sábado, 12 de março de 2011

Programação do Cineclube em Homenagem a Mãe Doca repercute na Imprensa



Entrevista de Mametu Nangetu sobre a programação em comemoração ao 18 de março e em memória de Mãe Doca. 
http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=248&codigo=521011
A nossa cultura é negra.
O Cineclube Nagentu mostra diversos filmes sobre a religião afro e a vida dos negros
YÁSKARA CAVALCANTE
Da Redação
Em comemoração ao Dia Municipal e Estadual da Umbanda e dos Cultos Religiosos, instituído pela Câmara de Belém e comemorado no próximo dia 18, uma variada programação que tem como objetivo valorizar a cultura afro-brasileira. Realizadas pelo Instituto Nagentu de Tradição Afro-Religiosa e Desenvolvimento Social, as atividades comemorativas são voltadas à exibição de filmes e documentários que retratam histórias de racismo, intolerância religiosa e outras manifestações, que serão mostradas a te o próximo dia 25, no Cineclube Nagentu, no bairro do Marco, sempre às 19 horas.
Com apoio da Secretaria de Cidadania Cultural, por meio do Ministério da Cultura, a série de exibições de vídeos, que começou no dia 4 deste mês com "Atlântico Negro - na Rota dos Orixás", de Renato Barbieri, e continuou com "Diversidade Religiosa e Direitos Humanos", da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, e "O Escolhido de Iemanjá", de Jorge Duran, a programação visual apresenta, no próximo dia 18, o documentário "Até Oxalá Vai a Guerra - Uma História de Racismo e Intolerância Religiosa", de Carlos Pronzato e Stefano Barbi Cinti.
A produção detalha um dos mais recentes e expressivos episódios de intolerância à Umbanda, ocorrido há dois anos em Salvador (BA), onde mãe Dioiá, mulher guerreira e mãe de santo, passou a incomodar os vizinhos e alguns religiosos, e teve seu terreiro derrubado.
Oneide Monteiro, conhecida no mundo da umbanda como Mameto Nagentu e que é a diretora do instituto que leva seu nome, conta que mãe Dioiá sofreu muito por viver em uma casa humilde, enquanto nas proximidades de seu terreiro tudo se modernizou. "O terreiro dela era pobre, embora muito bem frequentado. Mas ela incomodou muita gente, que não aceitava, assim como pessoas em todos os lugares que não aceitam a umbanda", contou Nagentu.
Ela explica que a intolerância religiosa é praxe não somente no Brasil, mas em todo o mundo. "Nós só queremos respeito, assim como em todas as religiões, pois o Estatuto da Igualdade Racial dita que todo mundo tem direito ao livre culto religioso", diz a mãe de santo, enfatizando que o documentário "Até Oxalá Vai a Guerra - Uma História de Racismo e Intolerância Religiosa" narra exatamente isso.

Nenhum comentário: