Logo no início da sessão Mametu Kutemoji serviu um tacacá aos convidados, e com com o filme “O velho, o mar e o lago” de Camilo Cavalcante, um silêncio se instalou no Cineclube Nangetu, silêncio que perdurou até que alguém rompeu a barreira do som e sussurrou um comentário: “esse cara está louco!”
A sessão continuou com reações diversas entre os presentes, transitavam do riso até a tensão.... Mas a sensação que a aparente loucura e o delírio das personagens tinham em comum a solidão...
A sessão contou com a participação da pesquisadora Selma Brito e da coordenadora da PARACINE, Isabela do Lago, e quando iniciou a roda de conversa Isabela registrou que a direção de arte de “O velho, o mar e o lago” é do também coordenador da PARACINE, Darcel Andrade. Ela fez uma análise artística dos filmes da sessão, ressaltando cuidados no tratamento com cenários, figurinos, e a fotografia, e também ressaltou dois filmes que lhe chamaram a atenção, a animação “A ilha”, e o filme “O náufrago”.
Selma Brito comentou sobre o delírio consciente no filme Leviatã, lembrou detalhes do filmes e disse que para quem está naquela situação o delírio lúcido tem o tempero da poesia. Táta Kinamboji aproveitou a deixa para falar de processos poéticos relacionados a vivências pessoais.
Foi então que os sacerdotes do Mansu Nangetu relacionaram a situação apresentadas nos filmes com a acolhimento e acompanhamento de pessoas que batem nas portas do terreiro procurando ajuda e solidariedade, por vezes em busca apenas de alguém para conversar, e que para a comunidade ver esses filmes é importante para que também se coloque em estado de atenção no atendimento do problema dos outros.
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