Mametu Nangetu recebe a Ministra Ana de Holanda junto com outras lideranças de terreiros. |
Trabalhar na comissão organizadora da
I Oficina de Construção de Políticas Públicas para Povos
Tradicionais de Terreiros foi muito gratificante. Eu tenho que olhar
pra trás, e agora depois da oficina realizada e vendo tudo o que
fizemos, desde as reuniões durante a Conferência de Cultura em
Brasília, só posso dizer que estou muito contente com tudo.
Não posso esquecer de valorizar o
trabalho da equipe do ministério, principalmente a atenção
dispensada pela Jô Brandão, acho que muita coisa não aconteceria
se não fosse por ela estar lá dentro da Secretaria da Cidadania
Cultural, ela é de terreiro e entende o que a gente fala.
Realmente a Oficina não foi o que eu
pensava quando começamos a negociar essa reunião no ano passado, muita coisa
que queríamos era impossível de fazer na estrutura do MinC, e
reclamações sempre vão ter, reclamar faz parte do nosso papel de
lideranças da sociedade civil. Mas não é por que nós reconhecemos
que teve algumas falhas que nós não vamos reconhecer tudo o de bom
que a oficina proporcionou.
O Gilberto Gil e o Juca Ferreira foram
bons ministros, foram eles que começaram a olhar para a diversidade
cultural e a dar atenção para as culturas populares e para os povos
de terreiros, foi com o Sérgio Mamberti, o Gil e o Juca, mas foi com
a Ana de Holanda a primeira vez que uma ministra reuniu com a gente,
foi a primeira vez que uma ministra dançou com a gente e sorriu com
a gente. E quando ela chegou e se fez presente na oficina foi o auge
de tudo, o auge foi fazer com que o governo nos ouvisse – ela é a
porta-voz da presidenta -, e por isso eu acredito que ela vai ter um
olhar para as culturas populares e para as culturas de terreiros.
E no momento da fé, quando estávamos
pedindo aos nossos deuses pela saúde do Lula, pela nossa união e pela
nossa paz no Brasil, ela estava de mãos dadas com a gente. E a gente
viu que ela não prometeu, mas eu vi no olhar dela a cumplicidade de
quem quer fazer a diferença e trabalhar por todos nós.
Por isso eu
acredito que as políticas vão começar no ano que vem e que em 2012
a gente já tenha editais específicos e outras ações que venham a
valorizar as culturas dos terreiros.
É a nossa caminhada, é a nossa
conquista!
Belém/PA, 6 de dezembro de 2011
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