Mametu Nangetu recebeu Cicero Centriny, para uma conversa no
programa Nengua de Angola, Cícero prepara o lançamento do livro Terecõ, uma
religião a ser descoberta, e conta, nessa conversa, das coisas de seu livro. Mametu destacou a importância de registrar e transmitir
as informações sobre as tradições de matriz africana na diáspora brasileira e pediu
que ele contasse um pouco mais da importância dos povos bantu na formação do
Terecô.
Mametu nangetu entrevistou Cicero Centriny para o programa Nengua de Angola. |
No Maranhão, mais especificamente nos povoados de Santo
Antônio dos Pretos e de São Joaquim de Alolô, era praticado o “vodu”, tradição
muito parecida com aquelas do Haiti e de Cuba, um culto que permanece submerso,
pois ainda se percebe a presença de suas práticas secretas na atualidade, de
forma velada, em Codó.
Essas e outras informações sobre a história do Terecô de
Codó no Maranhão, é o que nos conta Cicero Centriny, ou Cícero Lejidokan,
pesquisador, educador, estilista e liderança de terreiro de matriz africana
iniciado em Tambor de Mina por Pai Euclides Talabyan Lissanon.
Cícero explica que o Terecô é uma tradição originada e
praticada em Codó desde o período em que Codó nem sequer existia como “cidade”. O lugar de
nascimento dessa prática é um reduto de negros que fugiram da escravidão e das
fazendas de arroz e algodão, e se instalaram num lugar seguro bem distante da opressão dos donos das fazendas. Atualmente esse lugar é o povoado de Santo Antônio dos Pretos, localidade rural remanescente de quilombo que fica a 60 km da zona urbana de Codó, nas margens da rodovia que liga Codó a Don Pedro.
Os africanos escravizados que foram para a região de Codó eram de etnias
Cabindas, Bantus, Cacheus, Fons... E entre as religiões afro-brasileiras
nascidas aqui, surgiu o TEREKÔ, que mantém características dessas diversas
origens e preserva o culto ao grande vodum Legba, trazido pelo povo ewe-fon do
Togo e do Benin e que é invocado em
Codó, como Légua-BojiBuá suas variantes
locais
Cícero trás a memória de celebridades do Terecô, como Dona Melânia,
Tobias, Maria Piauí, Euzébio Jansen e tantas outras autoridades que fizeram, e
fazem , a resistência das tradições de matriz africana no Maranhão.
Programa Nengua de Angola
Apresentação Mametu Nangetu
Conversa com Cicero Centriny sobre sua pesquisa sobre o
Terekô, ancestralidade e resistência
negra em Codó no Maranhão.
Realização
webTV Azuelar
Instituto Nangetu
Ponto de Mídia Livre
Apoio
REATA – Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana
FESCAB - Fórum Estadual Setorial de Culturas
Afro-brasileiras
FONSANPOTEMA-PA - Fórum Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional de Povos Tradicionais de Matriz Africana
rede[aparelho]-:
Projeto Ngomba d’Aruanda: apoio às ações de mídia cultural
do Projeto Azuelar/ Ponto de Mídia Livre do Instituto Nangetu;
Projeto Produção do
Programa ‘Nós de Aruanda’ para a ‘WebTV Azuelar’, poéticas visuais em combate
ao racismo
Projeto Eu vou navegar na Casa da Mãe das Águas (Ilê Iyabá
Omi).
UFPA-PROEX
Belém/PA
Agosto de 2015
Um comentário:
Gostaria de adquirir este livro.Como faço?
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