sexta-feira, 25 de abril de 2014

Curto circuito juventude, relato do Alagbedé Milson Oniletó.

O curto circuito da juventude foi um encontro propositivo, sendo pensado como um momento de escuta dos jovens, na perspectiva de criar, fomentar e efetivar políticas públicas culturais para juventude.

 
Milson Oniletó em diálogo com a Ministra Marta Suplicy.
O evento partia do princípio que era preciso trazer pra perto dessas discussões jovens que ainda não estão acostumado com esse meio político, e contribuir com uma continuação dos jovens mai experientes .

O primeiro momento desse encontro se deu em uma conversa com a fundação palmares que proporão um momento para apresentar formatos de futuros editais, voltados para culturas para juventude negras e de terreiros. O momento aconteceu de forma as falas das necessidade das juventudes fosse norteadoras para moldar o edital. Partindo desse princípio as falas da juventude foram pautadas na construção de editais de trabalhasse mais a formação dessas bases juvenis, no sentido de fortalecimento e manutenção das práticas culturais. A política de editais para as áreas com pouca ou nenhuma conexão, foi um dos pontos tocado na conversa, considerando as comunidade que não tem um devido acesso à internet, ficando impossibilitado dos processos.

Durante o primeiro dia de evento que teria como início uma fala institucional e só então foi entregue a programação, que ao ser lida pelos jovens, começou a ser duramente questionada
pois colocava de uma forma muito lúdica a audição dos que os jovens tinham pra propor como políticas públicas, durante o almoço no momento que entregaram a programação, os jovens começaram a dialogar sobre a possibilidade de mudança das práticas de psicodramas para uma conversa mais séria sobre políticas públicas, com  o argumento que respeitavam muito o teatro como ponto importante de resistência de juventude e cultura, mas que tinham vindo pra discutir políticas de mudanças da situação das juventudes nos seus respectivos endereçamento.

No segundo dia, os jovens já estavam articulados pra questionar a programação, e a primeira fala puxada pela juventude foi nesse sentido, questionando essa programação que não foi construída com a participação dos jovens e por terem sido entregues na hora das atividade acontecerem propriamente ditas. Esse questionamento levou um discussão bem travada entre a juventude e a produção que insistia em continuar com a psicodrama como estratégia de ouvir os jovens, mas os jovens não concordarão e chamaram a ministra Marta que acabava de chegar e sentando distante da conversa que se travava no ambiente, pra sentar junto e ouvir o que os jovens tinham pra dizer.  

A Ministra, se mostrando receptível, sentou-se junto aos jovens, não da forma que eles queriam que ficasse de frente da mesma forma com que ele sentou quando apresentou o evento na abertura oficial, mas do lado, parecendo bem à vontade quando na verdade estava coagida e impressionada com o modelo que tornou um escuta instigada nas verdades locais e não no modelo artístico do psicodrama.

A atividade de escuta prossegui quando a ministra informou ter que se ausentar depois de duas horas de audição fervorosa das falas da juventude. Ministrada pela mesma pessoa que comandaria o psicodrama, a conversa segue.... porém tempo ou outro quem tocava a conversa era essa pessoa, o método era desrespeitador.                  

Finalizando teimosamente as atividades partindo pro almoço e no retorno a conversa séria propositiva nos grupos de trabalhos onde realmente acontece as proposições, no seu ato de divisões. Naturalmente os grupos que já estavam se organizando, como é o exemplo dos jovens de comunidades tradicionais terreiro e negras que sistematicamente se reuniram pra propor políticas públicas especificas. Porém as atividades acabaram sem que os processos nos grupos fossem concluídas, isso aconteceu pelo fato de ser destinado muito pouco tempo pra proposições mas serias, tendo em vista que foram feitas propostas na conversa direta com ministra, imaginemos como seria que o dialogo fosse feito com os métodos da psico pedagogia e não de forma mais política.

Finalizou-se o dia com a visita ao sarau do radicais livres.

O encontro propriamente dito teve seu termino já no segundo dia 12/04, na manha no que seria o terceiro 13/04 muitos dos jovens que mais se posiciona e criticavam os métodos estavam indo embora pra suas terras, uma falha grande considerada por todos os jovens no encontro, pois era inviável termos que ir embora sem finalizar os processos propositais, ainda mais sem que as propostas fosse aprovado pela prenaria. Consideramos essa falha prejudicial ao processo, pois com um erro de emissão, jovens abandonaram a luta sem te-las terminado.

Visão geral:

         Necessitamos ser tratados com mais respeito.
         Precisamos de maior orçamento para culturas negras
         Precisamos de cotas culturais
         De que os jovens sejam observados como produtores de conhecimento e cultura.
A maior crítica é o racismo institucional, que sofremos pra executar políticas nacionais.
Precisamos organizar a comunidade jovem de terreiro em todos as regiões do brasil





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Esse encontro está registrado no site do Minc desta forma

Ministra abre Curto Circuito da Juventude

11.04.2014
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, ao lado do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República), abriu na tarde desta sexta (11), em Brasília (DF), o Curto Circuito da Juventude. O encontro foi organizado pelas duas Pastas e reúne 70 jovens de todas as regiões do país para debater políticas públicas voltadas à juventude e apresentar novas ideias para desenvolver a cultura. Os jovens no Brasil (entre 15 e 29 anos) representam a maior fatia da população, somando mais de 51 milhões de pessoas.
Marta falou de ações e programas que já têm por objetivo atender jovens, sobretudo em regiões pobres do país. Mas a ministra acentuou que o momento é de ouvir a juventude. Foi o que ela fez.  "A gente quer saber de vocês o que podemos potencializar na política de cultura para os jovens", destacou ao repassar o microfone diretamente aos protagonistas do encontro.
Lucas dos Prazeres, que dançou sapateado para todos, exibiu um pouco a arte que pratica em Recife (PE). Ele organiza a Orquestra no Morro dos Prazeres, na criativa região da Casa Amarela, bairro cultura da capital pernambucana. "Na base da percussão, voz e dança, a gente faz um triálogo", descreveu. Outro destaque nas apresentações da noite foi Jean Batista Campos, o Mc Jean B, que é rapper, MC, beat-box man, jogador de basquete e educador social em São Paulo. Ele empolgou a juventude com seu estilo vocal no beat-box.
De Manaus (AM), o ator Ruan Octavio veio mostrar um pouco do trabalho que faz junto à população ribeirinha do alto e médio Rio Amazonas, uma forma de teatro chamada "clownboquinho". "Por meio da linguagem clown, de palhaços, a gente percorre o rio levando uma mensagem sobre a condição humana e o viver artístico".
O ministro Gilberto Carvalho destacou a ansiedade em ouvir os jovens. "Esse é o momento que vocês devem ter a responsabilidade de liderar as mudanças. Sabemos que muito ainda precisa ser feito em termos de políticas para a juventude", apontou.
"Quando a gente olha nos olhos, vemos alma, enxergamos vida", destacou Guti Fraga, presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte), ao avaliar a importância histórica do encontro. De acordo com a ministra Marta Suplicy, a ideia do Curto Circuito nasceu durante a III Conferência Nacional da Juventude, em 2013. "Percebemos a necessidade de formular as políticas diretamente com os jovens", explicou.
Para Maria Helena, que veio do maior território quilombola do país, a comunidade Kalunga, no norte de Goiás, espera-se um olhar na juventude. "Queremos propor política específica e não apenas transversal", afirmou.
"Nossa expectativa [com esse encontro] é valorizar o que vocês estão produzindo e fazer desenhos estratégicos para a cultura", apontou Severine Macedo, secretária Nacional da Juventude.
Durante o encontro, que tem programação no sábado (12) e domingo (13), os jovens participarão de dinâmicas de grupos. Trocarão experiências e vão colaborar com questões que abordam a formação cultural, o fomento à produção artística e o protagonismo e a participação da juventude nas políticas culturais. Para o presidente do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Alessandro Malchior, a cultura é um meio de transformação social poderoso. "Através da cultura a gente constrói e descontrói a própria cultura. Precisamos abrir espaço para a criatividade e a contestação", destacou.
Texto: Pedro Rafael Vilela
Foto de capa: Elisabete Alves
Fotos internas: Elisabete Alves e Diego Barreto
Edição: Ascom / MinC



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