aprendem fazendo juntos
Hoje, além da idumentária afro-religiosa, ele faz adereços para diversas manifestações das culturas populares, como os desfiles de Escolas de Samba, Quadrilhas juninas, e para diversos grupos de teatro de Belém, e acumula prêmios  ("Melhor estilista de Belém", pela FUNBEL/ PMB em 2009 e pelo SESC-PA em 2010) em reconhecimento ao seu trabalho.
Muller apresentando sua produção.
Para Müller Cardoso, 16 anos, Ndumbe ria Zazi, o aprendizado em rodas de fazer junto é muito mais produtivo, pois o mestre quer ver o resultado do trabalho de todos os envolvidos com a mesma qualidade - todos tem que ser iguais. Ele diz que "aqui um aprendiz não é melhor que o outro, e apenas o mestre tem mais experiência", e acrescenta que "se alguém sente dificuldade, a gente tem que ajudar a superar a dificuldade, senão tudo sai errado".