Paulo Axé é o único amazônida a ocupar assento como titular no Conselho Nacional de Políticas de
Igualdade Racial (CNPIR) - um órgão colegiado, de caráter
consultivo e integrante da estrutura básica da SEPPIR. O CNPIR tem
como finalidade propor, em âmbito nacional, políticas de promoção
da Igualdade Racial com ênfase na população negra e outros
segmentos raciais e étnicos da população brasileira. Além do
combate ao racismo, o CNPIR tem por missão propor alternativas para
a superação das desigualdades raciais, tanto do ponto de vista
econômico quanto social, político e cultural, ampliando, assim, os
processos de controle social sobre as referidas políticas.
Coordenador Geral da RAN, e do núcleo estadual do Amapá, em sua curta estadia em Belém no mês de março, Paulo Axé fez questão de pautar a discusão do combate ao racismo expresso pela intolerância religiosa, e mecanismos de valorização da ancestralidade africana e promoção da cidadania dos povos tradicionais de matrizes africanas, A reunião contou com três dos cinco titulares paraenses no Colegiado Nacional Setorial de Culturas Afro-brasileiras, e a conversa iniciou com articulações para atuações conjuntas entre conselheiros da CNPIR e da setorial de cultura visando o fortalecimento da região amazônica nas politicas do governo federal.
A questão primordial é a necessidade de termos organizações negras na Amazônia que se articulem em todos os estados da região para podermos ter assento nos colegiados na esfera do governo federal, nos ministérios e nas secretarias da presidência da república, mas representações que se preocupem com a pauta regional e que busquem reais investimentos de políticas públicas para o norte do Brasil, para isso ele disse que enviaria por email fichas de adesão de novas organizações interessadas na participação e fortalecimento da RAN.
Em seguida Paulo explicou o funcionamento da RAN, disse que a organização se articula em rede de movimentos sociais e por coordenações estaduais, e falou da necessidade de revitalizar a coordenação do Estado do Pará, avaliando que o maior problema neste Estado tem sido a barreira de comunicação. Disse que numa reunião em Brasília havia proposto que Arthur Leandro assumisse a coordenação paraense, principalmente pela facilidade que o mesmo tem na comunicação. Sobre isso Arthur respondeu que também hsvia dito que poderia assumir em caráter temporário, até que se conseguisse articular um rupo heterogeneo, pois acreditava que a RAN só daria certo se tivessem coordenações colegiadas em cada estado, coordenadores por setores do movimento social, como por exemplo: a) Coordenação de Juventude; b) Coordenação de Mulheres Negras; c) Coordenação de Comunidades de Quilombos; d) Coordenação LGBTT; e) Coordenação de Povos Tradicionais de Matrizes Africanas; e que cada setor das lutas sociais tem sua pauta específica e que apenas se conseguirmos uma articulação regional em cada uma dessas pautas é que seremos realmente fortes nacionamente.
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