O curto circuito da juventude foi um encontro propositivo, sendo pensado como um momento de escuta dos jovens, na perspectiva de criar, fomentar e efetivar políticas públicas culturais para juventude.
O evento partia do princípio que era preciso trazer pra perto
dessas discussões jovens que ainda não estão acostumado com esse meio político,
e contribuir com uma continuação dos jovens mai experientes .
O primeiro momento desse encontro se deu em uma conversa com
a fundação palmares que proporão um momento para apresentar formatos de futuros
editais, voltados para culturas para juventude negras e de terreiros. O momento
aconteceu de forma as falas das necessidade das juventudes fosse norteadoras
para moldar o edital. Partindo desse princípio as falas da juventude foram
pautadas na construção de editais de trabalhasse mais a formação dessas bases
juvenis, no sentido de fortalecimento e manutenção das práticas culturais. A
política de editais para as áreas com pouca ou nenhuma conexão, foi um dos pontos
tocado na conversa, considerando as comunidade que não tem um devido acesso à
internet, ficando impossibilitado dos processos.
Durante o primeiro dia de evento que teria como início uma
fala institucional e só então foi entregue a programação, que ao ser lida pelos
jovens, começou a ser duramente questionada
pois colocava de uma forma muito lúdica a audição dos que os
jovens tinham pra propor como políticas públicas, durante o almoço no momento
que entregaram a programação, os jovens começaram a dialogar sobre a
possibilidade de mudança das práticas de psicodramas para uma conversa mais séria
sobre políticas públicas, com o
argumento que respeitavam muito o teatro como ponto importante de resistência
de juventude e cultura, mas que tinham vindo pra discutir políticas de mudanças
da situação das juventudes nos seus respectivos endereçamento.
No segundo dia, os jovens já estavam articulados pra
questionar a programação, e a primeira fala puxada pela juventude foi nesse
sentido, questionando essa programação que não foi construída com a
participação dos jovens e por terem sido entregues na hora das atividade
acontecerem propriamente ditas. Esse questionamento levou um discussão bem
travada entre a juventude e a produção que insistia em continuar com a psicodrama
como estratégia de ouvir os jovens, mas os jovens não concordarão e chamaram a
ministra Marta que acabava de chegar e sentando distante da conversa que se
travava no ambiente, pra sentar junto e ouvir o que os jovens tinham pra
dizer.
A Ministra, se mostrando receptível, sentou-se junto aos
jovens, não da forma que eles queriam que ficasse de frente da mesma forma com
que ele sentou quando apresentou o evento na abertura oficial, mas do lado,
parecendo bem à vontade quando na verdade estava coagida e impressionada com o
modelo que tornou um escuta instigada nas verdades locais e não no modelo artístico
do psicodrama.
A atividade de escuta prossegui quando a ministra informou
ter que se ausentar depois de duas horas de audição fervorosa das falas da
juventude. Ministrada pela mesma pessoa que comandaria o psicodrama, a conversa
segue.... porém tempo ou outro quem tocava a conversa era essa pessoa, o método
era desrespeitador.
Finalizando teimosamente as atividades partindo pro almoço e
no retorno a conversa séria propositiva nos grupos de trabalhos onde realmente
acontece as proposições, no seu ato de divisões. Naturalmente os grupos que já
estavam se organizando, como é o exemplo dos jovens de comunidades tradicionais
terreiro e negras que sistematicamente se reuniram pra propor políticas
públicas especificas. Porém as atividades acabaram sem que os processos nos
grupos fossem concluídas, isso aconteceu pelo fato de ser destinado muito pouco
tempo pra proposições mas serias, tendo em vista que foram feitas propostas na
conversa direta com ministra, imaginemos como seria que o dialogo fosse feito
com os métodos da psico pedagogia e não de forma mais política.
Finalizou-se o dia com a visita ao sarau do radicais livres.
O encontro propriamente dito teve seu termino já no segundo
dia 12/04, na manha no que seria o terceiro 13/04 muitos dos jovens que mais se
posiciona e criticavam os métodos estavam indo embora pra suas terras, uma
falha grande considerada por todos os jovens no encontro, pois era inviável
termos que ir embora sem finalizar os processos propositais, ainda mais sem que
as propostas fosse aprovado pela prenaria. Consideramos essa falha prejudicial
ao processo, pois com um erro de emissão, jovens abandonaram a luta sem te-las
terminado.
Visão geral:
•
Necessitamos ser tratados com mais respeito.
•
Precisamos de maior orçamento para culturas
negras
•
Precisamos de cotas culturais
•
De que os jovens sejam observados como produtores
de conhecimento e cultura.
A maior crítica é o racismo institucional, que sofremos pra
executar políticas nacionais.
Precisamos organizar a comunidade jovem de terreiro em todos
as regiões do brasil
x-x-x-x-x-x-x-x
Esse encontro está registrado no site do Minc desta forma
Ministra abre Curto Circuito da Juventude
11.04.2014
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, ao lado do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República), abriu na tarde desta sexta (11), em Brasília (DF), o Curto Circuito da Juventude. O encontro foi organizado pelas duas Pastas e reúne 70 jovens de todas as regiões do país para debater políticas públicas voltadas à juventude e apresentar novas ideias para desenvolver a cultura. Os jovens no Brasil (entre 15 e 29 anos) representam a maior fatia da população, somando mais de 51 milhões de pessoas.
Marta falou de ações e programas que já têm por objetivo atender jovens, sobretudo em regiões pobres do país. Mas a ministra acentuou que o momento é de ouvir a juventude. Foi o que ela fez. "A gente quer saber de vocês o que podemos potencializar na política de cultura para os jovens", destacou ao repassar o microfone diretamente aos protagonistas do encontro.
Lucas dos Prazeres, que dançou sapateado para todos, exibiu um pouco a arte que pratica em Recife (PE). Ele organiza a Orquestra no Morro dos Prazeres, na criativa região da Casa Amarela, bairro cultura da capital pernambucana. "Na base da percussão, voz e dança, a gente faz um triálogo", descreveu. Outro destaque nas apresentações da noite foi Jean Batista Campos, o Mc Jean B, que é rapper, MC, beat-box man, jogador de basquete e educador social em São Paulo. Ele empolgou a juventude com seu estilo vocal no beat-box.
De Manaus (AM), o ator Ruan Octavio veio mostrar um pouco do trabalho que faz junto à população ribeirinha do alto e médio Rio Amazonas, uma forma de teatro chamada "clownboquinho". "Por meio da linguagem clown, de palhaços, a gente percorre o rio levando uma mensagem sobre a condição humana e o viver artístico".
O ministro Gilberto Carvalho destacou a ansiedade em ouvir os jovens. "Esse é o momento que vocês devem ter a responsabilidade de liderar as mudanças. Sabemos que muito ainda precisa ser feito em termos de políticas para a juventude", apontou.
"Quando a gente olha nos olhos, vemos alma, enxergamos vida", destacou Guti Fraga, presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte), ao avaliar a importância histórica do encontro. De acordo com a ministra Marta Suplicy, a ideia do Curto Circuito nasceu durante a III Conferência Nacional da Juventude, em 2013. "Percebemos a necessidade de formular as políticas diretamente com os jovens", explicou.
Para Maria Helena, que veio do maior território quilombola do país, a comunidade Kalunga, no norte de Goiás, espera-se um olhar na juventude. "Queremos propor política específica e não apenas transversal", afirmou.
"Nossa expectativa [com esse encontro] é valorizar o que vocês estão produzindo e fazer desenhos estratégicos para a cultura", apontou Severine Macedo, secretária Nacional da Juventude.
Durante o encontro, que tem programação no sábado (12) e domingo (13), os jovens participarão de dinâmicas de grupos. Trocarão experiências e vão colaborar com questões que abordam a formação cultural, o fomento à produção artística e o protagonismo e a participação da juventude nas políticas culturais. Para o presidente do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Alessandro Malchior, a cultura é um meio de transformação social poderoso. "Através da cultura a gente constrói e descontrói a própria cultura. Precisamos abrir espaço para a criatividade e a contestação", destacou.
Texto: Pedro Rafael Vilela
Foto de capa: Elisabete Alves
Fotos internas: Elisabete Alves e Diego Barreto
Edição: Ascom / MinC
Nenhum comentário:
Postar um comentário