Belém/PA – Guarda Municipal constrange sacerdotes que realizavam ritual de Candomblé de Angola nas margens da baía do Guajará.
Na noite de quarta-feira, 21 de julho de 2010, a guarda municipal de Belém protagonizou mais um caso de racismo institucional e de intolerância contra as religiões afro-amazônicas.
Próximo das 23 horas um grupo de sacerdotes do Mansu Nangetu dirigiu-se a área do “Projeto Ver-o-rio”, nas margens da baía do Guajará, para em suas águas realizar a cerimônia de oferenda do Urupim – parte dos ritos de Candomblé de Angola –, quando foi abordado por um guarda municipal que pediu para falar com um responsável pelo grupo.
O guarda informou aos sacerdotes que naquele local era proibido e despejo de lixo, informação recebida com alegria pelo grupo que tem em sua crença o respeito a natureza e a preservação do meio ambiente, e depois identificou que os religiosos haviam desrespeitado a lei e jogado lixo no local.
Nesse momento, Arthur Leandro, conhecido pelo nome sacerdotal de Táta Kinamboji, se identificicou e falou em nome dos membros do Mansu Nangetu explicando que o representante do município havia presenciado um ritual de oferenda religiosa praticado em águas brasileiras há pelo menos cinco séculos, disse, ainda, que a constituição da república federativa do Brasil garante a liberdade de culto e de crença religiosa, e que a oferenda era composta de material orgânico e biodegradável e que tudo o que havia na oferenda poderia servir de alimento a fauna do estuário que forma o bioma local.
Irredutível em sua interpretação de despejo de lixo, o guarda municipal insistiu em caracterizar o ato como desrespeito a lei e a ordem de seus superiores de impedir o lançamento de lixo nas águas do Guajará. Novamente Táta Kinamboji explicou tratar-se de um ritual, disse que era titular do pleno do Conselho Municipal de Negros e Negras e que conhecia a lei, e que o que havia de errôneo naquele momento era a interpretação do poder municipal que havia compreendido um ritual afro-religioso como um ato criminoso.
Novamente o guarda municipal insistiu na sua interpretação e pediu que o grupo permanecesse escutando seus argumentos. Táta Kinamboji respondeu que a forma com que o guarda conduzia o debates tornava aquela conversa improdutiva e desnecessária, e forneceu endereços para continuar a debater o assunto, desde que em outros termos, pois nenhum argumento o convenceria de que uma oferenda de ritual religioso fosse lixo, e que o tratamento a ele dispensado desrespeitava sua crença religiosa.
Foi então que o guarda chamou outros de sua companhia e em atitude ameaçadora anotaram a placa do carro em que transportava os religiosos, então Táta Kinamboji fotografou os representantes do poder municipal, que escondiam suas identificações obrigatórias, e registrou o caso sob o número 00011/2010.006955-7 de um Boletim de ocorrência na delegacia da Pedreira.
Nota do Mansu Nangetu:
Os fatos foram imediatamente informados ao Secretário Executivo do Conselho Municipal de Negros e Negras, sr. Antônio do Amaral Ferreira, também afro-religioso, e esperamos uma atitude enérgica da CMNN junto a Prefeitura Municipal de Belém.
Agradecemos o pronto apoio, orientação e oferta de acompanhamento do caso por parte do sociólogo Domingos Conceição, Coordenador de Politicas de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Estado do Pará.
Mais informações com Táta Kinamboji (Arthur Leandro) pelos fones: (091) 30872755 ou 81982430
links externos:
http://www.iteia.org.br/arthur-leandro-chamada-conferencia-igualdade-racial
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Os comentários abaixo estão no blog do Diário do Pará
http://www.diariodopara.com.br/not-cm.php?idnot=101218
- Aderson disse: Comentário postado em 23/07 Sexta-feira às 14:32h
"Esse tipo de intolerância religiosa começa dentro da religião. Com certeza esses guardas são católicos ou evangélicos e é justamente aí que começa o preconceito com as demais religiões, principalmente entre os evangélicos. que insistem em se chamar de cristãos, mas insistem em desrespeitar o resto do mundo, coisa que Jesus, pelo que se ler sobre ele, nunca fez." - Eu mesmo disse: Comentário postado em 23/07 Sexta-feira às 06:30h
"Candomblé ou Macumba? Esse denominação religiosa e seus "rituais" sempre jogaram lixo nos rios e nas ruas. APOIO TOTAL a guarda municipal, não foi preconceituosa, estavam apenas fazendo seu trabalho em favor da lei! Já cansei de ver esses religiosos jogando comida fora no mar." - Isabela do Lago disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 20:00h
"Acredito que se a guarda municipal fosse treinada, tivesse orientação para agir corretamente, isto não teria acontecido. Mas a realidade é que aconteceu, e de posse do poder de coagir, os guardas não deram atenção as explicações do grupo.
Ainda os responsáveis pela guarda dizem não tomaram conhecimento do ocorrido e que vão apurar, estas pessoas foram humilhadas publicamente!
Este tipo de violência precisa ser punida, e trabalhar no sentido de prevenir novas atitudes.
" - Angelo Madson disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 14:28h
"Mais uma demonstração vergonhosa de Racismo institucional e intolerãncia religiosa, praticada desta vez pela Guarda Municipal de Belém.
Francamente, comparar uma cerimônia de oferenda do Urupim com o ato de atirar lixo no rio é de uma estúpidez tamanha que não corresponde ao comportamento de um agente de segurança pública.
Creio que uma disciplina que oborde a liberade religiosa e de pensamento deva fazer parte do teinamento da Guarda Municipal. Do contrário é melhor que a guarda nem exista!
" - Clementino Junior disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 14:27h
"É inadimissível que em um momento que os cultos Iorubás se adaptaram às questões ambientais, e em função de sucessivas arbitrariedades por parte de civis preconceituosos, arbitrariedades como esta partam de elementos que deveriam proteger a sociedade (da qual os reliosos fazem parte e são contribuintes) e não ter seu culto, que já é patrimônio imaterial brasileiro, tratado como "lixo" ou qualquer outra terminologia que diminua esta ou qualquer outra religião.
A guarda municipal ao invés de tratar o assunto de forma corriqueira, deveria dar exemplo, para que arbitrariedades como estas não aconteçam com aqueles que compartilham de sua fé ou de seu convívio, pois só sabe o que é a intolerância quem passa por isto ao menos uma vez, no que lhe é mais caro." - aslan cabral disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 14:18h
"De fato é preocupante esse tipo de desrespeito com a crenças e religiões de cada um.Acho que é uma pauta que poderia ser aprofundada pelo jornal, até para deixar claro para todos os lados.E se deve-se pedir uma autorização para esse tipo de coisas, essa nunca poderá ser negada, pois ninguém tem direito de aprovar ou reprovar algo que, como a religião, é escolha de cada um." - Netto disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 14:18h
"Falta às forças policiais o devido preparo para lidar com a comunidade. Falta capacitação em Direitos Humanos, diversidade e etnicidade. Uma polícia (ou guarda municipal) bem preparada não comete gafes nem crimes lamentáveis como este. Acredito que o fundo preconceituoso está no fato de que a formação judaico-cristã de nossa sociedade (e a rigor, da polícia) encara as manifestações religiosas afro-brasileiras como algo diabólico e maléfico. Esquecem-se, entretanto, que nosso Estado é, acima de tudo, laico. O agente que desrespeita rituais afro é o mesmo que espanca travestis, humilha prostitutas e moradores de rua e abusa de meninos nos semáforos. O respeito à diversidade deve ser observado em todos os atos do poder público, e episódios criminosos como este devem ser denunciados e punidos com rigor." - Mametu Nangetu disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 13:30h
"Ontem nós do Mansu Nangetu sofremos uma grande intolerância da guarda municipal de Belém, e eu já venho falando que precisamos reunir com os comandos de polícia para criar cursos que ensinem a polícia a tratar com respeito os sacerdotes da religiosidade afro-brasileira, por que nós cultuamos a natureza e sabemos que temos que preserva-la para poder continuar a cultuar.
Tem a lei que da direito de nós cultuarmos, e é a falta de conhecimento dos policiais é que faz com que a gente passe por essas situações vergonhosas em público, além de meu filho ter que ocupar seu tempo em delegacias de polícia e passar a madrugada remoendo raiva quando nossa programação era rezar, descansar e estar bem para cumprir os rituais de iniciação necessários para a grande festa para apresentar os novos sacerdotes no próximo sábado.
Nós queremos ser respeitados.
Mametu Nangetu " - Luiz Leite disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 12:58h
"Essa Guarda Municipal tem o perfil da nossa prefeitura: despreparada, desonesta e preconceituosa."
45 comentários:
Isso é abuso de autoridade e falta de formação direta de conduta. Infelizmente, a Prefeitura de Belém, e o orgão de segurança competente... não qualifica seus funcionarios.... e nos sujeita a constrangimentos publicos...
Colo este site, ao reconhecimento da Lei: http://bo.io.gov.mo/bo/i/98/31/lei05.asp
Que fique nas mãos de Nzazi, que é reconhecido por Xangô, senhor da Justiça, a qual os tais se acham...
O ocorrido se deu na obrigação de meu Barco, a qual alem de mim, estava os meus irmãos Tata Kitauje e Tata Kasuleka, realmente foi uma atitude desrespeitosa para conosco, onde fomos colocados como criminosos, e não como religiosos que cultuam a natureza, e a respeitamos. Tata Kinanboji tentou explicar de maneira calma e clara o que estava acontecendo, no entanto por mais de três vezes consecutivas fomos acusados do mesmo crime, estar jogando lixo em patrimonio publico, Vale resaltar que os oberos ( Bacias de barro) e os sacos que carregavam as folhas estavam em nossas mãos, e os apresentamos aos policiais. No momento do acontecido estavam cinco sacerdotes do Mansu, estavamos caracterizados, e como de praxe, saímos do carro, sem a menor vergonha de nos expor, por que não temos por que ter vergonha!!! Não é verdade??? Mas fomos coagido e marginalizados, por pertencermos a uma religião de matriz negra. Acredito que essa discussão sirva para esclarecimento das autoridades e da polulação em relação ao nosso culto, bem como uma atitude de fortalecimento de nossa crença e de nosso axé!!!!!
Kota Kinanlungê
---------- Mensagem encaminhada ----------
De:
Data: 22 de julho de 2010 12:51
Ontem nós do Mansu Nangetu sofremos uma grande intolerância da guarda municipal de Belém, e eu já venho falando que precisamos reunir com os comandos de polícia para criar cursos que ensinem a polícia a tratar com respeito os sacerdotes da religiosidade afro-brasileira, por que nós cultuamos a natureza e sabemos que temos que preserva-la para poder continuar a cultuar.
Tem a lei que da direito de nós cultuarmos, e é a falta de conhecimento dos policiais é que faz com que a gente passe por essas situações vergonhosas em público, além de meu filho ter que ocupar seu tempo em delegacias de polícia e passar a madrugada remoendo raiva quando nossa programação era rezar, descansar e estar bem para cumprir os rituais de iniciação necessários para a grande festa para apresentar os novos sacerdotes no próximo sábado.
Nós queremos ser respeitados.
Mametu Nangetu
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Junia Torres
Data: 22 de julho de 2010 15:26
Que ato absurdo e arbitrário contra a liberdade de culto e as raízes afro-religiosas,
Expressamos aqui nosso protesto e solidariedade,
Junia Torres
Coordenação Mapeamento Comunidades Tradicionais de Terreiro
Unesco-MDS-Seppir-Associação Filmes de Quintal
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Acbantu
Data: 22 de julho de 2010 16:45
Assunto: RES: [Circuito PA] Ontem nós do Mansu Nangetu sofremos uma grande intolerância da guarda municipal de Belém
Mametu Nangetu, mokoíu.
Como é de seu conhecimento a ACBANTU, faz parte da Comissão Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, e nesta Comissão estamos representando os Povos de Terreiros ( Candomblé, Batuque, Xangô, Umbanda ...), e outras religiões afro brasileira.
Iremos para uma Assembléia no dia 30/07, onde poderemos solicitar providencias junto aos órgãos competentes Federais sobre esta questão, neste sentido solicito maiores informações sobre este crime de INTOLERÂNCIA religiosa.
Estamos no aguardo.
Taata Konmannanjy
De: Zulu Mendes Araújo
Data: 22 de julho de 2010 9h56min57s GMT-03:00
Arthur Leandro e Antônio Ferreira,
Gostaria de saber quais medidas já foram adotadas pelo Conselho Municipal e em que medida a Fundação Cultural Palmares poderá contribuir para o enfrentamento desta questão ? Aproveito, desde já, para me solidarizar com os sacerdotes do Mansu Nangetue, ao tempo em que instamos as autoridades locais (Estadual e Municipal) a averiguação dos fatos ocorridos e a tomada de medidas para que tais fatos não voltem a ocorrer.
Um abraço,
Zulu Araújo
Presidente da Fundação Cultural Palmares
Tel: 61-3424-0175
De: George Sander
Data: 22 de julho de 2010 10h50min4s GMT-03:00
força , guerreiro.... e aos seus irmãos e irmãs...
salve os ministros de Xangô!!!!
abraços, querido!
http://www.youtube.com/watch?v=6P4jJgjcd-E
"gilberto gil em Jequié...ministro de xangô!"
-- --
www.georgesander.multiply.com
san7geo@yahoo.com.br
(11) 9812-5902.
De: antonio ferreira
Data: 22 de julho de 2010 14h46min37s GMT-03:00
Prefeitura Municipal de Belém
Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos - SEMAJ
Conselho Municipal de Negras e Negros
Fone: 91- 3241-1071
COMUNICADO
O Conselho Municipal de Negras e Negros de Belém vem em público relatar:
1. Este Conselho dentro de sua executiva tem como Secretário Executivo e Financeiro através do Decreto Municipal nº 63.645/2010. O Sr. Antonio José Amaral Ferreira que é Afro – Religioso;
2. Este CMNNB ao saber do fato ocorrido com o Mansu Nangetu, através do Sr. Arthur Leandro – Táta Kinamboji. Tomou as medidas cabíveis entrando em contato com a Dr.a Ellen Margareth ( Comandante Geral da Guarda Municipal) pedindo averiguação do caso e se possível uma diligência junto aos que praticaram o ato de Racismo Institucional e mais ainda Intolerância Religiosa;
3. Após o contato a mesma pediu a este Conselheiro que enviasse via e-mail o ocorrido e que pedisse às vítimas que fizessem por escrito o fato para que a GBEL tomasse as medidas cabíveis.
Com isso, repasso ao Mansu Nangetu e a sua Liderança M’ametu Nangetu e a toda Comunidade as medidas que este conselho tomou sobre o fato, nos colocando a disposição para qualquer luta em favor do nosso povo.
_______________ ____________________
ANTONIO JOSÉ AMARAL FERREIRA
Secretário Administrativo
Decreto nº 63.645/2010
De: "Rede Afrobrasileira Sociocultural"
Data: 22 de julho de 2010 20h25min42s GMT-03:00
É lamentável o fato ocorrido, gostaria de saber se já existe algum pronunciamento oficial das autoridades a respeito do ocorrido?
Coloco a minha pessoa a disposição aqui em Brasília, caso precisem tramitar algum documento, fazer contato sintam-se à vontade, estou aqui para ajudar.
Abraços
Alexandre de Oxalá
De: Elizabeth Pantoja
Data: 22 de julho de 2010 22h31min24s GMT-03:00
mas meu tata que absurdo,que falta de respeito que intolerância do poder publico municipal com o nosso povo só faltava essa.
De: Amelia guerra
Data: 23 de julho de 2010 11h0min30s GMT-03:00
Infelismente a visão limitada e a falta de conhecimento devem ter encorajado o guarda municipal na sua atitude intolerante contra a religião afro-brasileira...Nossas sinceras DESCULPAS aos sarcedotes do Mansu Nangetu..atenciosamente.
Amelia Pergentina.
Em 23/07/2010, às 11:27, MARIA DA PAIXÃO F. COSTA escreveu:
Artur é revoltante que com todos os atos que ja aconteceram na cidade sobre as questões raciais ainda se tenha atitudes como essa.
Mas temos que atuar de forma que cada vez mais levemos conhecimento.
Em primeiro lugar já foi iniciado dando queixa á policia, agora voce ou Mameto devem ir ao EDIFICIO INFANTE DE SAGRES, SALA 104, falar com
o Dr. MARCIO LUZ, coordenador da coordenadoria de Direitos Humanos da DEFENSORIA PÚBLICA, essa defensoria está em parceria com CMNN
para encaminhar e acompanhar os fatos. Levem a copia do B O e a copia do documento que o Antonio fez ontem no Conselho.
Em seguida vamos mandar um oficio pra SEMAJ preparar um seminário pra Guarda Municipal sobre as questões racial afrobrasileira, mas isso
acertamos pessoalmente.
Um abraço
Maria da Paixão
De: "OSWALDO COELHO"
Data: 23 de julho de 2010 12h14min28s GMT-03:00
MAMETU NANGETU e MALUNGO Táta Kinamboji ARTUR LEANDRO
Recebi a informação do DR JORGE FARIAS, Presidente da COMISSÃO DE DEFESA DA INTEGRAÇÃO RACIAL E ETNIA OAB-PA, do inconcebível atentado, no dia 21/07/2010, da parte de um guarda municipal contra a pratica de um culto afro-religiosodo Candomblé de Angola,quando fieis do Terreiro MANSU NANGETU celebravam, na área do MEMORIAL DOS POVOS AFRO-DESCENDENTES, no Ver-o-Rio, um ritual preparatório de iniciação de novos sacerdotes.
A Ouvidoria Geral da OAB-PA, ao mesmo que se solidariza com o Terreiro MANSU NANGETU e todos os seus sacerdotes e sacerdotisas, fica a inteira disposição para que seus dirigentes compareçam dia 26/07, segunda feira, às 16,00 horas na Ouvidoria Geral da OAB-PA, na sede da OAB-PA , na Praça da Trindade e formulem a denuncia dessa agressão a ser encaminhada a todas as autoridades competentes para as providencias legais cabíveis e que episódios dessa natureza não mais se repitam.
O telefone da OUVIDORIA GERAL DA OAB-PA: 0800-724-8642
Atenciosamente,
OSWALDO COELHO
OUVIDOR GERAL DA OAB-PA
De: "OSWALDO COELHO"
Data: 23 de julho de 2010 12h14min28s GMT-03:00
MAMETU NANGETU e MALUNGO Táta Kinamboji ARTUR LEANDRO
Recebi a informação do DR JORGE FARIAS, Presidente da COMISSÃO DE DEFESA DA INTEGRAÇÃO RACIAL E ETNIA OAB-PA, do inconcebível atentado, no dia 21/07/2010, da parte de um guarda municipal contra a pratica de um culto afro-religiosodo Candomblé de Angola,quando fieis do Terreiro MANSU NANGETU celebravam, na área do MEMORIAL DOS POVOS AFRO-DESCENDENTES, no Ver-o-Rio, um ritual preparatório de iniciação de novos sacerdotes.
A Ouvidoria Geral da OAB-PA, ao mesmo que se solidariza com o Terreiro MANSU NANGETU e todos os seus sacerdotes e sacerdotisas, fica a inteira disposição para que seus dirigentes compareçam dia 26/07, segunda feira, às 16,00 horas na Ouvidoria Geral da OAB-PA, na sede da OAB-PA , na Praça da Trindade e formulem a denuncia dessa agressão a ser encaminhada a todas as autoridades competentes para as providencias legais cabíveis e que episódios dessa natureza não mais se repitam.
O telefone da OUVIDORIA GERAL DA OAB-PA: 0800-724-8642
Atenciosamente,
OSWALDO COELHO
OUVIDOR GERAL DA OAB-PA
---------- Mensagem encaminhada ----------
De:
Data: 23 de julho de 2010 07:56
Querida irmã, receba nossa solidariedade.
Conte conosco para essa conversa.
Abraços, Rev. Marcos.
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Marcelo Cucco
Data: 23 de julho de 2010 10:41
é incrivel precisar de uma lei para dizer o que e como deve ser cultuado, quando a própria constituição garante que esse direito já é assegurado e essa responsabilidade é de cada religião. quero ver fazer uma lei para definir como a igreja católica vai cultuar seus santos ou os evangélicos/macumbeiros vão fazer seus descarregos.
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Clementino Jr.
Data: 24 de julho de 2010 11:06
Caros, anteontem publiquei minha posição sobre esta questão no jornal, conforme solicitado, mas só consegui le-la agora.
Pena que ainda há pessoas preconceituosas incentivando estas ações, mas pelo menos é uma diante de várias que respeitam a diversidade religiosa neste país.
E a cultura passa por estes ritos, senão a história do documentário e da ficção seria menos prolífera.
Força para os colegas do Mansu Nangetu.
Abs
Clementino Junior
http://atlanticonegro.blogspot.com
Em 24/07/2010 09:59, Edson Barbosa < ofaode.edson@gmail.com > escreveu:
BOM DIA MAMETU NANGETU
MAIS UMA VEZ SOMOS VITIMAS DE RACISMO E NÃO PODEMOS DEIXAR ESTA SITUAÇÃO PERDURAR. COMO É DIFICIL VIVER NUM ESTADO QUE SE DIZ LAICO E NÃO RESPEITA A DIFERENÇAS.
NÓS DA AFAIA ESTAMOS JUNTOS NA LUTA.
ACHO QUE TODO O POVO DE TERREIRO DEVE DAR AS MÃOS E TOMAR UMA ATITUDE MAIS PONTUAL. VAMOS CHAMAR UMA REUNIÃO COM A COMUNIDADE E ORGANIZAR A MELHOR FORMA DE ENFRENTAMENTO.
ESTOU A TRABALHO E CHEGO NA QUARTA E ME DISPONIBILIZO PARA NOS REUNIRMOS E TOMAR ATITUDE.
O NOSSO BABALORIXÁ OBAITA VAI TER QUE TRANSFERIR O SEU TERREIRO QUE FICA EM MARITUBA/BENEVIDES POR CAUSA DA VIZINHANÇA COMPOSTO POR EVANGELICOS QUE PERTUBAM O TEMPO TODO QUANDO HÁ FESTAS NO SEU ILÉ.
OLORUM BA FEFE
BABALORIXÁ EDSON CATENDÊ / AFAIA
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: José "Zumbi" de Arimateia
Data: 24 de julho de 2010 02:50
E´Inadimissível que um dia após a sanção do estatuto da igualdade racial, que reserva um capítulo especialmente para a religiosidade, ainda passamos por isso. Cabe uma ação mais enérgica em termos de aplicação da Lei. Em um caso parecido aqui no Acre, o prefeito da cidade recebeu i Babalorixá em audiência epediu desculpas formais.
Isso é o mínimo que se pode exigir.
Axé a todos.
Em 22 de julho de 2010 13:41, mrosario escreveu:
Querido, se precisar, podes usar meu nome em qualquer documento.
Zezé
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Cleide Magalhães
Data: 23 de julho de 2010 11:52
Oi, Arthur.
Já vistes a coluna Repórter 70, de O Liberal, caderno Atualidades, pág. 3, de hoje.
Sairam duas notas sobre o assunto que enviastes.
Não sei se você também enviou ao colunista, mas eu encaminhei seu e-mail para ele.
Abraço.
---------- Mensagem encaminhada ----------
De:
Data: 23 de julho de 2010 15:20
DIZEI QUE CRISTO TERIA DITO AO SER CRUCIFICADO: "PAI, PERDOA-OS, ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM"
CRIO QUE OS GUARDAS MUNICIPAIS NÃO CONHECEM NEM OS MEANDROS DA CONSTITUIÇÃO, NEM TEM CONHECIMENTO PARA ANALISAR O QUE É "LIXO", NEM DEVEM ESTAR CIENTES SOBRE RITOS DE RELIGIÕES AFRO.
TUDO PASSA A SER SUSPEITO:
SUSPEITO DE SER LIXO,
SUSPEITO PELA HORA DAS OFERENDAS
SUSPEITO DE CONTRAVENÇÃO
SUBVERSÃO
CORRUPÇÃO
SE JOGASSES FLORES, TALVEZ ELE ENTENDESSE QUE ESTAVAS POLUINDO O RIO... AFINAL AS FLORES APODRECEM COM O TEMPO...
SE JOGASSES RAÇÃO PARA PEIXE, CAPAZ DE ELE AFIRMAR SER UM DESCARTE DE DROGAS, DE VENENO, DE .... FAZER O QUE?
ESTAVAM VESTIDOS À CARATER?
MAS NÃO É CARNAVAL...
SABES O QUE SIGNIFICA "BARRABÁS"?
ABBA EM HEBRAICO É "PAI", PORQUE DIZEM QUE CRISTO INICIAVA SEMPRE SUAS ORAÇÕES PEDINDO AO "PAI" BARRABÁS SIGNIFICA "FILHO DO PAI".
PODEMOS INTERPRETAR A FAMOSA PASSAGEM BÍBLICA COMO O POVO SUPLICANDO PARA LIBERTAREM O "FILHO DO PAI".
MAS NÃO É A INTERPRETAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA...
A PESSOA INTERPRETA DE ACORDO COM AS FORMAS DE SUA CONSCIÊNCIA... OU DE SUA (DES)INFORMAÇÃO...
estes estão no blog do Diário do Pará - http://www.diariodopara.com.br/not-cm.php?idnot=101218
# Aderson disse: Comentário postado em 23/07 Sexta-feira às 14:32h "Esse tipo de intolerância religiosa começa dentro da religião. Com certeza esses guardas são católicos ou evangélicos e é justamente aí que começa o preconceito com as demais religiões, principalmente entre os evangélicos. que insistem em se chamar de cristãos, mas insistem em desrespeitar o resto do mundo, coisa que Jesus, pelo que se ler sobre ele, nunca fez."
# Eu mesmo disse: Comentário postado em 23/07 Sexta-feira às 06:30h "Candomblé ou Macumba? Esse denominação religiosa e seus "rituais" sempre jogaram lixo nos rios e nas ruas. APOIO TOTAL a guarda municipal, não foi preconceituosa, estavam apenas fazendo seu trabalho em favor da lei! Já cansei de ver esses religiosos jogando comida fora no mar."
# Isabela do Lago disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 20:00h "Acredito que se a guarda municipal fosse treinada, tivesse orientação para agir corretamente, isto não teria acontecido. Mas a realidade é que aconteceu, e de posse do poder de coagir, os guardas não deram atenção as explicações do grupo.
Ainda os responsáveis pela guarda dizem não tomaram conhecimento do ocorrido e que vão apurar, estas pessoas foram humilhadas publicamente!
Este tipo de violência precisa ser punida, e trabalhar no sentido de prevenir novas atitudes.
"
# Angelo Madson disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 14:28h "Mais uma demonstração vergonhosa de Racismo institucional e intolerãncia religiosa, praticada desta vez pela Guarda Municipal de Belém.
Francamente, comparar uma cerimônia de oferenda do Urupim com o ato de atirar lixo no rio é de uma estúpidez tamanha que não corresponde ao comportamento de um agente de segurança pública.
Creio que uma disciplina que oborde a liberade religiosa e de pensamento deva fazer parte do teinamento da Guarda Municipal. Do contrário é melhor que a guarda nem exista!
"
# Clementino Junior disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 14:27h "É inadimissível que em um momento que os cultos Iorubás se adaptaram às questões ambientais, e em função de sucessivas arbitrariedades por parte de civis preconceituosos, arbitrariedades como esta partam de elementos que deveriam proteger a sociedade (da qual os reliosos fazem parte e são contribuintes) e não ter seu culto, que já é patrimônio imaterial brasileiro, tratado como "lixo" ou qualquer outra terminologia que diminua esta ou qualquer outra religião.
A guarda municipal ao invés de tratar o assunto de forma corriqueira, deveria dar exemplo, para que arbitrariedades como estas não aconteçam com aqueles que compartilham de sua fé ou de seu convívio, pois só sabe o que é a intolerância quem passa por isto ao menos uma vez, no que lhe é mais caro."
http://institutonangetu.blogspot.com/2010/07/guarda-municipal-tenta-impedir-ritual.html
# aslan cabral disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 14:18h "De fato é preocupante esse tipo de desrespeito com a crenças e religiões de cada um.Acho que é uma pauta que poderia ser aprofundada pelo jornal, até para deixar claro para todos os lados.E se deve-se pedir uma autorização para esse tipo de coisas, essa nunca poderá ser negada, pois ninguém tem direito de aprovar ou reprovar algo que, como a religião, é escolha de cada um."
# Netto disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 14:18h "Falta às forças policiais o devido preparo para lidar com a comunidade. Falta capacitação em Direitos Humanos, diversidade e etnicidade. Uma polícia (ou guarda municipal) bem preparada não comete gafes nem crimes lamentáveis como este. Acredito que o fundo preconceituoso está no fato de que a formação judaico-cristã de nossa sociedade (e a rigor, da polícia) encara as manifestações religiosas afro-brasileiras como algo diabólico e maléfico. Esquecem-se, entretanto, que nosso Estado é, acima de tudo, laico. O agente que desrespeita rituais afro é o mesmo que espanca travestis, humilha prostitutas e moradores de rua e abusa de meninos nos semáforos. O respeito à diversidade deve ser observado em todos os atos do poder público, e episódios criminosos como este devem ser denunciados e punidos com rigor."
# Mametu Nangetu disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 13:30h "Ontem nós do Mansu Nangetu sofremos uma grande intolerância da guarda municipal de Belém, e eu já venho falando que precisamos reunir com os comandos de polícia para criar cursos que ensinem a polícia a tratar com respeito os sacerdotes da religiosidade afro-brasileira, por que nós cultuamos a natureza e sabemos que temos que preserva-la para poder continuar a cultuar.
Tem a lei que da direito de nós cultuarmos, e é a falta de conhecimento dos policiais é que faz com que a gente passe por essas situações vergonhosas em público, além de meu filho ter que ocupar seu tempo em delegacias de polícia e passar a madrugada remoendo raiva quando nossa programação era rezar, descansar e estar bem para cumprir os rituais de iniciação necessários para a grande festa para apresentar os novos sacerdotes no próximo sábado.
Nós queremos ser respeitados.
Mametu Nangetu "
# Luiz Leite disse: Comentário postado em 22/07 Quinta-feira às 12:58h "Essa Guarda Municipal tem o perfil da nossa prefeitura: despreparada, desonesta e preconceituosa."
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Rubens Pileggi
Data: 22 de julho de 2010 03:56
quanto autoritarismo, hein?
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De: isidorocn
Data: 22 de julho de 2010 10:17
Isabela, vou repassar para minha lista e ampliar a divulgaçã deste lamentavél derespeito ao meu povo, esta discussão tem que entrar na pauta do de base do FAAL.
Profº. Isidoro Cruz Neto
(98)91190551/3301-817
Coord. do NUCEPE/PROJETO CALU
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Dani Franco
Data: 22 de julho de 2010 10:20
Isidoro e demais,
assuntos como este estão dentro do eixo "comunidades tradicionais". Cabe aos remanescentes de quilombos, indígenas e descendentes, representantes de etnias e representantes das cultura afro que direcionem suas questões para pautarmos o eixo na mesa que trará o assunto.
Abçs
Dani Franco - Diretoria ABDeC-Pa
Jornalista-DRT-Pa 1749
Fones: (91) 8167 5745 / 8889 3639
msn: danifrancoeu@hotmail.com
mail: danifrancoeu@yahoo.com.br
www.abdecpara.blogspot.com
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De: Afonso Gallindo
Data: 22 de julho de 2010 10:22
Todo apoio neste tema Arthur.
Temos muitas barreiras ainda para vencer.
Abçs
Em 22 de julho de 2010 10:37, isabela Lago escreveu:
pOIS, É, Isidoro
e ontem mesmo, horas antes do lamentável acontecimento
estávamos todos reunidos com a estreia do
Cine Ti Bamburucema tratanto exatamente deste tema... E o instituto nangetu super parceiro... tô mesmo danada com isso!!!! Inclusive acredito que a polícia municipal tem de ser punida, a ação foi criminosa.
Como disse-me Arthur, agora há pouco: "somos fortes!"
Volto a dizer: É INTERESSE DE TODOS NÓS.
FORÇA, Arthurrrrrrr!!!!
Obrigada a todos e todas,
Isabela.
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Darcel Andrade
Data: 22 de julho de 2010 11:36
Arthur, meu querido!
Ficamos todos chateados com essa situação. Cá com meus botões, pensando alto, entendamos isso como educadores que somos e partir para uma ação... digamos assimmmmm... e-du-ca-ti-va.
Poderemos, todos, na sua liderança, formar um grupo e ir até ao Cmt da Guarda Municipal, e/ou ao Comandante da PM para formalizar dialogicamente um "acordo de cidadania" e de "liberdade de expressão religiosa".
Em algumas ações paralelas, o Comando da PM tem atendido solicitações das comunidades no projeto de "Polícia Cidadã". Tenho certeza que serão bem recebidos.
Às vezes, e vc sabe bem disso, sabemos que os guardas [falhos e humanos que somos] podem não estar orientados a proceder em situações específicas como estas. Podes transformar isso em vosso favor. Acredite na sua habilidade de cidadão de resistênciae de luta, e, principalmente, de professor-educador-transformador.
Você não está só!
Abraço solidário,
Darcel Andrade
simplesmente educador
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Darcel Andrade
Data: 22 de julho de 2010 11:36
Arthur, meu querido!
Ficamos todos chateados com essa situação. Cá com meus botões, pensando alto, entendamos isso como educadores que somos e partir para uma ação... digamos assimmmmm... e-du-ca-ti-va.
Poderemos, todos, na sua liderança, formar um grupo e ir até ao Cmt da Guarda Municipal, e/ou ao Comandante da PM para formalizar dialogicamente um "acordo de cidadania" e de "liberdade de expressão religiosa".
Em algumas ações paralelas, o Comando da PM tem atendido solicitações das comunidades no projeto de "Polícia Cidadã". Tenho certeza que serão bem recebidos.
Às vezes, e vc sabe bem disso, sabemos que os guardas [falhos e humanos que somos] podem não estar orientados a proceder em situações específicas como estas. Podes transformar isso em vosso favor. Acredite na sua habilidade de cidadão de resistênciae de luta, e, principalmente, de professor-educador-transformador.
Você não está só!
Abraço solidário,
Darcel Andrade
simplesmente educador
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De: CARPINTEIRO DE POESIA FRANCISCO WEYL
Data: 22 de julho de 2010 13:06
A COMISSÃO ORGANIZADORA DA JOPACINE VA FAZER UMA NOTA SOBRE ISSO.
SUGIRO QUE ESTA NOTA SEJA ASSINADA TAMBÉM EM CONJUNTO PELO FAAL.
FW
><(((º> Rubem:
Mano eu enviei para vaias entidade aqui em Recife este blog desta vergonhasa ação desta guarda de intolerancia e discriminação os nosso irmãos afro descendentes e violação os nossos tenplo religiosa muito ASè a todos........Meu MUTUBA
Contra toda e qualquer forma de discriminação.
Wilton Montenegro
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: tony vilhena
Data: 1 de agosto de 2010 14:28
Queridos/as,
Quero compartilhar também o apoio do Comitê Inter-religioso do Pará e do Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs (CAIC).
Informo também que já acionamos da dra. Elaine Castelo Branco do Ministério Público Estadual (promotora de direitos humanos). Temos que formalizar.
Estamos na luta contra a inhtolerância religiosa.
Abaixo, o manifesto
http://redecaic.blogspot.com/2010/08/manifesto-sobre-intolerancia-religiosa.html
MANIFESTO SOBRE A INTOLERANCIA RELIGIOSA SOFRIDA PELO GRUPO MANSU NAGENTU
Comitê Inter-religioso do Pará se manifesta sobre abuso de autoridade da Guarda Municipal de Belém
Nós do Comitê Interreligioso manifestamos nossa indignação ao fato ocorrido, no dia 21 de julho de 2010, no Ver-o-Rio, com o Grupo Mansu Nangetu diante da intolerância sofrida ao realizar a cerimônia de oferenda do Urupim – parte dos ritos de Candomblé de Angola, com ofença aos ritos sagrados ao compará-los ao lixo, mesmo diante da argumentação dos sacerdotes de que “a oferenda era composta de material orgânico e biodegradável e que tudo o que havia na oferenda poderia servir de alimento a fauna do estuário que forma o bioma local.”
A ignorância dos guardas municipais acerca das leis aplicadas à liberdade religiosa e à compreensão aos cuidados ambientais pelos sacerdotes foi tanta que não houve diálogo gerando impedimento da prática religiosa e a geração de ocorrência na Delegacia do bairro da Pedreira.
Diante de tais fatos, reforçamos e nos unimos às reivindicações antigas e novas que os sacerdotes da religiosidade afro-brasileira vêm manifestando nos diversos encontro do Comitê, como por exemplo, o que ocorreu na Assembléia Legislativa durante o encontro com a secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República – SEDH, ainda este ano.
Em concreto, o Comitê Interreligioso manifesta-se publicamente, e apoia todas as reivindicações dos sacerdotes afro-religiosos, principalmente em reunir com os comandos da guarda e polícia a fim de garantia aos direitos e implementação de uma política séria, incluindo formação de guardas e policiais acerca da legislação aplicada ás questões religiosas.
COORD. DO COMITE INTERRELIGIOSO DO PARÁ
--
Visite o blog do Inter-religioso
www.comiter.wordpress.com
Tony Vilhena - Coord. do CAIC
(091)88769371
Não se pode matar a idéia a tiros de canhão, nem tampouco acorrentá-la
Louise Michel (educadora e libertária, lutou na Comuna de Paris)
Em 1 de agosto de 2010 18:55, Conceição Cabral escreveu:
Oxalá o grupo Mansu Nagentu consiga apoio de fato do Estado, via Ministério Público, uma vez que é o próprio Estado - laico, constitucionalmente - quem institucionaliza o cristianismo (ou melhor, o catolicismo), quando normatiza sua manifestação nas repartições públicas, com a afixação de símbolos e imagens, a construção de capelas, a organização de procissões e missas católicas, o estabelecimento de feriados estritamente católicos no calendário nacional, entre outros. Essa postura do Estado estimula e dá força a atitudes de seus servidores, como as dos guardas municipais envolvidos no episódio. É a força da igreja católica ainda entre nós, após séculos da Idade Média. Minha solidariedade a vocês do Grupo Mansu Nagentu e a todos os grupos que sofrem intolerância religiosa.
Conceição Cabral, 48, professora, agnóstica, Belém-PA
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Marilu Campelo
Data: 1 de agosto de 2010 21:43
Olá, Arthur.
Bom estou de volta a Belém e tenho acompanhada a situação humilhate pela qual voces passaram.
Mais uma vez vemos a intolerancia religiosa sendo executada pelo Estado. E fazendo uma reflexão pensamos que já conseguimos tantas vitórias, as religiões deixaram de ser chamadas de seitas, cultos e, hoje, são respeitadas como religiões e aí vemos atitudes como essa da guarda municipal interferindo desrespeituosamente com o Manso Nanjetu, ou de outras cidades onde a prefeitura mandar derrubar templos históricos, ou a policia invada a casa e desrespeita seus integrantes. Contradição, não sei, o mesmo Estado que garante a liberdade religiosa, tem um Ministério Público para atender as todos; é o mesmo que invade, prende, ofende, xinga ... muda os atores, mas o enredo é o mesmo. Mais do nunca precisamos cobrar das autoridades os direitos que são garantidos por lei, mais do que nunca precisamos enfrentar essas situações e mostrar que o respeito é fundamental, não importando a crença. Creio que além das reuniões com o Minsterio Publico, OAB poderiamos fazer um pouco mais, uma ação civil ousada: poderiamos pensar desde cursos, workshops ou oficinas: oferecidos a determinados órgãos publicos, como em escolas,policia e adminsitração pública, como um tipo de ação de conscientização como mãe Nanjetu já propôs.
Abraços e conte comigo.
Marilu
Belo Horizonte, 02 de Agosto de 2010
À
Diretoria da Comunidade Tradicional Mansu Nangetu
ATT. MAMETU NANGETU
Prezados Senhores,
O Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-brasileiro – CENARAB, entidade do movimento negro social, vem por meio deste solidarizar com toda a comunidade de matriz africana de Belém do Pará, que teve através de atos arbitrários, preconceituosos e racistas por parte de um policial da guarda municipal de Belém do Pará, aviltado seu direito inalienável e constitucional da prática religiosa.
Para nós do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-brasileira – CENARAB, é inconcebível que nos dia de hoje, ainda sejamos vitimados pela ignorância e desrespeito por parte do Estado, pois o agente policial imbuído de sua farda e em função a esse representa, que deveria antes ao contrário, nos proteger e a todo cidadão, resguardando nossos direitos constitucionais.
O CENARAB se coloca à inteira disposição de toda comunidade do Mansu Nangetu e os incentiva a não desistir de seus direitos, exigindo reparação e pedido público de desculpas pelo Estado e pelo cidadão militar que a esse representava no momento do crime cometido contra esta comunidade. Conhecemos Mametu Nangetu e sua trajetória à frente da comunidade, sabemos de seu compromisso e inegável amor à nossa ancestralidade, não podemos por isso nos calar diante da gravidade do fato. Rogamos a nossos ancestrais muita energia para toda comunidade Mansu Nangetu poder continuar a frente da construção de uma nova sociedade, onde as pessoas não sejam julgadas pela cor de sua pele ou pela sua prática de fé.
Atenciosamente
Makota Célia Gonçalves Souza
Coordenação Nacional do CENARAB
DE tata kayango de Macapa sinto muito o contecido mais infelizmente nos sofremos diarimente esse preconceito qui em macapa até quando? nos temos que tomar uma medida radical, contra esses preconceituoso que não são poucos a começar pelos nossos governantes que so procura os nossos templos quando se aproxima as eleições, temos que nos unirmos e ir a luta unir de Norte a Sul Leste e Oeste fazer um Forum para tomarmos dicisão oque para conbater esse preconceito religioso, desse ja podem contar com minha Roça nessa luta.
Laura Lima Ignorância sobre a própria história do sincretismo brasileiro é falta de educação fundamental. Axé para todos e mais oportunidades! Saudações a admirável Mametu Nangetu!
Lamentável!!!! mais um caso de preconceito religioso explícito, de Norte a Sul do Brasil pululam casos de ataques a sacerdotes ou templos de religiões Afro-brasileiras, não podemos nos calar,a Umbanda e o Candomblé são religiões que trazem em seu seio um conhecimento ancestral e dinamico, nossos cultos tem sua origem na pré-história porém somos uma lição de respeito a natureza, respeito ao ser humano,respeito as diferenças....somos uma religião do futuro...enquanto alguns pregam "Leis" nós praticamos amor e respeito.....
leia este blog que tem um artigo sobre o tema: resistência religiosa ou crime ambiental.
http://policiamunicipara.blogspot.com/
Leia neste blog: Estado laico e intolerancia religiosa
http://esauhistoriador.blogspot.com/
leia resistencia eligiosa ou crime ambiental. Palavras de um Guarda Municipal.
http://policiamunicipara.blogspot.com/
entrar em contato com vereadora marinor brito ou enviar comentários atraves do grupo do facebook movimento belem livre
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