Sistematização da Conferência Livre
de Cultura realizada em Belém/ 2009.
I
- FICHA DE QUALIFICAÇÃO DO EVENTO:
1.
DATA 13 DE OUTUBRO DE 2009
|
2.
UF: PA
|
3.
MUNICÍPIO: BELÉM
|
4.
LOCAL DE REALIZAÇÃO (com endereço completo):
CASA
DA LINGUAGEM, AV. NAZARÉ Nº 31 – Nazaré, Belém do Pará
|
5.
INFORMAR AS ORGANIZAÇÕES PARTICIPANTES:
ACAOA,
INSTITUTO NANGETU, CNAB, KONSENZALA DE KAFUNGE
|
6.
INFORMAR O NÚMERO DE PESSOAS PARTICIPANTES: 19
|
II
- FICHA DE QUALIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELO EVENTO:
1.
NOME COMPLETO: Arthur Leandro |
2.
ORGANIZAÇÃO/ÓRGÃO: Instituto Nangetu |
3.
E-MAIL: etetuba@gmail.com |
4.
TELEFONE (COM DDD): 091- 30872755 ou 92080679 |
III
– INTRODUÇÃO:
(Descrever
de forma sucinta como foi a preparação e realização da
conferência livre, qualificando e quantificando o público
participante)
A Conferencia Livre de Cultura do segmento afro-religioso foi
convocada por 3 entidades representativas de Comunidades
Tradicionais de Terreiros e do Movimento Negro: Instituto Nangetu
de Tradição Afro-religiosa e Desenvolvimento Social, Associação
Cultural Afro-brasileira de Oxaguiã – ACAOÃ e Congresso
Nacional Afro-Brasileiro – CNAB/PA. Toda a divulgação
aconteceu em redes e plataformas de internet, através do projeto
AZUELAR, do Instituto Nangetu, principalmente através da
Comunidade Afro-religiosa na plataforma
ning:http://afropara.ning.com/ |
IV
– DESENVOLVIMENTO:
(Descrever
o processo de organização e realização da conferência livre
destacando os aspectos positivos e dificuldades enfrentados neste
processo- até 2 laudas)
Antônio Amaral, o Babá Kitalamy, iniciou a programação
explicando o que são e para o que servem as conferências,
passando em seguida ao representante da Regional Norte do MinC,
Sr. Alberdan Batista, que apresentou o histórico de Conferências
anteriores e fez uma análise dos avanços alcançados. Avaliou-se
também a atuação do Fórumj Permanente das Culturas Paraenses -
FPCP, e concordou-se que quando das reuniões presenciais a
discussão permanecia madura e as culturas permaneciam
fortalecidas. Chegou-se à conclusão de que é necessário cobrar
do Município de Belém e do estado do Pará a sistematização
das propostas da primeira conferência, e a conclusão dos planos
municipal e estadual de cultura, documento necessário para o
acompanhamento e para a verificação da execução da política
cultural. Em seguida iniciou-se a discussão das propostas,
tomando como base as diretrizes elaboradas em plenária
afro-religiosa preparatória para a II Conferência Estadual de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial, sendo aprovado o
conjunto de propostas e escolhido uma comissão de sistematização
e encaminhamentos, com a função de selecionar apenas as
propostas de interesse da Conferência de Cultura, adequar ao
modelo de relatório das Conferências Livres de Cultura e
encaminhar aos órgãos e autoridades competentes. A Comissão é
composta por: Luís Cunha - Babá Tayando, Arthur Leandro - Táta
Kinamboji, Gianno Quintas - Táta Kassuleká, Mametu Kátia Hadad,
Daniela Cordovil e Welington Carvalho. |
V-
QUADRO SÍNTESE DAS PROPOSIÇÕES:
Nº
|
Estratégias
|
Eixo
Relacionado |
1
|
Implantar Grupo de Trabalho de levantamento e
certificação das Casas de Culto de religiões Afro-amazônicas;
e intervir para o reconhecimento das Casas de Culto de religiões
Afro-amazônicas como entidades de utilidade pública; assim como
dinamizar o reconhecimento das Casas de Culto de religiões
Afro-amazônicas como locais de culto religioso pelas
prefeituras municipais, e de seus cultos como Patrimônio
Imaterial.
|
Cultura, cidade e
cidadania |
2
|
Incentivar o comércio e as atividades
agro-pastoris importantes para a manutenção dos rituais
religiosos afro-amazônicos: a pecuária tradicional, a criação
de animais de pequeno porte, como caprinos, ovinos, suínos e de
aves sagradas, utilizados nas liturgias afro-brasileiras, como
alternativa de emprego e renda para os afro-religiosos e a
comunidade do seu entorno.
|
Cultura e economia
criativa |
3
|
Criar, e também incentivar as prefeituras municipais a criar,
parques ambientais que preservem os igarapés e as matas urbanas
utilizadas tradicionalmente como local de culto afro-religioso,
onde seja garantido o livre acesso dos membros de comunidades
tradicionais de terreiros, quando em atividade litúrgicas.
Utilizar árvores sagradas na arborização de vias e em bosques
de praças públicas. |
Cultura, cidade e
cidadania |
4
|
Criar programa específico para a população de
comunidades tradicionais de terreiros para: capacitação de
pessoal e formação de cooperativas para fomento à produção e
comercialização de cosméticos, perfumaria e velas produzidos
com plantas medicinais e/ou de valor litúrgico; manufatura
têxtil; estamparia e moda; bijuterias e acessórios; estatuária;
artesania afro-religiosa e outras atividades de interesse.
|
Cultura e economia
criativa. |
5
|
Defender e valorizar o patrimônio cultural material e
imaterial através do incentivo a publicação de literatura com a
temática afro-amazônica, em especial a infanto-juvenil, por meio
de editais específicos de incentivo. Criar programa de formação
de escritores e de incentivo a leitura para as Casas de Cultos de
Comunidades Tradicionais de Terreiros. |
Produção simbólica
e diversidade cultural |
6
|
Criar programa de capacitação para a gravação
de produções musicais das Comunidades Tradicionais de Terreiros,
incentivar e instalar estúdios experimentais de gravação de
áudio em terreiros.
|
Produção simbólica
e diversidade cultural |
7
|
Construção, instalação e funcionamento de Centros de
referência das culturas afro-amazônicas nos distritos
administrativos de Belém e nas microrregiões do estado do Pará,
com departamentos específicos para a temática da religiosidade
afro-amazônica, para abrigar e difundir o conhecimento
tradicional e a produção cultural das comunidades tradicionais
de terreiros; |
Produção simbólica
e diversidade cultural |
8
|
Instalar infocentros em Casas de Cultos de
Comunidades Tradicionais de Terreiros para prover gratuitamente
acesso à Internet e a tecnologias digitais para a população de
Comunidades Tradicionais de Terreiros (ou a prioridade de
implantação do programa cidade digital nas proximidades de
terreiros); Capacitar a população Comunidades Tradicionais de
Terreiros para o uso de tecnologias digitais; Incentivar a
população de Comunidades Tradicionais de Terreiros para a
produção de sites, de blogs, de conteúdos em áudio,
audiovisual e em outras tecnologias digitais;
|
Produção simbólica
e diversidade cultural |
9
|
Estimular a criação de, e a participação em,
veículos de comunicação da dita grande mídia; e a produção
de textos e impressos, de programas de rádio e de televisão,
inclusive rádio-web e tv-web. Criar programa de capacitação em
comunicação popular para as populações de Casas de Cultos de
Comunidades Tradicionais de Terreiros; Incentivar a produção e
difusão musical nas comunidades Tradicionais de Terreiros através
da criação de implantação de rádios comunitárias em Casas de
Cultos de Comunidades Tradicionais de Terreiros. Criar e manter em
sua programação programas televisivos e radiofônicos produzidos
e apresentados por membros de Comunidades Tradicionais de
Terreiros.
|
Produção simbólica
e diversidade cultural |
10
|
Realizar capacitação continuada de professores
das escolas públicas próximas de Casas de Culto de Comunidades
Tradicionais de Terreiros considerando as práticas religiosas e
culturais do entorno de cada escola. E criar programa que promova
a aproximação do corpo docente, discente e técnico das escolas
localizadas na vizinhança dos terreiros e as que atendem os
filhos das populações de Comunidades Tradicionais de Terreiros
com as práticas afro-religiosas existentes no seu entorno
|
Conferência Livre de Cultura - Afro-religiosos
Conferência Livre de Cultura - Afro-religiosos
13 outubro 2009 das 15:00 as 19:00 – na Casa da Linguagem
O CNAB, ACAOÃ E O INSTITUO NANGETU, Tem a honra de convidar tod@s @s Afros Religiosos, para participarem da Data: 13 de Outubro de 2009... Organizado por Instituto Nangetu + ACAOÃ + CNAB
Eixos de discussão
1- produção simbólica e diversidade cultural;
2- Cultura, cidade e cidadania;
3- Cultura e desenvolvimento sustentável;
4- Cultura e economia criativa; e
5- Gestão e institucionalidade da cultura.
SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL
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