domingo, 11 de março de 2012

A luta de Mãe Doca e luta pela cidadania dos Povos de terreiros no Pará

Mametu Nangetu com Araceli Lemos em celebração ao dia da mulher.


A luta histórica de Mãe Doca, Dona Rosa Viveiros - uma maranhense de nascimento que adotou a capital paraense como seu lugar foi reforçada  no evento “Mulheres de Axé, respeito e amor”, promovido pelo Instituto Nangetu no sábado, dia 10 de marçlo, em celebração ao dia internacional da mulher.
Araceli Lemos relatou o debate que se instalou na Assembléia Legislativa quando ela apresentou o projeto de Lei que dedica o 18 de março às religiões de matriz africana no Pará, e relacionou a luta de Mãe doca à nossa luta por conquistas aos direitos de cidadania.link para ver o vídeo - http://vimeo.com/38342047





O dia 18 de março foi dedicado aos umbandistas e aos afro-religiosos através da Lei Municipal nº 8272, de 14 de outubro de 2003 (autoria de Ildo Terra) e da Lei Estadual nº 6.639, de 14 de abril de 2004 (autoria de Araceli Lemos) e registra a luta de de dona Rosa Viveiros, Também conhecida como Nochê Navanakoly e como Mãe Doca, que era filha de santo do africano Manoel-Teu-Santo e seu Vodun era Nanã e Toi Jotin. É Dona Rosa Viveiros, que em 1891 - apenas três anos após a abolição da escravatura - enfrentou o racismo e outros preconceitos da época e inaugurou seu Terreiro de Tambor de Mina na capital paraense. Mãe Doca foi presa várias vezes porque cultuava as divindades e preservava a religiosidade afro-amazônica, e nem por isso desistiu de manter seu Templo Afro-religioso aberto. Mãe Doca se tornou o símbolo de resistência das religiões de matriz africana no Pará, e é em sua homenagem que o dia 18 de março se tornou o dia da Umabanda e das religiões Afro-brasileiras.

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