quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Documentos da Conferência Livre de Cultura realizada em Belém.

Sistematização da Conferência Livre de Cultura realizada em Belém/ 2009.


I - FICHA DE QUALIFICAÇÃO DO EVENTO:
1. DATA 13 DE OUTUBRO DE 2009
2. UF: PA
3. MUNICÍPIO: BELÉM
4. LOCAL DE REALIZAÇÃO (com endereço completo):
CASA DA LINGUAGEM, AV. NAZARÉ Nº 31 – Nazaré, Belém do Pará
5. INFORMAR AS ORGANIZAÇÕES PARTICIPANTES:
ACAOA, INSTITUTO NANGETU, CNAB, KONSENZALA DE KAFUNGE
6. INFORMAR O NÚMERO DE PESSOAS PARTICIPANTES: 19

II - FICHA DE QUALIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELO EVENTO:
1. NOME COMPLETO: Arthur Leandro
2. ORGANIZAÇÃO/ÓRGÃO: Instituto Nangetu
3. E-MAIL: etetuba@gmail.com
4. TELEFONE (COM DDD): 091- 30872755 ou 92080679



III – INTRODUÇÃO:
(Descrever de forma sucinta como foi a preparação e realização da conferência livre, qualificando e quantificando o público participante)
A Conferencia Livre de Cultura do segmento afro-religioso foi convocada por 3 entidades representativas de Comunidades Tradicionais de Terreiros e do Movimento Negro: Instituto Nangetu de Tradição Afro-religiosa e Desenvolvimento Social, Associação Cultural Afro-brasileira de Oxaguiã – ACAOÃ e Congresso Nacional Afro-Brasileiro – CNAB/PA. Toda a divulgação aconteceu em redes e plataformas de internet, através do projeto AZUELAR, do Instituto Nangetu, principalmente através da Comunidade Afro-religiosa na plataforma ning:http://afropara.ning.com/events/conferencia-livre-de-cultura e da circulação na plataforma do orkut do fly virtual criado por Alex Leovan. Compareceram 19 interessados em discutir os temas propostos. A Conferência  foi aberta com uma saudação religiosa seguida do pronunciamento das entidades e autoridades presentes: representante da ACAOA, do Instituto Nangetu, da Konsenzala de Kafunge, do Conselho Municipal de Negras e de Negros de Belém, da Fundação Curro Velho representando a SECULT, da CEPPIR representando a SEJUDH, e da Regional Norte do MinC.

IV – DESENVOLVIMENTO:
(Descrever o processo de organização e realização da conferência livre destacando os aspectos positivos e dificuldades enfrentados neste processo- até 2 laudas)
Antônio Amaral, o Babá Kitalamy, iniciou a programação explicando o que são e para o que servem as conferências, passando em seguida ao representante da Regional Norte do MinC, Sr. Alberdan Batista, que apresentou o histórico de Conferências anteriores e fez uma análise dos avanços alcançados. Avaliou-se também a atuação do Fórumj Permanente das Culturas Paraenses - FPCP, e concordou-se que quando das reuniões presenciais a discussão permanecia madura e as culturas permaneciam fortalecidas. Chegou-se à conclusão de que é necessário cobrar do Município de Belém e do estado do Pará a sistematização das propostas da primeira conferência, e a conclusão dos planos municipal e estadual de cultura, documento necessário para o acompanhamento e para a verificação da execução da política cultural. Em seguida iniciou-se a discussão das propostas, tomando como base as diretrizes elaboradas em plenária afro-religiosa preparatória para a II Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, sendo aprovado o conjunto de propostas e escolhido uma comissão de sistematização e encaminhamentos, com a função de selecionar apenas as propostas de interesse da Conferência de Cultura, adequar ao modelo de relatório das Conferências Livres de Cultura e encaminhar aos órgãos e autoridades competentes. A Comissão é composta por: Luís Cunha - Babá Tayando, Arthur Leandro - Táta Kinamboji, Gianno Quintas - Táta Kassuleká, Mametu Kátia Hadad, Daniela Cordovil e Welington Carvalho.
             
V- QUADRO SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES:
Estratégias
Eixo Relacionado
1
Implantar Grupo de Trabalho de levantamento e certificação das Casas de Culto de religiões Afro-amazônicas; e intervir para o reconhecimento das Casas de Culto de religiões Afro-amazônicas como entidades de utilidade pública; assim como dinamizar o reconhecimento das Casas de Culto de religiões Afro-amazônicas como locais de culto religioso pelas  prefeituras municipais, e de seus cultos como Patrimônio Imaterial.
Cultura, cidade e cidadania
2
Incentivar o comércio e as atividades agro-pastoris importantes para a manutenção dos rituais religiosos afro-amazônicos: a pecuária tradicional, a criação de animais de pequeno porte, como caprinos, ovinos, suínos e de aves sagradas, utilizados nas liturgias afro-brasileiras, como alternativa de emprego e renda para os afro-religiosos e a comunidade do seu entorno.
Cultura e economia criativa
3
Criar, e também incentivar as prefeituras municipais a criar, parques ambientais que preservem os igarapés e as matas urbanas utilizadas tradicionalmente como local de culto afro-religioso, onde seja garantido o livre acesso dos membros de comunidades tradicionais de terreiros, quando em atividade litúrgicas. Utilizar árvores sagradas na arborização de vias e em bosques de praças públicas.
Cultura, cidade e cidadania
4
Criar programa específico para a população de comunidades tradicionais de terreiros para: capacitação de pessoal e formação de cooperativas para fomento à produção e comercialização de cosméticos, perfumaria e velas produzidos com plantas medicinais e/ou de valor litúrgico; manufatura têxtil; estamparia e moda; bijuterias e acessórios; estatuária; artesania afro-religiosa e outras atividades de interesse.
Cultura e economia criativa.
5
Defender e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial através do incentivo a publicação de literatura com a temática afro-amazônica, em especial a infanto-juvenil, por meio de editais específicos de incentivo. Criar programa de formação de escritores e de incentivo a leitura para as Casas de Cultos de Comunidades Tradicionais de Terreiros.
Produção simbólica e diversidade cultural
6
Criar programa de capacitação para a gravação de produções musicais das Comunidades Tradicionais de Terreiros, incentivar e instalar estúdios experimentais de gravação de áudio em terreiros.
Produção simbólica e diversidade cultural
7
Construção, instalação e funcionamento de Centros de referência das culturas afro-amazônicas nos distritos administrativos de Belém e nas microrregiões do estado do Pará, com departamentos específicos para a temática da religiosidade afro-amazônica, para abrigar e difundir o conhecimento tradicional e a produção cultural das comunidades tradicionais de terreiros;
Produção simbólica e diversidade cultural
8
Instalar infocentros em Casas de Cultos de Comunidades Tradicionais de Terreiros para prover gratuitamente acesso à Internet e a tecnologias digitais para a população de Comunidades Tradicionais de Terreiros (ou a prioridade de implantação do programa cidade digital nas proximidades de terreiros); Capacitar a população Comunidades Tradicionais de Terreiros para o uso de tecnologias digitais; Incentivar a população de Comunidades Tradicionais de Terreiros para a produção de sites, de blogs, de conteúdos em áudio, audiovisual e em outras tecnologias digitais; 
Produção simbólica e diversidade cultural
9
Estimular a criação de, e a participação em, veículos de comunicação da dita grande mídia; e a produção de textos e impressos, de programas de rádio e de televisão, inclusive rádio-web e tv-web. Criar programa de capacitação em comunicação popular para as populações de Casas de Cultos de Comunidades Tradicionais de Terreiros; Incentivar a produção e difusão musical nas comunidades Tradicionais de Terreiros através da criação de implantação de rádios comunitárias em Casas de Cultos de Comunidades Tradicionais de Terreiros. Criar e manter em sua programação programas televisivos e radiofônicos produzidos e apresentados por membros de Comunidades Tradicionais de Terreiros.  
Produção simbólica e diversidade cultural
10
Realizar capacitação continuada de professores das escolas públicas próximas de Casas de Culto de Comunidades Tradicionais de Terreiros considerando as práticas religiosas e culturais do entorno de cada escola. E criar programa que promova a aproximação do corpo docente, discente e técnico das escolas localizadas na vizinhança dos terreiros e as que atendem os filhos das populações de Comunidades Tradicionais de Terreiros com as práticas afro-religiosas existentes no seu entorno








Conferência Livre de Cultura - Afro-religiosos





















Conferência Livre de Cultura - Afro-religiosos
13 outubro 2009 das 15:00 as 19:00 – na Casa da Linguagem
O CNAB, ACAOÃ E O INSTITUO NANGETU, Tem a honra de convidar tod@s @s Afros Religiosos, para participarem da Data: 13 de Outubro de 2009... Organizado por Instituto Nangetu + ACAOÃ + CNAB
Eixos de discussão
1- produção simbólica e diversidade cultural;
2- Cultura, cidade e cidadania;
3- Cultura e desenvolvimento sustentável;
4- Cultura e economia criativa; e
5- Gestão e institucionalidade da cultura.

SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL

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