sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Riachão, o 'conhecido anônimo' em sessão cineclubista.

Ao fim da sessão, Táta Kinamboji pediu pros presentes para cantarolarem um trecho de uma música do Riachão que conhecessem ou se lembrassem do próprio filme, e foi uma festa de gente cantando as mais diversas músicas com os relatos de onde, e na voz de quem, conheciam tais produções musicais.
Em seguida perguntou se todos já conheciam o Riachão, e a resposta foi a constatação de que o compositor era figura surpresa para a maioria dos presentes, a antropóloga Selma Brito chegou a se declarar constrangida ao admitir que não conhecia “esse compositor fantástico”.
O debate, então, foi acontecendo naturalmente através da reflexão de como determinados artistas permanecem no mais obscuro anonimato mesmo quando sua obra é conhecida e faz parte do repertório de artistas da industria cultural.

O 'luthier' Luís Makambira, que honrou o cineclube Nangetu com sua presença, ainda brincou com a situação chamando para o Riachão de “O conhecido anônimo”, e passou a relatar vários casos parecidos, casos em que conhecemos a obra de artistas desconhecidos, aqui mesmo na cidade de Belém, e citou vários compositores, como o 'Siri da Viola”, o “Vavá da Matinha”, o “Oswaldo Garcia” e tanta gente que a gente canta as músicas sem saber que a pessoa existe.
Por fim. Mametu Nangetu agradeceu a participação de todos e as contribuições no desenrolar da conversa, e terminou dizendo o quanto é importante passarmos esses filmes que trazem os nossos artistas para o conhecimento da comunidade.

Nenhum comentário: