Roda de conversa sobre política cultural de igualdade racial e combate ao racismo com os delegados afro-brasileiros eleitos para os fóruns nacionais que vão escolher os colegiados técnicos e de linguagens artíticas para o Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura para o mandato de 2015 a 2017.
sábado, 31 de outubro de 2015
Dialogo com Domingos Conceição política Cultural para o povo negro
Roda de conversa sobre política cultural de igualdade racial e combate ao racismo com os delegados afro-brasileiros eleitos para os fóruns nacionais que vão escolher os colegiados técnicos e de linguagens artíticas para o Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura para o mandato de 2015 a 2017.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Oficina de Potencialidade em Etno-Desenvolvimento para Povos Tradicionais de Matriz Africana..
Oficina de
Potencialidade em Etno-Desenvolvimento para Povos Tradicionais de Matriz
Africana..
Assunto abordado:
Inovação, Design Thinking, Empreendedorismo e Carreira,
Competitividade e Modelos de Negócio; Cultura Afro Brasileira; planejamento
Estratégico.
Objetivo:
Promover princípios que norteiam a filosofia da inovação
em modelo de negócios. Bem como ao conhecimento de ferramentas usadas no
processo de inovação e geração de valor em empresas competitivas voltado para
povo de matriz africana no Brasil. Elaboração e modelagem de plano estratégico
do ano 2016 do Instituto.
Certificação Minima: 16 Horas
Quando: 5 e 6 de dezembro de 2015, das
9 as 18h
Local: Belém – instituto Nangetu, Tv. Pirajá 1194
Publico Alvo: Associações Culturais, Comunidades
Tradicionais, Profissionais liberais, Estudantes de Administração, Economia,
Contabilidade, Engenharia, Pedagogos, Artistas, Musicos, Sacerdotes, Artesãos, Empreendedores
e atuantes na área de criação.
Palestrante/Empresa: Angelo Imbiriba.
(Tata Kafunlumizo). CRA 13.640. Palestrante e
Pesquisador na área de inovação e Design Thinking há 6 anos, Administrador, MBA
em Gestão estratégica Empresarial, Especializando em Saberes Africanos e Afro
Brasileiros, Diretor de Projetos do
Instituto Nangetu.
Observação: almoço colaborativo! Colaboração R$ 20,00 (vinte reais) por pessoa para os dois dias de oficina.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
CARTA ABERTA DOS POVOS DE TERREIRO SOBRE OFICINA NACIONAL DE REGULAMENTAÇÃO DA LEI 13.123/15 EM BRASÍLIA/DF
CARTA ABERTA DOS POVOS DE TERREIRO SOBRE OFICINA NACIONAL DE
REGULAMENTAÇÃO DA LEI 13.123/15 EM BRASÍLIA/DF
Encontro em Brasília para debatermos a regulamentação da LEI
13.123, a qual trata sobre o acesso aos conhecimentos tradicionais, patrimônio
genético e repartição de benefícios.
Nós, Povos de terreiro sujeitos de direito do conhecimento
ancestral africano e afro-brasileiro no Brasil presentes entre os dias 19 e 21
de outubro de 2015, na oficina nacional referente à Lei 13.123 de 20 de Maio de
2015 que trata sobre acesso aos conhecimentos tradicionais, patrimônio genético
e repartição de benefícios, vimos por meio desta repudiar a forma como o Estado
brasileiro tem conduzido a discussão.
Primaram por violar nossos direitos constitucionais, pela
legislação ordinária e por Tratados Internacionais dos quais o Brasil é
signatario, tais como: Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento; Pacto
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais; Convenção da
Diversidade Biológica; Convenção sobre a Diversidade de Expressões Culturais;
Tratado Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura;
Declaração Universal de Direitos Humanos; Declaração e programa de ação
adotados na terceira conferência mundial de combate ao racismo, discriminação
racial, xenofobia e intolerancia correlata (Durbam, Africa do Sul), Declaração
das Nações Unidas sobre a Concessão da Independência dos Países e Povos
Colonizados. Em seu art. 225 a Constituição Federal incumbir ao Poder Público
preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético. Vale ressaltar que este exige, na forma da lei, estudo prévio de
impacto ambiental, para instalação de qualquer obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, exemplo a PEC 215; e a
construção da Usina de Belo Monte. De forma nefasta e em razão desse cenário
que ameaça a existência de absolutamente todas as populações indígenas, povos
de terreiro e comunidades tradicionais, os quais constituem a base da soberania
e democracia constitucional do País.
Seguindo por burlar a Convenção 169 da Organização
Internacional do Trabalho/OIT no que concerne ao direito de consulta livre,
prévia e informada, também endossado nos acordos acima citados.
Sentimos-nos sobrepujados diante do domínio da informação
por parte do Estado que no alijou do processo recusando explícitamente em nos
apresentar a minuta de Decreto da Lei 13.123 de 2015 ou qualquer outra proposta
que trata da regulamentação da referida Lei, o que implica diretamente na
obstrução e confronto direto com a própria Constituição Federal além dos
acordos internacionais já mencionados.
Portanto, nestes termos, que fique explicito que todas as
oficinas regionais sobre a referida Lei, não pode tampouco deve configurar sob
hipótese alguma caráter consultivo, visto que estas não preenchem os requisitos
exigidos de como deve ser para uma consulta pública. E ainda, o desdém com que
se referem a nós.
Estamos vivenciando um dos momentos de mais expressivos
genocídios da nossa história, declaradamente por meio de grandes projetos,
grilagem de terras, expropriação e invasão, assassinato de lideranças, e muito
mais, tudo isso ocasionado pela falta de vontade política quanto à
regularização, demarcação e titulação dos territórios tradicionais (Terras Indígenas,
Territórios Quilombolas, Território de Povos de Terreiros, Reservas
Extrativistas, Territórios de Fundos e Fechos de Pasto, Territórios das
Quebradeiras de Coco Babaçú, Catadoras de Mangaba, Retireiros do Araguaia,
Pomeranos, RESEX Marinhas, Vazanteiros, Geraizeros, Pescadores de água doce e
salgada, Caiçaras, Pantaneiros, Ilhéus, Raizeiras, Faxinalenses, Benzedeiras,)
inclusive a garantia de Territórios Ciganos a fim que sejam oportunizados de
manterem seus cultivos silvopastoris, expondo-nos a um processo devastador da
nossa cultura, perda de identidade e de práticas tradicionais que ameaçam como
nunca os PCTS do Brasil.
É inadmissível não ter assegurado nossos direitos
constitucionais de praticas ancestrais de saúde coletiva, a partir dos nossos conhecimentos
tradicionais.
Nós, Povos de Terreiro em conjunto com todos os povos
indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares também repudiamos
a PEC 215/2000, na medida em que essa proposta aniquila os direitos
territoriais conquistados; e interfere diretamente na regulamentação da Lei
13.123/15 e exigimos seu imediato arquivamento.
Repudiamos terminantemente a Lei 13.123/2015 e exigimos de
imediato que seja feita consulta livre, prévia e informada, conforme rege a
Convenção 169 da OIT, bem como demais acordos internacionais ratificados pelo
Brasil, de modo que seja revogada a referida lei por ferir princípios
constitucionais.
Repudiamos terminantemente a Lei 13.123/2015 e exigimos de
imediato que seja feita consulta livre, prévia e informada, conforme rege a
Convenção 169 da OIT, de modo que seja revogada a referida lei por ferir
princípios constitucionais; e tratados internacionais ao qual o Brasil é
signatário.
Brasília/DF, 22 de outubro de 2015.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
“Box da diversidade” leva experiência de educação ambiental do Mansu Nangetu para o Brasil inteiro.
O curta"O Sagrado e o Ecológico no Candomblé de Angola" vai circular o
Brasil inteiro em cineclubes e escolas, o filme educativo é uma produção
coletiva realizada em 2012 pela comunidade do Mansu Nangetu (Projeto Azuelar)
em parceria com pesquisadores da Especialização em Saberes Africanos e
Afro-brasileiros na Amazônia, ofertado pelo Grupo de Estudos Afro-amazônico
(NEAB) da Universidade Federal do Pará, e mostra práticas ecológicas de
terreiro como exemplo de educação ambiental para crianças e jovens.
Na noite do
sábado, dia 3 de outubro, na fonte do Tereré, um quilombo urbano no município
de Vera Cruz, que fica na Ilha de Itaparica, Bahia, aconteceu a “Roda de
leituras transversais” para o lançamento dos filmes com as temáticas da ‘infância
e juventude’ e da ‘biodiversidade e meio
ambiente’ que compõem o “Box da diversidade” – um projeto de caráter cultural e
educativo que reúne uma coletânea de filmes brasileiros para ser distribuída gratuitamente
para escolas públicas, cineclubes e organizações sociais. O projeto é
desenvolvido pelo Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros/ CNC, e começa a
ser distribuído ainda este ano.
A sessão de lançamento
que contou com a exibição do filme aconteceu ao ar livre, com a comunidade do
quilombo urbano, produtores audiovisuais e cineclubistas confortavelmente
instalados no gramado da área de convivência da comunidade e em cadeiras
espalhadas pelo ‘terreiro’ na fonte do Tereré e debate com Táta Kinamboji, Márcia
Nascimento e Antonio Balbino.
Táta
Kinamboji iniciou o debate falando sobre as diretrizes do Projeto Azuelar e do
Cineclube Nangetu, contou a sucessão de acasos que estão nos primórdios da formação
do cineclube e que a experiência cineclubista do Mansu se expandiu para uma
rede de cineclubes de terreiros que primeiro ocupou a zona metropolitana de
Belém do Pará, para depois se espalhar para vários terreiros da Amazônia
brasileira. Kinamboji disse que o cineclube trabalha com o tripé de difusão,
formação e produção audiovisual com caráter étnico e racial e de valorização
das tradições de matriz africana na Amazônia, e que a comunidade produz vários
documentários com o que chama de ‘tecnologia do possível’, ele diz que a
proposta veio dos pesquisadores que queriam a produção de material didático para
ser usado em sala de aula, e que não tinha um roteiro previamente elaborado, e
que o filme é o resultado do acompanhamento das ações cotidianas da comunidade .
Ele explicou
que a preservação do sagrado afro-brasileiro está intimamente ligado à
preservação do patrimônio ambiental, criticou os muros das propriedades
privadas que dificultam o acesso aos bens naturais, e também criticou o modelo
de urbanização de cidades que extinguem as áreas verdes e transformam igarapés
em esgotos à céu aberto. Contou que a comunidade tenta fazer a sua parte em
pequenas ações, como a confecção de vasilhas biodegradáveis para utilização em
oferendas que foi mostrada no filme.
Box da Diversidade (contendo 60 filmes) para a distribuição
aos cineclubes, pontos de cultura, pontos de leitura, bibliotecas públicas e
comunitárias e escolas públicas. O Box possui os seguintes eixos temáticos:
sexualidade e gênero; comunidades tradicionais e étnico racial; meio ambiente e
biodiversidade; envelhecimento e memória; superação e acessibilidade; trânsito
e pensamento nômade; infância e juventude; dessemelhanças e experimentações;
diversidade regional; transversalidade geopolítica.
Pesquisa -
Equipe do GEAAM/ UFPA: Alessandro Ricardo Campos, Anderson Johnny dos S. Nunes,
Arthur Leandro, Kátia Simone Alves Araújo, Renato Trindade. Pesquisa - Equipe
do Projeto Azuelar/ Instituto Nangetu: Mametu Nangetu, Mametu Deumbanda, Táta
Kinamboji, Táta Kamelemba, Muzenza Vanjulê. Musicas: Táta Mutá "A casa dos
olhos do Tempo" Táta Guiamazi/ Casa de Candomblé. Angola Redandá redanda.com.br/
. Edição: Arthur Leandro/ Táta Kinamboji, Projeto Azuelar/ Instituto Nangetu.
Realização: Projeto Azuelar/ Instituto Nangetu; CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SABERES AFRICANOS E
AFRO BRASILEIROS NA AMAZÔNIA – IMPLANTAÇÃO DA LEI 10.639/03/ Grupo de Estudos
Afro-amazônicos, Faculdade de Ciências Sociais/ IFCS/ UFPA, Faculdade de Artes
Visuais/ ICA/ UFPA
Belém/PA, 2012
Fotos: Diogo Gomes.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Territórialidades, feminismo e combate ao racismo religioso em intervenção midiática durante o ENGA.
A sétima edição do ENGA – Encontro Nacional de Grupos de
Agroecologia aconteceu entre os dias 28 de setembro a 01 de outubro de 2015. O
evento se realizou em conjunto com o IX Congresso Brasileiro de Agroecologia,
no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém – PA.
Santana, expondo a resistência no quilombo do Abacatal. |
Povos e comunidades tradicionais foram convidados para as
rodas de conversas, e para levar as questões dos povos tradicionais de matriz
africana ao debate promovido pelos grupos de agroecologia, o Mansu Nangetu, em parceria
com a Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana – REATA, e com a Associação
Afro religiosa e Cultural Ilê Iyaba Omi – ACIYOMI; promoveu uma intervenção
midiática unindo dois projetos de comunicação social comunitária e étnica: a
rádio-janela Azuelar, do Instituto Nangetu, e a Rádio Portão da ACIYOMI.
Feminismo negro e as lutas dos povos tradicionais na Amazônia. |
A intervenção foi a veiculação de um programa de rádio com
uma hora de informação produzida pelos projetos dos terreiros, levando aos
participantes do encontro depoimentos e entrevistas de autoridades de terreiros
de matriz africana de várias regiões brasileiras com conteúdos relacionados aos
temos das rodas de conversas que completavam a programação.
Na segunda-feira, dia 28 de setembro, o tema foi “Territórios
e Territorialidade, não esbandalhe meu tapiri!”, e a necessidade de políticas
públicas de preservação de igarapés e matas urbanas como garantia da
continuidade das práticas tradicionais nas grandes cidades, além da crítica à
propriedade privada no sistema capitalista, que impede o acesso ao patrimônio
ambiental. Já na terça-feira, dia 29, o tema foi “Gênero e Feminismo: te
orienta ‘macho’!”, debatendo o protagonismo afro-feminino nas lutas dos povos
tradicionais na Amazônia. E finalmente, na quarta-feira, dia 30 de setembro, o
avanço da política fundamentalista da bancada “BBB” (Boi, Bala e Bíblia)
norteou a conversa sobre o tema “Intolerância Religiosa: tu é doido é?!”.
Combater o racismo religioso para a sobrevivência do pensamento afro-centrado. |
Nos três dias de debates, os participantes das rodas de
conversa evidenciaram o racismo institucional, aquele que é praticado por
agentes do estado e que nega direitos de cidadãos aos povos e comunidades
tradicionais, em especial na análise do comportamento da bancada BBB no congresso
eleito em 2014, com o “b” de ‘boi’ que representa o agronegócio a avançar sobre
terras quilombolas e indígenas para a criação de pastos e monoculturas agrícolas,
a bancada do “b” da ‘bala’ a promover a indústria do medo que promove o genocídio
da juventude negra nas cidades, e a bancada do “b” da ‘Bíblia’ a promover a demonização
do sagrado de origem na África negra e, com esse procedimento, a promover o
etnocidio pela negação e tentativa de apagamento da compreensão de mundo que
gera o pensamento afro-centrado.
Apesar da análise de conjuntura resultar num quadro
desolador, os debatedores afirmaram que os mais de quinhentos anos de resistência
à violência colonizadora já demonstraram a capacidade de sobrevivência do povo
negro na adversidade em que vivem no Brasil, e que apesar do ambiente hostil,
nossas tradições não serão extintas.
Participaram das conversas: Mametu Nangetu e Táta Kinamboji (Mansu Nangetu), Maria Malcher
(CEDENPA e Comitê da Marcha de Mulheres Negras), Raimundo e Santana (Quilombo
do Abacatal em Ananindeua), Isabel (Erveira do Ver-o-Peso), e representantes de comunidades ribeirinhas de
Maracanã/PA. Edição do programa de Rádio: Vitor Gonçalves, Samily Maria
Moreira da Silva e Silva e Sibely Nunes Nascimento.
Bolsistas de projetos de extensão da UFPA formaram a equipe técnica da intervenção midática. |
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Filhos de Maiandeua em conversas cantadas no Mansu Nangetu
Conversas cantadas no Mansu Nangetu
Quarta-feira 30 de setembro de 2015
(roda de conversa musicada com o Grupo de carimbó Filhos de
Maiandeua, da localidade de Fortalezinha, Ilha de Maiandeua,
Maracanã/PA)
Projeto Azuelar - Ponto de Mídia Livre
webTV Azuelar
Filmado e editado com tecnologia do possível
Cantoriais
Grupo de Carimbó Filhos de Maiandeua
Táta Kafunlumizo (Angelo Imbiriba)
Ogã José Carlos Silva (Lossum)
Apoio:
REATA – Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana
FONSANPOTEMA - Fórum Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana
rede[aparelho]-:
Grupo de Estudos Afro-Amazônico – GEAM (NEAB)/ UFPA
Projeto Ngomba d’Aruanda: apoio às ações de mídia cultural do
Projeto Azuelar/ Ponto de Mídia Livre do Instituto Nangetu;
Projeto Produção do Programa ‘Nós de Aruanda’ para a ‘WebTV
Azuelar’, poéticas visuais em combate ao racismo
Projeto Eu vou navegar na Casa da Mãe das Águas (Ilê Iyabá Omi).
UFPA-PROEX
Belém/PA
2015
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