quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Adereços da indumentária afro-religiosa é construido em rodas de fazer junto.



Táta Kitauange ensinando seu oficio aos mais jovens
Táta Kitauanje reuniu em sua casa os jovens da comunidade do Mansu Nangetu para ensinar os segredos de montagem de adereços da indumentária afro-religiosa. A metodologia de ensino é muito simples, aprende-se vendo o mais velho fazer para depois fazer junto a ele.
Kitauamje conta que ele mesmo aprendeu assim, que aos 17 anos foi trabalhar com um mestre aderecista e aprendeu vendo o trabalho do mestre. Ele conta, ainda, que com o tempo foi adquirindo experiência e que, quando se sentiu seguro, passou a pesquisar e a experimentar novos materiais, e que assim seu trabalho foi ganhando identidade própria.
Os mais jovens aprendem fazendo juntos
Hoje, além da idumentária afro-religiosa, ele faz adereços para diversas manifestações das culturas populares, como os desfiles de Escolas de Samba, Quadrilhas juninas, e para diversos grupos de teatro de Belém, e acumula prêmios  ("Melhor estilista de Belém", pela FUNBEL/ PMB em 2009 e pelo SESC-PA em 2010) em reconhecimento ao seu trabalho.
Muller apresentando sua produção.
Para Müller Cardoso, 16 anos, Ndumbe ria Zazi, o aprendizado em rodas de fazer junto é muito mais produtivo, pois o mestre quer ver o resultado do trabalho de todos os envolvidos com a mesma qualidade - todos tem que ser iguais. Ele diz que "aqui um aprendiz não é melhor que o outro, e apenas o mestre tem mais experiência", e acrescenta que "se alguém sente dificuldade, a gente tem que ajudar a superar a dificuldade, senão tudo sai errado".

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