sábado, 17 de dezembro de 2011

Biblioteca Popular do Instituto Nangetu recebe doação de livros do Mapa da Intolerância Religiosa.

Táta Kinamboji recebeu de Pai Neto de Azile os livros para a biblioteca do instituto Nangetu.




Táta Kinamboji recebeu cinco exemplares do Mapa da Intolerância Religiosa - violação de direitos de culto no Brasil, de Marcio Alexandre M. Gualberto, O livro é a sistematização de episódios criminosos dessa natureza ocorridos no país nos últimos 10 anos. Apesar de ser um direito assegurado pela Constituição Federal, a liberdade de culto é um dos direitos fundamentais mais desrespeitado em nosso país. 
O documento inédito organiza os casos de desacato à liberdade de culto cometidos contra religiosos da matriz africana, muçulmanos, judeus, católicos, entre outros grupos religiosos. Mesmo relatando casos contra esses grupos, o autor afirma que o praticante das religiões de matriz africana continua sendo a vítima preferencial.
Pai Neto de Azile fala pelo FERMA na solenidade de abertura.


E que além do lançamento contou com a assinatura do termo de cooperação entre a SEDIHC e Secretaria da Igualdade Racial - SEIR/ Gov. do Maranhão; com uma roda de conversa com lideranças de povos tradicionais de terreiros que foram vítimas de intolerância religiosa, e atrações culturais.

Durante a roda de conversa,e  diante da semelhança entre os relatos ouvidos dos sacerdotes maranhenses com a experiência paraense de resistência e luta pelo direito ao culto religioso, Kinamboji pediu para se manifestar e cobrou atitude das autoridades presentes no evento.


Começou se apresentando como sacerdote afro-religioso de Belém do Grão-Parea, e disse que como São Luís é a primeira capital do Grão-Pará ele se sentia em casa e tortalmente à vontade para participar daquela roda. Dsse para as autoriddes maranhenses que é necessário que encontros como aquele resultassem em ações efetivas do poder público e que não é mais possível o estado aceitar que a religiosidade seja tratada como caso de polícia,
Continuou mostrando como a policia e a sociedade distorcem a Lei e criminalizem as práticas religiosas brasileiras que tem origem na África Negra, e como terminam também por criminalisar a resistência e a luta dos povos tradicionais de terreiros para a garantia dos seus direitos. Relatou casos de racismo institucional, aqueles praticados por funcionários públicos, em especial os que são protagonizados por funcionários da segurança pública, e citou a 'guerra santa' que os grupos pentecostais promovem contra a religiosidade afro-brasileira, refletindo sobre o papel do estado na construção da cultura da paz.
Por fim ressaltou a diferença de tratamento que o estado dispensa para as religiões cristãs, lembrando que de norte a sul do país no mês de  dezembro as insituições públicas se enfeitam para comemorar o nascimento de Jesus, e as prefeituras ttambém gastam verba pública para decorar as cidades para esta celebração religiosa, e entretanto em nenhum momento o poder público enfeita suas instituições e as cidades para uma celebração religisoa afro-brasileira, e concluiu dizendo que com tudo isso é dificil de acreditar na afirmação de que o Brasil é um estado laico, e que esta laicidade parecer ser falaciosa...
Programa cultural encerrou o evento.


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