domingo, 9 de agosto de 2015

Nengua de Angola conversa com Cicero Centriny sobre o Terecô do Maranhão.


Mametu Nangetu recebeu Cicero Centriny, para uma conversa no programa Nengua de Angola, Cícero prepara o lançamento do livro Terecõ, uma religião a ser descoberta, e conta, nessa conversa, das coisas de seu livro. Mametu  destacou a importância de registrar e transmitir as informações sobre as tradições de matriz africana na diáspora brasileira e pediu que ele contasse um pouco mais da importância dos povos bantu na formação do Terecô.
Mametu nangetu entrevistou Cicero Centriny para o programa Nengua de Angola.

No Maranhão, mais especificamente nos povoados de Santo Antônio dos Pretos e de São Joaquim de Alolô, era praticado o “vodu”, tradição muito parecida com aquelas do Haiti e de Cuba, um culto que permanece submerso, pois ainda se percebe a presença de suas práticas secretas na atualidade, de forma velada, em Codó.
Essas e outras informações sobre a história do Terecô de Codó no Maranhão, é o que nos conta Cicero Centriny, ou Cícero Lejidokan, pesquisador, educador, estilista e liderança de terreiro de matriz africana iniciado em Tambor de Mina por Pai Euclides Talabyan Lissanon.
Cícero explica que o Terecô é uma tradição originada e praticada em Codó desde o período em que Codó  nem sequer existia como “cidade”. O lugar de nascimento dessa prática é um reduto de negros que fugiram da escravidão e das fazendas de arroz e algodão, e se instalaram num lugar seguro bem distante da opressão dos donos das fazendas. Atualmente esse lugar é o povoado de Santo Antônio dos Pretos, localidade rural remanescente de quilombo que fica a 60 km da zona urbana de Codó, nas margens da rodovia que liga Codó a Don Pedro. 
Os africanos escravizados  que foram para a região de Codó eram de etnias Cabindas, Bantus, Cacheus, Fons... E entre as religiões afro-brasileiras nascidas aqui, surgiu o TEREKÔ, que mantém características dessas diversas origens e preserva o culto ao grande vodum Legba, trazido pelo povo ewe-fon do Togo e do Benin e que é  invocado em Codó, como Légua-BojiBuá  suas variantes locais
Cícero trás a memória de  celebridades do Terecô, como Dona Melânia, Tobias, Maria Piauí, Euzébio Jansen e tantas outras autoridades que fizeram, e fazem , a resistência das tradições de matriz africana no Maranhão.


Programa Nengua de Angola
Apresentação Mametu Nangetu
Conversa com Cicero Centriny sobre sua pesquisa sobre o Terekô, ancestralidade e resistência  negra em Codó no Maranhão.

Realização
webTV Azuelar
Instituto Nangetu
Ponto de Mídia Livre


Apoio
REATA – Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana
FESCAB - Fórum Estadual Setorial de Culturas Afro-brasileiras
FONSANPOTEMA-PA - Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional de Povos Tradicionais de Matriz Africana
rede[aparelho]-:
Projeto Ngomba d’Aruanda: apoio às ações de mídia cultural do Projeto Azuelar/ Ponto de Mídia Livre do Instituto Nangetu;
Projeto  Produção do Programa ‘Nós de Aruanda’ para a ‘WebTV Azuelar’, poéticas visuais em combate ao racismo
Projeto Eu vou navegar na Casa da Mãe das Águas (Ilê Iyabá Omi).
 UFPA-PROEX



Belém/PA

Agosto de 2015

Um comentário:

Maria disse...

Gostaria de adquirir este livro.Como faço?