Lançamento do livro: "Terecô de Codó, uma religião a ser descoberta", de Cícero Centriny.
Prefácio de Sérgio Ferreti e Mundicarmo Ferreti (Pesquisadores da UFMA), e apresentação de Pai Euclides Menezes Ferreira (Talabyan Lissanon), fundador, babalorixá da Casa Fanti-Ashanti.
Custo/ investimento - R$ 40,00.
Quando: 18 de agosto, terça-feira, a
partir das 18h.
Onde: Mansu Nangetu, Tv. Pirajá, 1194
(entre Duque de Caxias e 25 de Setembro) - Marco da Légua, Belém/ PA.
Informações: 91-32267599.
"Terecô de Codó, uma religião a ser descoberta"
Este livro é
o resultado de muitas pesquisas, ao longo de nove anos, que apresentam pontos
de vista das autoridades religiosas, muitas entrevistas e depoimentos, além do
convívio extenso com os “terecozeiros” e suas práticas religiosas, e procura deixar um registro em pinceladas da
história do negro codoense, tendo como pano de fundo a sua religião de matriz
africana e uma trajetória de resistência para a sua preservação.
O livro tem
a pretensão de registrar a história do Terecô de Codó, no Maranhão, uma
religião originada e praticada naquele município desde os primórdios daquele
lugar. A localidade é Santo Antônio dos pretos, distante 60 Km do centro urbano
da cidade, e teve início como um reduto de africanos e seus descendentes que
fugiram da escravidão nas fazendas de arroz e algodão instaladas naquelas
regiões. Atualmente é uma localidade rural remanescente de quilombo.
Este
trabalho tem como objetivo fundamental fazer um registro e divulgar a prática
do ritual do Terecô como parte extremamente importante da história negra do
Maranhão, contribuindo assim para preservar e enriquecer a memória, a história
e a cultura popular do Brasil, como por exemplo, a informação de que em Codó, no
povoado de Santo Antônio dos Pretos e no povoado de São Joaquim de Alolô, era
praticado o “vodu”, culto que ainda mantém partes secretas de suas práticas na
atualidade de outras religiões presentes
em Codó, um culto muito parecido com os cultos de vodu em Cuba e no Haiti.
O trabalho
de Cícero Centriny sobre o Terecô de Codó é um depoimento exaustivo de pessoa
que tem longa vivência sobre o tema e uma contribuição importante para preservar
a memória da cultura negra no Brasil. Cícero foi iniciado no Tambor de mina e
desde criança frequenta o Terecô de sua cidade, do qual é praticante,
conhecendo-o a fundo. Cícero afirma que resolveu escrever sobre o Terecô com o
compromisso de não entrar nos dogmas da religião nem revelar os fundamentos,
por ser grande admirador e praticante nato dessa religião. Teve o objetivo de
registrar e resgatar parte da história do culto e divulgar sua prática,
contribuindo para enriquecer a memória e a história do negro no Maranhão.
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