Três horas de trabalho, 100 metros quadrados e mais de 50 kg de lixo retirados da floresta, desses, a comunidade só conseguiu transportar três sacas de resíduos para depositar em coletores do lixo urbano ou levar para a reciclagem. A constatação de que a comunidade sozinha não consegue desenvolver uma ação mais consistente, novamente desencadeou uma roda de conversa sobre a necessidade de política pública de preservação das matas e dos igarapés urbanos.
Mametu Nangetu ressaltou que as matas são moradas de encantarias e de Nkisis, e que cabe a aos povos tradicionais a preservação e o cuidado com toda a natureza que nos garante a vida, que nos garante a continuidade das tradições afro-brasileiras, mas que é dever do poder público dar o suporte para que esses lugares sejam preservados. Para ela, cabe a prefeitura fazer campanha educativa que oriente a população a levar seu lixo para os coletores, pois "até pneus, e não foi só um ou dois não, mas foram mais de dez pneus que achamos na mata - e nem andamos tanto - e esses motoristas, esses donos de carro, devem ter um outro lugar pra jogar pneu velho, né?". Mametu concluiu dizendo que espera conseguir apoio da prefeitura para disponibilizar um caminhão que recolha da beira da estrada da CEASA os detritos que forem retirados na próxima ação do projeto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário