quinta-feira, 17 de março de 2011

18 de março e a memória de Mãe Doca



Dia 18 de março (sexta-feira) às 16h - HOMENAGEM ÀS IYÁS E IYALODÊS. Roda de Conversa, Palestras, Brindes, Coquetel e cineclube. Local: Mansú Nangetu Mansubando Kekê Neta (Trav. Pirajá, 1194 – Bairro do Marco). Proponente Instituto Nangetu de Tradição Afro Religiosa e Desenvolvimento Social.
-No Cineclube
  • Oju onå, de Clementino Júnior Memorial das experiências de cineclubistas afrobrasileiros de várias partes do país com uma meta em comum: o uso do cinema como meio de comunicação para passar idéias.; e
  • Até Oxalá vai a guerra - uma história de racismo e intolerância religiosa, de Carlos Pronzato e Stéfano Barbi Cinti. Sinopse: As ações violentas executadas pela Prefeitura de Salvador através da demolição do Terreiro Oyá Onipo Neto conduzido por Mãe Rosa da Avenida Jorge Amado, surpreenderam negativamente por configurar um ato de intolerância Religiosa.Salvador, a capital da Bahia é uma das cidades que tem o maior número de templos religiosos de todo o mundo, incluindo igrejas católicas e evangélicas, centros espíritas, casas de umbanda e terreiros de candomblé. É também a cidade que possui a maioria dos seus habitantes negros, mas onde o racismo em sua diversidade e sutileza acaba tendo ações devastadoras. Da educação e moradia, até o emprego e religiosidade sem esquecer o genócidio da população negra. O estado tem uma função fundamental na manutenção de tudo isto.Se o Brasil é o país mais aberto do mundo a todas as religiões e crenças, Salvador é a expressão máxima desta qualidade principalmente pela forte influência e presença das tradições oriundas da África. Nada justifica nos dias atuais ações como esta que causaram danos muito sérios a toda uma construção espiritual de muitos anos e que tiveram então a resposta enérgica e necessária do povo de candomblé. Oxalá vai a Guerra, e todo o Povo de Axé também, sempre que for necessário! Produzido pelo CEN (Coletivo de Entidades Negras).

O Fórum de Umbandistas e Afro-religiosos do Pará vai comemorar a passagem do dia 18 de março com um coquetel regional oferecido para as 'grandes mães', também conhecidas como 'mães de de santo', que atuam nas seis cidades da zona metropolitana de Belém. A recepção é organizada para ter a aparência de “chá das cinco”, e foi pensada para valorizar a participação das mulheres nas lutas pela liberdade religiosa e contra todos os tipos de intolerância.
O dia 18 de março foi dedicado aos umbandistas e aos afro-religiosos através da Lei Municipal nº 8272, de 14 de outubro de 2003 (autoria de Ildo Terra) e da Lei Estadual nº 6.639, de 14 de abril de 2004 (autoria de Araceli Lemos) e registra a luta de de dona Rosa Viveiros, Também conhecida como Nochê Navanakoly e como Mãe Doca, que era filha de santo do africano Manoel-Teu-Santo e seu Vodun era Nanã e Toi Jotin.
É Dona Rosa Viveiros, que em 1891 - apenas três anos após a abolição da escravatura - enfrentou o racismo e outros preconceitos da época e inaugurou seu Terreiro de Tambor de Mina na capital paraense. Mãe Doca foi presa várias vezes porque cultuava as divindades e preservava a religiosidade afro-amazônica, e nem por isso desistiu de manter seu Templo Afro-religioso aberto. Mãe Doca se tornou o símbolo de resistência das religiões de matriz africana no Pará, e é em sua homenagem que o dia 18 de março se tornou o dia da Umabanda e das religiões Afro-brasileiras.

Nenhum comentário: